Tozinameran
Comirnaty
Tipo de vacina |
RNA mensageiro (mRNA) |
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Doença para tratar | |
Patente |
2 de Dezembro de 2020 |
País em causa |
Brasil, Estados Unidos e outros 97 paises. |
Primeira vacinação |
8 de Dezembro de 2020 no Reino unido |
Reforço |
Recomendavel pelo FDA para maiores de 65 anos. |
Categoria na gravidez |
Recomendado para gravidas pelo Ministerio da Saùde do Brasil. |
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Rota de administração |
Intramuscular |
Tozinameran, comercializada sob a marca Comirnaty e denominada popularmente por vacina da BioNTech/Pfizer,[1] é uma vacina contra a COVID-19.[2] A companhia alemã de biotecnologia BioNTech é a desenvolvedora inicial de sua tecnologia e, em março de 2020, no começo da pandemia, aliou-se à farmacêutica americana Pfizer para acelerar o projeto do imunizante.[3][4] A Pfizer disse que 50 milhões de doses estariam disponíveis até o fim de 2020 e que outras 1,3 bilhão foram produzidas até o fim de 2021.[5]
Testes clínicos começaram em abril de 2020;[6] em novembro, a vacina entrou na fase III dos testes, com mais de 40 000 participantes.[7] Uma análise provisória de um estudo mostrou que a eficácia deste vacina gira em torno de 91,3% na prevenção de infecção sintomática dentro de sete dias de uma segunda dose.[8][9] Entre efeitos colaterais está uma pequena dor na região da injeção, fadiga e dor de cabeça.[10][11] Efeitos colaterais mais sérios, como reações alérgicas, são extremamente raros,[12] com nenhum caso de fatalidade ou complicações de longo prazo sendo reportados.[13][14]
Atualmente a vacina foi autorizada para uso por órgãos sanitários e de saúde, em algum nível, em pelo menos 84 países, incluindo Estados Unidos e Canadá, países da União Europeia, Reino Unido, Austrália, Ucrânia, Israel, Brasil, Bangladesh, México, Japão e Cingapura.[15][16] Em março de 2021, a Pfizer e a BioNTech afirmaram que planejavam produzir cerca de 2,5 bilhões de doses da vacina ainda em 2021.[17][18]
Fórmula
[editar | editar código-fonte]A vacina genética possui uma sequência de RNA mensageiro sintético codificando a proteína spike do SARS-CoV-2 e sendo envolta por nanopartículas lipídicas.[4][19]
Armazenamento
[editar | editar código-fonte]Devido à sua tecnologia, o imunizante precisa ser armazenado e transportado em temperaturas inferiores a -70°C, o que pode ser um problema para muitos países, inclusive para o Brasil. No entanto, segundo o presidente da Pfizer Brasil, ela pode ficar em geladeiras comuns por até cinco dias.[20]
Posologia
[editar | editar código-fonte]A BNT162b2 requer duas doses de 0,3ml a serem aplicadas num período de três semanas.
Eficácia preliminar
[editar | editar código-fonte]Em 9 de novembro de 2020, a análise preliminar de 94 casos de COVID-19 no estudo clínico que envolve 43 538 participantes mostrou que a vacina possui uma eficácia de pouco mais de 90% em prevenir infecções após o paciente tomar a segunda dose.[21][22][23]
Efeitos colaterais e contraindicações
[editar | editar código-fonte]Efeitos colaterais do imunizante incluem, principalmente, mialgia (dor) e febre.[21][22]
Ela também pode causar choque anafilático, principalmente [segundo indicações preliminares, em dezembro de 2020] em quem já teve reações alérgicas graves antes.[24][25][26]
Por precaução, inicialmente menores de 16 anos, gestantes e lactantes não serão imunizados, já que estes grupos não participaram dos testes.
Aprovação para uso emergencial
[editar | editar código-fonte]Em 08 de dezembro de 2020, o Reino Unido foi o primeiro país a usar a vacina de forma emergencial, após a liberação dos órgãos de saúde oficiais do país. A mesma autorização foi dada cerca de sete dias depois nos Estados Unidos,[27] México, Bahrein, Canadá e Arábia Saudita.[28][29]
Em 21 de dezembro ela foi autorizada também pela União Europeia.[1]
Aprovação de uso definitivo
[editar | editar código-fonte]A Suíça foi o primeiro país a autorizar a vacina de forma permanente, no dia 19 de dezembro de 2020.[23] No dia 23 de setembro de 2021 países como
Estados Unidos,[30] Brasil,[31] Canadá[32] Nova Zelândia[33] e Arábia saudita também já tinham aprovado o uso definitivo da vacina.
