Maîtresse

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Maîtresse
Maîtresse
Cartaz promocional
 França
1975 •  cor •  112 min 
Género drama erótico
drana romântico
Direção Barbet Schroeder
Produção Pierre Andrieux
Roteiro Barbet Schroeder
Paul Voujargol
Elenco Gérard Depardieu
Bulle Ogier
Música Carlos d'Alessio
Diretor de fotografia Néstor Almendros
Edição Denise de Casabianca
Companhia(s) produtora(s) Les Films du Losange
Gaumont
Distribuição Les Films du Losange
Lançamento
  • 28 de abril de 1975 (1975-04-28) (França)
Idioma francês

Maîtresse ("Mestra" em francês) é um filme francês de 1975, do gênero drama romântico, dirigido por Barbet Schroeder e estrelado por Bulle Ogier e Gérard Depardieu.

O filme causou polêmica na época em que foi lançado por causa de suas cenas BDSM,[1] em especial uma cena não-simulada em que a protagonista prega o pênis de um cliente submisso numa madeira. Essa cena não foi feita por Bulle Ogier, e sim por uma dominatrix de verdade que agiu como dublê nessa cena e como consultora durante as gravações em geral. Além disso, os figurantes sadomasoquistas que aparecem no filme eram escravos dessa dominatrix na vida real.[2][3]

No Reino Unido, o filme foi impedido de ser exibido nos cinemas após ser avaliado pela British Board of Film Classification em 1976. Cinco anos depois, o filme foi finalmente exibido no país após ter três cenas cortadas. Maîtresse só foi lançado sem cortes no Reino Unido após sua terceira avaliação em 2003.[4]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Olivier é um homem do interior que se encontra com seu amigo em Paris. Os dois são vigaristas que planejam golpes e vão de porta em porta até encontrarem uma mulher, Ariane, cujo encanamento precisa ser consertado. Eles a ajudam e descobrem que a proprietária do andar de baixo está ausente, então eles aproveitam a oportunidade para assaltar o lugar. No entanto, eles descobrem que o andar de baixo na verdade é uma câmara de tortura de Ariane e que ela é uma dominatrix profissional. Ariane algema os dois ladrões, mas logo em seguida liberta Olivier e pede que ele a auxilie com um pedido de um cliente. Eles rapidamente sentem-se fortemente atraídos um pelo outro e Olivier aos poucos fica obcecado por ela.

Olivier passa a morar com Ariane e percebe que o trabalho de dominatrix gera mais dinheiro do que ele imaginava. Pouco depois ele descobre que ela sustenta um filho com o trabalho dela e que há mistérios envolvendo ela e um homem de negócios. À medida que o amor cresce, Olivier tenta entender a situação e assumir o controle de Ariane, que ele acredita estar assustada em seu trabalho e que precisa de ajuda, mas ela nega afirmando que ama ser dominatrix e que não deseja abandonar essa vida.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Opinião da crítica[editar | editar código-fonte]

No site do agregador de críticas Rotten Tomatoes, o filme possui uma aprovação de 88% baseado em 8 análises, com uma nota média de 7,6/10.[5] Numa análise de 1976, Danielle Spencer, do Los Angeles Free Press, descreveu a obra como "um balé habilmente executado de paixão e dor".[6]

O crítico de cinema Dennis Schwartz diz que o filme "foi um choque quando lançado pela primeira vez e proibido em vários locais. Hoje o choque passou e o filme é reverenciado".[7] Para Cole Smithey, "os aficionados do fetiche encontrarão muito o que admirar na descrição inovadora de Barbet Schroeder sobre uma masmorra BDSM governada pela carismática dominadora interpretada por Bulle Ogier, Ariane, neste drama romântico".[8]

Referências

  1. Vicente, Álex (15 de dezembro de 2018). «Medio siglo de cine X: contra la censura estadounidense». El País (em espanhol) 
  2. Nomis, Anne O. (2013). «The Bizarre Dominant Ladies of the Twentieth-Century Underground». The History and Arts of the Dominatrix (em inglês). [S.l.]: Mary Egan Publishing & Anna Nomis Ltd. p. 130–131. ISBN 978-0-992701-0-00 
  3. «Bulle Ogier interview». Films Illustrated (em inglês) 109 ed. Outubro de 1980 
  4. «Case studies: Maitresse». BBFC (em inglês). Consultado em 5 de fevereiro de 2021 
  5. «Mistress (1975)». Rotten Tomatoes (em inglês) 
  6. Spencer, Danielle (26 de novembro de 1976). «Love's agony, ecstasy powerfully explored». Los Angeles Free Press (em inglês). 13 645 ed.  
  7. Schwartz, Dennis (1 de maio de 2019). «Maitresse — Dennis Schwartz Reviews» (em inglês) 
  8. Smithey, Cole (24 de novembro de 2017). «Maîtresse — Classic film pick» (em inglês)