Usuário:JMagalhães/Notepad32
Transmissão
[editar | editar código-fonte]Via de exposição | Infeções estimadas por cada 10 000 exposições a um foco de infeção | |||
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Transfusão de sangue | 9000[2] | |||
Parto | 2500[3] | |||
Partilha de seringas em drogas intravenosas | 67[4] | |||
Perfuração percutânea com agulha | 30[5] | |||
Sexo anal recetivo* | 50[6][7] | |||
Sexo anal penetrativo* | 6.5[6][7] | |||
Sexo vaginal recetivo* | 10[6][7][8] | |||
Sexo vaginal penetrativo* | 5[6][7] | |||
Sexo oral recetivo*§ | 1†[7] | |||
Sexo oral penetrativo*§ | 0,5†[7] | |||
* assumindo que não é usado preservativo §a fonte refere-se a sexo oral praticado no homem | ||||
† estimativa |
Estão identificadas três principais vias de transmissão do VIH: através de relações sexuais desprotegidas; por contacto sanguíneo, sobretudo através de feridas expostas, partilha de seringas ou transfusão de sangue que não tenha sido rastreado; e de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação. A infeção por VIH não proporciona imunidade adquirida, pelo que é possível ser infetado diversas vezes com estirpes diferentes do vírus.
Sexual
[editar | editar código-fonte]A maioria das infeções por VIH é adquirida através de relações sexuais desprotegidas. A transmissão por via sexual pode ocorrer quando as secreções sexuais infetadas de um dos parceiros entram em contacto com as membranas muscosas genitais, orais ou anais do outro. Em países desenvolvidos, o risco de transmissão da mulher para o homem é de 0,04% por ato, enquanto o risco da transmissão do homem para a mulher é de 0,08% por ato. Por várias razões, este risco é entre 4 a 10 vezes superior em países em desenvolvimento.[9]
A utilização correta e consistente de preservativos de látex reduz o risco de transmissão do VIH por via sexual em cerca de 85%..[10] No entanto, a utilização de espermicida é capaz de aumentar a probabilidade de contágio.[11][12][13]
Uma meta-análise de 27 estudos observacionais realizados até 1999 na África sub-Sariana indicou que a circuncisão masculina reduz o risco de infeção por VIH.[14] No entanto, uma revisão posterior indicou que a correlação entre a circuncisão e o VIH nestes estudos observacionais pode ter sido devido a factores de confusão.[15] Além disso, foram levantadas preocupações relativas ao potencial de disseminação do VIH que as lâminas não esterilizadas contituem durante a circunsição em rituais.[16] Foram posteriormente realizados outros ensaios, em África do Sul[17] no Quénia,[18] e no Uganda[19] nos quais homens não circuncisados eram aleatoriamente escolhidos para ser circuncisados em condições estéreis, e os resultados comparados contra um grupo não circuncisado, e que mostraram reduções na transmissão do VIH entre heterossexuais de 60%, 53% e 51%, respetivamente. Posteriormente, um painel de especialistas convocado pela OMS e pelo Secretariado da UNAIDS recomendou que a circuncisão masculina fosse reconhecida enquanto intervenção complementar na reduzir o risco de uma infeção de VIH adquirida por contacto sexual heterossexual.[20]
Sangue
[editar | editar código-fonte]Regra geral, há o risco de transmissão de VIH quando sangue infetado entra em contacto com qualquer ferida exposta. Esta via de transmissão é responsável por grande parte dos casos em toxicodependentes, hemofílicos e receptores de transfusões de sangue ou produtos derivados do sangue (embora nos países desenvolvidos as transfusões sejam despistadas para a presença de VIH). É também um motivo de preocupação em pessoas que recebam cuidados de saúde em regiões onde não sejam comuns as boas práticas de higiene no manuseio de equipamento de injeção, como a reutilização de agulhas em países sub-desenvolvidos. Indivíduos que realizem ou recebam tatuagem, piercings ou escarificações são também grupos de risco. Tem sido observado VIH em baixas concentrações em saliva, lágrimas e urina de indivíduos portadores; no entanto, não há qualquer caso registado de infeção através destas secreções e o risco potencial de transmissão é desprezível.[21] A transmissão de VIH através do mosquito não é possível.[22]
De mãe para filho
[editar | editar código-fonte]A transmissão do vírus de mãe para filho pode ocorrer durante a gravidez, no momento do parto ou através de amamentação. Na ausência de tratamento, a taxa de transmissão é de cerca de 25%. No entanto, caso estejam disponíveis tratamentos de combinação de antirretrovirais e a possibilidade de realizar uma cesariana, este risco pode ser reduzido para 1%.[3] A partilha da tarefa de amamentação entre mães deve ser evitada, já que é uma das causas de transmissão.[23]
Infeção múltipla e imunidade
[editar | editar código-fonte]Ao contrário de outros vírus, a infeção com VIH não proporciona imunidade contra novas infeções, sobretudo no caso de vírus geneticamente distantes. Têm sido relatados vários casos de infeções múltiplas inter- e intra-clado.[24] As múltiplas infeções têm sido ainda associadas a uma progressão mais rápida da doença.[25] As infeções múltiplas são divididas em duas categorias, dependendo do momento da aquisição da segunda estirpe. A "coinfeção" denomina duas estirpes que aparentam ter sido adquiridas em simultâneo, ou muito perto para se poder distinguir. A "reinfeção" ou "superinfeção" denomina a infeção com uma segunda estirpe num intervalo de tempo mensurável após a primeira. No caso do VIH, têm sido relatadas à escala global ambas as formas de infeção múltipla, tanto em infeções crónicas como agudas.[26][27][28][29]
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|data=
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