Archaea: diferenças entre revisões
m Robô: ml:ആർക്കീയ é um artigo destacado |
Alterei algumas expressões que não estavam completamente corretas, adicionei várias referências. |
||
Linha 22: | Linha 22: | ||
Prokaryota (''in part.'') |
Prokaryota (''in part.'') |
||
}} |
}} |
||
'''Archaea''' (do [[Língua grega antiga|grego]]: antigo, velho<ref>{{citar web|url=http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=5457|titulo=«Archeae»|ultimo=FONSECA|primeiro=F. V. Peixoto da|data=28 de março de 2000|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref>; {{lang-pt|'''arquea'''<ref>{{citar web|url=http://www.cientic.com/tema_monera_jorn12.html|titulo=O SURPREENDENTE DOMÍNIO ARQUEA|data=25 de maio de 2000|obra=Jornal de Notícias|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.univap.br/drauzio/index_arquivos/MP002.pdf|titulo=Fisiologia de Microrganismos|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref>, '''arquéia'''<ref name="ciberdúvidas">{{citar web|url=http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=5771|titulo=Arquaia|ultimo=FONSECA|primeiro=F. V. Peixoto da|data=4 de abril de 2000|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref>, '''arqueia'''<sup>[[AO 1990]]</sup><ref name="ciberdúvidas" />, '''arquaia'''<ref name="ciberdúvidas" />}}) é a designação de um dos domínios de [[Organismo|seres vivos]], |
'''Archaea''' (do [[Língua grega antiga|grego]]: antigo, velho<ref>{{citar web|url=http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=5457|titulo=«Archeae»|ultimo=FONSECA|primeiro=F. V. Peixoto da|data=28 de março de 2000|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref>; {{lang-pt|'''arquea'''<ref>{{citar web|url=http://www.cientic.com/tema_monera_jorn12.html|titulo=O SURPREENDENTE DOMÍNIO ARQUEA|data=25 de maio de 2000|obra=Jornal de Notícias|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.univap.br/drauzio/index_arquivos/MP002.pdf|titulo=Fisiologia de Microrganismos|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref>, '''arquéia'''<ref name="ciberdúvidas">{{citar web|url=http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=5771|titulo=Arquaia|ultimo=FONSECA|primeiro=F. V. Peixoto da|data=4 de abril de 2000|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref>, '''arqueia'''<sup>[[AO 1990]]</sup><ref name="ciberdúvidas" />, '''arquaia'''<ref name="ciberdúvidas" />}}) é a designação de um dos domínios de [[Organismo|seres vivos]], morfolgicamente semalhantes às [[bactéria]]s mas genetica e bioquimicamente tão distintas destas como dos [[Eukaryota|eucariotas]]. Tratam-se de organismos [[procariota]]s, muitos dos quais habitam ambientes considerados extremos (sendo muitas das arqueias [[Extremófilo|extremófilas]]) como [[Fonte hidrotermal|fontes hidrotermais]], lagos ou mares muito salinos, [[pântano]]s (onde produzem [[metano]]) e ambientes ricos em [[Sulfeto de hidrogênio|gás sulfídrico]] e com altas [[temperatura]]s. |
||
A separação entre os |
A separação entre os domínios [[Bacteria]] e Archaea deu-se na [[década de 1970]], quando o microbiólogo [[Carl Woese]] (1928-2012) verificou que ao comparar as sequências de [[ARN ribossômico|RNA ribossómico]] de várias espécies era possível separá-las em três grupos distintos. Apesar do nome (''Archaea'' em [[grego clássico|grego]] significa “antigo”), este não significa que as Archaeas sejam mais semelhantes aos organismos primitivos do que as Bactérias ou os Eucariotas. Woese decidiu atribuir o nome ''Archaea'' a este domínio para fazer sobressair a sua natureza mais primitiva relativamente aos Eucariotas <ref name=":0">{{citar periódico|ultimo = Woese|primeiro = Carl R.|titulo = Towards a natural system of organisms: proposal for the domains Archaea, Bacteria, and Eucarya.|jornal = Proceedings of the National Academy of Sciences|doi = |url = http://www.pnas.org/content/87/12/4576.short|acessadoem = 19/07/2015|coautores = Kandler, Otto; Wheelis, Mark L.}}</ref>. |
||
[[Ficheiro:Colourful Thermophilic Archaebacteria Stain in Midway Geyser Basin.jpg|thumb|left|250px|As arquéias prevalecem em ambientes hostis aos demais seres]] |
[[Ficheiro:Colourful Thermophilic Archaebacteria Stain in Midway Geyser Basin.jpg|thumb|left|250px|As arquéias prevalecem em ambientes hostis aos demais seres]] |
||
Originalmente o termo '''Archaebacteria''' (do [[grego clássico|grego]]: bactéria primitiva; {{lang-pt|'''arquéias'''}})<ref>{{citar web|url=http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=lemma&lemma=105607|titulo=arquéias - nome|ultimo=Portal da Língua Portuguesa|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref><ref name="simbiotica.org">{{citar web|url=http://www.simbiotica.org/arqueobacterias.htm|titulo=Arqueobactérias|ultimo=simbiotica.org|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref> era usado para descrever esses organismos, e o termo ''Eubacteria'' (do [[Língua grega antiga|grego]]: bactéria verdadeira; {{lang-pt|eubactéria}})<ref name="simbiotica.org" /> era usado para os demais seres procariotas. A tendência atual, devido às diferenças estruturais, é utilizar ''Bacteria'' ("bactéria" em [[grego clássico|grego]]) apenas para os antigos Eubacteria, ajustando-se os nomes. O Archaea pode ser tratado como um reino, dentro do [[domínio (biologia)|domínio]] Procariota, ou como um domínio. Alguns autores ainda classificam o Archaea como um sub-reino dentro do Reino Monera. |
Originalmente o termo '''Archaebacteria''' (do [[grego clássico|grego]]: bactéria primitiva; {{lang-pt|'''arquéias'''}})<ref>{{citar web|url=http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=lemma&lemma=105607|titulo=arquéias - nome|ultimo=Portal da Língua Portuguesa|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref><ref name="simbiotica.org">{{citar web|url=http://www.simbiotica.org/arqueobacterias.htm|titulo=Arqueobactérias|ultimo=simbiotica.org|lingua=português|acessodata=25 de agosto de 2009}}</ref> era usado para descrever esses organismos, e o termo ''Eubacteria'' (do [[Língua grega antiga|grego]]: bactéria verdadeira; {{lang-pt|eubactéria}})<ref name="simbiotica.org" /> era usado para os demais seres procariotas. De modo a ressalvar as diferenças existentes entre estes dois domínios, o nome Archaebacteria é desaconselhado<ref name=":0" />. A tendência atual, devido às diferenças estruturais, é utilizar ''Bacteria'' ("bactéria" em [[grego clássico|grego]]) apenas para os antigos Eubacteria, ajustando-se os nomes. O Archaea pode ser tratado como um reino, dentro do [[domínio (biologia)|domínio]] Procariota, ou como um domínio. Alguns autores ainda classificam o Archaea como um sub-reino dentro do Reino Monera. |
