Usuário(a):Matias Vigo Da Silva/Protetor Auditivo

Um tipo de protetor auricular para água e poeira.

Um protetor auricular é um dispositivo que deve ser inserido no meato acústico externo para proteger as orelhas do usuário contra ruídos altos ou a intrusão de água, corpos estranhos, poeira ou vento excessivo.

Proteção contra a água

Alguns Protetores Auriculares são projetados principalmente para manter a água fora do meato acústico, especialmente durante a natação e esportes aquáticos. Este tipos de protetores podem ser feito de cera ou silicone moldável que são adaptados ao meato acústico externo pelo utilizador.

Exostose, ou ouvido de nadador, é uma condição que afeta pessoas que passam muito tempo na água em climas frios. Além disso, o vento pode aumentar a prevalência da quantidade de exostose vista em um ouvido versus o outro dependente da direção de origem e da orientação do indivíduo para o vento. Protetores Auriculares feitos sob medida ajudam a reduzir a quantidade de água fria e vento que é permitida a entrada no meato acústico externo e, assim, ajudam a retardar a progressão da exostose.

Outra condição é a otite externa, que é uma infecção do meato acústico externo. Esta forma de infecção difere daqueles que ocorrem comumente em crianças atrás do tímpano, que é otite média ou uma infecção do ouvido médio. Os sintomas desta infecção incluem: coceira, vermelhidão, inchaço, dor ao puxar o pavilhão auricular ou drenagem. Para proteger desta forma de infecção, é importante secar completamente as orelhas depois de as expor à água com uma toalha. Para proteger as orelhas durante a exposição, o indivíduo pode usar uma touca de cabeça, protetores auriculares ou moldes de banho personalizados.

Jacques-Yves Cousteau alertou que os protetores auriculares são prejudiciais aos mergulhadores. Eles respiram ar comprimido ou outras misturas de gases a uma pressão correspondente à pressão da água. Essa pressão também está dentro da orelha, mas não entre o tímpano e o protetor auricular, de modo que a pressão por trás do tímpano geralmente explode o tímpano. Os mergulhadores de baixa profundidade têm menos pressão dentro das orelhas, mas também têm apenas pressão atmosférica no Meato Acústico Externo. A Associação Profissional dos Instrutores de Mergulho (Professional Association of Diving Instructors-PADI) aconselha no "Manual do Mergulhador em Águas Abertas" que somente os protetores auriculares projetados para mergulho, sejam utilizados para este fim.

Proteção auditiva

Existem quatro tipos principais de Protetores Auriculares

• Protetores auriculares de espuma, feitos principalmente de cloreto de polivinil (PVC) ou poliuretano (PU) (espuma de memória), que são comprimidos (enrolados) e colocados no meato acústico, onde se expandem para ocluí-lo.
• Protetores auriculares de silicone, que são rosqueados e cuidadosamente moldados para encaixar sobre a parte externa do meato acústico externo
• Protetores auriculares com flange, incluindo a maioria dos tipos de protetores auriculares para músicos ou 'Hi-Fi'.
• Protetores auriculares personalizados, feitos a partir de um molde da orelha do usuário e projetados para encaixar com precisão todas as formas do meato acústico externo.

O NIOSH Mining Safety and Health Research recomenda o uso do método de macetar, puxar e segurar ao usar protetor auricular de espuma de memória. O processo envolve o usuário enrolando o protetor em uma haste fina, puxando a orelha para trás e segurando o protetor no meato acústico externo com o dedo. Para obter uma vedação completa, o usuário deve esperar cerca de 20 a 30 segundos para que o protetor se expanda dentro do meato acústico externo.

