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Luciana Vãngri Kaingáng (nascida em 1980) é uma ativista, educadora, escritora, artista plástica e líder indígena do povo Kaingáng. Publicou vários livros sobre arte indígena e atualmente trabalha como membro no Instituto Kaingáing (INKA) no Rio de Janeiro. Desde 2005 atua como escritora e artista plástica, em 2009 assumiu o papel de griô no projeto Ação Griô Nacional do Ponto de Cultura Kanhgág Jãre, localizado na aldeia Serrinha, no estado do Rio Grande do Sul. Com o grupo de velhos anciãos e de sábios pode ver e assimilar os costumes, a língua, o canto, a dança, a tradição, o artesanato Kaingáng e se especializou em comida tradicional.[1]
Trabalhou por cinco anos na Escola Estadual Indígena de Ensino Médio Fág Kavá, na Serrinha, onde viveu situações com o grupo de anciãos que fizeram com que ambos se aproximassem. Lançou obras literárias em eventos como o XI Jogos dos Povos Indígenas, I Jogos Internacionais dos Povos Indígenas, além de participar como atleta nas modalidades de competição e como coordenadora dos grupos culturais de apresentação nesses eventos.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Vãngri Kaingáng nasceu na Terra Indígena de Ligeiro na região norte do Rio Grande do Sul em 1980, onde morou até os 16 anos.[2]
Ela se formou em Ciências Biológicas pela Universidade de Passo Fundo,[3] Rio Grande do Sul. Atualmente, mora no Rio de Janeiro,[4] onde trabalha no Instituto Kaingáng como escritora e educadora, e na Associação de Escritores e Ilustradores Infanto Juvenil (AEILIJ) como arte-escritora e ilustradora. No passado, em 2015, ela trabalhou para uma ONG especializada na defesa dos povos indígenas de todas as etnias.[5]
Em sua vida pessoal ela é casada com Garapira Pataxó,[6] vice-cacique do grupo indígena Pataxó, e eles têm um filho juntos, Siratan Katir, que nasceu no início de 2014.
Carreira profissional
[editar | editar código-fonte]Artístico
[editar | editar código-fonte]Vãngri Kaingáng é uma artista plástica com ênfase no grafismo e a ilustração que retrata a indigeneidade do brasileiro, especialmente do povo Kaingáng. Ela realizou trabalhos gráficos indígenas para a Rede Globo entre 2010 e 2011. Em 2013, ela ajudou em um exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Atualmente, realiza oficinas de tecelagem para peças de adornos de diferentes aldeias indígenas do Rio Grande do Sul.[7]
É professora de pintura corporal Kaingáng, pintura facial, pintura em tela, painéis e camisetas. Vãngri Kaingáng é uma artista plástica com ênfase no grafismo e na ilustração que retrata a indigeneidade do brasileiro, especialmente do povo Kaingáng. Ela realizou trabalhos gráficos indígenas para a Rede Globo entre 2010 e 2011. Em 2013, ela ajudou em uma exposição no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Atualmente, realiza oficinas de tecelagem para peças de adornos de diferentes aldeias indígenas do Rio Grande do Sul.[8]
Em 2023, participou da exposição “ELAS” indígenas, com obras de arte em tela, dos grafismos Kaingáng, divulgada amplamente nas capitais culturais do país, especialmente no Rio de Janeiro, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.[8]
Literário
[editar | editar código-fonte]Vãngri é contadora de histórias mitológicas de criação do povo Kaingáng, com duas obras publicadas em grandes editoras, sendo uma delas distribuída pelo Plano de Desenvolvimento a Leitura (PNDL), para escolas de todo Brasil.[8]
Em 2009, Vãngri Kaingáng escreveu a obra Antologia Indígena com a ajuda de outros escritores e educadores do NEArln (Núcleo de Escritores Indígenas) do INBRAPI (Instituto Brasileiro para Propriedade Intelectual).