||
As arqueias possuem características morfológicas semelhantes às das bactérias, sendo a mais marcante a ausência de um núcleo delimitado por uma membrana; por este motivo tanto as arqueias como as bactérias são denominadas de procariotas. Uma vez que esta definição de procariotas é negativa, i.e., é feita com base numa característica que está presente nos eucariotas mas '''não''' está presente nos procariotas, alguns autores sugerem que a transcrição acoplada à tradução seja utilizada como característica positiva dos procariotas<ref>{{citar periódico|ultimo = Martin|primeiro = William|titulo = A positive definition of prokaryotes|jornal = Nature|doi = 10.1038/442868c|url = http://www.nature.com/nature/journal/v442/n7105/full/442868c.html|acessadoem = 19/07/2015|coautores = Eugene V. Koonin}}</ref>. |
|||
As arquebactérias são semelhantes às bactérias em muitos aspectos da estrutura celular – o mais importante dos quais é a ausência de um [[núcleo celular]] diferenciado - e [[metabolismo]], mas apresentam diferenças importantes como, por exemplo, os processos de [[transcrição]] do [[DNA]] e da [[síntese proteica]] que são idênticos aos dos eucariotas, mas o aspecto mais marcante talvez seja o metabolismo de alguns destes seres: |
|||
As arqueias possuem características que podem ser encontradas em eucariotas ou em bactérias. A título de exemplo, as arqueias possuem geralmente um único cromossoma circular - à semelhança das bactérias -, mas os seus cromossomas podem ter mais do que uma origem de replicação - fenómeno que se pensava estar presente apenas nos eucariotas<ref>{{citar periódico|ultimo = Walsh|primeiro = David A.|titulo = The real ‘domains’ of life|jornal = Current Biology|doi = http://dx.doi.org/10.1016/j.cub.2005.03.034|url = http://www.cell.com/current-biology/abstract/S0960-9822%2805%2900300-3?_returnURL=http%3A%2F%2Flinkinghub.elsevier.com%2Fretrieve%2Fpii%2FS0960982205003003%3Fshowall%3Dtrue|acessadoem = 19/07/2015|coautores = Doolittle, W. Ford}}</ref>. |
|||
* Algumas espécies de Archaea (Halobacteria), produzem energia a partir da luz, por uma estrutura celular chamada [[rodopsina|bacteriorrodopsina]]. |
|||
Algumas arqueias possuem características metabólicas únicas, tais como: |
|||
* Outras vivem em [[Fonte hidrotermal|fumarolas]] nas profundezas do [[oceano]], sendo a base da vida destes ambientes, como as plantas são em terra. |
|||
* Algumas espécies de Archaea (Halobacteria), produzem energia a partir da luz, por uma estrutura celular chamada [[rodopsina|bacteriorrodopsina]]<ref>{{citar periódico|ultimo = Lozier|primeiro = R H|titulo = Bacteriorhodopsin: a light-driven proton pump in Halobacterium Halobium.|jornal = Biophysical Journal|doi = 10.1016/S0006-3495(75)85875-9|url = |acessadoem = |coautores = R A Bogomolni, and W Stoeckenius}}</ref>. |
|||
* Há ainda aquelas que vivem no [[intestino|trato intestinal]] de vários animais, produzindo [[metano]]. |
|||
* Algumas arqueias pertencentes ao filo [[Euryarchaeota]] conseguem produzir metano, sendo por isso chamadas de metanogénios. Alguns destes organismos vivem no intestino de ruminantes. |
|||
Além disso, as arquebactérias possuem uma [[membrana celular]] com [[lípido]]s compostos de uma associação de [[glicerol]]-[[éter]], enquanto que os das bactérias e eucariotas são compostos de glicerol-[[éster]]; ao contrário das bactérias, os Archaea não possuem uma [[parede celular]] de [[peptidoglicano]]s. Finalmente, o [[flagelo]] dos Archaea é diferente em composição e desenvolvimento do das bactérias. |
|||
Além disso, as arqueias possuem uma [[membrana celular]] com [[lípido]]s compostos de uma associação de [[glicerol]]-[[éter]], enquanto que os das bactérias e eucariotas são compostos de glicerol-[[éster]]. Também o ao contrário das bactérias, as arqueias não possuem uma [[parede celular]] de [[peptidoglicano]]s, podendo antes ser composta por pseudomureína. Finalmente, o [[flagelo]] das arqueias é diferente em composição e desenvolvimento do das bactérias, tendo sido inclusivamente chamado de arcaelo (do original ''archaellum'') para evidenciar as diferenças relativamente ao flagelo bacteriano<ref>{{citar periódico|ultimo = Jarrell|primeiro = Ken F|titulo = The archaellum: an old motility structure with a new name|jornal = Trends in Microbiology|doi = 10.1016/j.tim.2012.04.007|url = http://www.cell.com/trends/microbiology/abstract/S0966-842X%2812%2900080-7?_returnURL=http%3A%2F%2Flinkinghub.elsevier.com%2Fretrieve%2Fpii%2FS0966842X12000807%3Fshowall%3Dtrue|acessadoem = 19/07/2015|coautores = Albers, Sonja-Verena}}</ref>. |
|||
O reino Archaea contém os [[phylum|filos]] |
O reino Archaea contém os [[phylum|filos]] |
||
Linha 44: | Linha 46: | ||
* Euryarchaeota |
* Euryarchaeota |
||
* Nanoarchaeota |
* Nanoarchaeota |
||
Em 2015 foi sugerida a existência de um novo filo, o Lokiarchaeota<ref>{{citar periódico|ultimo = Spang|primeiro = Anja|titulo = Complex archaea that bridge the gap between prokaryotes and eukaryotes|jornal = Nature|doi = 10.1038/nature14447|url = |acessadoem = |coautores = Jimmy H. Saw, Steffen L. Jørgensen, Katarzyna Zaremba-Niedzwiedzka, Joran Martijn, Anders E. Lind, Roel van Eijk, Christa Schleper, Lionel Guy & Thijs J. G. Ettema}}</ref>. |
|||
== Classificação == |
== Classificação == |
||
Linha 49: | Linha 52: | ||
[[Ficheiro:Grand prismatic spring.jpg|thumb|right|250px|Archaea foram detectados primeiramente em ambientes extremos, tais como em fontes hidrotermais.]] |
[[Ficheiro:Grand prismatic spring.jpg|thumb|right|250px|Archaea foram detectados primeiramente em ambientes extremos, tais como em fontes hidrotermais.]] |
||
No início do {{séc|XX|x}}, os [[procariota]]s eram vistos como um |
