Yuliya Solntseva

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Yuliya Solntseva
Yuliya Solntseva
Yuliya em 1924
Nome completo Ю́лия Ипполи́товна Со́лнцева
Nascimento 7 de agosto de 1901
Moscou, Império Russo
Nacionalidade russa
Morte 28 de outubro de 1989 (79 anos)
Moscou, União Soviética
Ocupação
Atividade 1924–1979
Cônjuge Aleksandr Dovzhenko
Festival de Cannes
Chronicle of Flaming Years (1961)

Yuliya Ippolitovna Solntseva (em russo: Ю́лия Ипполи́товна Со́лнцева) (nascida Yuliya Ippolitovna Peresvetova, Moscou, 7 de agosto de 190128 de outubro de 1989) foi uma cineasta e atriz russa.

Foi a primeira mulher a ganhar um prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cannes, em 1961 e a primeira mulher a ganhar um prêmio em qualquer festival de cinema europeu pelo longa Chronicle of Flaming Years, um drama de guerra sobre a resistência soviética ao nazismo em 1941. A segunda mulher a ganhar um prêmio de Melhor Direção em Cannes foi Sofia Coppola, por The Beguiled em 2017.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Yuliya nasceu em Moscou, ainda no Império Russo, em 1901. Estudou filosofia na Universidade de Moscou e Drama pelo Instituto Estatal de Música e Drama de Moscou.[1] Yuliya começou a atuar no cinema mudo e foi a principal atriz do cinema mudo russo entre as décadas de 1920 e 1930. No filme Aelita (1924), de Yakov Protazanov, interpretou a protagonista, a rainha de Marte, no primeiro filme de ficção científica da Rússia.[2]

Ao trabalhar com Aleksandr Dovzhenko os dois se apaixonaram e se casaram em 1929, tendo sido grandes colaboradores por décadas. Pelo filme Michurin (1949), Yuliya recebeu o Prêmio Stalin, a mais alta condecoração civil do país na época. Entre 1939 e 1979, Yuliya dirigiu cerca de 14 filmes.[2]

Quando Dovzhenko morreu devido a um infarto em 1956, ele vinha trabalhando em uma trilogia sobre uma vila ucraniana, tendo já começado a produção de Poem of an Inland Sea. Yuliya assumiu o trabalho do marido e acabou recebendo o Prêmio Lenin pelo filme. Ela então se dedicou a terminar os trabalhos não finalizados de Dovzhenko. Entre eles estava The Chronicle of Flaming Years, longa pelo qual ela recebeu o prêmio de Melhor Diretor do Festival de Cannes, tendo sido a primeira mulher a conseguir o feito e também a primeira em todo o território europeu.[3][4]

Morte[editar | editar código-fonte]

Yuliya morreu em Moscou, em 28 de outubro de 1989, aos 79 anos.[2][4]

Legado[editar | editar código-fonte]

Por seu trabalho para a valorização do cinema russa, ela foi eleita Artista do Povo da URSS após sua morte.[2]

Filmografia selecionada[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. «Yuliya Ippolitovna Solntseva». Encyclopedia. Consultado em 11 de agosto de 2020 
  2. a b c d Tanner Tafelski (ed.). «Yuliya Solntseva: revisiting the Soviet Union's forgotten female auteur». Calvert Journal. Consultado em 11 de agosto de 2020 
  3. «Festival de Cannes: Chronicle of Flaming Years». Festival de Cannes. Consultado em 11 de agosto de 2020 
  4. a b Laysa Leal (ed.). «Mulheres na História do Cinema: Yuliya Solntseva». Delirium Nnerd. Consultado em 11 de agosto de 2020