Doença arterial periférica: diferenças entre revisões

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A '''doença arterial periférica''' caracteriza-se por ser uma doença de natureza obstrutiva do [[lúmen arterial]], de grandes artérias que não formam parte da vasculatura [[Artérias coronárias|coronária]], [[arco aórtico]] ou [[Círculo arterial cerebral|cerebral]],<ref name=Heart2012>{{cite web|title=What Is Peripheral Vascular Disease?|url=https://www.heart.org/idc/groups/heart-public/@wcm/@hcm/documents/downloadable/ucm_300323.pdf|website=https://www.heart.org|accessdate=26 de Fevereiro de 2015|date=2012}}</ref> resultando num défice de fluxo sanguíneo aos tecidos cuja principal consequência é a presença de sinais e sintomas característicos de [[isquemia]] (falta de irrigação sanguínea) aguda ou crónica. Destas [[artéria]]s, exclui-se a [[aorta]], [[Círculo arterial cerebral|artérias cerebrais]] e [[artérias coronárias]]. Na maior parte dos casos a aterosclerose é a causa desta patologia. Quando as artérias espessam no coração dá-se-lhe o nome de [[doença arterial coronária]], enquanto que no cérebro a patologia é denominada [[doença cerebrovascular]]. A doença arterial periférica costuma afectar as pernas, embora possa também atingir outras artérias.<ref name=HLB2011W/> Um dos sintomas habituais é a dor nas pernas ao caminhar, que pode ser amenizada com repouso – a chamada [[claudicação intermitente]].<ref name=Vio2012/> Outros sintomas incluem [[úlcera isquémica|úlceras isquémicas]], [[cianose]], pele fria ou fraco crescimento das unhas e pêlos no membro afectado.<ref>{{cite web|title=What Are the Signs and Symptoms of Peripheral Arterial Disease?|url=http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/pad/signs|website=http://www.nhlbi.nih.gov/|accessdate=26 de Fevereiro de 2015|date=August 2, 2011}}</ref> Podem ocorrer complicações como infecções ou [[Gangrena|morte do tecido]], que exige [[amputação]]; [[aterosclerose coronária]]; ou [[acidente vascular cerebral]].<ref name=HLB2011W>{{cite web|title=What Is Peripheral Arterial Disease?|url=http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/pad|website=http://www.nhlbi.nih.gov/|accessdate=25 de Fevereiro de 2015|date=2 de agosto de 2011}}</ref> 50% dos casos de DAP são assintomáticos.<ref name=Vio2012>{{cite journal|last1=Violi|first1=F|last2=Basili|first2=S|last3=Berger|first3=JS|last4=Hiatt|first4=WR|title=Antiplatelet therapy in peripheral artery disease.|journal=Handbook of experimental pharmacology|date=2012|issue=210|pages=547–63|pmid=22918746|doi=10.1007/978-3-642-29423-5_22}}</ref>
Considera-se '''Doença arterial periférica''' (DAP) toda a doença que afecta as [[artéria]]s com exclusão da aorta, artérias cerebrais e artérias coronárias.

Pode afectar uma ou várias regiões do corpo, como as artérias do pescoço, as artérias renais, as artérias dos membros inferiores, as artérias mesentéricas, por exemplo. Na maior parte dos casos a aterosclerose é a causa desta patologia. Porém outras causas podem estar presentes como processos inflamatórios (angeite) de etiologia um pouco obscura e muitas vezes autoimunes como a [[tromboangeite obliterante]] ou [[doença de Burger]].<ref name=Merck>{{MerckManual|07|080|f|titulo=Peripheral Arterial Disease|acessodata=31-01-2013|}}</ref>
O principal factor de risco é o [[tabagismo]]. Outros factores de risco incluem a [[diabetes]], [[hipertensão arterial]] e [[hipercolesterolemia]].<ref name=Lancet2013/> O mecanismo subjacente é normalmente o da [[aterosclerose]].<ref>{{cite web|title=What Causes Peripheral Arterial Disease?|url=http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/pad/causes|website=http://www.nhlbi.nih.gov/|accessdate=26 de Fevereiro de 2015|date= 2 de Agosto de 2011}}</ref> Outras causas estão relacionadas com o [[Vasoespasmo|espasmo da artéria]].<ref name=Heart2012/> A DAP é tipicamente diagnosticada depois de identificado um [[índice tornozelo-branquial]] inferior a 0,90 que consiste na [[tensão arterial sistólica]] no tornozelo dividida pela tensão arterial sistólica do braço.<ref name=Ru2014>{{cite journal|last1=Ruiz-Canela|first1=M|last2=Martínez-González|first2=MA|title=Lifestyle and dietary risk factors for peripheral artery disease.|journal=Circulation Journal|date=2014|volume=78|issue=3|pages=553–9|pmid=24492064|doi=10.1253/circj.cj-14-0062}}</ref> Também pode utilizar-se a [[ultrassonografia com duplex]] e a [[angiografia]].<ref>{{cite web|title=How Is Peripheral Arterial Disease Diagnosed?|url=http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/pad/diagnosis|accessdate=27 de Março de 2015|date=2 de Agosto de 2011}}</ref> A angiografia é mais precisa e permite que o tratamento possa ser feito ao mesmo tempo; contudo, está associada a maiores riscos.<ref name=Ru2014/>