No início do {{séc|XX|x}}, os [[procariota]]s eram vistos como um grupo singular de organismos e eram classificados com base na sua [[bioquímica]], [[morfologia]] e [[metabolismo]]. Por exemplo, os microbiólogos tentaram classificar os micro-organismos com base nas estruturas das suas [[parede celular|paredes celulares]], nas suas formas e nas substâncias que consumiam.<ref>{{cite journal |author=Staley JT |title=The bacterial species dilemma and the genomic-phylogenetic species concept |journal=Philos. Trans. R. Soc. Lond., B, Biol. Sci. |volume=361 |issue=1475 |pages=1899–909 |year=2006 |pmid=17062409 |url=http://journals.royalsociety.org/openurl.asp?genre=article&doi=10.1098/rstb.2006.1914 |doi=10.1098/rstb.2006.1914}}</ref> No entanto, uma nova abordagem foi proposta em 1965,<ref>{{cite journal |author=Zuckerkandl E, Pauling L |title=Molecules as documents of evolutionary history |journal=J. Theor. Biol. |volume=8 |issue=2 |pages=357–66 |year=1965 |pmid=5876245 |doi=10.1016/0022-5193(65)90083-4}}</ref> usando as sequências dos [[gene]]s destes organismos para decifrar quais procariotas eram genuinamente relacionados uns com os outros. Esta abordagem, conhecida como [[filogenética]], é o principal método usado hoje em dia. |
||
Archaea foram primeiro classificados como um grupo separado de procariotas em 1977, por [[Carl Woese]] e [[George E. Fox]] em [[árvore filogenética|árvores filogenéticas]] baseadas em sequências de genes de [[ARN ribossomal]].<ref>{{cite journal|author=Woese C, Fox G |title=Phylogenetic structure of the prokaryotic domain: the primary kingdoms |journal=Proc Natl Acad Sci USA |volume=74 |issue=11 |pages=5088–90 |year=1977 |pmid=270744 |url=http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pubmedid=270744 |doi=10.1073/pnas.74.11.5088}}</ref> Os dois grupos encontrados foram nomeados de Archaebacteria e Eubacteria e tratados como [[reino (biologia)|reinos]] ou sub-reinos, que Woese e Fox denominaram ''Urkingdoms''. Woese argumentava que |
As Archaea foram primeiro classificados como um grupo separado de procariotas em 1977, por [[Carl Woese]] e [[George E. Fox]] em [[árvore filogenética|árvores filogenéticas]] baseadas em sequências de genes de [[ARN ribossomal]].<ref>{{cite journal|author=Woese C, Fox G |title=Phylogenetic structure of the prokaryotic domain: the primary kingdoms |journal=Proc Natl Acad Sci USA |volume=74 |issue=11 |pages=5088–90 |year=1977 |pmid=270744 |url=http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pubmedid=270744 |doi=10.1073/pnas.74.11.5088}}</ref> Os dois grupos encontrados foram nomeados de Archaebacteria e Eubacteria e tratados como [[reino (biologia)|reinos]] ou sub-reinos, que Woese e Fox denominaram ''Urkingdoms''. Woese argumentava que estes grupos de procariotas eram formas de vida fundamentalmente diferentes. Para enfatizar esta diferença, estes dois domínios foram mais tarde renomeados de Archaea e Bacteria.<ref>{{cite journal |author=Woese CR, Kandler O, Wheelis ML |title=Towards a natural system of organisms: proposal for the domains Archaea, Bacteria, and Eucarya |journal=Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. |volume=87 |issue=12 |pages=4576–9 |year=1990 |pmid=2112744 |url=http://www.pnas.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=2112744 |doi=10.1073/pnas.87.12.4576}}</ref> A palavra ''archaea'' vem do [[Língua grega antiga|grego antigo]] ἀρχαῖα, que significa ''coisas antigas''.<ref>archaea. (2008). In ''Merriam-Webster Online Dictionary''. Retrieved July 1, 2008, from http://www.merriam-webster.com/dictionary/archaea</ref> |
||
Ao princípio, apenas os [[metanogénico]]s foram colocados neste novo domínio, e as |
Ao princípio, apenas os [[metanogénico]]s foram colocados neste novo domínio, e as arqueias eram vistos como extremófilos que existiam apenas em habitats como fontes hidrotermais e lagos salgados. Para o fim do século XX, os microbiólogos perceberam que as arqueia eram um grande e diverso grupo de organismos que tinham uma vasta distribuição na natureza e eram comuns em habitats não tão extremos, tal como em solos e oceanos.<ref name=DeLong>{{cite journal |author=DeLong EF |title=Everything in moderation: archaea as 'non-extremophiles' |journal=Curr. Opin. Genet. Dev. |volume=8 |issue=6 |pages=649–54 |year=1998 |pmid=9914204 |doi=10.1016/S0959-437X(98)80032-4}}</ref> Já se conhece também que as arqueias estão presentes no [[microbioma humano]], apesar de não se conhecer nenhuma espécie de arqueia patogénica<ref>{{citar periódico|ultimo = Dridi|primeiro = Bédis|titulo = Archaea as emerging organisms in complex human microbiomes|jornal = Anaerobe|doi = 10.1016/j.anaerobe.2011.03.001|url = |acessadoem = |coautores = Didier Raoult, Michel Drancourt}}</ref>. Esta nova apreciação da importância e ubiquidade das archaea veio do uso da [[reação em cadeia da polimerase]] para detectar procariotas em amostras de água ou solo, a partir apenas dos seus [[ácido nucleico|ácidos nucleicos]]. Isto permite a detecção e identificação de organismos que não podem ser [[Cultura bacteriana|cultivadas]] no laboratório, processo muitas vezes difícil de se concretizar.<ref>{{cite journal |author=Theron J, Cloete TE |title=Molecular techniques for determining microbial diversity and community structure in natural environments |journal=Crit. Rev. Microbiol. |volume=26 |issue=1 |pages=37–57 |year=2000 |pmid=10782339 |doi=10.1080/10408410091154174}}</ref><ref>{{cite journal |author=Schmidt TM |title=The maturing of microbial ecology |journal=Int. Microbiol. |volume=9 |issue=3 |pages=217–23 |year=2006 |pmid=17061212 |url=http://www.im.microbios.org/0903/0903217.pdf}}</ref> |
||
=== Classificação actual === |
=== Classificação actual === |
||
{{Artigos principais|[[Classificação científica]] e [[Sistemática]]}} |
{{Artigos principais|[[Classificação científica]] e [[Sistemática]]}} |
||
A classificação das Archaea |