Protetores auriculares são mais eficazes quando o usuário foi devidamente treinado para uso e inserção. Os empregadores podem fornecer este treinamento antes de dispensar proteção auditiva a seus funcionários. O treinamento para uso do protetor inclui: inserção, verificação de selo, verificação de profundidade, remoção, limpeza e substituição. Ao treinar em inserção, o objetivo é que o trabalhador entenda a estratégia correta de inserção. O treinamento efetivo de inserção impede que a mesma seja realizada de maneira equivocada, que pode resultar em desconforto ou atenuação inadequada. Quando esta etapa é alcançada, a vedação e a profundidade precisam ser verificadas.Todos os protetores para os ouvidos têm uma profundidade e uma vedação desejadas que precisam de ser conseguidas para proporcionar a atenuação para o usuário. Em seguida, o trabalhador será treinado sobre como remover corretamente os protetores auriculares e limpá-los. Isso permitirá vários usos, reduzindo as chances de infecção. Para evitar ainda mais a infecção, é importante que o trabalhador entenda quando precisará substituir os protetores. Uma vez que os plugues tenham sido desgastados pelo uso repetido, eles também não irão vedar corretamente ou fornecer o nível de atenuação adequado, sendo mais um motivo para substitui-lo.

Protetores auriculares e outros dispositivos de proteção auditiva podem ser testados para garantir que eles se encaixem corretamente e limitem com sucesso a exposição ao som com vários sistemas diferentes, a maioria dos quais usa protetores auriculares do tipo concha que se ajustam que se ajustam ao ouvido e transmitem os sons de teste. Estes incluem o NIOSH HPD Well-Fit, assim como o Howard Leight VeriPro e o 3MEARFit.

Os protetores auriculares são especialmente úteis para pessoas expostas a dispositivos ou ambientes excessivamente ruidosos (80 dB ou mais).

Níveis Recomendados de Exposição ao Ruído-NIOSH

Nível de ruído em dB (A)	Tempo máximo de exposição diária
85	8 horas
91	2 horas
97	30 minutos
103	7 minutos

História

A primeira menção registrada do uso de protetores de auriculares está no conto grego Odyssey, onde a tripulação de Odysseus é advertida sobre as sereias que cantam de uma ilha pela qual navegarão. Circe, sua anfitriã, conta-lhes a música encantadora das sereias que faz os homens dirigirem seus barcos em terra e perecerem. Ela aconselhou Odysseus a fabricar protetores auriculares para seus homens a partir de cera de abelha para que eles não fossem atraídos para a morte pela música das sereias.

Em 1907, a empresa alemã Ohropax, que produzia principalmente tampões de cera, foi fundada pelo inventor alemão Max Negwer.

Ray e Cecilia Benner inventaram os primeiros protetores auriculares de silicone puro moldável em 1962. Os protetores auriculares foram valorizados pelos nadadores, bem como aqueles que tentam evitar o ruído prejudicial, por suas qualidades à prova d'água. Ray Benner, que era músico clássico, comprou a McKeon Products em 1962. Naquela época, o único produto da empresa eram os Protetores auriculares de Mack (batizados em homenagem ao proprietário original), que era um protetor de argila moldável. Os Benner redesenharam rapidamente o produto para uma versão em silicone que se tornaria conhecida como protetores para os ouvidos macios da Mack's Pillow.   O atual material para proteção dos ouvidos foi descoberto em 1967, na National Research Corporation (NRC) nos EUA por Ross Gardner Jr. e sua equipe. Como parte de um projeto de vedação de juntas, eles desenvolveram uma resina com propriedades de absorção de energia. Eles chegaram a chamar esse material de "EAR" (Energy Absorption Resin). Em 1972, o material foi refinado em protetores auriculares de espuma de memória comercial, feitos de policloreto de vinila ou poliuretano.  

Protetores Simples

Protetores auriculares descartáveis: com moedas para escala (parte superior) e inseridos na orelha do usuário.

Voo através de uma pilha de imagens de tomografia computadorizada. Protetor auricular está preso em uma cavidade de isopor que simula o meato acústico externo. O protetor auricular se adapta à cavidade

Esse tipo de proteção é frequentemente usado por trabalhadores industriais que trabalham máquinas barulhentas por longas jornadas de trabalho, e é usado pelo Ministério da Defesa britânico (MoD) para soldados usarem quando dispararem armas. Protetores auriculares são classificados por sua capacidade de reduzir o ruído.

Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA exige que a proteção auditiva seja classificada e rotulada. Para ser classificada, a proteção auditiva é testada sob ANSI S3.19-1974 para fornecer uma faixa de valores de atenuação em cada frequência que pode ser usada para calcular uma Classificação de Redução de Ruído (NRR). Sob esse padrão, um painel de dez indivíduos é testado três vezes cada em um laboratório para determinar a atenuação em uma faixa de 9 frequências.

