Fronteira agrícola Amazônica: diferenças entre revisões
→Ver também: acrescentando alguns + maiusculite + portais e código nas refs |
→Referências: + bibliografia |
||
Linha 36: | Linha 36: | ||
== Referências == |
== Referências == |
||
<references /> |
|||
⚫ | |||
== Bibliografia == |
|||
* {{Citar periódico|ultimo=Domingues|primeiro=Mariana Soares|ultimo2=Bermann|primeiro2=Célio|data=2012|titulo=O arco de desflorestamento na Amazônia: da pecuária à soja|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-753X2012000200002&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Ambiente & Sociedade|volume=15|numero=2|paginas=1–22|doi=10.1590/S1414-753X2012000200002|issn=1414-753X|acessodata=}} |
|||
* {{Citar livro|url=https://ipam.org.br/wp-content/uploads/2005/03/floresta_em_chamas_origens_impactos_e_pr.pdf|título=A floresta em chamas: origens, impactos e prevenção de fogo na Amazônia|ultimo=Nepstad|primeiro=Daniel|ultimo2=Moreira|primeiro2=Adriana G.|ultimo3=Alencar|primeiro3=Ane A.|editora=Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil|ano=1999|local=Brasília|páginas=172|isbn=978-8587827074}} |
|||
* {{citar periódico| doi = 10.1234/bcnaturais.v14i1.140| issn = 2317-6237| volume = 14|número= 1|páginas= 55–77|último1 = Sales|primeiro1 = Gil Mendes|último2 = Pereira|primeiro2 = Jorge Luis Gavina|último3 = Thalês|primeiro3 = Marcelo Cordeiro|último4 = Poccard-Chapuis|primeiro4 = René|último5 = Almeida|primeiro5 = Arlete Silva de|título= Emprego dos focos de calor na avaliação das queimadas e em incêndios florestais em Paragominas, Pará, Brasil|periódico= Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais|acessodata= 2019-08-23|data= 2019-05-03| url = https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/140}} |
|||
{{esboço-br}} |
|||
⚫ | |||
[[Categoria:Agricultura no Brasil]] |
[[Categoria:Agricultura no Brasil]] |
||
[[Categoria:Amazônia]] |
[[Categoria:Amazônia]] |
Revisão das 08h14min de 24 de agosto de 2019
A fronteira agrícola amazônica é uma área de ocupação e extensão de atividades ligadas à agropecuária na Amazônia legal brasileira. A fronteira abrange áreas do norte, nordeste e centro-oeste brasileiros.[1][2] Também é conhecida como arco do desflorestamento, em função da intensa atividade predatória na região.[3][4]
Embora sua característica fortemente econômica, a fronteira influenciou os mais diversos fatores sociais, demográficos, políticos e até mesmo culturais.[5]
Ocupação
A ocupação da fronteira agrícola Amazônica começou historicamente com a abertura da rodovia Belém-Brasília. Esta foi a primeira via rodoviária de ocupação da região. Ao lado da rodovia pequenos agricultores foram paulatinamente se assentando e ocupando porções de terra. Aos poucos os primeiros núcleos urbanos foram surgindo, dando os contornos da atual ocupação.[carece de fontes]
Os marcos históricos maiores da ocupação da fronteira agrícola Amazônica se deram com a instalação das demais rodovias na década de 1970: a Transamazônica, Cuiabá-Santarém e Cuiabá-Porto Velho. Neste período iniciou-se um intenso processo de migração de sulistas e nordestinos para a região amazônica. Em pouco tempo as áreas adjacentes destas rodovias estavam densamente povoadas.[carece de fontes]
Características econômicas
A fronteira inicialmente centrava-se numa economia de pequena lavoura e de extração e venda de madeira não processada. A extração e venda da "madeira em tora" foi a principal atividade econômica da região por mais de duas décadas, até quase a exaustão dos recursos vegetais na região. Verdadeiras cadeias industriais e cidades surgiram da atividade madeireira. Atualmente toda a cadeia da madeira está estagnada, reservando-se a uns poucos locais de extração e beneficiamento.[carece de fontes]
Na década de 1990 migra para a fronteira as atividades ligadas ao plantio em larga escala (agrobusiness) de soja e milho. A ocupação da fronteira pela soja e pelo milho deu novos contornos a região, que passou a receber grandes investimentos em logística e relativa oferta de capitais.[6]