A classificação das Archaea e dos procariotas em geral é um campo contencioso e de rápida evolução. Os atuais sistemas de classificação pretendem organizar as arqueias em grupos de organismos que partilham caracteres estruturais e ancestrais comuns.<ref name=Gevers>{{cite journal |author=Gevers D, Dawyndt P, Vandamme P, ''et al'' |title=Stepping stones towards a new prokaryotic taxonomy |journal=Philos. Trans. R. Soc. Lond., B, Biol. Sci. |volume=361 |issue=1475 |pages=1911–6 |year=2006 |pmid=17062410 |doi=10.1098/rstb.2006.1915 |url=http://journals.royalsociety.org/openurl.asp?genre=article&doi=10.1098/rstb.2006.1915}}</ref> Estas classificações apoiam-se grandemente nas sequências de genes de [[ARN ribossomal]] para revelar as relações entre organismos ([[Filogenia molecular|filogenética molelular]]).<ref name=Robertson/> A maioria das espécies de archaea cultiváveis e bem investigadas são membros de dois filos principais, os [[Euryarchaeota]] e os [[Crenarchaeota]]. Outros grupos foram tentativamente criados. Por exemplo, à espécie peculiar ''[[Nanoarchaeum|Nanoarchaeum equitans]]'', que foi descoberta em 2003, foi-lhe dado e seu próprio filo, os [[Nanoarchaeota]].<ref>{{cite journal |author=Huber H, Hohn MJ, Rachel R, Fuchs T, Wimmer VC, Stetter KO. |title=A new phylum of Archaea represented by a nanosized hyperthermophilic symbiont |journal=Nature |volume=417 |issue=6884 |pages=27–8 |year=2002 |pmid=11986665 |doi=10.1038/417063a}}</ref> Um novo filo, os [[Korarchaeota]], foi também proposto, contendo um pequeno grupo de espécies termofílicas pouco usuais, que partilham caracteres de ambos os filos principais, mas que é mais relacionado com os Crenarchaeota.<ref>{{cite journal |author=Barns SM, Delwiche CF, Palmer JD, Pace NR |title=Perspectives on archaeal diversity, thermophily and monophyly from environmental rRNA sequences |journal=Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. |volume=93 |issue=17 |pages=9188–93 |year=1996 |pmid=8799176 |url=http://www.pnas.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=8799176 |doi=10.1073/pnas.93.17.9188}}</ref><ref>{{cite journal |author=Elkins JG, Podar M, Graham DE, ''et al'' |title=A korarchaeal genome reveals insights into the evolution of the Archaea |journal=Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. |volume=105 |issue=23 |pages=8102–7 |year=2008 |month=June |pmid=18535141 |doi=10.1073/pnas.0801980105 |url=http://www.pnas.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=18535141}}</ref> Outras espécies detectadas recentemente são apenas relacionadas de maneira distante com algum destes grupos, tais como os ''Archaeal Richmond Mine Acidophilic Nanoorganisms'' ([[ARMAN]]), descobertos em 2006.<ref>{{cite journal |author=Baker, B.J., Tyson, G.W., Webb, R.I., Flanagan, J., Hugenholtz, P. and Banfield, J.F. |title=Lineages of acidophilic Archaea revealed by community genomic analysis. Science |journal=Science |volume=314 |issue=6884 |pages=1933 – 1935 |year=2006 |doi=10.1126/science.1132690 |pmid=17185602}}</ref> |
||
[[Ficheiro:Rio tinto river CarolStoker NASA Ames Research Center.jpg|thumb|200px|left|Os [[ARMAN]] são um grupo de archaea recentemente descobertos.]] |
[[Ficheiro:Rio tinto river CarolStoker NASA Ames Research Center.jpg|thumb|200px|left|Os [[ARMAN]] são um grupo de archaea recentemente descobertos.]] |
||
Linha 98: | Linha 101: | ||
Finally, in some archaea the phospholipid bilayer is replaced by a single monolayer. In effect, the archaea have fused the tails of two independent phospholipid molecules into a single molecule with two polar heads; this fusion may make their membranes more rigid and better able to resist harsh environments.<ref>{{cite journal |author=Hanford MJ, Peeples TL |title=Archaeal tetraether lipids: unique structures and applications |journal=Appl. Biochem. Biotechnol. |volume=97 |issue=1 |pages=45–62 |year=2002 |month=January |pmid=11900115 |doi=10.1385/ABAB:97:1:45}}</ref> For example, all the lipids in ''[[Ferroplasma]]'' are of this type, which is thought to aid this organism's survival in the extraordinarily acidic environments in which it thrives.<ref>{{cite journal |author=Macalady JL, Vestling MM, Baumler D, Boekelheide N, Kaspar CW, Banfield JF |title=Tetraether-linked membrane monolayers in Ferroplasma spp: a key to survival in acid |journal=Extremophiles |volume=8 |issue=5 |pages=411–9 |year=2004 |month=October |pmid=15258835 |doi=10.1007/s00792-004-0404-5}}</ref> |
Finally, in some archaea the phospholipid bilayer is replaced by a single monolayer. In effect, the archaea have fused the tails of two independent phospholipid molecules into a single molecule with two polar heads; this fusion may make their membranes more rigid and better able to resist harsh environments.<ref>{{cite journal |author=Hanford MJ, Peeples TL |title=Archaeal tetraether lipids: unique structures and applications |journal=Appl. Biochem. Biotechnol. |volume=97 |issue=1 |pages=45–62 |year=2002 |month=January |pmid=11900115 |doi=10.1385/ABAB:97:1:45}}</ref> For example, all the lipids in ''[[Ferroplasma]]'' are of this type, which is thought to aid this organism's survival in the extraordinarily acidic environments in which it thrives.<ref>{{cite journal |author=Macalady JL, Vestling MM, Baumler D, Boekelheide N, Kaspar CW, Banfield JF |title=Tetraether-linked membrane monolayers in Ferroplasma spp: a key to survival in acid |journal=Extremophiles |volume=8 |issue=5 |pages=411–9 |year=2004 |month=October |pmid=15258835 |doi=10.1007/s00792-004-0404-5}}</ref> |
||
--> |
--> |
||
⚫ | |||
<references /> |
|||
⚫ | |||
== Leitura adicional == |
== Leitura adicional == |
Revisão das 21h13min de 19 de junho de 2015
Archaea | |||
---|---|---|---|
Classificação científica | |||
| |||
Filos | |||
Crenarchaeota | |||
Sinónimos | |||
Archaebacteria Woese & Fox, 1977 Archaebacteriobionta |
Archaea (do grego: antigo, velho[1]; em português: arquea[2][3], arquéia[4], arqueiaAO 1990[4], arquaia[4]) é a designação de um dos domínios de seres vivos, morfolgicamente semalhantes às bactérias mas genetica e bioquimicamente tão distintas destas como dos eucariotas. Tratam-se de organismos procariotas, muitos dos quais habitam ambientes considerados extremos (sendo muitas das arqueias extremófilas) como fontes hidrotermais, lagos ou mares muito salinos, pântanos (onde produzem metano) e ambientes ricos em gás sulfídrico e com altas temperaturas.
A separação entre os domínios Bacteria e Archaea deu-se na década de 1970, quando o microbiólogo Carl Woese (1928-2012) verificou que ao comparar as sequências de RNA ribossómico de várias espécies era possível separá-las em três grupos distintos. Apesar do nome (Archaea em grego significa “antigo”), este não significa que as Archaeas sejam mais semelhantes aos organismos primitivos do que as Bactérias ou os Eucariotas. Woese decidiu atribuir o nome Archaea a este domínio para fazer sobressair a sua natureza mais primitiva relativamente aos Eucariotas [5].