Em 2010, ela escreveu sua obra Jóty, o tamanduá com Maurício Negro.[9]
Em 2017, escreveu e ilustrou Estrela Kaingáng: uma lenda do primeiro pajé.[10]
Em 2020, escreveu um texto para a obra Ponto de Cultura Kanhgág Jãre 15 Anos, capítulo 2 Carta aos Mestres da Tradição Kaingáng.[1]
Educacional
[editar | editar código-fonte]Vãngri Kaingáng é uma educadora bilíngue que participa em projetos envolvendo as quatros escolas na aldeia Serrinha, pelo Instituto Kaingang e pelo INBRAPI. Ela trabalha com arte-educação criando material didático e cartilhas com ilustrações para a Escola Estadual Fág Kawá. Atualmente, ela realiza trabalhos educacionais conforme a lei 11.645/08 em escolas públicas do Rio de Janeiro. Participa do projeto Povos da Floresta, desenvolvendo projetos locais de sustentabilidade.[7]
Educadora e coringa do Teatro dos Oprimidos de Augusto Boal, desde 2006, trabalhou teatro na comunidade de Serrinha, Rio Grande do Sul, entre os jovens do povo Kaingáng de diferentes aldeias no Sul, e também, outras aldeias pelo Brasil como Pankararus de Pernambuco, Umutinas de Mato Grosso, em Consultas Públicas para Proteção do conhecimento tradicional dos povos indígenas.[8]
Vãngri Kaingáng é uma educadora bilíngue que participa em projetos envolvendo as quatros escolas na aldeia Serrinha, Sede do Ponto de Cultura Kanhgág Jãre, aldeia ao norte do estado do Rio Grande do Sul, onde morou por vinte anos, dali viajou e representou os Kaingáng em muitos eventos no Brasil pelo Instituto Kaingang e pelo INBRAPI. Ela trabalha com arte-educação criando material didático e cartilhas com ilustrações para a Escola Estadual Fág Kawá. Atualmente, ela realiza trabalhos educacionais conforme a lei 11.645/08 em escolas públicas do Rio de Janeiro. Participa do projeto Povos da Floresta, desenvolvendo projetos locais de sustentabilidade. Trabalhou em muitos projetos culturais, dentro e fora das aldeias dos Kaingáng.[8]
Ativismo
[editar | editar código-fonte]Vãngri Kaingáng é uma ativista social e faz campanhas pelos direitos das mulheres e pelos direitos dos povos indígenas. Já fez várias aparições em marchas e manifestações, principalmente em relação à crise na aldeia de Maracanã.[11] Ela tem uma experiência em primeira mão com esta crise, já que viveu na aldeia durante cinco anos antes de ser retirada à força.[12] Como mostra seu trabalho e obras, Vãngri é apaixonada por promover a cultura indígena no Brasil e preservá-la para a próxima geração.[8]
Trabalha com militância indígena desde sempre, visando o indígena como protagonista, em todas as situações, trabalhos com filmagens, edições de imagem, produção de audiovisuais e curta metragens, além de documentários, registros em fotografias, ilustrações, charges, poesia e literaturas. Vãngri Kaingáng é uma ativista social e faz campanhas pelos direitos das mulheres e pelos direitos dos povos indígenas. Já fez várias aparições em marchas e manifestações, principalmente em relação à crise na aldeia de Maracanã. Ela tem uma experiência em primeira mão com esta crise, já que viveu na aldeia durante cinco anos antes de ser retirada à força. Como mostra seu trabalho e obras, Vãngri é apaixonada por promover a cultura indígena no Brasil e preservá-la para a próxima geração.[13]
Referências
- ↑ a b c Belfort, Susana Andréa Inácio; Mendes de Menezes, Magali (21 de janeiro de 2022). «PONTO DE CULTURA KANHGÁG JÃRE: CAMINHO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 11.645/2008». Revista Latino-Americana de História- UNISINOS (26): 46–65. ISSN 2238-0620. doi:10.4013/rlah.2021.1026.03. Consultado em 28 de junho de 2024
- ↑ «Literatura indígena | Terras Indígenas no Brasil». terrasindigenas.org.br. Consultado em 3 de dezembro de 2018
- ↑ «Vida nova, mas sem abrir mão das tradições». Extra Online
- ↑ «CARTA DE ESCLARECIMENTO». www.expedicaovillasboas.com.br. Consultado em 3 de dezembro de 2018
- ↑ repositorio.ufsc.br (PDF) https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/180404/348305.pdf?sequence=1. Consultado em 12 de dezembro de 2018 Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ «Symbol of Native Culture to Be Bulldozed for World Cup | Inter Press Service». www.ipsnews.net. Consultado em 3 de dezembro de 2018
