Thomas Robb

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Thomas Robb
Conhecido(a) por Líder do Ku Klux Klan
Nascimento 1946
Detroit, Michigan, Estados Unidos
Nacionalidade norte-americana
Ocupação Diretor Nacional dos Cavaleiros do Ku Klux Klan
Pastor do Christian Revival Center

Thomas Robb (Detroit, 1946) é um supremacista branco americano, líder do Ku Klux Klan e pastor do movimento Identidade Cristã.[1][2] É diretor Nacional do Partido de Cavaleiros, também conhecido como Cavaleiros do Ku Klux Klan,[3] tendo assumindo o controlo da organização, em 1989.[2]

Infância e juventude[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Detroit, Michigan e cresceu em Tucson, Arizona.[2] Completou o ensino superior no Colorado.[2]

Identidade cristã e atividades do KKK[editar | editar código-fonte]

Em dezembro de 2022, era pastor do Christian Revival Center em Zinc, Arkansas, um centro de Identidade Cristã onde pregava o racismo e o antissemitismo. O seu website — "Thomas Robb Ministries" — declara que "o povo anglo-saxão, germânico, escandinavo e seus parentes são 'O Povo' da Bíblia".[2]

Em 1989, assumiu a liderança dos Cavaleiros do Ku Klux Klan, originalmente chefiados por David Duke. Numa tentativa de ser melhor aceito pelo público geral, alterou o nome do seu cargo de "Grande Feiticeiro" para "Diretor Nacional" e renomeou a organização "Partido de Cavaleiros" ("The Knights Party").[2] Além disso, o grupo passou a aceitar membros via formulários enviados por correio, substituindo os ritos de iniciação — prática comum do KKK no passado.[2] Defendia o Klan como uma organização inofensiva, descrevendo-a como "gentil, otimista e amigável";[4] quando entrevistado no documentário da PBS Banished, comparou o capuz do KKK a uma gravata para um empresário, alegando que "é apenas tradição".[5]

Mantinha laços com outros grupos de extrema-direita; discursou no "Congresso Mundial" de líderes de grupos de ódio, organizado anualmente pela Nação Ariana; foi entrevistado pela rede de rádio supremacista branca Voice of Reason, de Jamie Kelso; e, virtualmente, contribuiu regularmente para o fórum de discussão supremacista branco Stormfront.[2] Em 1996, foi um dos pioneiros da "Teoria da conspiração do genocídio branco".

Em 2009, sua filha, Rachel Pendergraft, e as suas netas, Charity e Shelby Pendergraft, criaram uma banda musical "nacionalista branca", de nome Heritage Connection.[6]

O seu partido publica, trimestalmente, o jornal The Crusader. Em novembro de 2016, poucos dias antes da eleição presidencial, escreveu, para a primeira página do jornal, um artigo intitulado "Make America Great Again", onde anunciava o seu apoio a Donald Trump e à sua mensagem. A equipa da campanha de Trump respondeu renunciando ao artigo.[7]

Em maio de 2022, o YouTuber inglês Niko Omilana publicou um vídeo documentando as suas experiências em Zinc e Harrison, fazendo-se passar por jornalista da BBC. O vídeo inclui uma entrevista com Robb, onde, entre outras partidas, o líder do KKK é convencido por Omilana a gritar nomes de usuários falsos do Instagram cujos nomes soam de forma semelhante a frases como "BLM".[8]

Boatos de morte[editar | editar código-fonte]

A partir de um tweet sem fontes publicado em 21 de abril de 2023, espalhou-se um rumor de que Robb morrera. No entanto não há confirmação dessa informação e um aviso de possível hoax foi adicionado ao tweet pelo Twitter.[9]

Referências

  1. Conant, Eve (4 de maio de 2009). «Rebranding Hate in the Age of Obama». Newsweek. Consultado em 15 de julho de 2009. Cópia arquivada em 23 de maio de 2010 
  2. a b c d e f g h «Thomas Robb». Southern Poverty Law Center (em inglês). Consultado em 29 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 9 de setembro de 2018 
  3. Jones, Jonathan D. (18 de outubro de 2006). «Ku Klux Klan files suit against Rhino Times». News & Record. Consultado em 15 de julho de 2008. Cópia arquivada em 9 de junho de 2019 
  4. Ronson, Jon (2001). «New Klan». Cópia arquivada em 15 de maio de 2008 
  5. Maguire, Ellen (9 de fevereiro de 2008). «PBS's 'Banished' Exposes the Tainted Past of Three White Enclaves». Washington Post. Consultado em 30 de outubro de 2017. Cópia arquivada em 11 de novembro de 2012 
  6. «Another Adorable White-Power Sister Act». Southern Poverty Law Center. 6 de agosto de 2009. Consultado em 15 de agosto de 2008. Cópia arquivada em 9 de agosto de 2009 
  7. Holley, Peter (2 de novembro de 2016). «KKK's official newspaper supports Donald Trump for president». Washington Post. Consultado em 2 de novembro de 2016. Cópia arquivada em 8 de novembro de 2016 
  8. Browning, Oliver (16 de maio de 2022). «YouTuber pranks KKK leader into saying 'BLM' during fake BBC interview». The Independent. Consultado em 9 de junho de 2022 
  9. «twitter.com/DailyLoud/status/1649571716559978496?t=lRYJCGTw-U6p2Kd4_YYgtw&s=19». Twitter. Consultado em 12 de julho de 2023