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Festas Sanjoaninas de Angra do Heroísmo
[editar | editar código-fonte]As Sanjoaninas são as festividades concelhias de Angra do Heroísmo. Decorrem anualmente à volta do dia 24 de junho.
História
[editar | editar código-fonte]Festas de junho e a celebração do solstício de verão
[editar | editar código-fonte]As festas de junho têm uma origem ancestral: celebram o recomeço da vida e o solstício de verão que, nos países do hemisfério norte, ocorre no dia 23 de junho quando o sol atinge o seu ponto mais alto no firmamento.
A igreja católica, constatando a força dessas festas junto do povo, procurou com sucesso ligá-las aos seus santos mais populares: Santo António, São Pedro e São João, o mais popular dos três.
A devoção a São João deu origem à criação de muitas ermidas e irmandades a que estavam associados momentos de veneração e festa – as festas batistinas – quando era frequente a realização de cavalhadas, justas e torneios, corridas de parelhas e de pombos.
O São João na cidade de Angra tem uma longa história de folguedo público, mas os seus promotores, intervenientes e figurino foram-se alterando ao longo do tempo.
Inicialmente um produto da elite aristocrática, a festa foi, sucessivamente, realizada por agrupamentos socioculturais e de comerciantes, até ser municipalizada e a ela se foram agregando diversas iniciativas.
Os primórdios das festividades sanjoaninas em Angra
[editar | editar código-fonte]Nos primeiros séculos de povoamento
[editar | editar código-fonte]A referência mais antiga aos festejos angrenses relata que no início do século XVI o fidalgo João Vieira manda edificar uma capelinha dedicada a São João e pela mesma época os fidalgos de Angra solicitaram licença ao rei para fazerem justas e torneios.
O pequeno edifício sobradado edificado por João Vieira fazia canto com duas ruas da cidade – a da Sé e a de São João – e para cada uma delas se abriam arcos de volta inteira que deixavam ver, no interior, o altar do santo onde o próprio bispo celebrava missa a que os fidalgos assistiam da rua, montados a cavalo.
No período da Restauração (1640-1642), quando os espanhóis na fortaleza do Monte Brasil se encontravam cercados pelas tropas portuguesas, o cronista desses acontecimentos relata que aos soldados foi recomendado que festejassem o santo no seu dia, tal a força da tradição, mas assim também irritassem os espanhóis sitiados.
Dos festejos de então constavam cortejos, lutas e cavalhadas nas quais participavam os filhos da nobreza. Nos dias 23 e 24 de junho, durante o dia, grupos de cavaleiros com um carro (o carro das faias) em que seguia um comediante a recitar versos, circulavam pelas principais ruas da cidade. A estes grupos que anunciavam e apregoavam a festa se chamava os Bandos.
No dia 24 à noite organizavam-se 20 a 25 cavaleiros com archotes acompanhados de pajens e músicos, todos rodeando um pequeno cavaleiro que transportava o guião com o cordeiro de São João – eram as Encamisadas. O grupo partia do largo de São Gonçalo (ou do largo de São Pedro) subia à Fortaleza de São João Batista, onde se davam vivas a São João, desfilando, depois, pelas principais ruas da cidade saudando, de passagem, o santo na sua capelinha, o bispo na Sé e o capitão general no Palácio.
A participação de todos era esperada e desejada e o próprio bispo, acompanhado dos cónegos da diocese, dava o sacramento aos fidalgos montados, na rua, desde a janela do primeiro andar da capelinha.
Depois disso, todos seguiam para a praça (hoje a Praça Velha) então fechada com camarotes desmontáveis, e onde se realizavam lutas, justas, cavalhadas, torneios e touradas.
A festa no século XIX: divertimento e conciliação
[editar | editar código-fonte]A guerra civil que opôs liberais e miguelistas (1828-1834) provocou a alteração de muitos aspetos organizativos das festas de Angra que, de ano para ano, foram decaindo até deixarem de se realizar totalmente.
Com o fim da guerra, em 1838, é apresentada uma proposta de Estatutos para a criação de uma irmandade de São João Baptista destinada a reinstaurar e promover os festejos anuais dedicados ao santo argumentando-se que «os habitantes desta ilha não podiam, sem profunda magoa, ver passar em silencioso esquecimento, os dias que decorrem de 24 a 29 de junho, dias saudosos e faustos que lhes trazião sempre à memória esses aprazíveis recreios, com que nossos antepassados conservavam em pacífica união todas as famílias, e insinuavam o mais inocente prazer em todas as classes de Cidadãos». Nesse ano as festas decorreram com grande entusiasmo patriótico e saudável convívio num claro propósito de conciliação social, mas a pequena capela da rua de São João, abandonada durante a guerra, não voltou a ser utilizada e, no local, foi instalada uma taberna. A imagem do santo transferida para a Sé em 1849 e, depois, para a ermida de São Lázaro, acabou por desaparecer.