Originalmente o termo Archaebacteria (do grego: bactéria primitiva; em português: arquéias)[6][7] era usado para descrever esses organismos, e o termo Eubacteria (do grego: bactéria verdadeira; em português: eubactéria)[7] era usado para os demais seres procariotas. De modo a ressalvar as diferenças existentes entre estes dois domínios, o nome Archaebacteria é desaconselhado[5]. A tendência atual, devido às diferenças estruturais, é utilizar Bacteria ("bactéria" em grego) apenas para os antigos Eubacteria, ajustando-se os nomes. O Archaea pode ser tratado como um reino, dentro do domínio Procariota, ou como um domínio. Alguns autores ainda classificam o Archaea como um sub-reino dentro do Reino Monera.
As arqueias possuem características morfológicas semelhantes às das bactérias, sendo a mais marcante a ausência de um núcleo delimitado por uma membrana; por este motivo tanto as arqueias como as bactérias são denominadas de procariotas. Uma vez que esta definição de procariotas é negativa, i.e., é feita com base numa característica que está presente nos eucariotas mas não está presente nos procariotas, alguns autores sugerem que a transcrição acoplada à tradução seja utilizada como característica positiva dos procariotas[8].
As arqueias possuem características que podem ser encontradas em eucariotas ou em bactérias. A título de exemplo, as arqueias possuem geralmente um único cromossoma circular - à semelhança das bactérias -, mas os seus cromossomas podem ter mais do que uma origem de replicação - fenómeno que se pensava estar presente apenas nos eucariotas[9].
Algumas arqueias possuem características metabólicas únicas, tais como:
- Algumas espécies de Archaea (Halobacteria), produzem energia a partir da luz, por uma estrutura celular chamada bacteriorrodopsina[10].
- Algumas arqueias pertencentes ao filo Euryarchaeota conseguem produzir metano, sendo por isso chamadas de metanogénios. Alguns destes organismos vivem no intestino de ruminantes.
Além disso, as arqueias possuem uma membrana celular com lípidos compostos de uma associação de glicerol-éter, enquanto que os das bactérias e eucariotas são compostos de glicerol-éster. Também o ao contrário das bactérias, as arqueias não possuem uma parede celular de peptidoglicanos, podendo antes ser composta por pseudomureína. Finalmente, o flagelo das arqueias é diferente em composição e desenvolvimento do das bactérias, tendo sido inclusivamente chamado de arcaelo (do original archaellum) para evidenciar as diferenças relativamente ao flagelo bacteriano[11].
O reino Archaea contém os filos
- Korarchaeota
- Crenarchaeota
- Euryarchaeota
- Nanoarchaeota
Em 2015 foi sugerida a existência de um novo filo, o Lokiarchaeota[12].
Classificação
Um novo domínio
No início do século XX, os procariotas eram vistos como um grupo singular de organismos e eram classificados com base na sua bioquímica, morfologia e metabolismo. Por exemplo, os microbiólogos tentaram classificar os micro-organismos com base nas estruturas das suas paredes celulares, nas suas formas e nas substâncias que consumiam.[13] No entanto, uma nova abordagem foi proposta em 1965,[14] usando as sequências dos genes destes organismos para decifrar quais procariotas eram genuinamente relacionados uns com os outros. Esta abordagem, conhecida como filogenética, é o principal método usado hoje em dia.
As Archaea foram primeiro classificados como um grupo separado de procariotas em 1977, por Carl Woese e George E. Fox em árvores filogenéticas baseadas em sequências de genes de ARN ribossomal.[15] Os dois grupos encontrados foram nomeados de Archaebacteria e Eubacteria e tratados como reinos ou sub-reinos, que Woese e Fox denominaram Urkingdoms. Woese argumentava que estes grupos de procariotas eram formas de vida fundamentalmente diferentes. Para enfatizar esta diferença, estes dois domínios foram mais tarde renomeados de Archaea e Bacteria.[16] A palavra archaea vem do grego antigo ἀρχαῖα, que significa coisas antigas.[17]
Ao princípio, apenas os metanogénicos foram colocados neste novo domínio, e as arqueias eram vistos como extremófilos que existiam apenas em habitats como fontes hidrotermais e lagos salgados. Para o fim do século XX, os microbiólogos perceberam que as arqueia eram um grande e diverso grupo de organismos que tinham uma vasta distribuição na natureza e eram comuns em habitats não tão extremos, tal como em solos e oceanos.[18] Já se conhece também que as arqueias estão presentes no microbioma humano, apesar de não se conhecer nenhuma espécie de arqueia patogénica[19]. Esta nova apreciação da importância e ubiquidade das archaea veio do uso da reação em cadeia da polimerase para detectar procariotas em amostras de água ou solo, a partir apenas dos seus ácidos nucleicos. Isto permite a detecção e identificação de organismos que não podem ser cultivadas no laboratório, processo muitas vezes difícil de se concretizar.[20][21]
Classificação actual
A classificação das Archaea e dos procariotas em geral é um campo contencioso e de rápida evolução. Os atuais sistemas de classificação pretendem organizar as arqueias em grupos de organismos que partilham caracteres estruturais e ancestrais comuns.[22] Estas classificações apoiam-se grandemente nas sequências de genes de ARN ribossomal para revelar as relações entre organismos (filogenética molelular).[23] A maioria das espécies de archaea cultiváveis e bem investigadas são membros de dois filos principais, os Euryarchaeota e os Crenarchaeota. Outros grupos foram tentativamente criados. Por exemplo, à espécie peculiar Nanoarchaeum equitans, que foi descoberta em 2003, foi-lhe dado e seu próprio filo, os Nanoarchaeota.[24] Um novo filo, os Korarchaeota, foi também proposto, contendo um pequeno grupo de espécies termofílicas pouco usuais, que partilham caracteres de ambos os filos principais, mas que é mais relacionado com os Crenarchaeota.[25][26] Outras espécies detectadas recentemente são apenas relacionadas de maneira distante com algum destes grupos, tais como os Archaeal Richmond Mine Acidophilic Nanoorganisms (ARMAN), descobertos em 2006.[27]