Paralelamente a extração madeireira e ao plantio de soja e milho, a atividade pecuária cresce de forma vertiginosa na região Amazônica, acompanhando pari passu a expansão da fronteira agrícola. A região chega a ser conhecida por ter "mais cabeças de gado que pessoas".[7][8]
Fatores culturais
A fronteira agrícola amazônica influenciou não somente em fatores demográficos ou econômicos, mas também deixou uma forte e distintiva marca em questões culturais. O exemplo disto é a singular diferença que há entre os costumes de vestimenta, música, dialeto, culinária e visão de espaço e tempo entre as principais capitais da região, Manaus e Belém, e a região da fronteira agrícola amazônica.[carece de fontes]
Em fatores musicais por exemplo, há uma clara preferência por ritmos como o forró e o sertanejo em detrimento do brega e do carimbó, ritmos tradicionais do vale amazônico.[9]
Dialeto
A diferença mais marcante em relação á cultura da fonteira diz respeito ao seu modo de falar (ou dialeto). Devido a intensa migração de goianos, mineiros, maranhenses, paulistas, paranaenses e gaúchos, o dialeto local tornou-se uma mescla dos dialetos falados por cada um destes imigrantes.[10]
No meio acadêmico é conhecido por dialeto da serra amazônica[11] (em alusão à localização da fronteira agrícola, nas partes mais altas da amazônia) ou do arco do desflorestamento. Este dialeto é muito próximo dos dialetos nordestino, caipira e sertanejo, e muito diferente daquele falado no restante da amazônia (amazofonia).[10]
Ver também
- Bancada ruralista
- Desmatamento no Brasil
- Incêndios florestais no Brasil em 2019
- MATOPIBA
- Problemas ambientais do Brasil
Referências
- ↑ «A vida na fronteira agrícola da Amazônia». Revista Época
- ↑ «Avanço da fronteira agrícola na Amazônia: impactos ambientais sob o ponto de vista climático» (PDF). Universidade Federal Rural da Amazônia
- ↑ DOMINGUES, Mariana Soares; BERMANN, Célio (2012). «O arco de desflorestamento na Amazônia: da pecuária à soja». São Paulo: Ambiente & Sociedade/Scielo
- ↑ MANZATTO, Celso Vainer; FREITAS Junior, Elias de; PERES, José Roberto Rodrigues (2002). «Uso Agrícola dos Solos Brasileiros» (PDF). Rio de Janeiro: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA. p. 18
- ↑ «A expansão da fronteira agrícola» (PDF). O Eco
- ↑ «A proteína do campo». Veja Online
- ↑ «Uma miragem amazônica». Veja Online
- ↑ «Árvores por gado». revista Educação/UOL
- ↑ «Artistas aproveitam a explosão do gênero em Marabá». Diário Online. 18 de dezembro de 2012. Consultado em 14 de maio de 2013. Arquivado do original em 28 de junho de 2013
- ↑ a b SILVA, Idelma Santiago da (2006). Fronteiras Culturais: alteridades de migrantes nordestinos e sulistas na região de Marabá. Marechal Cândido Rondon: Revista Espaço Plural - Unioeste
- ↑ BRITO, Heloíde Lima de; SANTOS, Mayra Suany Ferreira dos. (et. all.). Os Dialetos Paraenses. I Colóquio de Letras da FPA: Do Dialeto à Literatura Paraense: Conhecendo o Universo Linguístico-Literário Regional. Capanema: Faculdade Pan-Americana, 2010.
Bibliografia
- Domingues, Mariana Soares; Bermann, Célio (2012). «O arco de desflorestamento na Amazônia: da pecuária à soja». Ambiente & Sociedade. 15 (2): 1–22. ISSN 1414-753X. doi:10.1590/S1414-753X2012000200002
- Nepstad, Daniel; Moreira, Adriana G.; Alencar, Ane A. (1999). A floresta em chamas: origens, impactos e prevenção de fogo na Amazônia (PDF). Brasília: Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil. 172 páginas. ISBN 978-8587827074
- Sales, Gil Mendes; Pereira, Jorge Luis Gavina; Thalês, Marcelo Cordeiro; Poccard-Chapuis, René; Almeida, Arlete Silva de (3 de maio de 2019). «Emprego dos focos de calor na avaliação das queimadas e em incêndios florestais em Paragominas, Pará, Brasil». Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais. 14 (1): 55–77. ISSN 2317-6237. doi:10.1234/bcnaturais.v14i1.140. Consultado em 23 de agosto de 2019