Não é clara a eficácia do [[rastreio]] da doença, pois não foi ainda devidamente estudado.<ref name=Screening2014>{{cite journal|last1=Andras|first1=A|last2=Ferket|first2=B|title=Screening for peripheral arterial disease|journal=The Cochrane database of systematic reviews|date=Apr 7, 2014|volume=4|pages=CD010835|pmid=24711093|doi=10.1002/14651858.CD010835.pub2}}</ref><ref>{{cite journal|author1=U.S. Preventive Services Task Force|title=Peripheral artery disease screening and cardiovascular disease risk assessment with the ankle-brachial index in adults: recommendation statement.|journal=Am Fam Physician|date=15 de Dezembro de 2014|volume=90|issue=12|pages=858A-858D|pmid=25591190}}</ref> Naqueles que tenham claudicação intermitente causada pela DAP, recomenda-se a fisioterapia e o abandono do tabaco para melhorar os resultados e aumentar a probabilidade do paciente aderir a seu plano de tratamento.<ref>{{cite journal|last1=Fokkenrood|first1=HJ|last2=Bendermacher|first2=BL|last3=Lauret|first3=GJ|last4=Willigendael|first4=EM|last5=Prins|first5=MH|last6=Teijink|first6=JA|title=Supervised exercise therapy versus non-supervised exercise therapy for intermittent claudication.|journal=The Cochrane database of systematic reviews|date=23 de Agosto de 2013|volume=8|pages=CD005263|pmid=23970372|doi=10.1002/14651858.CD005263.pub3}}</ref><ref name=JAMA2006/> A prescrição de medicamentos como [[estamina]]s, [[Inibidor da enzima de conversão da angiotensina|inibidores de ECAs]] e [[cilostazol]] também pode ajudar.<ref name=JAMA2006>{{cite journal|last1=Hankey|first1=GJ|last2=Norman|first2=PE|last3=Eikelboom|first3=JW|title=Medical treatment of peripheral arterial disease.|journal=JAMA|date=1 de Fevereiro de 2006|volume=295|issue=5|pages=547–53|pmid=16449620|doi=10.1001/jama.295.5.547}}</ref><ref name=Bed2014>{{cite journal|last1=Bedenis|first1=R|last2=Stewart|first2=M|last3=Cleanthis|first3=M|last4=Robless|first4=P|last5=Mikhailidis|first5=DP|last6=Stansby|first6=G|title=Cilostazol for intermittent claudication.|journal=The Cochrane database of systematic reviews|date=31de Outubro de 2014|volume=10|pages=CD003748|pmid=25358850|doi=10.1002/14651858.CD003748.pub4}}</ref> A [[Ácido acetilsalicílico|aspirina]] parece não resultar em pessoas com a doença amena, no entanto recomenda-se para aqueles com uma condição mais grave da doença.<ref>{{cite journal|last1=Lin|first1=JS|last2=Olson|first2=CM|last3=Johnson|first3=ES|last4=Whitlock|first4=EP|title=The ankle-brachial index for peripheral artery disease screening and cardiovascular disease prediction among asymptomatic adults: a systematic evidence review for the U.S. Preventive Services Task Force.|journal=Annals of Internal Medicine|date=3 de Setembro de 2013|volume=159|issue=5|pages=333–41|pmid=24026319|doi=10.7326/0003-4819-159-5-201309030-00007}}</ref><ref>{{cite journal|last1=Poredos|first1=P|last2=Jezovnik|first2=MK|title=Is aspirin still the drug of choice for management of patients with peripheral arterial disease?|journal=VASA. Zeitschrift für Gefasskrankheiten|date=2013 de Março|volume=42|issue=2|pages=88–95|pmid=23485835|doi=10.1024/0301-1526/a000251}}</ref> Os anticoagulantes como a [[varafina]] não costumam trazer grande benefício ao paciente.<ref>{{cite journal|last1=Hauk|first1=L|title=ACCF/AHA update peripheral artery disease management guideline.|journal=American family physician|date=15 May 2012|volume=85|issue=10|pages=1000–1|pmid=22612053}}</ref> Os métodos utilizados no tratamento da doença envolvem a [[Ponte aorto-coronária|revascularização]], a [[angioplastia]] e a [[aterectomia]].<ref>{{cite web|title=How Is Peripheral Arterial Disease Treated?|url=http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/pad/treatment|website=http://www.nhlbi.nih.gov|accessdate=26 de Fevereiro de 2015|date=2 de Agosto de 2011}}</ref>

