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Usuário(a):Wilson Villas Boas/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: A trajetória de um médico e empresário apaixonado por inovação, marketing e equitação.


Jorge Ferreira da Rocha
Wilson Villas Boas/Testes
Conhecido(a) por Administração, Marketing e Hipismo
Nascimento 17 de setembro de 1945
Rio de Janeiro Rio de Janeiro
Residência Brasil
Nacionalidade Brasil Brasileira
Progenitores Mãe: Odette Ferreira da Rocha
Pai: José Portes Rocha
Cônjuge Neuza Ferreira da Rocha
Filho(a)(s) Vinicius Ferreira da Rocha

Rodrigo Ferreira da Rocha

Alma mater Médico - FMV

Mestrado em Cardioliga - PUC/RJ

FGV/RJ- Adiministração

COPPEAD/UFRJ - MBA Executivo

Ocupação Sócio Fundador e Presidente da

Amil Assistência Médica de 1978 à 2007

Instituições Amil Assistência Médica
Campo(s) Médica, Empresarial e Esportiva

Jorge costuma dizer que a caminhada com esperança é muito melhor que a chegada.

Na medicina, Jorge contribuiu imensamente, com todo o time da Amil, para colocar e manter o Brasil em perfeita sintonia com o que existe de melhor e mais moderno.

Nos esportes, Jorge provou que nunca é tarde para começar e, quem sabe, até sonhar com uma ou duas Olimpíadas.

Jorge demonstra que o que realmente fica dessa nossa curta passagem pela vida é a nossa família, os nossos amigos e nossas conquistas e realizações.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Jorge Ferreira da Rocha (Rio de Janeiro, 17 de setembro de 1945) filho de uma família pobre, viveu livre sua infância pelas ruas do Cachambi, numa época em que o Méier era quase uma zona rural.

Com seu terno de primeira comunhão, começou a trabalhar na porta da igreja nos fins de semana, abrindo a porta dos carros para as noivas.

Do ponto de vista pessoal, reconhece como sua primeira grande conquista a vaga no concorrido Colégio Pedro II, símbolo de altíssima qualidade acadêmica.

Jorge se orgulha de ter aprendido de grandes mestres ensinamentos preciosos sobre ética, honra e competitividade, entre difíceis aulas de francês, português, álgebra e história.

Jorge era um aluno com uma imensa capacidade de observação que, a cada dia, se surpreendia diante do novo mundo que ia surgindo diante de seus olhos.

Os dias passados no Pedro II, durante a infância e a adolescência, foram os alicerces sobre os quais Jorge construiu uma carreira brilhante, como aluno no curso superior, médico, empresário e, mais tarde, como esportista.

Durante os últimos anos de colégio, Jorge acabou servindo o Exército – meio a contragosto –, exatamente no momento em que a revolução de 64 ganhava força nas ruas.

Com seu corpo franzino e sua baixa estatura, o soldado raso Rocha teve de, rapidamente, incorporar novos conhecimentos e habilidades para sobreviver nos difíceis tempos de caserna[1].

O fato é que o jovem recruta, moldado em um colégio extremamente politizado, soube conviver no Exército extraindo daqueles ditos “anos de chumbo” novas experiências e conhecimentos que lhe seriam muito úteis na sua carreira profissional, principalmente nas questões relacionadas a disciplina e hierarquia e, principalmente, ao verdadeiro significado das virtudes do companheirismo e da camaradagem.

Desde os primeiros tempos da escola e do quartel, sua grande paixão naqueles anos dourados era, na verdade, o futebol.

Depois de passar pelas categorias de base do Olaria, Jorge chegou a Laranjeiras com o sonho de fazer uma carreira vitoriosa no Fluminense.

Certo dia, numa conversa com o hábil ponta-esquerda Escurinho, com algumas passagens pela Seleção Brasileira da época, Jorge, que tinha certo talento com a bola nos pés, percebeu que não teria futuro nenhum no futebol, o que o fez abandonar definitivamente as chuteiras e mergulhar de cabeça nos estudos.

“Caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento...”[2] e sem dinheiro, Jorge driblou o destino e começou a cursar Medicina em 1967, na FMV (Faculdade de Medicina de Valença- RJ)[3].

Anos depois, ainda como residente, tornou-se médico assistente de um dos melhores cardiologistas do Rio de Janeiro.

Entre o mestrado e os infindáveis plantões, o jovem cardiologista se destacou e, num curto espaço de tempo, conquistou o respeito e a admiração de seus pacientes.

Num concorrido concurso nacional de cardiologia, conquistou o primeiro lugar, mas o destino mais uma vez interferiu na sua vida.

O médico, que tinha um futuro brilhante na Zona Sul, desvia-se de seus objetivos numa visita à Baixada Fluminense, onde conheceu outro jovem médico, ainda residente, que iria mudar por completo sua vida.

Ao lado de Edson Bueno[4], Jorge é convencido a levar seus talentos e habilidades na medicina para uma das cidades mais carentes do Brasil: Duque de Caxias.

Sua mãe, D. Odete, inicialmente não se conformava com o fato de o filho arriscar uma carreira de sucesso garantido por um desafio aparentemente insano.

Mas, curiosamente, foi numa Casa de Saúde falida que foi plantada a semente de um grupo hospitalar que, em poucos anos, assumiu a liderança absoluta em toda a região da Baixada Fluminense.

Como médico, Jorge tinha muita dificuldade em cobrar e, com certeza, o novo desafio com uma rede de hospitais representava uma nova perspectiva para seu futuro profissional.

Naquele tempo ele levou tecnologias impensadas para aquela cidade carente, implementando o primeiro CTI pediátrico particular, algo impensado para a época e para o local.

Certo dia se viu diante de uma situação extremamente delicada: no momento em que cuidava de um idoso de mais de 80 anos, numa crise respiratória aguda, adentrava na casa de saúde um recém-nascido com o mesmo problema.

A observação daquela situação delicada e de total impotência técnica fez com que o jovem assumisse o desafio de criar o primeiro CTI pediátrico particular do Brasil.

Jorge parte para os Estados Unidos para comprar os primeiros equipamentos, realizando um trabalho pioneiro e ousado, incluindo a implementação dos primeiros respiradores neonatais do País.

O sucesso dessa iniciativa pioneira salvou a vida de centenas e centenas de crianças.

Jorge também foi responsável pela implementação de serviços de cuidados em cardiologia com tecnologias inovadoras para a época, como o marca-passo.

Com ínfimos recursos, mas uma vontade infinita de trazer para o Brasil o melhor da medicina, aquele grupo unido e comprometido de jovens médicos percebeu que poderia ampliar, ainda mais, seus horizontes, levando aquele modelo de negócios inovador para uma parcela muito mais significativa da sociedade.

Foi dessa forma que, no final da década de 70, nascia a Amil Assistência Médica, no Rio de Janeiro.

Depois de mais de oito anos como médico, Jorge toma uma das decisões mais difíceis da sua vida.

Enquanto Edson Bueno, gerava caixa na rede de hospitais na Baixada Fluminense, Jorge passava por uma verdadeira metamorfose pessoal, trocando definitivamente o jaleco branco e o estetoscópio pelo terno e a gravata.

Com ações ousadas e corajosas, Jorge criou os alicerces de uma empresa moderna, empenhada em mudar por completo o mercado de assistência médica que, na época, era dominado por empresas como Golden Cross, no Rio de Janeiro, e Amico, em São Paulo.

Liderando um time obstinado de médicos e profissionais talentosos, e disposto a revolucionar a medicina brasileira, Jorge começa a pôr em prática inovações até então impensadas, como consultas e exames sem limites, telemarketing 24 horas com médicos de plantão e agências de atendimento perto dos clientes.

Tudo isso transmitido à sociedade através de campanhas publicitárias simples, mas eficientes, que, naquela época, absorviam praticamente todos os recursos da nova empresa que estava nascendo.

Tudo era investido em três pontos essenciais:

• Marketing

• Qualidade de Atendimento

• Treinamento

De uma forma totalmente intuitiva, Jorge fez dessas três premissas sua paixão e razão de ser.