A classificação das archaea em espécies é também controverso. Em biologia, uma espécie é um grupo de organismos relacionados. Uma definição popular de espécie em animais é que são um grupo de organismos que se podem cruzar uns com os outros e que estão reprodutivamente isolados de outros grupos de organismos (isto é, não podem se cruzar com outras espécies).[28] No entanto, esforços para classificar procariotas como as archaea em espécies são complicados por serem assexuais e mostrarem níveis altos de transferência horizontal de genes entre linhagens. Esta área é ainda contenciosa; com, por exemplo, alguns dados sugerindo que nos archaea como o género Ferroplasma, células individuais podem ser agrupadas em populações que possuem genomas altamente similares e que raramente transferem genes com grupos de células mais divergentes.[29] Pensa-se que estes grupos de células sejam análogos a espécies. Por outro lado, estudos em Halorubrum encontraram trocas genéticas significantes entre tais populações.[30] Tais resultados levaram ao argumento de que classificar estes grupos de organismos em espécies terá pouco significado prático.[31]
O conhecimento actual sobre a diversidade dos archaea é fragmentário e o número total de espécies de archaea não pode ser estimado com precisão.[23] Mesmo estimativas do número total de filos nos archaeae variam entre 18 a 23, dos quais apenas 8 filos possuem representantes que foram cultivados e estudados directamente. Muitos destes grupos hipotéticos são conhecidos somente através de uma simples sequência de ARNr, indicando que a vasta maioria da diversidade entre estes organismos permanece completamente desconhecida.[32] O problema de como estudar e classificar micróbios não cultivados, ocorre também em Bacteria.[33]
Origem e evolução
Os archaea são formas de vida antigas. Prováveis fósseis destas células foram datadas de perto de 3,5 mil milhões de anos,[34] e vestígios de lípidos que poderiam ser de archaea ou eucarióticos foram detectados em xistos que datam de 2,7 mil milhões de anos.[35] Visto que a maioria dos procariontes não possuem morfologias distintivas, as formas dos fósseis não podem ser utilizadas para os identificar como archaea. Por sua vez, fósseis químicos, na forma de lípidos únicos encontrados em archaea, são mais informativos porque tais compostos não ocorrem em outros grupos de organismos.[36] Tais lípidos não foram detectados em rochas que datam desde o Pré-Câmbrico. Os traços mais antigos destes lípidos (isoprenos) têm origem no distrito de Isua, na Gronelândia ocidental, que inclui sedimentos formados há 3,8 mil milhões de anos e que são os mais antigos na Terra.[37] A origem das archaea parece ser muito antiga e as linhagens de archaea podem ser as mais antigas que existem na Terra.[38]
Woese argumentou que as bactérias, as archaea e os eucariotas, cada qual representa uma linha de descendência que divergiu de uma colónia ancestral de organimos.[40][41] Alguns biólogos, no entanto, argumentaram que as archaea e os eucariotas apareceram de um grupo de bactérias.[42] É possível que o último ancestral comum das bactérias e das archaea fosse em termófilo, o que levanta a possibilidade de que temperaturas menores são "ambientes extremos" em termos das archaea, e organismos de vivem em ambientes mais frios apareceram mais tarde na história da vida na Terra.[43] Visto que as Archaea e as Bacteria não são mais relacionadas uma com outra do que são em relação aos eucariotas, isto levou a que o termo "procariota" não tivesse significado evolutivo e devesse ser descartada inteiramente.[44]
A relação entre archaea e eucariotas permanece um problema importante. Para além das semelhanças na estrutura celular e função, que são discutidas abaixo, muitas árvores genéticas juntam os dois grupos. Algumas análises anteriores sugeriam que a relação entre eucariotas e o filo Euryarchaeota são mais próximas que as relações entre os Euryarchaeota e o filo Crenarchaeota.[45] No entanto, é hoje em dia considerado mais provável que o ancestral dos eucariotas divergiu cedo dos archaea.[46][47] A descoberta de genes parecidos com os de archaea, em certas bactérias como Thermotoga marítima, torna estas relações difíceis de determinar, uma vez que a transferência horizontal de genes ocorreu.[48] Alguns cientistas sugeriram que os eucariotas apareceram através de uma fusão de archaea e eubacteria, que se tornaram no núcleo e no citoplasma; isto conta para várias semelhanças genéticas mas torna-se difícil a explicar a estrutura celular.[49]
Morfologia
As células de archaea têm um tamanho que varia de 0,1 micrómetros (μm) até 15 μm de diâmetro, e ocorrem numa variedade de formas, normalmente como esferas, bastonetes, espirais ou placas.[50] Outras morfologias nos Crenarchaeota incluem células lobadas de forma irregular em Sulfolobus, filamentos em forma de agulha que têm menos que metade de um micrómetro de diâmetro em Thermofilum, e também bastonetes quase perfeitamente regulares em Thermoproteus e Pyrobaculum.[51] Existe mesmo uma espécie de archaea de forma achatada e quadrada chamada Haloquadra walsbyi que vive em charcos hipersalinos.[52] Estas formas pouco usuais são provavelmente mantidas quer pelas suas paredes celulares quer pelo citosqueleto procariota. Proteínas relacionadas aos componentes do citosqueleto de outros organismos existem nas archaea,[53] e filamentos são formados entre as suas células,[54] mas em contraste a outros organismos, estas estruturas celulares são pouco entendidas nas archaea.[55]
Algumas espécies de archaea formam agregados ou filamentos de células com 200 μm de comprimento,[50] e estes organismos podem ser membros proeminentes da comunidade de micróbios que compõem os biofilmes.[56] Um exemplo extremo é Thermococcus coalescens, em que agregados de células se juntam formando células únicas gigantes.[57] Uma particularmente elaborada forma de colónia multicelular é produzida por archaea do género Pyrodictium. Aqui, as células produzem conjuntos de longos e finos tubos ocos denominados cannulae que emanam das células e conectam as células formando uma colónia densa.[58] A função destas cannulae é ainda desconhecida, mas poderão permitir que as células comuniquem ou troquem nutrientes com os seus vizinhos.[59] Colónias podem também ser produzidas por uma associação ente diferentes espécies. Por exemplo, na comunidade de "cordão de pérolas" que foi descoberta em 2001 num pântano na Alemanha, colónias esbranquiçadas e arredondadas de uma nova espécie de archaea do filo Euryarchaeota estão espaçadas ao longo de finos filamentos que podem ter até 15 cm de comprimento; estes filamentos são formados de uma espécies particular de bactéria.[60]
