Os Monarcas

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Os Monarcas
Os Monarcas
Veículos d'Os Monarcas na Praça da Bandeira, no aniversário de 101 anos de Erechim, 30 de abril de 2019
Informação geral
Origem Erechim, Rio Grande do Sul
País  Brasil
Gênero(s) música regionalista gaúcha
Período em atividade 1972 – atualmente
Integrantes Gildinho
João Argenir dos Santos
Varguinhas
Chico Brasil
Vanclei da Rocha
Tiago Machado
Guilian Siqueira
Ivanzinho
João Pedro Locatelli
Deividi "Alegrete"
Ex-integrantes Chiquito
Sebastião Couto de Arruda
Valdir Scoton
Hélio Schossler
Luiz Carlos Lanfredi
Nelson Falkembach
Ivan Vargas
Eurides Nunes
Nelsinho
Canudo
Bacudo
Paulo Feijó
Página oficial http://www.osmonarcas.com.br

Os Monarcas é um conjunto de música regionalista gaúcha, com uma das carreiras de maior longevidade da música regional do estado do Rio Grande do Sul, localizado na Região Sul do Brasil.[1]

História[editar | editar código-fonte]

A criação do grupo ocorreu oficialmente em 1974, mas o grupo começou a ser esboçado em 1967, na cidade de Erechim, quando Gildinho (Nésio Alves Correa), juntamente com seu irmão Chiquito (Francisco Desidério Alves Correa), criaram a dupla Gildinho e Chiquito.

Gildinho no CTG Galpão Campeiro de Erechim, em 19 de setembro de 2011

O começo como dupla[editar | editar código-fonte]

Durante alguns anos Gildinho e Chiquito trabalharam animando pequenos bailes na região do Alto Uruguai, apresentando diariamente, na Rádio Erechim, o programa "Assim canta o Rio Grande", e estudando acordeão na Escola de Belas Artes.

A dupla gravou, em 1969, seu primeiro disco, um compacto duplo, Os Trovadores do Sul, de pouco sucesso na época.

Depois, em 1974, gravaram mais um disco: Galpão em Festa.

Nasce o conjunto[editar | editar código-fonte]

Em 1974, juntaram-se à dupla os músicos João Argenir dos Santos (guitarra), Luiz Carlos Lanfredi (contrabaixo) e Nelson Falkembach (bateria).

Em 1976 gravam Gaúcho Divertido, o terceiro disco.

Com esta formação de cinco músicos, o grupo gravou, em 1978, o primeiro LP, O Valentão Bombachudo, pela Gravadora Warner/Continental, iniciando uma trajetória de sucessos e reconhecimento ímpar no cenário da música regionalista do sul do Brasil, gravando 26 álbuns em 28 anos de trabalho.

Anos 1980[editar | editar código-fonte]

A década de 1980 rendeu ao conjunto a gravação de seis LPs, sendo gravados, além do pioneiro O Valentão Bombachudo (1978), os álbuns Isto é Rio Grande (1980), Grito de Bravos (1982), Rancho sem Tramela (1985), Chamamento (1986), Fandangueando (1988) e Do Sul para o Brasil (1989).

Em 1988, com a gravação do LP Fandangueando, o grupo recebeu mais um integrante, Ivan Vargas, que permaneceu no grupo até 2021 como vocalista.

Ao final de pouco mais de uma década de trabalho, o grupo já tinha seu talento reconhecido. O sucesso maior, porém, estava chegando juntamente com os anos 90.

A década de ouro 1990[editar | editar código-fonte]

A década de 1990, que trouxe o efetivo sucesso em termos de vendagem de álbuns, começou com uma mudança na estrutura do conjunto: já em 1990 um dos pioneiros, o acordeonista Chiquito, deixou o grupo para fundar o conjunto Chiquito & Bordoneio. Para o seu lugar foi chamado o também acordeonista Leonir Vargas, catarinense de Irani, conhecido como Varguinhas.

Em 1991 foi gravado o primeiro grande sucesso de vendas do grupo, o LP Cheiro de Galpão, campeão de vendas no Brasil naquele ano, de todos os álbuns regionais lançados. A vendagem deste álbum rendeu ao grupo, em 1992, o primeiro Disco de Ouro.

O conjunto cresceu no sucesso e no tamanho em 1992, com a chegada de Francisco de Assis Brasil, o Chico Brasil, premiado instrumentista de gaita-ponto.

A conquista do segundo Disco de Ouro veio com a gravação, no outono de 1994, do LP e CD Eu Vim Aqui Para Dançar, um álbum com 14 faixas. Em uma seqüência de sucessos, logo em 1995 foi gravado o CD Rodeio da Vida, apontado pela crítica como melhor disco do ano.

O final da década de 1990 trouxe para o grupo uma importante mudança: em 1999 ocorreu a troca de gravadora, da Chantecler para a ACIT e, já neste ano, foi gravado o primeiro trabalho pela nova gravadora, o CD "Locomotiva Campeira". Foi também no ano de 1999 que o conjunto recebeu um novo integrante, o baterista Vanclei da Rocha.

