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TER Lisboa Expresso

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TER Lisboa Expresso


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Madrid-Chamartín(1972-81)
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Madrid-Atocha(1969-72; 1981-89)
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Madrid-Delicias(1967-69)
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Torrijos
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Talavera de la Reina
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Navalmoral de la Mata
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Traçado antigo (1967-1971)
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Cáceres(1971-1989)
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Arroyo-Malpartida
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Valencia de Alcántara
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PortugalEspanha
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Marvão-Beirã
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Castelo de Vide
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Vale do Peso
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Ponte de Sor
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Abrantes
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Entroncamento
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Lisboa-Santa Apolónia

O TER Lisboa Expresso (TER Lisboa Expreso ou TER Lisboa Exprés em espanhol) foi um serviço ferroviário de passageiros, que ligou as localidades de Madrid, em Espanha, e Lisboa, em Portugal, entre 1967 e 1989.

Caracterização

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Na capital portuguesa, usou sempre a Estação de Santa Apolónia, enquanto que, em Madrid, passou pelas estações de Delicias entre 1967 e 1969, Atocha entre 1969 a 1972 e 1981 até 1989, e Madrid-Chamartín de 1972 a 1981.[1] Transitava pela Linha do Leste e pelo Ramal de Cáceres, efectuando paragem em Abrantes.[2] Em território espanhol, servia as estações de Torrijos, Talavera de la Reina, Navalmoral de la Mata, e Arroyo-Malpartida.[3]

Nos horários de 1980, servia o Entroncamento, Abrantes, Ponte de Sor, Vale do Peso, Castelo de Vide, e Marvão-Beirã, seguindo depois por Valencia de Alcántara e atravessando Espanha até à capital, parando em Madrid-Atocha e terminando em Madrid-Chamartín.[4] Em 1984, deixou de fazer o percurso até Chamartin, ficando apenas em Atocha.[5]

Características do serviço

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Este serviço, de natureza diurna, ligava directamente Lisboa a Madrid[1], demorando cerca de 9 horas[6], permitindo uma poupança de tempo em relação ao Lusitânia Expresso, que demorava aproximadamente mais 3 horas e meia no mesmo percurso.[3]

Utilizava uma automotora com lugares em primeira e segunda classes, ar condicionado, e um sistema sonoro a bordo, para informar os viajantes e tocar música de fundo; dispunha de um serviço de restaurante e bar.[3] A velocidade era do tipo 120.[3] Era operado unicamente pela transportadora espanhola Red Nacional de Ferrocarriles Españoles, utilizando apenas pessoal desta companhia.[1] As formalidades aduaneiras, como o controlo de passaportes e a verificação de bagagens, eram realizadas a bordo.[3]

Viagem inaugural

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Estação Ferroviária de Arroyo-Malpartida.

Entrou ao serviço em 1 de Março de 1967,[7] sendo o primeiro comboio diurno entre as capitais ibéricas.[1] A viagem inaugural contou com altas autoridades da Red Nacional de Ferrocarriles Españoles, representantes das direcções gerais espanholas de imprensa, alfândegas e segurança, e correspondentes dos jornais de Lisboa e de Madrid, e uma equipa da Televisión Española, que realizou uma reportagem especial sobre este evento, que foi difundido em toda a península.[3] Na estação de Valência de Alcântara, foram instalados cartazes populares de agradecimento pelo novo serviço, e no Entroncamento, raparigas vestidas como guardas de passagens de nível entregaram ao director geral da Renfe uma recordação do centenário dos caminhos de ferro portugueses, e foi organizado um vinho de honra para os jornalistas e os representantes das agências de viagens que esperavam a chegada do comboio.[3] Quando o comboio chegou a Lisboa, foi recebido pelo embaixador de Espanha em Portugal, Ibanéz Martin, e por altas autoridades portuguesas, incluindo o presidente do conselho administrativo da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[3]

A implementação deste serviço foi inserida num plano de aproximação dos caminhos de ferro portugueses e espanhóis, tendo sido uma das etapas previstas no Plano de Modernização da Red Nacional de Ferrocarriles Españoles.[3]

Serviço activo

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Automotora da Série 597 da RENFE, na Estação de Atocha, em 1981.

Em 1969, este serviço foi utilizado, junto com o Lusitânia Expresso, no transporte de jornalistas, no âmbito das iniciativas de promoção turística «Primavera en España» e «Primavera em Portugal», organizadas em conjunto pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses e pela Red Nacional de Ferrocarriles Españoles.[8] Em 1971, sofreu uma alteração no seu traçado, com a abertura de uma variante entre El Casar e Cáceres, passando a circular por esta cidade espanhola.[1]

Foi substituído pelo Talgo Luís de Camões,[9] que se iniciou em 29 de Março de 1989.[10]

Referências

  1. a b c d e IGLESIAS, Javier Roselló (Março de 1985). «El TER, Veinte Años Despues (y2)». Carril (em espanhol) (11). Barcelona: Associació d'Amics del Ferrocarril-Barcelona. p. 11 
  2. «Beira Alta, Beira Baja». Maquetren (em espanhol). 4 (32). Madrid: A. G. B., S. l. 1995. p. 40 
  3. a b c d e f g h i «Un nuevo tren internacional: el "Lisboa-Expreso Ter"». Via Libre (em espanhol). 4 (40). Madrid: Red Nacional de Ferrocarriles Españoles. 1 de Abril de 1967. p. 3 
  4. Caminhos de Ferro Portugueses (Abril de 2006). «Horário de Verão 1980» (PDF). O Comboio em Portugal. p. 5. Consultado em 30 de Novembro de 2014 
  5. Caminhos de Ferro Portugueses (Abril de 2006). «Horário de Verão 1984» (PDF). O Comboio em Portugal. p. 8. Consultado em 30 de Novembro de 2014 
  6. «Los pueblos ibericos afirman sua buena vecindad con los lazos del ferrocarril». Via Libre (em espanhol). 18 (213). Madrid: Gabinete de Información y Relaciones Externas de RENFE. Outubro de 1981. p. 20-24 
  7. PORTAS, Antonio G. (2006). «"TER", Un Tren con Nombre Propio». Maquetren (em espanhol) (156) 
  8. «Primavera en España y Portugal». Via Libre (em espanhol). Ano 6 (65). Madrid: RENFE. 1 de Maio de 1969. p. 20-21 
  9. GUTIÉRREZ, Jorge Arturo Venegas (1995). «Caceres: estación y nudo ferroviario». Maquetren (em espanhol). Ano 4 (37). Madrid: Resistor, S. A. p. 54 
  10. BLAZQUEZ, Jose Luis Torres (1992). «Exposicion de Trenes Miniatura en Badajoz». Maquetren (em espanhol). Ano 1 (4). Madrid: Resistor, S. A. p. 46 


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