A Irmandade de São João é formalizada em 1843, mas o brilho das festas que realizou nunca rivalizou com as anteriores.
Nas festas de São João da segunda metade de oitocentos, a recuperação dos bandos, das encamisadas, e da realização de espetáculos equestres na Praça Velha marcaram o programa festivo.
Associando-se à nova ordem política liberal, o itinerário das festas valorizava os espaços da memória dos vencedores: o monumento da Memória era iluminado e daí era lançado fogo de artifício e no Largo 22 de Junho tocavam bandas filarmónicas.
Apesar disso, a imprensa vai denunciando o esmorecimento que a festa popular e pública ia demonstrando.
A primeira metade do século XX e os novos modelos de festa
[editar | editar código-fonte]As quermesses no jardim
[editar | editar código-fonte]Nas décadas de 1890/1900 as festas de S. João serão um pretexto e ocasião para o intercâmbio entre as ilhas e o reforço da identidade insular.
Entusiasmados com a fama das antigas festas, excursionistas de várias ilhas chegavam a Angra embora a imprensa desvalorizasse o seu brilho afirmando que «hoje, já nem festas se fazem», reduzidas que estavam às celebrações religiosas na ermida de São Lázaro, a espetáculos taurinos e algumas recitas teatrais, demonstração de exercícios pela corporação de bombeiros e desfiles das bandas locais pelas ruas da cidade.
É a filantropia e a assistência social que incentivarão a recuperação das festas em 1908. Com o intuito de auxiliar financeiramente a Cozinha Económica (organização filantrópica de assistência aos pobres constituída em 1897), um grupo de senhoras angrenses decide promover festejos no jardim público nos dias de São João a que chamaram a Quermesse do Jardim. Além de entradas pagas, do aluguer de cadeiras e do bazar, a festa, que se prolongava por três dias, contava com a atuação de bandas filarmónicas, sessões de audição de gramofone, jogos diversos e fogo de artifício.
A edição de 1916 associa-se ao esforço de guerra doando 2/3 da receita aos mobilizados da Terceira, e a de 1920 conta com a colaboração de Vitorino Nemésio que redige A fala das Quatro flores para ser representada no Jardim. Mas as ideias escasseiam e o entusiasmo também e o seu fim é anunciado pela imprensa: «Em tempos que já vão muito longe, cá por Angra, alguma cousa de sumptuoso se fazia que tinha o nome de festas de Sam João, (…). Touradas de fidalgo aparato, cavalhadas brilhantes, torneios, etc. davam à cidade uns certos laivos de corte. Havia entusiasmo e havia grandeza, (…) Hoje Angra não é a mesma, ou por outra, muito pouco é neste sentido... Como a geração de agora não conheceu melhor, gosa e dá-se por satisfeita com uma ou outra iluminação e com as boiadas, que têm o condão de a electrisarem.»[1]
As Festas da Cidade (1924-1928)
[editar | editar código-fonte]Em 1924 a Liga de Educação Física e o jornal A Cidade são os responsáveis por se retomar a realização das festas, que a Câmara Municipal assume logo no ano seguinte constituindo uma comissão executiva com poderes para organizar o programa, criar e arrecadar receitas.
Os programas das, agora, Festas da Cidade apresentaram iniciativas que resultaram da cooperação entre entidades públicas (câmara municipal e governo civil), as associações (Liga de Educação Física) e os privados (empresas e comerciantes da cidade). A inauguração de equipamentos públicos, as exposições pecuárias e a visita às fábricas e locais de interesse são disso exemplo.
Na edição de 1924, inaugurou-se o Campo de Jogos no dia 22 de junho, e realizaram-se pela primeira vez os Jogos Florais, competição poético que culminava num serão musico-literário solenemente organizado no salão nobre da câmara.
No ano seguinte, 1925, surge pela primeira vez a figura da rainha que, acompanhada pelo seu séquito, presidiu à sessão de apresentação das obras concorrentes aos Jogos Florais e à entrega dos prémios.