Na União Européia, os protetores auriculares devem ser testados de acordo com o padrão de testes acústicos da International Organization for Standardization (ISO), ISO 4869 Parte 1 e Single Rating Rating (SNR) ou High/Middle/Low (HML) as classificações são calculadas de acordo com a ISO 4869 Parte 2. No Brasil, os protetores auriculares são testados de acordo com o ANSI S12.6-1997 do American National Standards Institute e são classificados com o uso do ajuste de classificação de redução de ruído NRR (SF). A Austrália e a Nova Zelândia possuem padrões diferentes para classificações de protetor, gerando uma quantidade SLC80 (Classe de Nível Sonoro para o 80º percentil). O Canadá implementa um sistema de classificação para análise de desempenho dos protetores. Gauger e Berger revisaram os méritos de vários métodos de classificação diferentes e desenvolveram um sistema de classificação que é a base de um novo padrão nacional americano, ANSI S12.68-2007

Os vários métodos têm interpretações ligeiramente diferentes, mas cada método tem um percentil associado à classificação. Essa porcentagem dos usuários deve ser capaz de atingir a atenuação nominal. Por exemplo, o NRR é determinado pela atenuação média menos dois desvios padrão. Assim, isso se traduz em uma estatística de 98%. Ou seja, pelo menos 98% dos usuários devem conseguir atingir esse nível de atenuação. O SNR e o HML são uma média menos uma estatística de desvio padrão. Portanto, aproximadamente 86% dos usuários devem ser capazes de atingir esse nível de proteção. Da mesma forma, o NRR (SF) é uma média menos um desvio padrão e representa 86% dos usuários devem atingir esse nível de proteção. A diferença entre as classificações está em como os protetores são testados. O NRR é testado com um protocolo de ajuste experimental. SNR / HML são testados com um protocolo de ajuste com sujeito experiente. Já o NRR (SF) é testado com um protocolo de adaptação com um sujeito inexperiente. De acordo com Murphy, et. al. (2004), esses três protocolos produzirão diferentes quantidades de atenuação, sendo o NRR o maior e o NRR (SF) o menor.

O NRR analisado pelo experimentador deve ser ajustado de acordo com as diretrizes do Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH), já que as classificações de NRR exigidas diferem muito de testes de laboratório para testes de campo.

Para compensar as diferenças entre os valores de atenuação derivados de laboratório e a proteção obtida por um trabalhador no mundo real, as classificações de redução de ruído rotuladas devem ser classificadas da seguinte forma: (1) abafadores subtraem 25% dos NRR etiquetados pelo fabricante, (2) Protetores auriculares com baixa recuperação subtraem 50% e (3) todos os outros protetores subtraem 70% do NRR rotulado pelos fabricantes. Esses valores de redução serão utilizados até que os fabricantes testem e etiquetem seus produtos de acordo com um método de ajuste do sujeito, como o Método B da ANSI S12.6-1997. Uma vez que um NRR (SF) foi determinado para um protetor auditivo sob ANSI S12.6- 1997, essa classificação pode ser usada diretamente sem a necessidade de desclassificação.

NIOSH, Criteria for a Recomended Standart: Occupational Noise Exposure, DHHS (NIOSH) Publication No. 98-126

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O NRR (SF) usado no Brasil, na Austrália e na Nova Zelândia não requer redução de uso, pois se assemelha à maneira como o usuário típico usará proteção auditiva.

A maioria dos protetores auriculares descartáveis são elásticos feitos de espuma de memória, que normalmente é enrolada em um cilindro fortemente comprimido (sem vincos) pelos dedos do usuário e, em seguida, inserido no meato acústico externo. Uma vez liberado, o protetor auricular se expande até vedar o meato acústico externo, bloqueando as vibrações sonoras que podem atingir o tímpano. Outros plugues descartáveis simplesmente empurram o meato acústico externo sem serem enrolados primeiro. Às vezes, os protetores auriculares são conectados com um fio para mantê-los juntos quando não estão em uso. Outras bases de materiais comuns para protetores auriculares descartáveis são cera viscosa ou silicone. Protetores auriculares personalizados são divididos em duas categorias: Moldados em laboratório e formado no lugar. O moldado em laboratório necessita de uma impressão precisa do meato acústico externo e orelha externa que é enviado para um laboratório para ser verificado e transformado em um protetor auditivo. Formado no lugar usa o mesmo estilo de processo para fazer uma impressão do meato acústico externo e orelha externa e depois transforma essa impressão no protetor. Os dois tipos de protetores auriculares personalizados não são descartáveis, sendo o feito em laboratório com duração em média de 3 a 5 anos e o formado no local com duração de 1 a 2 anos.

