Acufeno
Acufeno | |
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Sinónimos | Zumbido, tinido, tinnitus |
Especialidade | Otorrinolaringologia, audiologia |
Sintomas | Sensação de ouvir som na ausência de qualquer som externo[1] |
Complicações | Depressão, ansiedade, falta de concentração[2] |
Início habitual | Gradual[3] |
Causas | Perda auditiva induzida por ruído, infeções do ouvido, doenças vasculares, doença de Ménière, tumor cerebral, stresse psicológico[2][4] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas, audiograma, exames neurológicos[1][3] |
Tratamento | Aconselhamento psicológico, aparelhos abafadores de zumbido, aparelhos auditivos[2][5] |
Frequência | ~12,5%[5] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | H93.1 |
CID-9 | 388.3 |
DiseasesDB | 27662 |
MedlinePlus | 003043 |
eMedicine | ent/235 |
MeSH | D014012 |
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Acufeno, zumbido ou tinido é a sensação de ouvir som na ausência de qualquer som externo.[1] Embora muitas vezes descrito como semelhante a um zumbido no ouvido, pode também assemelhar-se a um tinido, sibilo ou rugido.[2] Muito raramente, os sons podem-se assemelhar a vozes ou música.[3] O som pode ser grave ou agudo, quase impercetível ou alto, e aparentar ter origem apenas num dos ouvidos ou em ambos.[2] Na maior parte dos casos aparece de forma gradual.[3] Em algumas pessoas, o som pode causar depressão, ansiedade ou interferir com a concentração.[2]
O zumbido não é uma doença, mas sim um sintoma que pode ter várias causas subjacentes. Uma das causas mais comuns é a perda de audição induzida pelo ruído. Entre outras causas possíveis estão stresse emocional, cerúmen, infeções dos ouvidos, doenças cardiovasculares, doença de Ménière, tumores cerebrais, exposição a determinadas substâncias ou uma lesão na cabeça anterior.[2][4] A condição é mais comum entre pessoas com depressão.[3]
O diagnóstico de acufeno geralmente baseia-se na descrição da pessoa. Existem diversos questionários que determinam o grau de interferência da condição com a vida da pessoa.[3] O diagnóstico é geralmente complementado com um audiograma e um exame neurológico.[1][3] Quando são observados determinados problemas, pode-se recorrer a imagiologia médica, como ressonâncias magnéticas. Quando o acufeno se manifesta ao mesmo ritmo do batimento cardíaco estão disponíveis outro tipo de exames. Ocasionalmente, o zumbido pode ser ouvido por outra pessoa com um estetoscópio, sendo designado nesse caso "zumbido objetivo".[3]
A prevenção consiste em evitar ruídos altos.[2] Quando existe uma causa subjacente, o seu tratamento pode melhorar o zumbido.[3] Quando isso não é possível, o tratamento consiste em psicoterapia.[5] Em algumas pessoas, aparelhos que mascaram os sons ou aparelhos auditivos podem ter utilidade.[2] Em 2013, ainda não existiam medicamentos eficazes.[3] O zumbido é uma condição comum que afeta entre 10 e 15% das pessoas. A maior parte tolera bem o incómodo e só constitui um problema significativo para 1–2% das pessoas.[5]
Referências
- ↑ a b c d Levine, RA; Oron, Y (2015). «Tinnitus.». Handbook of clinical neurology. 129: 409–31. PMID 25726282. doi:10.1016/B978-0-444-62630-1.00023-8
- ↑ a b c d e f g h i «Tinnitus». Setembro de 2014. Consultado em 22 de maio de 2015
- ↑ a b c d e f g h i j Baguley, D; McFerran, D; Hall, D (9 de novembro de 2013). «Tinnitus.». Lancet. 382 (9904): 1600–7. PMID 23827090. doi:10.1016/S0140-6736(13)60142-7
- ↑ a b Han BI, Lee HW, Kim TY, Lim JS, Shin KS (Março de 2009). «Tinnitus: characteristics, causes, mechanisms, and treatments». J Clin Neurol. 5 (1): 11–19. PMC 2686891
. PMID 19513328. doi:10.3988/jcn.2009.5.1.11.
About 75% of new cases are related to emotional stress as the trigger factor rather than to precipitants involving cochlear lesions.
- ↑ a b c d Langguth, B; Kreuzer, PM; Kleinjung, T; De Ridder, D (setembro de 2013). «Tinnitus: causes and clinical management.». Lancet neurology. 12 (9): 920–30. PMID 23948178. doi:10.1016/S1474-4422(13)70160-1
Bibliografia complementar[editar | editar código-fonte]
- Shemesh Z, Attias J, Ornan M, Shapira N, Shahar A. : Vitamin B12 deficiency in patients with chronic-tinnitus and noise-induced hearing loss. Am J Otolaryngol. 1993 Mar-Apr;14(2):94-9.
- Shemesh Z., Pratt H, Reshef I, Bresloff I, Horowitz G, Polyakov A : Detailed analysis of auditory brainstem responses in patients with noise-induced tinnitus. Audiology. 1996 Sep-Oct;35(5):259-70.
- Goldberg, Jeff. : "Os chumaços vibrantes que nos permitem ouvir". Ver, ouvir e cheirar o mundo. 1997. Instituto Médico Howard Hughes.
- Kwak, Sangyeop e Kwak, Eunyee. “Customized sound stimulation improves pure-tone hearing threshold". 2011 Feb 19-23. 34th ARO meeting, Baltimore, Maryland, USA.