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Nos mamíferos, a vagina é um órgão sexual feminino em forma de canal fibromuscular que liga a vulva ao colo do útero.[1][2]


A função da vagina é receber o pénis durante o ato sexual, oferecer passagem ao bebé durante o parto e expelir o sangue da menstruação durante o ciclo menstrual mensal.

A abertura vaginal geralmente encontra-se parcialmente coberta por uma membrana denominada hímen.[2]


A vagina geralmente não requer cuidados específicos de higiene.[3] A lavagem vaginal não é recomendada.[3][4] A saúde vaginal pode ser avaliada com exames como o toque vaginal ou teste de Papanicolau.[5][6][7] A recolha e análise de fluidos permite fazer o rastreio e diagnóstico de de infeções.[5][8] Entre as doenças vaginais mais comuns estão a vulvovaginite por Candida, vaginite, infeções sexualmente transmissíveis (IST) e cancro do colo do útero. A flora vaginal oferece alguma proteção contra infeções[9] e o baixo pH da vagina impede o crescimento de diversos patogénios.[10] Este equilíbrio pode ser afetado pela gravidez, menstruação, diabetes, pílula contracetiva, candidíase resultante de alguns antibióticos, má alimentação, lavagem vaginal e stresse.[11][12] As alterações na flora vaginal tornam a vagina mais vulnerável a infeções.[3] A presença de corrimento vaginal anormal é sinal de uma infeção vaginal e causa sintomas como irritação ou ardor.[13][14] A vaginite é uma inflamação da vagina causada por infeções, problemas hormonais ou irritantes.[15][16] Entre as IST que afetam a vagina estão o VIH/SIDA, o vírus do papiloma humano (VPH), herpes genital e tricomoníase.[17][18] A transmissão de IST pode ser prevenida com o uso de preservativo.[19][20] Embora os cancros da vagina e da vulva sejam raros, o cancro do colo do útero é relativamente comum.[21][22][23] Este cancro pode ser prevenido com exames de Papanicolau em intervalos regulares e com a vacina contra o VPH.[24][25]




A localização, estrutura e tamanho da vagina diferem entre as diversas espécies de mamíferos. As fêmeas geralmente apresentam duas aberturas externas na vulva: uma uretra, onde termina o trato urinário, e uma abertura vaginal, onde termina o trato genital. Os machos dos mamíferos apresentam apenas uma abertura, simultaneamente com função urinária e reprodutiva. Em seres humanos, a dimensão da abertura vaginal é muito superior à do orifício da uretra e ambos são protegidos pelos lábios vaginais. Em anfíbios, aves, répteis e monotremados, a única abertura externa para os tratos urinário, reprodutor e gastrointestinal é a cloaca.

Durante as relações sexuais ou outro tipo de atividade sexual, a excitação sexual faz aumentar a lubrificação vaginal, de modo a diminuir a fricção e facilitar a penetração.[26]


A textura da parede da vagina proporciona fricção e estimulação do pénis durante a penetração, o que resulta na ejaculação necessária para a fecundação..[27]

No entanto, também é pela vagina que são transmitidas várias infeções sexualmente transmissíveis, cujo risco pode ser diminuído com práticas de sexo seguro. A vagina pode também ser afetada por uma série de doenças e condições.

Tanto a vagina como a vulva têm sido fonte de fortes reações culturais ao longo da história, incluindo perceções e linguagem negativas, tabus culturais e utilização como símbolo de sexualidade feminina, espiritualidade ou regeneração da vida. Na linguagem comum, o temo vagina é muitas vezes usado para denominar a generalidade dos órgãos genitais femininos. No entanto, em linguagem anatómica, vagina denomina apenas a estrutura interna. Compreender a diferença aumenta o conhecimento dos órgãos genitais femininos e a comunicação em saúde.