Outros dispositivos que fornecem proteção auditiva incluem dispositivos eletrônicos usados ao redor e/ou na orelha, projetados para cancelar o barulho de um tiro, enquanto amplificam os sons mais silenciosos para níveis normais. Embora ricos em recursos, esses dispositivos eletrônicos têm um preço mais de cem vezes maior que o de seus concorrentes de espuma.

Uma vez que reduzem o volume do som, os protetores auriculares são frequentemente utilizados para ajudar a prevenir a perda de audição e o zumbido, entre outras doenças.

Classificações de Redução de Ruído (NRR)

Os protetores auriculares vendidos nos EUA são obrigados pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) a ter uma classificação de redução de ruído (NRR), que é uma estimativa da redução de ruído na orelha quando os protetores são usados adequadamente.

Devido à discrepância entre como os protetores se encaixam no laboratório de testes e como os usuários usam protetores no mundo real, a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA) e o Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH) desenvolveram fórmulas para reduzir o NRR efetivo.

Enquanto o NRR e o SNR (Single Number Rating) são projetados para serem usados com ruído ponderado C, o que significa que as frequências mais baixas não são menos enfatizadas, outras avaliações (NRR (SF) e NRSA) são determinadas para uso com A os níveis de ruído ponderado, que têm frequências mais baixas, não enfatizam. O NIOSH recomendou e a EPA dos EUA determinou que a compensação de 7-dB entre C e A ponderação seja aplicada quando o NRR é usado com níveis de ruído ponderado-A.

O manual de treinamento da OSHA para inspetores diz que a adequação da proteção auditiva para uso em um ambiente de ruído perigoso deve ser reduzida para explicar como os trabalhadores normalmente usam proteção em relação a como os fabricantes testam a atenuação do protetor no laboratório. Para todos os tipos de proteção auditiva, o fator de desclassificação da OSHA é de 50%. Se usado com ruído ponderado C, o NRR desclassificado se tornará NRR/2. Se usado com ruído ponderado A, a OSHA aplica o ajuste de 7-dB para a ponderação CA primeiro e, em seguida, atribui o restante. Por exemplo, um protetor com atenuação de 33 dB teria essa redução:

• NRR reduzido = (33 - 7) / 2

O NIOSH propôs um método diferente de redução baseada no tipo de protetor. Para protetores auriculares, o NRR deve ser desclassificado em 25%, para protetores de espuma de recuperação lenta, o desclassificação é de 50% para todas as outras proteções, a desclassificação é de 70%. O NIOSH aplica a compensação espectral de C-A de maneira diferente da OSHA. Onde a OSHA subtrai o fator de 7-dB primeiro e desclassifica o resultado, o NIOSH deriva a NRR primeiro e depois compensa a diferença da C-A. Por exemplo, para encontrar o NRR reduzido para um earmuff (abafador) usando o sistema de redução de redundância NIOSH, a seguinte equação seria usada:

• NRR reduzido = (Original NRR x (1-0,25)) - 7

Desconforto doloroso ocorre em cerca de 120 a 125   dB (A), com algumas referências alegando 133   dB (A) para o limiar da dor. Protetores auriculares do tipo abafadores ativos estão disponíveis com cancelamento de ruído eletrônico que pode reduzir o ruído direto do meato acústico externo em aproximadamente 17 a 33   dB, dependendo da baixa, média ou alta frequência na qual a atenuação é medida. Protetores auriculares passivos variam em sua atenuação medida, variando de 20 dB para 30 dB, dependendo se eles são usados adequadamente, e se filtros mecânicos de baixa passagem também estão sendo usados.