Em 2010, cerca de 202 milhões de pessoas em todo o mundo padeciam de doença arterial periférica.<ref name=Lancet2013/> No mundo desenvolvido, a doença afecta cerca de 5,3% de pessoas entre os 45 e 50 anos e 18,6% entre os 80 e 90 anos.<ref name=Lancet2013/> Nos mundo em desenvolvimento afecta cerca de 4,6% de pessoas entre os 45 e 50 anos e 15% entre os 85 e 90 anos.<ref name=Lancet2013/> No mundo desenvolvido a DAP é inqualmente comum entre homens e mulheres enquanto que no mundo em desenvolvimento as mulheres são geralmente as mais afectadas.<ref name=Lancet2013>{{cite journal|last1=Fowkes|first1=FG|last2=Rudan|first2=D|last3=Rudan|first3=I|last4=Aboyans|first4=V|last5=Denenberg|first5=JO|last6=McDermott|first6=MM|last7=Norman|first7=PE|last8=Sampson|first8=UK|last9=Williams|first9=LJ|last10=Mensah|first10=GA|last11=Criqui|first11=MH|title=Comparison of global estimates of prevalence and risk factors for peripheral artery disease in 2000 and 2010: a systematic review and analysis.|journal=Lancet|date=19 October 2013|volume=382|issue=9901|pages=1329–40|pmid=23915883|doi=10.1016/s0140-6736(13)61249-0}}</ref> Em 2013, a DAP provocou cerca de 41 000 mortes, superando as 16 000 mortes em 1990.<ref name=GDB2013>{{cite journal|last1=GBD 2013 Mortality and Causes of Death|first1=Collaborators|title=Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.|journal=Lancet|date=17 de Dezembro de 2014|pmid=25530442|doi=10.1016/S0140-6736(14)61682-2|volume=385|issue=9963|pages=117–71|pmc=4340604}}</ref>


== Sintomas ==
== Sintomas ==

Revisão das 18h16min de 17 de agosto de 2016

A doença arterial periférica caracteriza-se por ser uma doença de natureza obstrutiva do lúmen arterial, de grandes artérias que não formam parte da vasculatura coronária, arco aórtico ou cerebral,[1] resultando num défice de fluxo sanguíneo aos tecidos cuja principal consequência é a presença de sinais e sintomas característicos de isquemia (falta de irrigação sanguínea) aguda ou crónica. Destas artérias, exclui-se a aorta, artérias cerebrais e artérias coronárias. Na maior parte dos casos a aterosclerose é a causa desta patologia. Quando as artérias espessam no coração dá-se-lhe o nome de doença arterial coronária, enquanto que no cérebro a patologia é denominada doença cerebrovascular. A doença arterial periférica costuma afectar as pernas, embora possa também atingir outras artérias.[2] Um dos sintomas habituais é a dor nas pernas ao caminhar, que pode ser amenizada com repouso – a chamada claudicação intermitente.[3] Outros sintomas incluem úlceras isquémicas, cianose, pele fria ou fraco crescimento das unhas e pêlos no membro afectado.[4] Podem ocorrer complicações como infecções ou morte do tecido, que exige amputação; aterosclerose coronária; ou acidente vascular cerebral.[2] 50% dos casos de DAP são assintomáticos.[3]

