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Membros da banda[editar | editar código-fonte]

Ex-membros[editar | editar código-fonte]

Alexandre Soares frequentou o curso de Direito e em 1980 esteve à procura de elementos para formar uma banda. Convidou Vítor Rua e Tóli César Machado para formarem os GNR. Na banda assumiu as vocalizações nos dois primeiros singles – "Portugal na CEE" e "Sê um GNR" – mas com a entrada de Rui Reininho, em 1982, passou a assumir maioritariamente a guitarra. Saiu da banda em 1987.[1]

Vítor Rua integrou a formação portuense de covers de folk-rock, King Fisher's Band, entre 1976 e 1977, inicialmente enquanto teclista e posteriormente como bandolinista, percussionista e vocal. Em 1980 foi convidado por Alexandre Soares para formar uma banda na qualidade de guitarrista. Saiu da banda em 1982.[2]

Membros atuais[editar | editar código-fonte]

Tóli César Machado começou desde tenra idade a dedicar-se à música e o seu primeiro instrumento foi a bateria, entregando-se depois a outros instrumentos, tais como a guitarra, teclas e acordeão, entre outros. A sua estreia ao vivo aconteceu no colégio Alemão, no Porto, por volta dos 18 anos de idade, a convite de amigos que tinham uma banda e frequentavam essa escola. A vaga que surgiu na bateria, foi ocupada com dedicação e originalidade técnica deixando a plateia deslumbrada. Alexandre Soares, espetador atento, não hesitou em convidar Tóli para dar início à criação de um percurso notável no panorama musical, ao desenvolveram uma das bandas mais emblemáticas, e seguramente a mais criativa, do pop rock português. Nasceram assim os GNR em 1980, no Porto, nas mãos de Alexandre Soares, Vítor Rua e de Tóli César Machado, que atualmente é o único elemento fundador residente.[3]

Rui Reininho

Jorge Romão

"Os GNR não sentem que escreveram igualmente retratos de momentos da nossa história que podiam ter sido aproveitados?":
"Mas não foram, nem sequer pela publicidade. É curioso, parece que fomos sempre 'anti tudo', nunca fomos um grupo do regime, nem nunca nos deixaram vender nada, nem cerveja nem coisa nenhuma. Ninguém nos quer."
— Resposta de Tóli César Machado em entrevista à Blitz.[4]

Em 2015, Rui Reininho foi galardoado pela Câmara Municipal de Matosinhos com a Medalha de Mérito Dourada.[5]


O estilo musical foi classificado no início da carreira como pós punk, patente nos singles "Portugal na CEE" e "Sê Um GNR", ambos de 1981, em que tiveram uma orientação amplamente provocadora e com um bom volume de vendas. Com a entrada de Rui Reininho, em 1981, a escrita das canções começou a conter um refinado humor e sarcasmo, complementadas por composições engenhosamente mirabolantes, que passaram a ser a imagem de marca da banda. Posteriormente exploraram vertentes de música experimental e pop de vanguarda no primeiro álbum, Independança (1982), que resultou num fracasso nas vendas mas com rasgados elogios da crítica musical. Após algumas mudanças no seio da formação, seguiram uma tendência maioritariamente pop rock, fruto da mirífica e distinta criação musical de Tóli César Machado, com destaque para os trabalhos Psicopátria e Valsa dos Detectives de 1986 e 1989, respetivamente. No álbum In Vivo (1990) alcançaram um elevado número de vendas, mas foi com Rock in Rio Douro (1992) que atingiram o apogeu da carreira arrecadando quatro discos de platina e a proeza de serem a primeira banda portuguesa a realizar concertos que encheram dois estádios de futebol – Estádio José Alvalade (1992) e Estádio das Antas (1993) – entre outros memoráveis concertos nos Coliseus de Lisboa e Porto, Theatro Circo, Pavilhão Atlântico e Casa da Música. Os temas que consagraram a banda foram "Portugal na CEE", "Dunas", "Efectivamente", "Vídeo Maria", "Morte ao Sol", "Sangue Oculto", "Pronúncia do Norte" e "+ Vale Nunca", entre outros, incluídos no repertório habitual dos concertos.


Reconhecimento[editar | editar código-fonte]

Os GNR desde sempre receberam aclamação da crítica, sendo considerados uma das melhores bandas nacionais. Em 1981, os singles "Portugal na CEE" e "Sê um GNR" ultrapassaram os 15 mil discos vendidos e, em 1986, o álbum Psicopátria conquistou o disco de prata, num ano em o rock português atravessava uma crise de identidade. Em 1989, o trabalho Valsa dos Detectives também obteve o disco de prata. Em 1991, o álbum In Vivo atingiu a dupla platina, com mais de 60 mil cópias vendidas. Rock in Rio Douro (1992) vendeu 94 mil cópias e esteve trinta e oito semanas no top nacional, atingindo o galardão de quatro discos de platina. O mega sucesso do disco levou os GNR a atuarem no estádio José Alvalade, tornando-se a primeira banda portuguesa a encher um estádio de futebol. Em 1996, a primeira coletânea Tudo o que você queria ouvir - O Melhor dos GNR, atingiu a platina com vendas superiores a 40 mil exemplares. Em 1999, foram nomeados na categoria de "Banda do Ano", para a edição dos Globos de Ouro da estação televisiva SIC.