Na prática

O uso simultâneo de protetores auriculares do tipo abafador (passivos ou ativos) e protetores auriculares do tipo plugue resulta em proteção máxima, mas a eficácia de tal proteção combinada em relação à prevenção de danos permanentes no ouvido é inconclusiva, com evidências indicando que uma taxa combinada de redução de ruído de apenas 36 dB (C-weighted) é o máximo possível usando abafadores e plugues simultaneamente, igualando apenas a 36 - 7 = 29   proteção dB (A). Alguns protetores auriculares passivos, de alta qualidade, também têm um filtro mecânico inserido no centro do plugue moldado, com uma pequena abertura voltada para o exterior; este projeto permite a capacidade de ouvir comandos da arma, enquanto ainda tem proteção contra ruído de impulso de classificação total.

Esses protetores auriculares personalizados com filtro de baixa passagem e válvula mecânica normalmente têm um +85 dB (A) grampo mecânico, além de ter uma resposta de filtro de baixa passagem, fornecendo assim tipicamente 30-31 dB atenuação para ruídos de impulso forte, com apenas um 21 redução de dB em condições de baixo ruído em toda a faixa de frequência audível de voz humana (300-4000   Hz) (fornecendo baixa atenuação entre tiros sendo disparados), para permitir comandos de alcance auditivo. Funções semelhantes também estão disponíveis em protetores auriculares padronizados que não são personalizados.

Atualizações esperadas

Em 2007, o American National Standards Institute publicou um novo padrão para classificações de redução de ruído para protetores auditivos, ANSI S12.68-2007. Usando a atenuação da orelha real nos dados de limiar coletados por um teste de laboratório prescrito em ANSI S12.6-2008, a estatística de redução de ruído para ruído ponderado A (NRSA) é calculada usando um conjunto de 100 ruídos listados na norma. A classificação de redução de ruído, em vez de ser computada para um único espectro de ruído, a NRSA incorpora a variabilidade dos efeitos subjetivos e espectrais. O ANSI S12.68 também define um método para estimar o desempenho de um protetor em um ambiente de ruído atípico.

Com base no trabalho da Força Aérea dos EUA e do padrão ISO 4869-2, a atenuação do protetor como uma função da diferença no nível de ruído ponderado C e A é usada para prever o desempenho típico naquele ambiente de ruído. A desclassificação pode ser bastante severa (10 a 15 decibéis) para protetores que possuem diferenças significativas entre baixa e alta frequência de atenuação. Para protetores de atenuação "planos", o efeito de C-A é menor. Esse novo sistema elimina a necessidade de calculadoras, depende de gráficos e bancos de dados de dados empíricos e acredita-se que seja um sistema mais preciso para determinar os NRRs.

Protetores para músicos ou 'Hi-Fi'

Protetores para os músicos. A extremidade da haste "em cinza" contêm uma linha de transmissão acústica com atenuador, enquanto as flanges abauladas formam uma vedação na parte externa do meato acústico. A porta de saída pode ser vista apenas como um pequeno orifício na extremidade próxima do plugue esquerdo

Músicos estão expostos a níveis potencialmente prejudiciais de som, o que pode levar à perda auditiva induzida por ruído, zumbido e outros sintomas auditivos. Por causa disso, os músicos podem optar por usar protetores auriculares. Existem vários tipos de protetores que um músico pode escolher, dependendo do tipo de música, dos instrumentos usados e do número de artistas. Dependendo do tipo de instrumento, os músicos podem optar por usar protetores auriculares pré-formados, personalizados, monitores intra-auriculares personalizados, de espuma ou dependentes de nível.

Protetores auriculares de silicone. O orifício visto no plugue esquerdo é a porta de entrada e se estende até o flange central onde ocorre a atenuação

Os Protetores auriculares do músico são projetados para atenuar os sons uniformemente em todas as frequências (tons), o que ajuda a manter a resposta de frequência natural da orelha e, assim, minimiza o efeito na percepção do usuário sobre os níveis de graves e agudos. Estes são comumente usados por músicos e técnicos, tanto no estúdio quanto em concerto, para evitar a super exposição a níveis de pressão sonora elevados. Os protetores auriculares do músico geralmente conseguem isso incorporando um pequeno diafragma para reduzir baixas frequências, juntamente com material absorvente ou de amortecimento para altas frequências. Esses protetores auriculares não são destinados a proteção contra níveis muito fortes de ruído (além de 105 dB). Protetores auriculares pré-formados, como o ER-20, são protetores auriculares universais (não personalizados) com uma classificação de redução de ruído (NRR) de cerca de 12   dB. Uma seleção de protetores auriculares para músicos foi revisada pelos National Acoustic Laboratories e The HEARing CRC em conjunto com a Choice. Os resultados da revisão (que incluem medidas de atenuação e classificações do usuário de conforto, ajuste e qualidade de som) estão disponíveis em What Plug?