O principal factor de risco é o tabagismo. Outros factores de risco incluem a diabetes, hipertensão arterial e hipercolesterolemia.[5] O mecanismo subjacente é normalmente o da aterosclerose.[6] Outras causas estão relacionadas com o espasmo da artéria.[1] A DAP é tipicamente diagnosticada depois de identificado um índice tornozelo-branquial inferior a 0,90 que consiste na tensão arterial sistólica no tornozelo dividida pela tensão arterial sistólica do braço.[7] Também pode utilizar-se a ultrassonografia com duplex e a angiografia.[8] A angiografia é mais precisa e permite que o tratamento possa ser feito ao mesmo tempo; contudo, está associada a maiores riscos.[7]

Não é clara a eficácia do rastreio da doença, pois não foi ainda devidamente estudado.[9][10] Naqueles que tenham claudicação intermitente causada pela DAP, recomenda-se a fisioterapia e o abandono do tabaco para melhorar os resultados e aumentar a probabilidade do paciente aderir a seu plano de tratamento.[11][12] A prescrição de medicamentos como estaminas, inibidores de ECAs e cilostazol também pode ajudar.[12][13] A aspirina parece não resultar em pessoas com a doença amena, no entanto recomenda-se para aqueles com uma condição mais grave da doença.[14][15] Os anticoagulantes como a varafina não costumam trazer grande benefício ao paciente.[16] Os métodos utilizados no tratamento da doença envolvem a revascularização, a angioplastia e a aterectomia.[17]

Em 2010, cerca de 202 milhões de pessoas em todo o mundo padeciam de doença arterial periférica.[5] No mundo desenvolvido, a doença afecta cerca de 5,3% de pessoas entre os 45 e 50 anos e 18,6% entre os 80 e 90 anos.[5] Nos mundo em desenvolvimento afecta cerca de 4,6% de pessoas entre os 45 e 50 anos e 15% entre os 85 e 90 anos.[5] No mundo desenvolvido a DAP é inqualmente comum entre homens e mulheres enquanto que no mundo em desenvolvimento as mulheres são geralmente as mais afectadas.[5] Em 2013, a DAP provocou cerca de 41 000 mortes, superando as 16 000 mortes em 1990.[18]

Sintomas

A sua evolução habitualmente é lenta, sem que haja qualquer sintoma. Quando presentes os sintomas são a manifestação da falta de irrigação do órgão afetado. O aparecimento dos sintomas será mais rápido quando são atingidos os membros inferiores, aparecendo dor durante a marcha. Quando as artérias mesentéricas são atingidas há dor abdominal, durante a digestão, quando o afluxo de sangue é mais necessário ao tubo digestivo.

  • Quando as artérias do pescoço estão afetadas, os sintomas são tardios, pois não existem estruturas musculares que sofram com a anóxia secundária à deficiente irrigação. A localização às carótidas é assim uma localização traiçoeira e o primeiro sinal poderá ser o acidente vascular cerebral (AVC) mais ou menos grave consoante o perfil anatómico da vascularização arterial cerebral, sobretudo a presença de shunts eficazes entre o lado direito e o esquerdo do cérebro (as artérias do hemisfério esquerdo por exemplo podem ser suficientes para alimentar todo o hemisfério direito em caso de oclusão total da carótida interna direita). Em algumas pessoas, o primeiro sintoma pode ser o AVC mortal; em outras, com mais sorte, alguns acidentes de isquémia transitória (AIT) podem dar tempo a que a doença seja diagnosticada e o doente tratado.
  • As artérias dos membros inferiores quando lesadas dão sintomas desde muito cedo pois os músculos trabalham muito e a dor durante a marcha é típica: Surge a partir de uma certa distância percorrida, desaparece se o paciente parar e posteriormente a marcha pode prosseguir sem que a dor volte a aparecer. É a clássica claudicação intermitente. A dor aparece devido ao metabolismo muscular com baixo débito de oxigénio e formação de ácido láctico que provoca a dor. Porém o ácido láctico desencadeia uma importante vasodilatação de todas as arteríolas colaterais, razão pela qual, depois de descansar, o paciente pode continuar a andar sem que a dor apareça. É também a razão pela qual estes pacientes devem andar muito para desenvolver uma circulação colateral que irá estabilizar o paciente durante anos.[19]

