Atavismo: diferenças entre revisões

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Hipertricose
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*  '''Tubérculo de''' '''Darwin''' na região denominada hélix da [[Orelha|orelha humana]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Loh|primeiro=Tiffany Y.|coautores=Philip R.|data=2016-04-07|titulo=Darwin’s Tubercle: Review of a Unique Congenital Anomaly|jornal=Dermatology and Therapy|volume=6|numero=2|paginas=143–149|issn=2193-8210|doi=10.1007/s13555-016-0109-6|url=http://link.springer.com/article/10.1007/s13555-016-0109-6|idioma=en}}</ref>
*  '''Tubérculo de''' '''Darwin''' na região denominada hélix da [[Orelha|orelha humana]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Loh|primeiro=Tiffany Y.|coautores=Philip R.|data=2016-04-07|titulo=Darwin’s Tubercle: Review of a Unique Congenital Anomaly|jornal=Dermatology and Therapy|volume=6|numero=2|paginas=143–149|issn=2193-8210|doi=10.1007/s13555-016-0109-6|url=http://link.springer.com/article/10.1007/s13555-016-0109-6|idioma=en}}</ref>
*  [[Coração]] "réptil" em humano.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Walia|primeiro=Ishmeet|coautores=Harvinder S.|data=2010-01-01|titulo=Snake heart: a case of atavism in a human being|jornal=Texas Heart Institute Journal|volume=37|numero=6|paginas=687–690|issn=1526-6702|pmid=21224948|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21224948}}</ref>
*  [[Coração]] "réptil" em humano.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Walia|primeiro=Ishmeet|coautores=Harvinder S.|data=2010-01-01|titulo=Snake heart: a case of atavism in a human being|jornal=Texas Heart Institute Journal|volume=37|numero=6|paginas=687–690|issn=1526-6702|pmid=21224948|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21224948}}</ref>

==== Hipertricose Lanuginosa ====
[[Ficheiro:Hipertricose Lanuginosa .jpg|miniaturadaimagem|280x280px|Atavismo]]
A Hipertricose na sua forma mais comum, supõe-se estar relacionada com um excesso de estimulação dos folículos capilares com níveis normais de hormônios andrógenos. Até 2015, não se tinha uma prova clara da anormalidade molecular específica. Uma hipótese mais aceita para explicar o aspecto fenotípico é uma reversão atávica de um gene ancestral suprimido. No curso da evolução os genes que causam o crescimento do cabelo foram silenciados e a aparência de pêlos em seres humanos saudáveis pode ser explicada por uma reativação errônea de tais genes.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Pavone|primeiro=Piero|ultimo2=Praticò|primeiro2=Andrea D.|ultimo3=Falsaperla|primeiro3=Raffaele|ultimo4=Ruggieri|primeiro4=Martino|ultimo5=Zollino|primeiro5=Marcella|ultimo6=Corsello|primeiro6=Giovanni|ultimo7=Neri|primeiro7=Giovanni|data=2015-08-05|titulo=Congenital generalized hypertrichosis: the skin as a clue to complex malformation syndromes|jornal=Italian Journal of Pediatrics|volume=41|issn=1824-7288|pmid=26242548|doi=10.1186/s13052-015-0161-3|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4526284/}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=DeStefano|primeiro=Gina M.|ultimo2=Fantauzzo|primeiro2=Katherine A.|ultimo3=Petukhova|primeiro3=Lynn|ultimo4=Kurban|primeiro4=Mazen|ultimo5=Tadin-Strapps|primeiro5=Marija|ultimo6=Levy|primeiro6=Brynn|ultimo7=Warburton|primeiro7=Dorothy|ultimo8=Cirulli|primeiro8=Elizabeth T.|ultimo9=Han|primeiro9=Yujun|data=2013-05-07|titulo=Position effect on FGF13 associated with X-linked congenital generalized hypertrichosis|jornal=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America|volume=110|numero=19|paginas=7790–7795|issn=0027-8424|pmid=23603273|doi=10.1073/pnas.1216412110|url=http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3651487/}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Cantú|primeiro=J. M.|ultimo2=Ruiz|primeiro2=C.|data=1985-01-01|titulo=On atavisms and atavistic genes|jornal=Annales De Genetique|volume=28|numero=3|paginas=141–142|issn=0003-3995|pmid=3879145|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3879145}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Hall|primeiro=B. K.|data=1984-02-01|titulo=Development mechanisms underlying the formation of atavisms|jornal=Biological Reviews of the Cambridge Philosophical Society|volume=59|numero=1|paginas=89–124|issn=1464-7931|pmid=6367843|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6367843}}</ref>


== Atavismos em Plantas ==
== Atavismos em Plantas ==

Revisão das 16h22min de 19 de abril de 2017

Ficheiro:Atavismo genético.jpg
Marca de nascença em humano (Atavismo)

Atavismo (do latim atavus, "ancestral") é o reaparecimento de uma certa característica no organismo depois de várias gerações de ausência. Em biologia, atavismo é uma reminiscência evolutiva, como reaparecimento de traços que tiveram ausentes em várias gerações. Pode ocorrer de várias maneiras. Uma maneira é quando genes para características previamente fenotípicas existentes são preservadas no DNA, e estes tornam-se expressar através de uma mutação que quer nocautear os genes primordiais para os novos traços ou fazer os traços antigos substituírem os atuais. 