Uma opção mais cara é o protetor auricular do músico personalizado, que é feito sob medida para o ouvinte individual. Estes protetores são normalmente feitos de silicone ou materiais de vinil e vêm com uma abertura e uma variedade de filtros que podem alterar a quantidade de atenuação fornecida. Atenuações de filtro comuns são 9, 15 e 25 dB, e com esses filtros, o músico pode ajustar seus fones dependendo da música que está tocando. Para ter protetores auriculares feitos para músicos, um audiologista administra um teste de audição e faz moldes da orelha. Uma empresa então faz uma orelha personalizada na qual os diferentes filtros podem ser inseridos. Esses tipos de protetores auriculares proporcionarão a atenuação mais plana e o mais verdadeiro isolamento do ruído externo, pois se encaixam firmemente nas orelhas do indivíduo. Eles também fornecem proteção muito melhor contra níveis muito fortes de ruído. Esse tipo de plugue é bastante popular entre os engenheiros de áudio que podem ouvir com segurança mixagens altas por longos períodos de tempo. No entanto, eles podem ser bastante caros, sendo destinados a reutilização constante ao contrário de protetores auriculares simples que são descartáveis.

Exemplo de protetor auricular personalizados usados por músicos profissionais

Derrick Green (vocalista da banda de metal Sepultura) usando um protetor auriculares personalizado

Alternativamente, os músicos podem usar monitores intra-auriculares, que são essencialmente fones de ouvido que também servem como protetores auriculares atenuando o som ao redor. Para que os monitores intra-auriculares sejam dobrados como proteção auditiva, protetores auriculares personalizados devem ser usados. O processo para ter protetores auriculares personalizados é semelhante ao dos auriculares do músico e, de forma semelhante, o protetor será feito de silicone ou vinil. Ao usar um monitor intra-auricular pode ajudar a proteger a audição, a quantidade de proteção fornecida pelo monitor depende do nível de audição que o músico escolhe. Por causa disso, se o músico coloca o monitor em um nível alto, o monitor pode atenuar o som circundante enquanto ainda fornece um nível de som potencialmente prejudicial diretamente ao ouvido do músico e, portanto, não mais serve a uma função de proteção.

Embora não seja, por definição, um protetor para o músico, podem também ser utilizados protetores auriculares de espuma e dependentes do nível. Esses tipos de plugue não fornecem a atenuação plana que é característica do plugue de um músico, mas pode ser útil para alguns músicos, como percussão.

Em outras atividades, os motociclistas e esquiadores amadores também podem optar por usar protetores auriculares de redução de decibéis, para compensar o ruído contínuo do vento contra a cabeça ou o capacete.

Protetores Auriculares eletrônicos

A redução de ruído dos protetores auriculares passivos varia com a frequência, mas é independente do valor (os ruídos suaves são reduzidos tanto quanto os ruídos fortes). Como resultado, enquanto os ruídos intensos são atenuados, protegendo a audição, é difícil ouvir ruídos suaves. Protetores auriculares eletrônicos ativos existem, onde ruídos intensos são reduzidos mais do que ruídos suaves, e estes podem ser amplificados, proporcionando compressão de faixa dinâmica. Isso é feito com um fone de ouvido passivo padrão, junto com um par de microfone/alto-falante (microfone do lado de fora, alto-falante no interior; formalmente um par de transdutores), para que o som possa ser transmitido sem ser atenuado pelo plugue. Isso protege a audição, mas permite ouvir normalmente quando os sons estão em faixas seguras - por exemplo, ter uma conversa normal quando não há ruídos, mas ser protegido de ruídos intensos repentinos ou ouvir passagens suaves na música, mas ser protegido de sons repentinos como pratos de bateria.