Comercialização
[editar | editar código-fonte]No Brasil, em meados de novembro de 2021, a vacina já era a mais usada no Brasil e conforme o 68º Informe Técnico do Ministério da Saúde no dia 24 de novembro, 139.762.908 doses deste imunizante haviam sido distribuídos até aquela data, com a vacina de Oxford-Astrazeneca ficando em segundo lugar, com 118.440.440 doses distribuídas.[34][35]
Referências
- ↑ a b «First COVID-19 vaccine authorised for use in the European Union». European Centre for Disease Prevention and Control (em inglês). 21 de dezembro de 2020. Consultado em 21 de dezembro de 2020
- ↑ «International Nonproprietary Names for Pharmaceutical Substances (INN)» (PDF) (em inglês). 3 de novembro de 2020. Consultado em 18 de Dezembro de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 27 de novembro de 2020
- ↑ «Pfizer e BioNTech unem esforços para desenvolver vacina contra o novo coronavírus». 17 de março de 2020. Consultado em 12 de Novembro de 2020
- ↑ a b «BNT162 SARS-CoV-2 Vaccine» (em inglês). Consultado em 12 de Novembro de 2020
- ↑ «Covid: How close are we to a vaccine?» (em inglês). 11 de novembro de 2020. Consultado em 12 de Novembro de 2020
- ↑ «Study to Describe the Safety, Tolerability, Immunogenicity, and Potential Efficacy of RNA Vaccine Candidates Against COVID-19 in Healthy Adults». Cópia arquivada em 8 de maio de 2020
- ↑ «Update on our COVID-19 vaccine development program with BNT162b2» (PDF) (Nota de imprensa). BioNTech. 2 de dezembro de 2020. Consultado em 12 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2020
- ↑ Herper M (9 de novembro de 2020). «Covid-19 vaccine from Pfizer and BioNTech is strongly effective, early data from large trial indicate». STAT. Consultado em 9 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2020
- ↑ «Pfizer and BioNTech Confirm High Efficacy and No Serious Safety Concerns Through Up to Six Months Following Second Dose in Updated Topline Analysis of Landmark COVID-19 Vaccine Study». BioNTech (Nota de imprensa). 1 de abril de 2021. Consultado em 11 de abril de 2021. Cópia arquivada em 4 de abril de 2021
- ↑ Polack FP, Thomas SJ, Kitchin N, Absalon J, Gurtman A, Lockhart S, Perez JL, Pérez Marc G, Moreira ED, Zerbini C, Bailey R, Swanson KA, Roychoudhury S, Koury K, Li P, Kalina WV, Cooper D, Frenck RW, Hammitt LL, Türeci Ö, Nell H, Schaefer A, Ünal S, Tresnan DB, Mather S, Dormitzer PR, Şahin U, Jansen KU, Gruber WC (Dezembro de 2020). «Safety and Efficacy of the BNT162b2 mRNA Covid-19 Vaccine». N Engl J Med. 383 (27): 2603–15. PMC 7745181. doi:10.1056/NEJMoa2034577
- ↑ «Questions and Answers About Pfizer–BioNTech COVID-19 Vaccine». Pfizer. Consultado em 16 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 23 de dezembro de 2020
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- ↑ «Comirnaty EPAR». European Medicines Agency (EMA). Consultado em 23 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 17 de março de 2021
- ↑ «Coronavirus vaccine». National Health Service. 7 de dezembro de 2020. Consultado em 7 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 7 de dezembro de 2020
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- ↑ «Pfizer–BioNTech COVID-19 Vaccine». U.S. Food and Drug Administration (FDA). 3 de fevereiro de 2021. Consultado em 5 de fevereiro de 2021. Cópia arquivada em 14 de janeiro de 2021
- ↑ «Pfizer and BioNTech to Supply the European Union with 200 Million Additional Doses of Comirnaty» (Nota de imprensa). BioNTech. 17 de fevereiro de 2021. Consultado em 1 de março de 2021. Cópia arquivada em 26 de fevereiro de 2021
- ↑ Kresge N (30 de março de 2021). «BioNTech Raises Covid Vaccine Target to 2.5 Billion Doses». Bloomberg. Consultado em 11 de abril de 2021. Cópia arquivada em 11 de abril de 2021
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- ↑ Segundo, iG Último (16 de dezembro de 2020). «Vacina da Pfizer causa reação alérgica grave nos EUA». Saúde. Consultado em 17 de dezembro de 2020
- ↑ «O que se sabe sobre os 4 casos de reação alérgica à vacina contra covid-19». BBC News Brasil. Consultado em 19 de dezembro de 2020
- ↑ Commissioner, Office of the (14 de dezembro de 2020). «FDA Takes Key Action in Fight Against COVID-19 By Issuing Emergency Use Authorization for First COVID-19 Vaccine». FDA (em inglês). Consultado em 17 de dezembro de 2020
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- ↑ «68º Informe Técnico» (PDF). Ministério da Saúde. 24 de novembro de 2021. Consultado em 25 de novembro de 2021
- ↑ «67º Informe Técnico» (PDF). Ministério da Saúde. 18 de novembro de 2021. Consultado em 25 de novembro de 2021