As exposições agropecuárias não eram novidade em Angra visto que já se tinham realizado outras semelhantes, mas a de 1924 foi uma iniciativa da Junta Geral do distrito que, por sugestão da Liga de Educação Física, a integra no âmbito das festas da cidade. A feira realizou-se no Relvão e nela participaram, segundo disse a imprensa, mais de mil cabeças de gado a que se atribuíram prémios aos melhores exemplares das diferentes raças.
Apesar destes ingredientes, as festas de 1928 são as últimas da década de 1920.
As Festas da Cidade (década de 1930)
[editar | editar código-fonte]Um novo ciclo inicia-se em 1932. As agora Festas de Angra são impulsionadas por comissões de comerciantes que recorrem a subscrições públicas e à cobrança de entrada em algumas iniciativas como forma de financiamento.
É uma década em que as tradições que vinham do século XIX, como o carro das faias e a encamisada, se realizam pela última vez, mas em contrapartida surgem muitas propostas inovadoras.
Além das iluminações nas ruas da Sé e Direita, dos Jogos Florais e da Batalha das Flores, em 1935 introduz-se a componente desportiva com a realização de Ginkanas (uma automóvel e outra de bicicletas) e um Festival Náutico da responsabilidade do Clube Náutico.
A festa brava também ganha nova dimensão com a novidade da Espera de Gado de São Pedro que se realiza pela primeira vez em 1935, espetáculo em que a comissão organizadora investe muito do seu esforço e para o qual solicita a presença de marialvas, senhoras vestidas a preceito e muita decoração nas janelas. Apesar disso, a tradicional tourada à corda em São João de Deus continue a ser cartaz, bem como as touradas de praça e os grandes festivais no Monte Brasil, em 1936 no Relvão, e em 1937 na Caldeira, onde se realiza uma monumental tourada.
Ainda em 1937 retoma-se a realização da quermesse no jardim público, e para ser executado pelas bandas que ali atuaram o compositor terceirense Manuel Coelho da Silva ofereceu a partitura de um Hino Marcha composição que pode ser considerada a primeira marcha oficial.
Na década de 1930 os espaços da festa são os espaços cuja memória histórica local importava reforçar (o monumento da Memória, o Largo 22 de Junho, o Palácio do Governo Civil), mas a que também começam a associar-se os locais onde as novas sociabilidades de exterior proporcionavam o convívio social – o Jardim Público, o Campo de Jogos, o Monte Brasil.
A festa era, ainda, momento fundamental para o incentivo ao tecido empresarial local, que as promovia, razão pela qual os programas das festas voltam a incluir o dia de visita às fábricas e aos pontos principais da cidade.
Com esta dinâmica, a necessidade de reflexão sobre o modelo a seguir começa a ocupar a imprensa que, em 1937, reconhece que as festas são, antes de tudo, úteis para o comércio sendo por isso justo que os comerciantes as paguem. O alerta, certamente motivado pelos gastos envolvidos, sugeria uma planificação prévia rigorosa que incluísse as forças vivas locais, metodologia que não deve ter vingado já que novo interregno fez com que, durante vários anos, as festas não se realizassem.
As festividades na segunda metado do séc. XIX
[editar | editar código-fonte]De novo as Festas da Cidade (1958/1973)
[editar | editar código-fonte]Após 22 anos de ausência as festas regressam em 1958. A organização é assumida por uma comissão de comerciantes com o apoio financeiro da Câmara Municipal que nomeia um representante, que a preside. Eventos como os Jogos Florais voltam a realizar-se no salão dos Paços do Concelho, mas introduz-se um acontecimento central e inovador: o desfile noturno da rainha.
Ao longo da década de 1960 e até 1973 as comissões cooperam com a Junta Geral e a Comissão de Turismo, promovendo as festas como um produto turístico fundamental para a Terceira e nesse contexto os Jogos Florais foram perdendo importância, enquanto o desfile de abertura se torna o principal evento com a rainha e o séquito como figuras centrais.