Anos 2000: mais sucesso[editar | editar código-fonte]

Nesta década o conjunto obteve a conquista de mais dois discos de ouro. O terceiro veio a partir da vendagem de mais de 100.000 cópias do álbum "30 Anos de Estrada", no qual o conjunto regravou 23 grandes sucessos. Mais tarde, em 2004, o conjunto lançaria o álbum "Só Sucessos", que rendeu o quarto disco de ouro.

Em 2005/2006, em meio ao processo de produção do álbum "Recordando o Tempo Antigo", houve o ingresso do acordeonista Tiago Machado.

Anos 2010[editar | editar código-fonte]

No ano de 2011 ocorreram novas mudanças na formação do conjunto. O contrabaixista Luiz Carlos Lanfredi teve de se afastar devido a problemas de saúde. Para assessorar, chegou o talentoso contrabaixista Guilian Siqueira, conhecido simplesmente por Siqueira. Também houve o ingresso do vocalista Jeferson Pereira Gamin, o Bacudo,[2] um dos grandes nomes da música tradicionalista gaúcha e responsável pela primeira gravação de sucessos consagrados, como De Chão Batido, Iguaria Campeira, Gritos de Liberdade e a Nossa Vaneira.

Em 2016 grandes novidades ocorrem no conjunto, gravam o terceiro DVD em Nova Bassano, com os melhores sucessos e também músicas inéditas. Há também a participação de Thomas Machado, que participou do The Voice Kids. Em 2019 retornou ao grupo o antigo vocalista e percussionista Nelson Falkembach, saindo no ano seguinte. Já em 2021, foi a vez de Ivan Vargas se aposentar dos palcos, revelado no seu episódio na websérie "Minha História nos Monarcas".[3]

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • 1969: Os Trovadores do Sul
  • 1974: Gaúcho Divertido
  • 1976: Galpão em Festa
  • 1978: O Valentão Bombachudo
  • 1980: Isto é Rio Grande
  • 1982: Grito de Bravos
  • 1985: Rancho Sem Tramela
  • 1986: Chamamento
  • 1988: Fandangueando
  • 1989: Do Sul Para o Brasil
  • 1991: Cheiro de Galpão
  • 1992: Os Monarcas
  • 1994: Eu Vim Aqui Para Dançar
  • 1995: Rodeio da Vida
  • 1997: Do Rio Grande Antigo
  • 1999: Locomotiva Campeira
  • 2000: No Tranco dos Monarcas
  • 2001: 30 Anos de Estrada
  • 2002: A Gaita Gaúcha dos Monarcas
  • 2003: Alma de Pampa
  • 2004: Só Sucessos
  • 2006: Recordando o Tempo Antigo
  • 2007: DVD e CD 35 Anos - História, Música e Tradição - Ao Vivo
  • 2008: A Marca do Rio Grande
  • 2009: Os Monarcas Interpretam João Alberto Pretto
  • 2011: Cantar é Coisa de Deus
  • 2012: DVD e CD 40 Anos - Ao Vivo
  • 2013: Alma de Gaita
  • 2015: Perfil Gaúcho
  • 2017: DVD 45 Anos - Ao Vivo
  • 2017: Tô Pegando a Estrada
  • 2018: Identidade Monarca
  • 2021: Marca Monarca
  • 2023: 50 Anos

Coletâneas[editar | editar código-fonte]

  • 1990: O Melhor de Os Monarcas
  • 1996: Dose Dupla - Vol. I
  • 1996: Dose Dupla - Vol. II
  • 1996: Os Sucessos do Grupo Os Monarcas
  • 2003: Os 16 Grandes Sucessos de Os Monarcas
  • 2005: Série Duplo Pra Você
  • 2005: Os Sucessos do Grupo Os Monarcas

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Prêmio Açorianos[editar | editar código-fonte]

Ano Categoria Indicação Resultado
2001[4] Grupo de Música Regional Os Monarcas Venceu
Disco de Música Regional[1] A Gaita Gaúcha dos Monarcas Indicado
2007[5] DVD do Ano Os Monarcas 35 Anos - História, Música e Tradição - Ao Vivo Indicado
2008[6] Disco de Música Regional A Marca do Rio Grande Indicado

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • 2012: Homens de Sucesso - A biografia de Chiquito e Gildinho, de José Otavio Marques da Silva, Editora Maneco

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 2001». Consultado em 18 de abril de 2018 
  2. «Os Monarcas - Notícias». www.osmonarcas.com.br. Consultado em 25 de julho de 2015 
  3. Web Série Minha História nos Monarcas - Episódio VI - Ivan Vargas.. Youtube, 27 de maio de 2021.
  4. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Vencedores do Prêmio Açorianos de Música - 2001». Consultado em 18 de abril de 2018 
  5. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 2007». Consultado em 2 de maio de 2018 
  6. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 2008». Consultado em 2 de maio de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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