A segunda coletânea Câmara Lenta - 16 Slows do Melhor GNR - Vol.2 de 2002, atingiu o primeiro lugar do top nacional de vendas.[6] A 5 de março de 2005, por despacho do Ministério da Cultura, foi atribuída a Medalha de Mérito Cultural ao Grupo Novo Rock (GNR), pelo Presidente da República Jorge Sampaio, devido à importância cultural que a banda adquiriu no panorama musical português ao longo de vinte e cinco anos, que se comemoram nessa ocasião.[7] Em 2011 o álbum Voos Domésticos entrou diretamente para o top da tabela nacional de vendas no qual se manteve durante uma semana para depois ir gradualmente descendo até ao 17º lugar. Esse trabalho contém reedições de antigos sucessos e um novo tema, “Cais”. Em 2015, o álbum Caixa Negra foi eleito o melhor disco da música portuguesa, pela revista Blitz alcançando a quinta posição na tabela nacional de vendas, na qual permaneceu durante uma semana, descendo progressivamente até ao 26º lugar por quatro semanas.[8] No dia 11 de novembro de 2016 a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) entregou a Medalha de Honra da instituição aos GNR, pela passagem dos seus 35 anos de carreira. A homenagem foi o reconhecimento de uma formação marcante na história da música portuguesa que consolidou o "pop rock" nacional com criatividade e irreverência.[9] Neste ano, a banda tornou a ser nomeada para os Globos de Ouro na categoria de melhor grupo.[10] O duplo álbum e dvd Os Primeiros 35 Anos – Ao vivo de 2017, ocupou o terceiro lugar de vendas nacionais, na qual permaneceu durante três semanas.[11]

Filantropia[editar | editar código-fonte]

Em 2010, o baixista Jorge Romão ofereceu dois dos seus baixos, modelos que foram utilizados em concertos marcantes da banda (um deles foi no concerto de gravação do disco In vivo) para apoiar os Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora.[12]

Projectos paralelos[editar | editar código-fonte]

Rui Reininho

Como ator participou no filme Reporter X de José Nascimento, em 1986 e em 1989 participou no filme Voltar de Joaquim Leitão.[13] Em 2006 foi convidado a participar na série da RTP Bocage na qual interpretou a personagem Vincenzo Lunardi, um pioneiro de aeronáutica.[14] Teve uma breve participação no tele-filme da SIC Amo-te Teresa (2000) interpretando o papel de um agente da Guarda Nacional Republicana (GNR).[15]

Enquanto escritor lançou o seu primeiro livro em 1983 intitulado Sifilis versus Bilitis pela &etc Editora e em 2006 segui-se Líricas Come On & Anas pela editora Palavra, que retrata numa síntese os vinte e cinco anos dos GNR e da carreira de Rui Reininho contendo algumas letras de canções de sua autoria.[16]

Na carreira a solo, Reininho apresentou o seu primeiro álbum intitulado Companhia Das Índias, no dia 9 de dezembro de 2008. Contou com a colaboração de vários músicos, nomeadamente Alexandre Soares (fundador dos GNR), Rodrigo Leão, Paulo Furtado (The Legendary Tigerman), New Max (Expensive Soul), Slimmy, Margarida Pinto (Coldfinger) e JP Coimbra (Mesa). Composto por treze temas, teve a produção e direção musical de Armando Teixeira.[17] Três dias antes do lançamento do álbum, o single "Bem Bom" foi distribuído gratuitamente pelo jornal Público.[18]

Tóli Cesar Machado

Compôs o tema "Asas Elétricas" para a banda sonora do filme Amo-te Teresa (2000). Para telenovelas compôs os temas "Nunca mais digas Adeus" e "Vocês" em Nunca Digas Adeus (2001) e "Essa Fada" em "Sonhos Traídos" (2002), composições realizadas em conjunto com os GNR.[19] Compôs ainda em nome próprio a banda sonora original do telefilme "Amor Perdido" de 2001.[20]

