Usuário:Eduardo Pazos/Música da Argentina

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A cantora da província de Tucumán, Mercedes Sosa, uma das maiores expoentes do chamado «folclore argentino».
O cantor Duki é um dos maiores expoentes do trap argentino.

A Argentina é um dos países latino-americanos com maior variedade no aspecto musical. É possível, em consequência, encontrar um grande repertório de gêneros, em função da diversidade cultural que a classifica. [1]

O tango é um estilo musical e uma dança nascido nas zonas marginais portenhas e com difusão internacional, ligado fortemente com a Argentina e Uruguai, mas principalmente com Buenos Aires. Neste gênero musical se destacaram Carlos Gadel, considerado como o Rei do Tango, e o marplatense mundialmente reconhecido Ástor Piazzolla, enquanto que na dança se destaca o sucesso mundial do espetáculo Tango Argentino, criado em 1983 por Claudio Segovia e Héctor Orezzoli, com dançarinos como Juan Carlos Copes, María Nieves e Virulazo. Anualmente se realiza em Buenos Aires o Festival e Torneio Mundial de Dança de Tango.

Na Argentina, há uma ampla difusão da música chamada folclórica ou simplesmente folclore, inspirada nos gêneros rurais tradicionais. A música folclórica argentina tem características regionais diferenciadas: na música litoraleña predominam gêneros como o chamamé e a chimarrita; no folclore sulista-patagônico, predominam gêneros como a milonga, o triunfo e o malambo; no folclore cuyano predomina a cueca e a tonada; no folclore nortista predominam as chacareras e as zambas; e no folclore do noroeste andino, predominam os carnavalitos, sayas e as taquiraris. Grupos folclóricos como Los Chalchaleros e cantores solo como Jorge Cafrune, Atahualpa Yupanqui, Mercedes Sosa, Oscar Palavecino e Soledad Pastorutti estão entre os expoentes mais importantes destes gêneros. Entre os vários encontros de música folclórica se destacam o Festival de Cosquín em Córdoba e o carnaval jujeño.

O «rock argentino» teve um amplo desenvolvimento no final da década de 1960 e uma forte influência no rock íbero-americano cantado em espanhol amplamente conhecido em todo o continente. Possui expoentes em destaque, como as bandas fundadoras Los Gatos, Almendra, Manal e Sui Generis, além de Patricio Rey y sus Redonditos de Ricota, Soda Stereo ou músicos como Litto Nebbia e Luis Alberto Spinetta, bem como Charly García, Andrés Calamaro e Indio Solari. Os concertos numerosos costumam celebrar em estádios, sendo aquele com maior capacidade o Estádio Monumental Antonio Vespucio Liberti. Os festivais de maior sucesso hoje em dia são o Cosquín Rock e o Quilmes Rock, celebrados anualmente.

A balada romântica, com cantores de fama sul-americana como Sandro de América. Por outro lado, devem ser considerados os ritmos e letras simples da cumbia, também chamada movida tropical ou bailanta, com um ritmo mais simples que o modelo original colombiano, e o cuarteto (este ritmo especialmente na província de Córdoba).

Buenos Aires é a principal escolhida para concertos de artistas estrangeiros realizarem suas turnês e costumam ser o cenário da música eletrônica na América Latina, com festas importantes como a South American Music Conference, a Creamfields que, com a convocação de mais de 60 000 pessoas,[2] tornou a Ultra Music Festival Buenos Aires, uma das mais importantes do mundo. A cidade, junto com Mar del Plata e Bariloche, tem também seu próprio estilo de música eletrônica.

Com base no Conservatório Nacional da Música e do Teatro Colón, foi desenvolvida uma sólida escola de música e dança clássica. Na música clássica, destacam compositores como Alberto Ginastera, intérpretes como Martha Argerich e diretores como Daniel Barenboim. Na dança clássica, destacam Jorge Donn, Maximiliano Guerra, Paloma Herrera, Marianela Núñez, Iñaki Urlezaga e Julio Bocca; este último, também diretor do Balé Argentino.

Entre as criações não-classificáveis da música argentina se encontra a obra de María Elena Walsh — orientada em grande parte, mas não exclusivamente ao público infantil— e os espetáculos humorísticos-musicais do conjunto Les Luthiers.

No Trap argentino, Paulo Londra, superou em popularidade, a grandes músicos argentinos de vários gêneros, a nível mundial, sendo hoje em dia o argentino mais escutado do mundo, superando a popularidade alcançada apenas por Gustavo Cerati. No trap também encontramos, Duki, outra referência internacional do Trap Argentino, mas menos popular.

Música dos povos nativos[editar | editar código-fonte]

Os povos originários ainda preservam sua música,[3] embora com possibilidades escassas de difusão massiva. A tradição oral de chiriguanos, chorotes, mapuches, pilagás, tehuelches, tobas, wichíes –entre outras comunidades nativas– foram coletadas com trabalhos de campo desdde 1931 por parte de investigadores do Instituto Nacional de Musicologia Carlos Vega.

Música folclórica[editar | editar código-fonte]

Com base nos estilos musicais dos povos indígenas e na contribuição dos grupos étnicos europeus (principalmente espanhóis) e africanos da Conquista da América, formou-se o que é conhecido como música folclórica argentina, destacando-se gêneros como vidala, gato, zamba, chamamé, a chacarera, carnavalito ou pericón. Muitos desses gêneros do folclore argentino são regionais e são compartilhados com os países vizinhos, influenciando-se mutuamente.

Com base nesses gêneros e danças da criação coletiva e anônima, a partir do século XX surgiu uma corrente chamada "música nativa", que a partir da década de 1940 se estabeleceu como um dos estilos musicais mais bem-sucedidos da Argentina. Alguns dos artistas mais destacados de sua história foram Atahualpa Yupanqui, Antonio Tormo, Mercedes Sosa, Los Chalchaleros, Ariel Ramírez, Armando Tejada Gómez, Tránsito Cocomarola, Tarragó Ros, Ramona Galarza, Chango Farías Gómez, Linares Cardozo, Cuchi Leguizamón, Jaime Torres, Teresa Parodi, Daniel Tinte, Soledad Pastorutti e Abel Pintos, entre muitos outros. Recentemente, para sua interpretação foram adicionados instrumentos não convencionais, como saxofone, flauta transversal, órgão, teclados e bateria, uma inovação que está gradualmente ganhando popularidade.[4]

Expressões e ritmos folclóricos[editar | editar código-fonte]

A Argentina oferece em seu território características diferentes em suas expressões líricas e coreográficas, que muitas vezes evitam os limites provinciais, formalizando áreas que podem ser facilmente diferenciadas.

Noroeste[editar | editar código-fonte]

Compreende às províncias do noroeste.

Referências

  1. Portal informativo de la Presidencia de la Nación. Argentina.gob.ar Arquivado em 1 de dezembro de 2014, no Wayback Machine. - [Consul. 10-11-2014]
  2. Creamfields Buenos Aires Arquivado em 14 de novembro de 2018, no Wayback Machine..
  3. Movimiento para la recuperación y difusión de la música y en general del arte de las culturas aborígenes y criollas. «Argentina Indígena»
  4. «Atahualpa Yupanqui». Premios Konex. Fundación Konex. 1985. [Consul.11-03-2009].