O cortejo, inicialmente carros de praça enfeitados, foi adquirindo diferentes versões e percursos:
- Em 1959 realiza-se pela primeira vez um cortejo diurno da rainha que repetiu o desfile noturno do dia anterior;
- Em 1960 o cortejo diurno incorpora carros alegóricos da responsabilidade de diversas associações (Academia do Liceu), e empresas (Lacticínios da Terceira, Tintas São João, Construções Angrense, Robical, Federação dos Laticínios);
- Em 1962 o cortejo noturno da rainha também integra carros alegóricos;
- Na edição de 1959 aparece pela primeira vez a figura do Chefe de Protocolo e na de 1962 a de Arauto (que depois desaparece), enquanto a primeira camareira surge em 1966;
- Em 1968 uma representante de Tulare – a primeira cidade com a qual Angra do Heroísmo se geminou, em 1966 – acompanhou as iniciativas do séquito;
- Em 1970 estão presentes pela primeira vez repórteres da RTP para filmar o desfile que é transmitido, no dia seguinte, na emissão nacional.
- Em alguns anos o cortejo inicia-se junto à residência da Rainha e percorre toda a rua de São Pedro, noutros os carros sobem a rua da Sé e é no Largo que se faz a proclamação da Rainha.
Apesar desta dinâmica nas festas de 1961, 1964, 1965, 1967, 1969 e 1973 não houve rainha e o número de iniciativas foi reduzido, muito embora as manifestações taurinas se tenham realizado (tourada na Caldeira e Largada em S. Pedro).
A imprensa, chamou-lhes minifestas e não deixou de elogiar a realização de iniciativas sem grande investimento financeiro criticando o despesismo de outros anos. Apesar disso, é notório o esforço de atribuir às festas o papel de cartaz turístico da ilha patente nos programas das festas destes anos.
Das Festas da Cidade às Sanjoaninas
[editar | editar código-fonte]Em 1974 o modelo organizativo das festas é renovado, processo a que não foi estranha a implantação do novo regime político democrático.
A municipalização da festa torna-se efetiva passando, por isso, a câmara a nomear as comissões organizadoras e a assumir, progressivamente, o seu financiamento que, nos primeiros anos, é partilhado com o comércio local.
A comissão de 1974 estrutura a festa em torno do desporto, da tauromaquia e da cultura popular sendo que a intenção principal foi a de fazer festas «do povo e para o povo».
Com um orçamento reduzido os eventos concentraram-se na zona do Corpo Santo onde decorreu a noite de São João. Uma noite de Santos Populares realizou-se na antiga Praça de Touros, e no Bailão efetuou-se uma feira de gado. Realizaram-se ainda iniciativas em diversos pontos da ilha: São Carlos, Praia da Vitória e São Sebastião. Esta edição marcou também a estreia da dupla Álamo de Oliveira/Carlos Alberto Moniz na composição do hino oficial das Sanjoaninas.
Em 1975 e 1976 só se realizaram as lides taurinas, mas no ano seguinte a etnografia e a valorização das vivências do passado constituem-se como discurso central das festas dando lugar à substituição do cortejo da rainha por um desfile etnográfico de 19 carros representativos da vida rural.
Procurando repartir custos pelos dois municípios da ilha, em 1978 as Sanjoaninas têm lugar na, então, vila da Praia da Vitória que inova o figurino habitual ao realizar um desfile de abertura sem rainha, mas dedicado às crianças.
O final da década é ainda marcado pela realização, em 1979, do 1.º Festival da Canção Popular (Açoriana?) que animou compositores, músicos e cantores locais, mas foi também o declínio do declínio dos Jogos Florais que, embora atribua prémios, não realiza a tradicional sessão no salão da câmara.
1980 foi o ano que, tragicamente, determinou profundas alterações nas festas que se lhe seguiram.
As Sanjoaninas atualmente
[editar | editar código-fonte]A destruição da cidade de Angra após o sismo de 1980, e a impossibilidade de os espaços públicos serem utilizados proporcionou que as festas se realizassem na Praia da Vitória (1981, 1983, 1985). No primeiro ano, aliás, associaram-se as cerimónias de elevação de vila a cidade da Praia da Vitória razão pela qual se revestiram de brilhante organização. A presença das marchas de São João no figurino das Sanjoaninas data, precisamente, desta edição e mantiveram-se mesmo aquando do regresso das festa a Angra em 1984 e de, em 1985, as festas se terem realizado nas duas cidades da ilha, em datas diferentes.
Organizadas pelas Casas do Povo a simplicidade do guarda roupa e das coreografias era a nota dominante das primeiras edições, quando no vestuário predominante era o traje regional e o tecido de chita.
A pujança das marchas de São João é hoje incontornável no figurino das Sanjoaninas.