Na carreira a solo, Tóli lançou o primeiro álbum Contrário da Escuridão, a 13 de abril de 2018, e contou com a colaboração de alguns artistas lusófonos como convidados. No âmbito do projeto "Espírito", o compositor esteve a planear durante cinco ou seis anos o trabalho em nome próprio, que coincidiu com o período em que compôs com os GNR, o último álbum de estúdio, Caixa Negra (2015). Na parte literária das canções, o músico convidou José Luís Peixoto, Tiago Torres da Silva, Mário João Alves, Adolfo Luxúria Canibal e Jónatas Pires. Para dar voz a oito dos dez temas, Tóli convidou Ricardo Ribeiro, Adolfo Luxúria Canibal, Selma Uamusse, Dom La Nena e Marcela Freitas. Rui Maia (X-Wife e Mirror People) foi o convidado para a produção do álbum.[21]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Discografia de GNR

Álbuns de originais[editar | editar código-fonte]

Colaborações[editar | editar código-fonte]

Bandas sonoras[editar | editar código-fonte]

Membros[editar | editar código-fonte]

Actuais[editar | editar código-fonte]

  • Rui Reininho - Voz (1981-presente)
  • Jorge Romão - Baixo (1983-presente)
  • Tóli César Machado - Acordeão, guitarra (1980-presente)
  • Samuel Palitos - Bateria (2015-presente)
  • Tiago Maia - Guitarra (2015-presente)
  • Paulo Borges - Teclas (2015-presente)

Antigos[editar | editar código-fonte]

  • Alexandre Soares - Guitarra (1980-1987)
  • Vítor Rua - Guitarra e Baixo (1980-1983)
  • Zezé Garcia - Guitarra (1987-1994)
  • Alexandre Manaia - Guitarra (1994-1998)
  • António Mão de Ferro - Guitarra (1998-2007)
  • Andrew "Andy" Torrence - Guitarra (2007-2015)
  • Mano Zé - Baixo (1980-1981)
  • Miguel Megre - Teclas (1981-1982)
  • Manuel Ribeiro - Teclas (1985-1989)
  • Telmo Marques - Teclas (1989-1997)
  • Hugo Novo - Teclas (2006-2015)
  • Ruka (Rui Lacerda) - Bateria (2006-2015)

Referências

  1. «Alexandre Soares-Biografia». Sinfonias de Aço–Anos 80. 25 de agosto de 2016. Consultado em 11 de agosto de 2017 
  2. «Vítor Rua–Biografia». Sinfonias de Aço–Anos 80. 27 de agosto de 2016. Consultado em 11 de agosto de 2017 
  3. Torres 2016, pp. 18, 49
  4. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome FCML_05
  5. «GNR abrem "Caixa Negra" de 35 anos de êxitos em Matosinhos». Ver Portugal. 25 de agosto de 2015. Consultado em ??  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  6. «Caixa Negra (álbum)». Portuguese Charts. Consultado em ??  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. «Diário Da República — II Série». Diário Da República. 23 de maio de 2005. Consultado em ??  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  8. «Caixa Negra (álbum)». Portuguese Charts. Consultado em ??  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  9. «GNR Medalha de Honra da SPA». SPAutores. 12 de novembro de 2016. Consultado em ??  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  10. «Márcia, Agir, GNR e Moonspell nomeados para os Globos de Ouro». Blitz. 20 de abril de 2016. Consultado em ??  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  11. «OS PRIMEIROS 35 ANOS - AO VIVO (ALBUM)». Portuguese Charts. Consultado em ??  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  12. Torres 2016, p. 220
  13. Reininho 2006, p. 106
  14. Torres 2016, p. 215
  15. Torres 2016, p. 188
  16. Torres 2016, p. 209
  17. Miguel Judas (4 de dezembro de 2008). «Reininho, o mágico». Visão. Consultado em ?  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  18. Torres 2016, p. 217
  19. «MiniBIO: Tóli César Machado». Consultado em 1 de maio de 2017 
  20. «AMOR PERDIDO (2000) - SINOPSE». Consultado em 1 de maio de 2017 
  21. Filipa Almeida Mendes (9 de junho de 2018). «Tóli César Machado deixou os GNR temporariamente sós para fazer um disco "menos mainstream"». Jornal Público. Consultado em ??  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  22. Ana Isabel Soares (17 de fevereiro de 2013). «GNR-Coliseu Porto-Afectivamente». Noite e Música Magazine. Consultado em 1 de maio de 2014 
  23. «Grupo Novo Rock-Tópico Oficial dos GNR». Eurogamer. 28 de agosto de 2011. Consultado em 1 de maio de 2014 
  24. «CD da Banda Sonora Original "Lua Vermelha"». Sapo PT. 2 de dezembro de 2011. Consultado em 7 de maio de 2014 

Bibliografia

  • Torres, Hugo (2016). GNR–Onde nem a Beladona Cresce. Rua da Restauração 365, 4099-023 Porto: Porto Editora. 247 páginas. ISBN 978-972-0-04781-6 
  • Reininho, Rui (2006). Líricas Come On & Anas. Rua Joshua Benoliel, 6 - 5ªB, 1250-133 Lisboa: Editora Palavra. 168 páginas. ISBN 989-627-024-4