  1. Snell RS (2004). Clinical Anatomy: An Illustrated Review with Questions and Explanations. [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 98. ISBN 978-0-7817-4316-7 
  2. a b Dutta DC (2014). DC Dutta's Textbook of Gynecology. [S.l.]: JP Medical Ltd. pp. 2–7. ISBN 9351520684 
  3. a b c Grimes JA, Smith LA, Fagerberg K (2013). Sexually Transmitted Disease: An Encyclopedia of Diseases, Prevention, Treatment, and Issues: An Encyclopedia of Diseases, Prevention, Treatment, and Issues. [S.l.]: ABC-CLIO. pp. 144, 590–592. ISBN 1440801355 
  4. Martino JL, Vermund SH (2002). «Vaginal douching: evidence for risks or benefits to women's health». Epidemiologic Reviews. 24 (2): 109–24. PMC 2567125Acessível livremente. PMID 12762087. doi:10.1093/epirev/mxf004 
  5. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Damico
  6. «NCI Dictionary of Cancer Terms». National Cancer Institute. Consultado em 5 de janeiro de 2018 
  7. Vickery DM, Fries JF (2013). Take Care of Yourself: The Complete Illustrated Guide to Medical Self-Care. [S.l.]: Da Capo Press. ISBN 0786752181 
  8. «NCI Dictionary of Cancer Terms». National Cancer Institute. Consultado em 4 de janeiro de 2018 
  9. Nardis C, Mosca L, Mastromarino P (setembro de 2013). «Vaginal microbiota and viral sexually transmitted diseases». Annali Di Igiene: Medicina Preventiva E Di Comunita (em inglês). 25 (5): 443–456. ISSN 1120-9135. PMID 24048183 
  10. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome King
  11. AAOS (2011). AEMT: Advanced Emergency Care and Transportation of the Sick and Injured. [S.l.]: Jones & Bartlett Publishers. p. 766. ISBN 1449684289  Erro no estilo Vancouver: wikilink (ajuda)
  12. Leifer G (2014). Introduction to Maternity and Pediatric Nursing - E-Book. [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 276. ISBN 0323293581 
  13. McGrath J, Foley A (2016). Emergency Nursing Certification (CEN): Self-Assessment and Exam Review. [S.l.]: McGraw Hill Professional. p. 138. ISBN 1259587150 
  14. Wright, WF (2013). Essentials of Clinical Infectious Diseases. [S.l.]: Demos Medical Publishing. p. 269. ISBN 1617051535 
  15. Ferri FF (2012). Ferri's Clinical Advisor 2013. [S.l.]: Elsevier Health Sciences. pp. 1134–1140. ISBN 0323083730 
  16. Sommers MS, Fannin E (2014). Diseases and Disorders: A Nursing Therapeutics Manual. [S.l.]: F.A. Davis. p. 115. ISBN 0803644876 
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  18. Alexander W, Bader H, LaRosa JH (2011). New Dimensions in Women's Health. [S.l.]: Jones & Bartlett Publishers. p. 211. ISBN 1449683754 
  19. Knox D, Schacht C (2007). Choices in Relationships: Introduction to Marriage and the Family. [S.l.]: Cengage Learning. pp. 296–297. ISBN 0495091855 
  20. Kumar B, Gupta S (2014). Sexually Transmitted Infections. [S.l.]: Elsevier Health Sciences. pp. 126–127. ISBN 8131229785 
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  22. Paludi MA (2014). The Praeger Handbook on Women's Cancers: Personal and Psychosocial Insights. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 111. ISBN 1440828148 
  23. «What Are the Risk Factors for Vaginal Cancer?». American Cancer Society. 19 de outubro de 2017. Consultado em 5 de janeiro de 2018 
  24. Berek JS, Hacker NF (2010). Berek and Hacker's Gynecologic Oncology. [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 225. ISBN 0781795125 
  25. Bibbo M, Wilbur D (2014). Comprehensive Cytopathology E-Book. [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 49. ISBN 0323265766 
  26. Heffner LJ, Schust DJ (2014). The Reproductive System at a Glance. [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 39. ISBN 1118607015 
  27. Brewster S, Bhattacharya S, Davies J, Meredith S, Preston P (2011). The Pregnant Body Book. [S.l.]: Penguin. pp. 66–67. ISBN 0756687128