Estrutura celular
Membrana celular
Referências
- ↑ FONSECA, F. V. Peixoto da (28 de março de 2000). ««Archeae»». Consultado em 25 de agosto de 2009
- ↑ «O SURPREENDENTE DOMÍNIO ARQUEA». Jornal de Notícias. 25 de maio de 2000. Consultado em 25 de agosto de 2009
- ↑ «Fisiologia de Microrganismos» (PDF). Consultado em 25 de agosto de 2009
- ↑ a b c FONSECA, F. V. Peixoto da (4 de abril de 2000). «Arquaia». Consultado em 25 de agosto de 2009
- ↑ a b Woese, Carl R.; Kandler, Otto; Wheelis, Mark L. «Towards a natural system of organisms: proposal for the domains Archaea, Bacteria, and Eucarya.». Proceedings of the National Academy of Sciences. Consultado em 19 de julho de 2015
- ↑ Portal da Língua Portuguesa. «arquéias - nome». Consultado em 25 de agosto de 2009
- ↑ a b simbiotica.org. «Arqueobactérias». Consultado em 25 de agosto de 2009
- ↑ Martin, William; Eugene V. Koonin. «A positive definition of prokaryotes». Nature. doi:10.1038/442868c. Consultado em 19 de julho de 2015
- ↑ Walsh, David A.; Doolittle, W. Ford. «The real 'domains' of life». Current Biology. doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.cub.2005.03.034 Verifique
|doi=
(ajuda). Consultado em 19 de julho de 2015 - ↑ Lozier, R H; R A Bogomolni, and W Stoeckenius. «Bacteriorhodopsin: a light-driven proton pump in Halobacterium Halobium.». Biophysical Journal. doi:10.1016/S0006-3495(75)85875-9
- ↑ Jarrell, Ken F; Albers, Sonja-Verena. «The archaellum: an old motility structure with a new name». Trends in Microbiology. doi:10.1016/j.tim.2012.04.007. Consultado em 19 de julho de 2015
- ↑ Spang, Anja; Jimmy H. Saw, Steffen L. Jørgensen, Katarzyna Zaremba-Niedzwiedzka, Joran Martijn, Anders E. Lind, Roel van Eijk, Christa Schleper, Lionel Guy & Thijs J. G. Ettema. «Complex archaea that bridge the gap between prokaryotes and eukaryotes». Nature. doi:10.1038/nature14447 horizontal tab character character in
|coautores=
at position 114 (ajuda) - ↑ Staley JT (2006). «The bacterial species dilemma and the genomic-phylogenetic species concept». Philos. Trans. R. Soc. Lond., B, Biol. Sci. 361 (1475): 1899–909. PMID 17062409. doi:10.1098/rstb.2006.1914
- ↑ Zuckerkandl E, Pauling L (1965). «Molecules as documents of evolutionary history». J. Theor. Biol. 8 (2): 357–66. PMID 5876245. doi:10.1016/0022-5193(65)90083-4
- ↑ Woese C, Fox G (1977). «Phylogenetic structure of the prokaryotic domain: the primary kingdoms». Proc Natl Acad Sci USA. 74 (11): 5088–90. PMID 270744. doi:10.1073/pnas.74.11.5088
- ↑ Woese CR, Kandler O, Wheelis ML (1990). «Towards a natural system of organisms: proposal for the domains Archaea, Bacteria, and Eucarya». Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 87 (12): 4576–9. PMID 2112744. doi:10.1073/pnas.87.12.4576
- ↑ archaea. (2008). In Merriam-Webster Online Dictionary. Retrieved July 1, 2008, from http://www.merriam-webster.com/dictionary/archaea
- ↑ DeLong EF (1998). «Everything in moderation: archaea as 'non-extremophiles'». Curr. Opin. Genet. Dev. 8 (6): 649–54. PMID 9914204. doi:10.1016/S0959-437X(98)80032-4
- ↑ Dridi, Bédis; Didier Raoult, Michel Drancourt. «Archaea as emerging organisms in complex human microbiomes». Anaerobe. doi:10.1016/j.anaerobe.2011.03.001
- ↑ Theron J, Cloete TE (2000). «Molecular techniques for determining microbial diversity and community structure in natural environments». Crit. Rev. Microbiol. 26 (1): 37–57. PMID 10782339. doi:10.1080/10408410091154174
- ↑ Schmidt TM (2006). «The maturing of microbial ecology» (PDF). Int. Microbiol. 9 (3): 217–23. PMID 17061212
- ↑ Gevers D, Dawyndt P, Vandamme P; et al. (2006). «Stepping stones towards a new prokaryotic taxonomy». Philos. Trans. R. Soc. Lond., B, Biol. Sci. 361 (1475): 1911–6. PMID 17062410. doi:10.1098/rstb.2006.1915
- ↑ a b Robertson CE, Harris JK, Spear JR, Pace NR (2005). «Phylogenetic diversity and ecology of environmental Archaea». Curr. Opin. Microbiol. 8 (6): 638–42. PMID 16236543
- ↑ Huber H, Hohn MJ, Rachel R, Fuchs T, Wimmer VC, Stetter KO. (2002). «A new phylum of Archaea represented by a nanosized hyperthermophilic symbiont». Nature. 417 (6884): 27–8. PMID 11986665. doi:10.1038/417063a
- ↑ Barns SM, Delwiche CF, Palmer JD, Pace NR (1996). «Perspectives on archaeal diversity, thermophily and monophyly from environmental rRNA sequences». Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 93 (17): 9188–93. PMID 8799176. doi:10.1073/pnas.93.17.9188
- ↑ Elkins JG, Podar M, Graham DE; et al. (2008). «A korarchaeal genome reveals insights into the evolution of the Archaea». Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 105 (23): 8102–7. PMID 18535141. doi:10.1073/pnas.0801980105
- ↑ Baker, B.J., Tyson, G.W., Webb, R.I., Flanagan, J., Hugenholtz, P. and Banfield, J.F. (2006). «Lineages of acidophilic Archaea revealed by community genomic analysis. Science». Science. 314 (6884): 1933 – 1935. PMID 17185602. doi:10.1126/science.1132690
- ↑ de Queiroz K (2005). «Ernst Mayr and the modern concept of species». Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 102 Suppl 1: 6600–7. PMID 15851674. doi:10.1073/pnas.0502030102
- ↑ Eppley JM, Tyson GW, Getz WM, Banfield JF (2007). «Genetic exchange across a species boundary in the archaeal genus ferroplasma». Genetics. 177 (1): 407–16. PMID 17603112. doi:10.1534/genetics.107.072892
- ↑ Papke RT, Zhaxybayeva O, Feil EJ, Sommerfeld K, Muise D, Doolittle WF (2007). «Searching for species in haloarchaea». Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 104 (35): 14092–7. PMID 17715057. doi:10.1073/pnas.0706358104
- ↑ Kunin V, Goldovsky L, Darzentas N, Ouzounis CA (2005). «The net of life: reconstructing the microbial phylogenetic network». Genome Res. 15 (7): 954–9. PMID 15965028. doi:10.1101/gr.3666505
- ↑ Hugenholtz P (2002). «Exploring prokaryotic diversity in the genomic era». Genome Biol. 3 (2): REVIEWS0003. PMID 11864374. doi:10.1186/gb-2002-3-2-reviews0003
- ↑ Rappé MS, Giovannoni SJ (2003). «The uncultured microbial majority». Annu. Rev. Microbiol. 57: 369–94. PMID 14527284. doi:10.1146/annurev.micro.57.030502.090759
- ↑ Schopf J (2006). «Fossil evidence of Archaean life» (PDF). Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci. 361 (1470): 869–85. PMID 16754604. doi:10.1098/rstb.2006.1834
- ↑ Brocks JJ, Logan GA, Buick R, Summons RE (1999). «Archean molecular fossils and the early rise of eukaryotes». Science. 285 (5430): 1033–6. PMID 10446042. doi:10.1126/science.285.5430.1033