Protetores Auriculares com filtro acústico não linear

Protetores auriculares com filtro acústico não linear oferecem vantagens similares aos protetores auriculares eletrônicos, mas não requerem baterias, filtrando o som por meio de vários métodos mecânicos. Eles permitem que sons de baixo nível passem enquanto reduzem os sons altos. A variante mais comum de protetores com filtro de sons para forte intensidade é a conversão desse som em outra forma de energia, especificamente quantidades extremamente pequenas de calor por meio de aceleração de compressão. Isso os torna úteis para aplicações onde a consciência situacional é necessária, mas a proteção contra ruído também é necessária, como as forças armadas ou policiais.

Proteção auditiva durante o voo

Protetores auriculares também estão disponíveis, o que ajuda a proteger os ouvidos da dor causada pelas mudanças de pressão na cabine do avião. Alguns produtos contêm uma inserção de cerâmica porosa que supostamente ajuda na equalização da pressão do ar entre a orelha média e externa, prevenindo a dor durante as aterrissagens e decolagens. Algumas companhias aéreas distribuem protetores auriculares de espuma comuns como parte de seus kits de conveniência para os passageiros, a fim de ajudar no conforto durante as aterrissagens e decolagens, além de reduzir a exposição ao ruído da aeronave durante o voo.

Dormir

Protetores auriculares para dormir são feitos para ser o mais confortável possível, bloqueando sons externos que podem prevenir ou interromper o sono. Estes protetores auxiliam em situações como o ronco de um parceiro, e podem ter aprimoramentos de amortecimento de som que permitem ao usuário ainda ouvir outros ruídos, como um despertador.

Para determinar o conforto dos protetores usados para dormir, é importante experimentá-los enquanto estão deitados. A pressão na orelha entre a cabeça e o travesseiro pode causar desconforto significativo. Além disso, apenas inclinar a cabeça para trás ou para o lado causa alterações anatômicas significativas no meato acústico externo, principalmente uma redução do diâmetro, o que pode reduzir o conforto se o protetor auricular for muito grande.

Riscos de saúde

Protetores auriculares são uma forma de proteção auditiva

Os protetores auriculares são geralmente seguros, mas algumas precauções podem ser necessárias contra uma série de possíveis riscos para a saúde, com os adicionais aparecendo com o uso a longo prazo:

• Empurrar protetores auriculares para o meato acústico externo pode fazer com que a pressão do ar aumente, empurrando, de fato, contra o tímpano e causando dor. Isso pode ser causado por pressão no ouvido enquanto se deita de lado, e também é o caso quando os protetores auriculares completamente expandidos são empurrados para dentro do ouvido. Para contornar o último risco, tais protetores auriculares são removidos, comprimidos e inseridos na profundidade desejada. Vice-versa, quando puxada para fora, a pressão negativa resultante puxa o tímpano. Portanto, alguns protetores auriculares são mais bem enroscados ou sacudidos do que arrancados. O bocejo não ajuda nessa situação uma vez que ele equaliza as pressões entre o orelha média e o meio ambiente, enquanto essa sobrepressão está localizada na orelha externa, entre o tímpano e o protetor auricular.
• Se for empurrado longe demais para dentro do meato acústico externo, eles podem empurrar cera e detritos e possivelmente contra o tímpano. Como precaução, protetores auriculares não devem ser empurrados mais para dentro do meato acústico externo do que eles podem ser agarrados e girados. A cera de ouvido impactada por protetores auriculares pode ser removida por irrigação ou outros remédios, conforme descrito aqui .
• Existe a possibilidade de reações alérgicas , mas isso provavelmente é raro, pois os protetores auriculares geralmente são feitos de materiais imunologicamente inertes.

Uso a longo prazo

Protetores auriculares personalizados são recomendados para uso a longo prazo, uma vez que são mais confortáveis e suaves para a pele e não vão muito longe no meato acústico externo.