Desde 1984 que há a marcha oficial das Sanjoaninas e a respetiva letra e a música foram, por largo tempo, escritas e compostas pela dupla Álamo Oliveira/Carlos Alberto Moniz à exceção do ano de 1988 em que uma outra parceria de terceirenses se responsabilizou pela marcha: o poeta Emanuel Félix e o maestro Mário Coelho.
Cada vez mais numerosas, elaboradas e exuberantes, as marchas de São João são já um dos principais acontecimentos das festas.
- ↑ «Estrela d'Alva». 30 de junho de 1917
Programa das festividades
[editar | editar código-fonte]Com a duração preferencial de uma semana, a organização prepara-se para que as festividades comecem na sexta-feira anterior ao dia 24 de junho e terminem no domingo da semana seguinte.
O programa das Sanjoaninas tem seguido um modelo regular, constituído pelas seguintes atividades por cada dia de festa:
- Desfile de Abertura (também conhecido por Cortejo de Abertura ou da Rainha): desfile de carros alegóricos que transportam os membros do Séquito Real (constituído por chefe de protocolo, 2 damas, camareira, 2 pajens crianças e rainha) com início no Alto das Covas e que depois percorre as ruas da Sé, São João, Minhas Terras e Direita até à Praça Velha;
- Desfile de Marchas de São João (de adultos): desfile de marchas populares (tipicamente entre 20 e 30 grupos de marchantes) com início no Alto das Covas e que depois percorre as ruas da Sé, São João, Minhas Terras e Direita até à Praça Velha, sempre na noite de 23 para 24 de junho;
- Desfile de Marchas de São João (de crianças): desfile de marchas populares (tipicamente à volta de 5 grupos de marchantes) com início no Alto das Covas e que depois percorre a rua da Sé e termina na Praça Velha, sempre na noite de 24 de junho;
- Desfile da Etnografia: desfile dos grupos folclóricos da ilha Terceira em vestes típicas, apetrechados de equipamentos, ferramentas e outros objectos associados à etnografia local;
- Desfile do Desporto: desfile dos atletas e equipas ligadas às diversas modalidades desportivas praticadas na ilha;
- Desfile das Freguesias: desfile organizado pelas 19 Juntas de Freguesia do concelho sobre a sua respetiva localidade, enaltecendo, geralmente, as principais atividades económicas e os grupos sociais que integra;
- Desfile de Carros Clássicos, Motards e Jipes todo-o-terreno
- Desfile de Charangas: desfile das charanga da ilha que, geralmente, fazem uma pequena coreografia junto à Sé;
- Desfile Infantil: desfile com carros alegóricos que transportam mascarados ligados ao imaginário infantil e aos desenhos animados mais populares do momento;
- Noite das Crianças: as ruas são ocupadas por dezenas de insufláveis para que as crianças brinquem;
- Desfile de Filarmónicas: desfile de todas as filarmónicas da ilha e outras que sejam convidadas.
Paralelamente a estas atividades, são organizadas competições desportivas (por exemplo, futebol, ténis e rali), concertos, exposições e espectáculos tauromáquicos na Praça de Toiros Ilha Terceira, integrados na Feira de São João.
Concertos
[editar | editar código-fonte]A organização esforça-se para oferecer diversidade nos géneros musicais. Para tal há, ao dipor do público, vários palcos.
- Palco Bailão: localizado no Cerrado do Bailão, tem geralmente entrada paga e destina-se às bandas externas à ilha e a DJs locais;
- Palco Adro da Sé: localizado no Adro da Sé dedica-se aos concertos de filarmónicas locais;
- Palco Largo Prior do Crato (ou Tradições): localizado no Largo Prior do Crato está geralmente dedicado à música pimba/popular e à atuação de grupos folclóricos;
- Palco Praça Velha: localizado na Praça Velha, procura dar espaço a concertos mais delicados, por exemplo, com artistas do Fado ou bandas de maior requinte;
- Palco Cais da Alfândega (ou Pátio da Alfândega ou Marina): localizado na Baía de Angra e rodeado de tascas, esta palco dá primazia às bandas locais das mais variadas áreas.
Tauromaquia
[editar | editar código-fonte]Touradas à Corda
Feira de São João
Desporto
[editar | editar código-fonte]Futebol, ténis, rali, etc.
Gastronomia
[editar | editar código-fonte]Menu típico: linguiça, morcela, bifana (de porco), arroz, batata frita, salada (de alface), cerveja e sangria (de vinho tinto ou branco).
Exposições
[editar | editar código-fonte]De escultura, fotografia, cultura ou sobre história.