Carro a vapor
Carro a vapor | |||
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Stanley Steam Car (1912). | |||
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Um carro a vapor é um carro movido por um motor a vapor. Em um motor a vapor a combustão do combustível é feita na parte externa do motor e a eficiência térmica é baixa. Os combustíveis utilizados por esses veículos eram de baixo custo, normalmente eram utilizados como fonte de energia lenha, carvão, coque ou óleo de alcatrão.
As locomotivas a vapor e motores a vapor foram desenvolvidos uns 100 anos antes dos motores de combustão interna, mas ficavam restritos a algumas atividades, devido a seu peso. O carro leve a vapor foi desenvolvido simultaneamente com o carro a combustão interna, devido à maturação da engenharia e da construção de estradas. Por já haver vasta experiência com motores a vapor, os veículos motorizados com essa tecnologia tiveram vantagem inicialmente. Porém, pela década de 1920, o progresso de refino do motor a combustão interna tornou obsoletos os carros a vapor.
Os maiores desafios técnicos do carro a vapor focam-se em sua caldeira, pois ela representa muito da massa total do veículo, tornando-o pesado (motores a combustão interna não carecem de caldeira), e requer atenção cuidadosa do motorista, apesar de que mesmo na década de 1900 já havia uma boa automação para isto. A única grande limitação é a necessidade de fornecer água de alimentação à caldeira, seja carregando-a, reenchendo frequentemente, ou instalar um condensador, que representa mais peso e inconveniência.
Uma vantagem é que o carro a vapor é mais silencioso que o de combustão interna, mesmo sem silenciador. Outra, significativa, é que a combustão externa permite regular melhor as emissões de poluentes.
Primeiros carros a vapor
[editar | editar código-fonte]O primeiro carro movido a vapor foi apresentado ao público europeu por Nicholas Cugnot no de 1797 em Paris. O nome do veiculo era Fardier. O veículo não teve sucesso na sua apresentação, já que no momento da apresentação o veículo colidiu-se com uma parede e acabou se rompendo. O veículo original está guardado no Musée des Arts et Métiers em Paris desde 1800. O primeiro carro a vapor comprovado para uso pessoal foi o de Josef Božek em 1815. Ele foi seguido por Julius Griffith em 1821, Timothy Burstall e John Hill em 1824 e Thomas Blanchard em 1825.
Produção nos anos de 1890
[editar | editar código-fonte]Nessa época existiam carros elétricos, a combustão e a vapor. Devido ao conhecimento técnico científico da época, a produção dos carros movidos a vapor eram superiores aos demais tipos, já que os homens dominavam as máquinas a vapor desde a primeira Revolução Industrial. A maioria dos carros estavam situados nos Estados Unidos.
Produção no período de 1900-1913
[editar | editar código-fonte]Antes da Primeira Guerra Mundial a produção de carros a vapor cresceu muito nos Estados Unidos, isso ocorreu porque a produção utilizada, usava os moldes da linha de montagem por Henry Ford reduzindo drasticamente o custo de propriedade de um automóvel convencional. Sendo assim, na época o carro a vapor apresentava um melhor custo benefício em relação aos outros tipos de veículos. A produção chegava a máximo 1000 carros por ano.
Primeiras marcas
[editar | editar código-fonte]As primeiras a produzirem carros a vapor eram Ford, Fiat, Opel, Rolls-Royce, Peugeot, Vauxhall e Cadillac.
Declínio
[editar | editar código-fonte]O primeiro evento que decretou o declínio dos carros a vapor foi a adoção do motor de arranque por carros com motores de combustão interna. Essa invenção, introduzida em 1912 nos modelos Cadillac, possibilitou uma partida simples e imediata do motor de combustão interna. Até então, de fato, para o vagão a vapor havia a vantagem de ser "acionado um fósforo" (que acendia o queimador), mesmo que demorasse alguns minutos para ligar o veículo.
Como também havia outras desvantagens, o declínio dos carros a vapor não parou. O principal problema desse tipo de carro estava relacionado ao fato de que - com a tecnologia da época - a máquina a vapor era particularmente pesada. Finalmente, persistia o problema do tempo necessário para atingir as condições de operação e fazer o carro sair do frio .
Em 1913, a introdução em larga escala da linha de montagem aplicada a modelos com motor de combustão interna, decretou uma redução notável nos custos de produção desse tipo de carro . Isso, somado aos efeitos da adoção da partida elétrica, causou primeiro o declínio e depois o desaparecimento dos carros a vapor
British Steam Car Challenge
[editar | editar código-fonte]Em 25 de agosto de 2009, Team Inspiration do British Steam Car Challenge quebrou o recorde duradouro para veículos a vapor, conquistado pelo Stanley Steamer em 1906, elevando para 139,843 mph (225,055 km/h)[1][2] na Edwards Air Force Base, Mojave Desert, Califórnia.
No dia seguinte, o mesmo carro quebrou o recorde novamente, conquistando 238,679 km/h (148,308 mph). Este também foi registrado, e ratificado pela FIA.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]LJK Setright, Steam: The Romantic Illusion , editado por Tom Northey, London, Orbis, 1974.
Wise David Burgess, Locomobile: British Steam-Car Pioneers , Londres, World of Automobiles, 1974.
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «The British Steam Car Challenge». Steamcar.co.uk. 18 de agosto de 1985. Consultado em 19 de setembro de 2009
- ↑ «UK team breaks steam car record». BBC News online. 25 de agosto de 2009. Consultado em 19 de setembro de 2009
3.http://autoetecnica.band.uol.com.br/top-6-as-marcas-mais-antigas-do-mundo/ 4.https://www.infoescola.com/termodinamica/motor-a-vapor/
5.http://www.earlyamericanautomobiles.com/americanautomobiles2.htm 6.https://archive.org/details/standardcatalogo0000kime
7.https://www.thehenryford.org/collections-and-research/digital-collections/expert-sets/105070/