No entanto, o uso prolongado ou frequentemente repetido de protetores auriculares apresenta os seguintes riscos para a saúde:

• Eles podem causar cera de ouvido para obstruir a orelha externa, uma vez que bloqueia o fluxo normal de cera de ouvido para fora. Isso pode resultar em zumbido , perda auditiva, dor ou infecção. O excesso de cera deve ser cuidadosamente removido da orelha, e os protetores auriculares devem ser limpos regularmente com água e sabão neutro. No entanto, os protetores auriculares do tipo espuma são geralmente projetados para serem descartáveis, e se expandirão e perderão sua propriedade de memória após a secagem após a lavagem com água e sabão. A partir daí, elas se expandirão muito rapidamente após serem comprimidas, tornando a inserção adequada no meato acústico externo bastante problemática. Eles também perdem uma grande proporção de capacidade de atenuação de som após essa lavagem e secagem.
• Podem causar irritação da articulação temporomandibular, localizada muito perto do meato acústico externo, causando dor. Protetores auriculares não elásticos ajustados individualmente podem ser menos propensos a causar essa irritação em comparação com os de espuma que se expandem dentro do meato acústico externo.
• Os protetores auriculares também são uma possível causa de inflamação no ouvido (otite externa), embora o uso de protetores auriculares em curto prazo ao nadar e lavar o cabelo possa realmente ajudar a preveni-lo. Ainda assim, muitas bactérias patogênicas crescem bem em protetores auriculares de espuma, úmidos e quentes (policloreto de vinila (PVC) ou poliuretano). No entanto, também é necessário que haja perda de integridade da pele para que a infecção ocorra. Protetores auriculares rígidos e mal ajustados podem arranhar a pele do meato acústico externo e desencadear um episódio. Quando os protetores auriculares são usados durante um episódio agudo, recomenda-se a utilização de protetores auriculares descartáveis, ou os protetores auriculares utilizados devem ser limpos e secos adequadamente para evitar a contaminação do meato acústico externo de cicatrização com a descarga infectada.

Moldes personalizados

Protetores auriculares com redução de ruído e decibéis podem ser moldados para se ajustarem ao meato acústico externo de um indivíduo. Isso está associado a um custo mais alto, mas pode ajudar a reduzir o desconforto normalmente experimentado após um longo período de uso ou se o nível de proteção ou desempenho for inadequado.

Os moldes para protetores auriculares de pressão e de voo são menos comuns, já que normalmente não são usados com a mesma frequência que outros protetores auriculares e, portanto, são menos solicitados.

Para a melhor atenuação e ajuste adequado, as impressões para moldes personalizados devem atender a um critério desejado pelo fabricante do molde. Antes de uma impressão para molde personalizado, o meato acústico externo é verificado para identificar qualquer cera ou anormalidades físicas. Isso é importante para garantir que haja uma vedação adequada com o material de impressão e também para não empurrar nenhuma cera para dentro do meato acústico externo. O otoblock (feito com espuma ou algodão) será inserido no fundo do meato acústico externo para evitar que o material de impressão vá longe demais. O material de impressão (silicone ou pó/líquido) será colocado no meato acústico externo. Isso precisará ser totalmente feito, garantindo que não haja lacunas ou vincos na impressão. Se houver, o molde feito com a impressão não selará adequadamente o meato acústico externo. Portanto, se a impressão não for construída adequadamente, ela precisará ser refeita. Uma vez que o molde personalizado é feito, ele precisará ser inspecionado pelo fonoaudiólogo para o ajuste adequado do paciente.

Para melhores resultados, eles são moldados no orelha, enquanto na posição em que serão usados. Por exemplo, se eles forem usados para dormir, devem ser moldados enquanto estão deitados, já que diferentes posicionamentos das mandíbulas causam mudanças significativas na forma do meato acústico externo, principalmente uma redução do diâmetro, correndo o risco do protetor para sono ser feito fora dos padrões de tamanho. Essas mudanças podem ser percebidas posicionando o dedo na entrada do meato acústico externo, enquanto movimenta a mandíbula para os lados, para cima e para baixo, ou anterior e posterior .

A maioria dos protetores auriculares moldados é feita de silicone, mas outros materiais podem ser usados, incluindo termoplásticos.

Veja também

• Aparelho de proteção auditiva (HPD)
• Perda auditiva induzida por ruído

links externos

• Instituto Nacional Real para Surdos
• Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional - Compêndio de Dispositivos Protetores Auditivos

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