Atavismos em Animais

 Embora as galinhas normalmente não tenham dentes, e as aves tenham "perdido" a dentição há cerca de 60 a 80 milhões de anos, os tecidos que normalmente desenvolvem dentes continuam a manter essa capacidade. Geoffrey Saint Hilaire foi o primeiro cientista a descrever a formação de dentes em embriões de galinhas em 1821. Actualmente, é conhecido que os genes responsáveis pela odontogénese estão ainda presentes em galinhas. [1]

Cavalo com dedo (atavismo)
Cavalo com dedo (atavismo)

Atavismos em Animais

Membros Inferiores
Dedos extras
Dentes (odontogênese)
Outros exemplos
Cauda em humanos é um exemplo de Atavismo
Indiano com cauda

Atavismos em Humanos

Evolutivamente, traços que desapareceram fenotipicamente não necessariamente desapareceram a partir do DNA de um organismo.  A sequência do gene permanece muitas vezes, mas está inativo. Tal gene pode permanecer não utilizado no genoma, durante muitas gerações. Contanto que o gene permaneça intacto, uma falha no controle genético suprime o gene o que pode levar a que seja expresso de novo. Por vezes, a expressão de genes dormentes pode ser induzida por estimulação artificial. Várias formas de atavismo podem ser observadas em seres humanos. Os bebês podem nascer com uma cauda vestigial, chamado "processo do cóccix", "projeção coccygeal" e "apêndice caudal". Principais Atavismos observados em humanos:

Hipertricose Lanuginosa

Ficheiro:Hipertricose Lanuginosa .jpg
Atavismo

A Hipertricose na sua forma mais comum, supõe-se estar relacionada com um excesso de estimulação dos folículos capilares com níveis normais de hormônios andrógenos. Até 2015, não se tinha uma prova clara da anormalidade molecular específica. Uma hipótese mais aceita para explicar o aspecto fenotípico é uma reversão atávica de um gene ancestral suprimido. No curso da evolução os genes que causam o crescimento do cabelo foram silenciados e a aparência de pêlos em seres humanos saudáveis pode ser explicada por uma reativação errônea de tais genes.[14][15][16][17]

Atavismos em Plantas

No atavismo partes aladas do pecíolo são ampliadas, para produzir dois folhetos laterais, tornando-o com folhas trifolioladas.
Atavismo em folhas de Citrus Máxima

O atavismo também pode ser observado em plantas. Em certos casos, as partes aladas do pecíolo são ampliadas, para produzir dois folhetos laterais tornando-o com folhas trifolioladas. A ocorrência desse fenômeno pode ser observada em Rosa, Hibiscus, Oxalis, Poppy e Citrus. Vários fatores podem influenciar na ocorrência do atavismo em plantas, De Vries (1906) fala sobre:

"A produção de variedades e de folhas atávicas depende em alto grau de condições externas. Ela adere com a regra geral que, as situações favoráveis reforçam as distinções das variedades, enquanto as condições desfavoráveis aumentam o número de peças com propriedade atávica. Estas influências, podem serem vistas como tendo seu efeito sobre os indivíduos isolados, bem como sobre as gerações de crescimento da sua descendência."[18]

Atavismo no Gênero Citrus

Um exemplo de atavismo em vegetais pode ocorrer no gênero Citrus, onde o pecíolo da folha é ampliado. Nesses casos de atavismo, o pecíolo amplia-se para produzir os dois folhetos laterais, mostrando características ancestrais que as folhas dos Citrus tinham. As folhas dos citrus eram trifolioladas, mas durante a evolução dois folhetos se degeneraram. A espécie cítrica Citrus trifoliata, preserva ainda dois folhetos laterais, uma característica de suas ancestrais.[19]

Atavismo no Gênero Hibiscus

O atavismo também pode ser observado no gênero Hibiscus[19], onde as partes aladas da folha são ampliadas. Nesses casos de atavismo, o lóbulo da folha é ampliado tentando formar dois recortes laterais, para produzir os dois lóbulos, mostrando características ancestrais que as folhas dos Hibiscus tinham e ainda têm. As folhas simples dos hibiscos que no passado possuíam o formato trilobado (3 lóbulos) tiveram seus lóbulos degenerados durante a evolução. Algumas espécies de hibiscos como a Hibiscus sabdariffa possuem ainda os seus dois lóbulos preservados.