- ↑ a b «Vãngri Kaingáng — Editora Biruta». Editora Biruta
- ↑ a b c d e f «Ponto de Cultura 15 anos – Instituto Kaingáng». Consultado em 28 de junho de 2024
- ↑ «Projeto Tamanduá: O Grupo de Trabalho pela Conservação do Tamanduá no Brasil». Edentata. 6 (1). 56 páginas. 2004. ISSN 1413-4411. doi:10.1896/1413-4411.6.1.56b
- ↑ Kaingáng,Vãngri (17 de julho de 2017). Estrela Kaingáng: a lenda do primeiro pajé. [S.l.: s.n.] ISBN 9788578482121
- ↑ «Chuva alaga alojamento dos índios na Zona Oeste do Rio logo no 1º dia». Rio de Janeiro. 24 de março de 2013
- ↑ «Índios temem virar caricatura em prédio do Minha Casa, Minha Vida». SulBahia News (em inglês)
- ↑ «Vãngri Kaingáng». EAV Parque Lage. Consultado em 28 de junho de 2024
Ana Silva Kariri (1972, Esperança)[1], mais conhecida como Ana Kariri é uma líder indígena, artista plástica, multimídia premiada, curadora de arte poeta, muralista, professora, e escritora brasileira da etnia indígena Kariri-banabuê do Povoado Malacaxeta na Paraíba.[2] Em 2023, recebeu o prêmio Jabuti como coautora na categoria Fomento à leitura, com oferecimento da União Brasileira de Escritores.[3]
Idealizadora e Presidenta do Coletivo Nacional TUXAUA - Rede de Saberes Indígenas e Cultura Popular[4]. Faz parte do Conselho Nacional Indígena YUSITI TEKOÁ PINDÓ. Membra do conselho de Cultura de Duque de Caxias RJ. Faz parte do Fórum Municipal de Intolerância Religiosa de Duque de Caxias - RJ, da comissão de Paz e Intolerância Religiosa de Cotia SP, membra do MUPAI (primeiro museu afrobrasileiro e indígena da Paraíba). Através da arte e poesia de resistência, Ana Kariri fortalece o registro e a memória do seu povo e traz para os espaços da arte a riqueza cultural dos povos indígenas do Nordeste do Brasil.[5]
Educação e carreira
[editar | editar código-fonte]Graduada em Gestão de Turismo pelo CEDERJ e acadêmica efetiva da ALEGRO (Academia de Letras Guimarães Rosa - MG).[6]
Prêmios e reconhecimentos
[editar | editar código-fonte]2023:
- Prêmio Jabuti como coautora na categoria Fomento à leitura, oferecido pela União Brasileira de Escritores.[7]
- Título de Doutora Honoris Causa concedido pela FACETEN (Faculdade de Ciências, Educação e Tecnologia do Norte do Brasil) [8]
- Título de Doutora Honoris Causa concedido pela FACTEFERJ (Faculdade de Teologia e Filosofia do Estado do Rio de Janeiro) [9]
- Título de Doutora Honoris Causa concedida pela ASBRAC (Associação Brasileira de Capelania Civil) e OCAA do Brasil (Ordem dos Capelães Afro e Ameríndios do Brasil) 2023.[10]
Obras
[editar | editar código-fonte]Filmografia: Participação no filme Bye, bye, Amazônia do cineasta Neville d'Almeida[11]
Publicações:
- Coautora do livro Sextilhas Para O Amor, 2023.[12]
- Coautora do álbum biográfico Guerreiras da Ancestralidade, 2023. [13]
- Autora do livro Relatos e Memórias do Povo Kariri da Paraíba, 2024
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ "Observatório da Presença Indígena no Estado do Rio de Janeiro"
- ↑ kariri, Ana Silva (2023). Relatos e memórias do povo kariri da Paraíba. [S.l.]: Biblioteca Aventura na Leitura
- ↑ «Ana Kariri - Paraíba Criativa». https://paraibacriativa.com.br/. Consultado em 14 de junho de 2024
- ↑ «Ana Kariri»
- ↑ cloud.ezzato.cloud.eav_v2. «EAV Parque Lage». EAV Parque Lage. Consultado em 28 de junho de 2024
- ↑ cloud.ezzato.cloud.eav_v2. «EAV Parque Lage». EAV Parque Lage. Consultado em 28 de junho de 2024
- ↑ "Obra literária Guerreiras da Ancestralidade recebe Prêmio Jabuti na categoria Fomento à Leitura". FUNAI, 09/02/2024
- ↑ "Ministério da Cultura". Revista Eletrônica Conexão Cultura e Pensamento, 09/02/2024
- ↑ "Escola de Artes Visuais do Parque Lage". 09/02/2024
- ↑ «ANA KARIRI – OPIERJ – Observatório da Presença Indígena no Estado do Rio de Janeiro». Consultado em 28 de junho de 2024
- ↑ Neville d'Almeida (2023). «Bye, bye, Amazônia». Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ Kariri, Ana (6 de junho de 2023). Sextilhas Para O Amor. [S.l.]: Clube de Autores
- ↑ "Obra literária Guerreiras da Ancestralidade". FUNAI, 09/02/2024
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