Causas

  • Aterosclerose - a progressiva diminuição do calibre arterial leva a uma deficiente irrigação periférica.
  • Vasculites - quando a parede arterial sofre um processo inflamatório, seja ela local apenas, ou parte de uma doença inflamatória generalizada. Entre estas vasculites pode-se citar a Tromboangeite obliterante e a Arterite de células gigantes ou de Takayasu
  • Problemas metabólicos como a diabetes que afecta principalmente os pequenos vasos (microangiopatia diabética)
  • Embolias - não é muito frequente haver um desprendimento de parte de uma placa de ateroma. O que acontece frequentemente é que a placa torna-se anfractuosa, de superfície irregular, favorecendo o depósito de plaquetas nas suas anfractuosidades. A agregação destas plaquetas leva à formação de um trombo que pode então embolizar e ocluir uma artéria mais distal, de calibre mais fino.[19]

Fatores de risco

  • Dislipidémias que estão na base do processo aterosclerótico
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial
  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Idade superior a 55 anos

são os mais frequentes fatores de risco e algum dos que podem ser combatidos.

Diagnóstico

  • A nível das carótidas, é aconselhável que haja um exame de ecodoppler de rastreio, na medida em que não há sintomas na maioria dos casos.
  • Sempre que o paciente consulta o seu médico este deve palpar sempre os pulsos a nível do tornozelo e em caso de dúvida
  • Medida da Pressão arterial com a determinação do índice tornozelo-braquial.

O Ecodoppler será sempre indicado em caso de dúvida [20]

Quando o diagnóstico está feito usando o ecodppler e o paciente tem indicação para repermeabilização arterial, a angiografia por injeção de contraste radiológico (cateterismo) permite não só a precisão diagnótica, mas também, mudando a sonda, permite a dilatação da artéria e a resolução do problema se tal for possível.

O Teste de esforço em passadeira rolante é desnecessário pois para diagnóstico é impreciso, e a marcha basta para a avaliação do resultado do tratamento.

Tratamento

O tratamento é baseado no controle das doenças de base, na otimização da circulação colateral, seja através de técnicas farmacológicas, como o uso de antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes ou técnicas invasivas, como a Angioplastia ou a Revascularização Cirúrgica.[19]


Referências

  1. a b «What Is Peripheral Vascular Disease?» (PDF). https://www.heart.org. 2012. Consultado em 26 de Fevereiro de 2015 
  2. a b «What Is Peripheral Arterial Disease?». http://www.nhlbi.nih.gov/. 2 de agosto de 2011. Consultado em 25 de Fevereiro de 2015 
  3. a b Violi, F; Basili, S; Berger, JS; Hiatt, WR (2012). «Antiplatelet therapy in peripheral artery disease.». Handbook of experimental pharmacology (210): 547–63. PMID 22918746. doi:10.1007/978-3-642-29423-5_22 
  4. «What Are the Signs and Symptoms of Peripheral Arterial Disease?». http://www.nhlbi.nih.gov/. August 2, 2011. Consultado em 26 de Fevereiro de 2015  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. a b c d e Fowkes, FG; Rudan, D; Rudan, I; Aboyans, V; Denenberg, JO; McDermott, MM; Norman, PE; Sampson, UK; Williams, LJ; Mensah, GA; Criqui, MH (19 October 2013). «Comparison of global estimates of prevalence and risk factors for peripheral artery disease in 2000 and 2010: a systematic review and analysis.». Lancet. 382 (9901): 1329–40. PMID 23915883. doi:10.1016/s0140-6736(13)61249-0  Verifique data em: |data= (ajuda)
  6. «What Causes Peripheral Arterial Disease?». http://www.nhlbi.nih.gov/. 2 de Agosto de 2011. Consultado em 26 de Fevereiro de 2015 
  7. a b Ruiz-Canela, M; Martínez-González, MA (2014). «Lifestyle and dietary risk factors for peripheral artery disease.». Circulation Journal. 78 (3): 553–9. PMID 24492064. doi:10.1253/circj.cj-14-0062 
  8. «How Is Peripheral Arterial Disease Diagnosed?». 2 de Agosto de 2011. Consultado em 27 de Março de 2015 
  9. Andras, A; Ferket, B (Apr 7, 2014). «Screening for peripheral arterial disease». The Cochrane database of systematic reviews. 4: CD010835. PMID 24711093. doi:10.1002/14651858.CD010835.pub2  Verifique data em: |data= (ajuda)
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  19. a b c Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Merck
  20. Dauzat M.; Larroche J. P., Bray J.-M., Deklunder G., Couture A., Cesari J.-B.,Barral F. (1991). "Ultrasonographie vasculaire diagnostique". Paris: Vigot. pp. 334–382 
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