Atavismo em Hieracium pilosella

Re-emergência de flores de reprodução sexuada na planta Hieracium pilosella.[20]

Referências

  1. a b Adams, Jill U.; Kenna M. Shaw (2008). «Atavism: Embryology, Development and Evolution». Atavism: Embriology, Development and Evolution. Consultado em 14 de abril de 2011  Texto " Learn Science at Scitable" ignorado (ajuda);
  2. Mehrtens JM. 1987. Living Snakes of the World in Color. New York.
  3. a b c Drehmer, C. J. 2006. Uma revisão dos atavismos em vertebrados. Neotropical Biology and Conservation. Sao Leopoldo. vol 1. p. 72-83.
  4. TalkOrigins Archive. «29+ Evidences for Macroevolution: Part 2». Consultado em 8 de novembro de 2006. Cópia arquivada em 29 October 2006  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  5. Ahmed, Ahmed F (5 de junho de 2014). «Surgical correction of bilateral polydactyly in a dromedary camel: A case report». 59 (3). ISSN 0375-8427 
  6. Norton, R. (2007), Proceedings of the National Academy of Sciences, April 24, cited in Science News, vol. 171, p. 302
  7. Tomić, Nenad; Victor Benno (18 de agosto de 2011). «Atavisms: Medical, Genetic, and Evolutionary Implications». Perspectives in Biology and Medicine. 54 (3): 332–353. ISSN 1529-8795. doi:10.1353/pbm.2011.0034 
  8. Lu, Frank L; Pen-Jung. «The human tail». Pediatric Neurology. 19 (3): 230–233. doi:10.1016/s0887-8994(98)00046-0 
  9. Bertó, Josep; M. Luisa. «Polimastia y tejido mamario accesorio». Piel. 20 (10): 483–484. doi:10.1016/s0213-9251(05)72333-9 
  10. Hilbert, David R. & Byrne, Alex (2010). How do things look to the color-blind? In Jonathan Cohen & Mohan Matthen (eds.), Color Ontology and Color Science. MIT Press 259.
  11. Rampen, F. H. (1 de setembro de 1988). «Naevocytic naevi as an atavism; their relationship to melanoma risk». Medical Hypotheses. 27 (1): 71–75. ISSN 0306-9877 
  12. Loh, Tiffany Y.; Philip R. (7 de abril de 2016). «Darwin's Tubercle: Review of a Unique Congenital Anomaly». Dermatology and Therapy (em inglês). 6 (2): 143–149. ISSN 2193-8210. doi:10.1007/s13555-016-0109-6 
  13. Walia, Ishmeet; Harvinder S. (1 de janeiro de 2010). «Snake heart: a case of atavism in a human being». Texas Heart Institute Journal. 37 (6): 687–690. ISSN 1526-6702. PMID 21224948 
  14. Pavone, Piero; Praticò, Andrea D.; Falsaperla, Raffaele; Ruggieri, Martino; Zollino, Marcella; Corsello, Giovanni; Neri, Giovanni (5 de agosto de 2015). «Congenital generalized hypertrichosis: the skin as a clue to complex malformation syndromes». Italian Journal of Pediatrics. 41. ISSN 1824-7288. PMID 26242548. doi:10.1186/s13052-015-0161-3 
  15. DeStefano, Gina M.; Fantauzzo, Katherine A.; Petukhova, Lynn; Kurban, Mazen; Tadin-Strapps, Marija; Levy, Brynn; Warburton, Dorothy; Cirulli, Elizabeth T.; Han, Yujun (7 de maio de 2013). «Position effect on FGF13 associated with X-linked congenital generalized hypertrichosis». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 110 (19): 7790–7795. ISSN 0027-8424. PMID 23603273. doi:10.1073/pnas.1216412110 
  16. Cantú, J. M.; Ruiz, C. (1 de janeiro de 1985). «On atavisms and atavistic genes». Annales De Genetique. 28 (3): 141–142. ISSN 0003-3995. PMID 3879145 
  17. Hall, B. K. (1 de fevereiro de 1984). «Development mechanisms underlying the formation of atavisms». Biological Reviews of the Cambridge Philosophical Society. 59 (1): 89–124. ISSN 1464-7931. PMID 6367843 
  18. DE VRIES, H. Species and varieties, their origin by mutation: Lectures delivered at the University of Califonia, second ed, Daniel Trembly MacDougal (Ed.), The Open Court Publishing Company, Chicago. 1906.
  19. a b «Organic Evolution: 9 Main Evidences of Organic Evolution» (em inglês). 14 de novembro de 2013. Consultado em 2 de outubro de 2016 
  20. Katja Domes, Roy A. Norton, Mark Maraun, and Stefan Scheu; Reevolution of sexuality breaks Dollo's law; Proc Natl Acad Sci U S A. 2007 Apr 24; 104(17): 7139–7144. - PMCID: PMC1855408
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