Jorge e Edson Bueno souberam semear no coração de seus colaboradores o compromisso de fazer uma grande empresa.

O resultado é que a Amil foi alcançando, ano após ano, taxas de crescimento fantásticas graças à confiança de milhares e milhares de famílias e empresas.

Depois de algumas tentativas frustradas, Jorge se oferece para colocar a marca da Amil no maior mercado do Brasil: São Paulo.

O carioca da gema queima seus navios e muda de mala e cuia para a terra da garoa.

Ele, com um pequeno Exército de Brancaleone, vence mais esse desafio, e a Amil deixa de ser uma empresa regional para se tornar uma das maiores empresas do setor de medicina de grupo no Brasil.

As campanhas de publicidade da Amil, que eram conduzidas pessoalmente por ele e pela equipe da Promarket - House - Agency, do grupo, tornam-se referência de criatividade e ousadia, sendo várias delas premiadas internacionalmente nos mais conceituados fóruns publicitários do mundo.

Numa tacada certeira, Jorge aproxima a empresa de alguns dos mais importantes consultores e escritores em business do mundo, através de uma parceria inédita e corajosa com a HSM[5].

O modelo de sucesso da Amil foi amplamente divulgado e relatado por grandes experts para todo o mundo, abrindo novas perspectivas de expansão, guiado agora pelo conhecimento.

Jorge foi um dos principais responsáveis pela criação de inovações, como o Amil Resgate Saúde[6], o Programa Amil de Medicamentos na rede Farmalife, a Carência Zero, o Total Care[7], a Amil Internacional, entre muitas outras iniciativas.

Sua fala mansa e serena, combinada a seu estilo totalmente low profile, anula-se diante de uma capacidade de liderança infinita.

Por 3 décadas Jorge esteve à frente de todo o planejamento estratégico da empresa.

Enquanto Edson Bueno plantava novos sonhos, motivando e inspirando cada colaborador, Jorge dirigia suas as ações, com todas as suas forças, para construir, preservar e proteger não só o nome da empresa, mas principalmente os valores da Amil.

Jorge criou um sistema de convicções que, por décadas, serviu de guia para todos os colaboradores da empresa.

Jorge dedicou mais de 40 anos da sua vida na busca de transformar em realidade o sonho de criar a maior, a melhor e a mais feliz das empresas do setor de assistência médica do Brasil.

Como consequência de todo esse trabalho realizado pela equipe de profissionais da Amil ao longo de décadas seguidas, seu modelo de gestão de saúde chegou a ser estudado na Harvard Business University[8] como um exemplo de eficiência e resolutividade.

Mas o sonho da Amil, num determinado momento da sua vida empresarial, tomou novos rumos.

A necessidade de buscar recursos para garantir a continuidade do crescimento fez a empresa abrir seu capital em 2007.

Grandes empresas foram sendo incorporadas, no Brasil e em Portugal[9].

Tudo isso atraiu o interesse de algumas das maiores empresas do setor no mundo, o que culminou com a venda da Amil para o United Health Group[10], uma gigante americana e global em saúde suplementar.

Com isso, Jorge começou a se preparar para pendurar o terno e a gravata, fato que ocorreu em 2014.

Dessa forma ele pôde se dedicar, finalmente, de corpo e alma, a sua família, aos passarinhos e a seus cavalos e, de longe, continuar torcendo pelo sucesso da Amil, que seguiu seu caminho tendo seus dois filhos nos quadros diretivos da empresa.

Esporte[editar | editar código-fonte]

Um Atleta Adormecido[editar | editar código-fonte]

Desde criança Jorge sempre teve um fascínio por cavalos.

Impossível esquecer o dia em que ele e seu pai levaram um pangaré chamado Brinquedo para dentro do quintal da sua casa no Cachambi, tentando esconder aquele pet de grandes proporções dos olhos atentos da mãe.

Depois que o Brinquedo comeu toda a feira da semana, o sonho equestre teve de esperar por quase 40 anos, dando lugar tão somente à criação de passarinhos, uma paixão de seu pai que o acompanha até hoje.

