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Templo de Vênus Ericina (Quirinal)

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 Nota: "Templo de Vênus Ericina" redireciona para este artigo. Para o outro templo à mesma deusa em Roma, veja Templo de Vênus Ericina (Capitólio).
Templo de Vênus Ericina
Templo de Vênus Ericina (Quirinal)
Denário do século I a.C. mostrando, no anverso, a efígie de Vênus Ericina, e no reverso, um templo no alto de um rochedo circundado por um muro com torres.
Localização atual
Templo de Vênus Ericina está localizado em: Roma
Templo de Vênus Ericina
Templo de Vênus Ericina
Coordenadas 41° 54′ 33,92″ N, 12° 29′ 47,42″ L
País  Itália
Região Lácio
Cidade Roma
Rione Trevi
Dados históricos
Fundação século II a.C.
República Romana
Roma
Notas
Acesso público Não

Templo de Vênus Ericina era um dos dois templos da Roma Antiga dedicados a Vênus Ericina, situado no monte Quirinal, do lado de fora do Pomério e perto da Porta Colina (antiga Região VI - Alta Semita).

Este templo foi prometido em 184 a.C. pelo cônsul Lúcio Pórcio Licino durante uma guerra contra os lígures e dedicado em 23 de abril[1] de 181 a.C. pelo seu filho[2][3][4], um dos duúnviros daquele ano[5].

No local ficava um oráculo[6] e se praticava a prostituição sagrada[1]. Provavelmente fazia parte dos Jardins Salustianos[4] e era chamado, inicialmente, também de "Aedes Veneris Hortorum Sallustianorum" ("Templo de Vênus nos Jardins Salustianos").

Neste local foi descoberto o famoso "Trono Ludovisi" (produzido em Locri) e a grande cabeça feminina conhecida como "Acrólito Ludovisi", que pode ser o que restou da grande estátua cultuada no local (ambas estão no Museo Nazionale Romano, no Palazzo Altemps[5][4])[7]. É possível ainda que ambas seja obras originais da Magna Grécia (datáveis em 460 a.C.)[4], vindas de um antigo templo de Erice e instaladas no templo construído justamente para abrigá-las em Roma como nova casa da divindade.

O Trono de Boston, também descoberto na área, e, segundo alguns, de uma época muito mais recente (século I d.C.), pode ser simplesmente uma falsificação[7].

O templo ficava no cruzamento entre a moderna via Sicilia e a via Lucania. No século XVI, suas ruínas ainda eram visíveis[5] e um desenho de Pirro Ligorio o representa como tendo uma base circular.

Segundo Estrabão, tratava-se de uma cópia do Templo de Vênus, na colina de Erice, dedicado à mãe de Enéas, e era circundado por belo pórtico colunado[8]. As colunas de mármore do templo foram preservadas por terem sido reutilizadas numa capela da igreja de San Pietro in Montorio[5].

É possível que seja este o templo representado num denário de 63-57 a.C., uma hipótese que, se confirmada, mostra que o templo era tetrastilo e ficava sobre um rochedo[3][9].

Referências

  1. a b Ovídio, Fastos, IV, 865-868.
  2. Lívio, XL, 34.4
  3. a b Maria Cristina Capanna (2012), p. 454.
  4. a b c d Coarelli (2012), p. 317.
  5. a b c d «Culto di Venere-Afrodite» (em italiano). Romano Impero 
  6. CIL VI, 2274.
  7. a b Maria Cristina Capanna (2012), p. 455.
  8. Estrabão, Geografia, VI.2.6
  9. Crawford 424/1; Sydenham 887.
  • Tito Livio. Ab Urbe condita libri (em latino). XXI-XXX. [S.l.: s.n.]  Parâmetro desconhecido |wkautor= ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido |cid= ignorado (ajuda); |língua= e |lingua= redundantes (ajuda)
  • Maria Cristina Capanna (2012). Andrea Carandini, ed. Regione VI. Alta Semita (em italiano). volume 1. [S.l.]: Mondatori Electa. ISBN 978-88-370-8510-0  Parâmetro desconhecido |collana= ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido |opera= ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido |pagine= ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido |cid= ignorado (ajuda)
  • Filippo Coarelli (1984). Guida archeologica di Roma (em italiano). [S.l.]: Arnoldo Mondadori editora 
  • Filippo Coarelli (2012). Roma (em italiano). [S.l.]: Editori Laterza. ISBN 978-88-420-8589-8  Parâmetro desconhecido |cid= ignorado (ajuda)