- ↑ Chappe B, Albrecht P, Michaelis W (1982). «Polar Lipids of Archaebacteria in Sediments and Petroleums». Science. 217 (4554): 65–66. PMID 17739984. doi:10.1126/science.217.4554.65
- ↑ Hahn, Jürgen; Pat Haug (1986). «Traces of Archaebacteria in ancient sediments». System Applied Microbiology. 7 (Archaebacteria '85 Proceedings): 178–83
- ↑ Wang M, Yafremava LS, Caetano-Anollés D, Mittenthal JE, Caetano-Anollés G (2007). «Reductive evolution of architectural repertoires in proteomes and the birth of the tripartite world». Genome Res. 17 (11): 1572–85. PMID 17908824. doi:10.1101/gr.6454307
- ↑ Ciccarelli FD, Doerks T, von Mering C, Creevey CJ, Snel B, Bork P (2006). «Toward automatic reconstruction of a highly resolved tree of life». Science. 311 (5765): 1283–7. PMID 16513982. doi:10.1126/science.1123061
- ↑ Woese CR, Gupta R (1981). «Are archaebacteria merely derived 'prokaryotes'?». Nature. 289 (5793): 95–6. PMID 6161309. doi:10.1038/289095a0
- ↑ Woese C (1998). «The universal ancestor». Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 95 (12): 6854–9. PMID 9618502. doi:10.1073/pnas.95.12.6854
- ↑ Gupta RS (2000). «The natural evolutionary relationships among prokaryotes». Crit. Rev. Microbiol. 26 (2): 111–31. PMID 10890353. doi:10.1080/10408410091154219
- ↑ Gribaldo S, Brochier-Armanet C (2006). «The origin and evolution of Archaea: a state of the art». Philos. Trans. R. Soc. Lond., B, Biol. Sci. 361 (1470): 1007–22. PMID 16754611. doi:10.1098/rstb.2006.1841
- ↑ Woese CR (1994). «There must be a prokaryote somewhere: microbiology's search for itself». Microbiol. Rev. 58 (1): 1–9. PMC 372949. PMID 8177167
- ↑ Lake JA (1988). «Origin of the eukaryotic nucleus determined by rate-invariant analysis of rRNA sequences». Nature. 331 (6152): 184–6. PMID 3340165. doi:10.1038/331184a0
- ↑ Gouy M, Li WH (1989). «Phylogenetic analysis based on rRNA sequences supports the archaebacterial rather than the eocyte tree». Nature. 339 (6220): 145–7. PMID 2497353. doi:10.1038/339145a0
- ↑ Yutin N, Makarova KS, Mekhedov SL, Wolf YI, Koonin EV (2008). «The deep archaeal roots of eukaryotes». Mol. Biol. Evol. 25. 1619 páginas. PMID 18463089. doi:10.1093/molbev/msn108
- ↑ Nelson KE, Clayton RA, Gill SR; et al. (1999). «Evidence for lateral gene transfer between Archaea and bacteria from genome sequence of Thermotoga maritima». Nature. 399 (6734): 323–9. PMID 10360571. doi:10.1038/20601
- ↑ Lake JA. (1988). «Origin of the eukaryotic nucleus determined by rate-invariant analysis of rRNA sequences». Nature. 331 (6152): 184–6. PMID 3340165. doi:10.1038/331184a0
- ↑ a b Krieg, Noel (2005). Bergey’s Manual® of Systematic Bacteriology. USA: Springer. pp. 21–6. ISBN 978-0-387-24143-2
- ↑ Barns, Sue and Burggraf, Siegfried. (1997) Crenarchaeota. Version 01 January 1997. in The Tree of Life Web Project
- ↑ Walsby, A.E. (1980). «A square bacterium». Nature. 283 (5742): 69–71. doi:10.1038/283069a0
- ↑ Hara F, Yamashiro K, Nemoto N; et al. (2007). «An actin homolog of the archaeon Thermoplasma acidophilum that retains the ancient characteristics of eukaryotic actin». J. Bacteriol. 189 (5): 2039–45. PMID 17189356. doi:10.1128/JB.01454-06
- ↑ Trent JD, Kagawa HK, Yaoi T, Olle E, Zaluzec NJ (1997). «Chaperonin filaments: the archaeal cytoskeleton?». Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 94 (10): 5383–8. PMID 9144246. doi:10.1073/pnas.94.10.5383
- ↑ Hixon WG, Searcy DG (1993). «Cytoskeleton in the archaebacterium Thermoplasma acidophilum? Viscosity increase in soluble extracts». BioSystems. 29 (2–3): 151–60. PMID 8374067. doi:10.1016/0303-2647(93)90091-P
- ↑ Hall-Stoodley L, Costerton JW, Stoodley P (2004). «Bacterial biofilms: from the natural environment to infectious diseases». Nat. Rev. Microbiol. 2 (2): 95–108. PMID 15040259. doi:10.1038/nrmicro821
- ↑ Kuwabara T, Minaba M, Iwayama Y; et al. (2005). «Thermococcus coalescens sp. nov., a cell-fusing hyperthermophilic archaeon from Suiyo Seamount». Int. J. Syst. Evol. Microbiol. 55 (Pt 6): 2507–14. PMID 16280518. doi:10.1099/ijs.0.63432-0
- ↑ Nickell S, Hegerl R, Baumeister W, Rachel R (2003). «Pyrodictium cannulae enter the periplasmic space but do not enter the cytoplasm, as revealed by cryo-electron tomography». J. Struct. Biol. 141 (1): 34–42. PMID 12576018. doi:10.1016/S1047-8477(02)00581-6
- ↑ Horn C, Paulmann B, Kerlen G, Junker N, Huber H (1999). «In vivo observation of cell division of anaerobic hyperthermophiles by using a high-intensity dark-field microscope». J. Bacteriol. 181 (16): 5114–8. PMID 10438790. doi:10.1073/pnas.241636498v1
- ↑ Rudolph C, Wanner G, Huber R (2001). «Natural communities of novel archaea and bacteria growing in cold sulfurous springs with a string-of-pearls-like morphology». Appl. Environ. Microbiol. 67 (5): 2336–44. PMC 92875. PMID 11319120. doi:10.1128/AEM.67.5.2336-2344.2001
Leitura adicional
- Howland, John L. (2000). The Surprising Archaea: Discovering Another Domain of Life. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-511183-4
- Martinko JM, Madigan MT (2005). Brock Biology of Microorganisms 11th ed. ed. Englewood Cliffs, N.J: Prentice Hall. ISBN 0-13-144329-1
- Garrett RA, Klenk H (2005). Archaea: Evolution, Physiology and Molecular Biology. [S.l.]: WileyBlackwell. ISBN 1-40-514404-1
- Cavicchioli R (2007). Archaea: Molecular and Cellular Biology. [S.l.]: American Society for Microbiology. ISBN 1-55-581391-7
- Blum P (editor) (2008). Archaea: New Models for Prokaryotic Biology. [S.l.]: Caister Academic Press. ISBN 978-1-904455-27-1
- Lipps G (2008). «Archaeal Plasmids». Plasmids: Current Research and Future Trends. [S.l.]: Caister Academic Press. ISBN 978-1-904455-35-6
Ligações externas
- Gerais
- (em inglês) Introdução às Archaea, ecologia, sistemática e morfologia
- (em inglês) Oceanos de Archaea - E.F. DeLong, ASM News, 2003
- Classificação
- (em inglês) NCBI taxonomy - Archaea
- (em inglês) Géneros do domínio Archaea
- (em inglês) Tree of Life - ilustração de como as Archaea se relacionam com outras formas de vida
- (em inglês) Sequenciação descobre novos nanoorganismos
- Genómica
- (em inglês) Navegue por genomas archaeanos - UCSC
- (em inglês) Análise comparativa de genomas de Archaea
Predefinição:Link FA Predefinição:Link FA Predefinição:Link FA Predefinição:Link FA Predefinição:Link FA Predefinição:Bom interwiki Predefinição:Bom interwiki Predefinição:Link FA