Jorge brinca que, antes de comer seu primeiro mingau, já tinha degustado muito alpiste.

O sucesso empresarial de Jorge, somado à sua “hipodependência”, fez que ele criasse o Haras Quixote[11], que, num curto espaço de tempo, se tornou um dos mais respeitados e premiados criatórios da raça Mangalarga Marchador.

Todo esse sucesso se deve, em muito, ao trabalho de seu filho, Vinicius Rocha, outro hipodependente crônico declarado.

Paralelamente ao Haras Quixote, Jorge investiu alto na equitação esportiva, trazendo para o Brasil alguns dos melhores cavalos de adestramento do mundo, aliado aos melhores treinadores, o que deu um impulso gigantesco à nobre arte da equitação clássica brasileira.

Mas Jorge não se via apenas criando cavalos. Ele queria conquistar seu espaço nos esportes equestres e, aos 47 anos, começa uma nova missão, aparentemente impossível: representar o adestramento brasileiro numa Olimpíadas.

Sua dedicação e determinação transformaram uma utopia em realidade.

Por muitos anos, Jorge deixava de almoçar e escapava por uma hora para treinar na hípica paulista.

Nos finais de semana, sempre se mantinha longe dos holofotes: ia para seu Haras Quixote, buscando acelerar ao máximo seu processo de aprendizado.

Primeiro vieram os títulos nacionais, depois o sul-americano e, na sequência, sua classificação para os Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000.

Aos 54 anos, Jorge foi o atleta mais velho da delegação brasileira[12].

Essa conquista reflete claramente o estilo como Jorge Ferreira da Rocha sempre encarou cada desafio.

Recentemente foi premiado na Alemanha como um exemplo de obstinação e garra, afinal, nessa sua trajetória, ainda teve de enfrentar alguns acidentes equestres gravíssimos e um câncer, vencido graças à sua vitalidade esportiva.

Jorge costuma dizer que a caminhada com esperança é muito melhor que a chegada.

Na medicina, Jorge contribuiu imensamente, com todo o time da Amil, para colocar e manter o Brasil em perfeita sintonia com o que existe de melhor e mais moderno.

Nos esportes, Jorge provou que nunca é tarde para começar e, quem sabe, até sonhar com uma ou duas Olimpíadas.

Jorge demonstra que o que realmente fica dessa nossa curta passagem pela vida é a nossa família, os nossos amigos e nossas conquistas e realizações.

Participações[editar | editar código-fonte]

- Classificado para os Jogos Pan Americano de Winnipeg 1999 e Rio de Janeiro 2007

Por questões de saúde não participou das provas.

- Cavaleiro Olímpico em Sidney 2000[13]

Conquistas[editar | editar código-fonte]

- Campeão Brasileiro de Adestramento

- Campeão Sul Americano de Adestramento

- Vencedores do Prêmio Brasil Olímpico de 2000 de Adestramento

Homenagens[editar | editar código-fonte]

- Troféu Jorge Ferreira da Rocha de Adestramento[14]

Educação[editar | editar código-fonte]

- Médico - FMV

- Mestrado em Cardioliga - PUC/RJ

- FGV/RJ - Adiministração

- COPPEAD/UFRJ - MBA Executivo

Família[editar | editar código-fonte]

Progenitores[editar | editar código-fonte]

Odette Ferreira da Rocha

José Portes Rocha

Cônjuge[editar | editar código-fonte]

Neuza Ferreira da Rocha

Filhos[editar | editar código-fonte]

Vinicius Ferreira da Rocha

Rodrigo Ferreira da Rocha

Netos[editar | editar código-fonte]

Pedro, Matheus e Rafael

Publicações[editar | editar código-fonte]

1997 - Wout Thank You[15]: A história de um homem que aprendeu com seu cavalo a ser feliz como uma criança.

1997 - Nosso Edson[16]: Biografia não autorizada de um realizador brasileiro, idealizada por seus colaboradores.

1999 - Os Cavalos da Vila Quixote[17]: A história de um sonho sem fronteiras.

Referências