Fronteira agrícola Amazônica: diferenças entre revisões

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* {{citar periódico| doi = 10.1234/bcnaturais.v14i1.140| issn = 2317-6237| volume = 14|número= 1|páginas= 55–77|último1 = Sales|primeiro1 = Gil Mendes|último2 = Pereira|primeiro2 = Jorge Luis Gavina|último3 = Thalês|primeiro3 = Marcelo Cordeiro|último4 = Poccard-Chapuis|primeiro4 = René|último5 = Almeida|primeiro5 = Arlete Silva de|título= Emprego dos focos de calor na avaliação das queimadas e em incêndios florestais em Paragominas, Pará, Brasil|periódico= Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi - Ciências Naturais|acessodata= 2019-08-23|data= 2019-05-03| url = https://boletimcn.museu-goeldi.br/bcnaturais/article/view/140}}
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Revisão das 08h14min de 24 de agosto de 2019

Região aproximada sob influência da fronteira agrícola Amazônica

A fronteira agrícola amazônica é uma área de ocupação e extensão de atividades ligadas à agropecuária na Amazônia legal brasileira. A fronteira abrange áreas do norte, nordeste e centro-oeste brasileiros.[1][2] Também é conhecida como arco do desflorestamento, em função da intensa atividade predatória na região.[3][4]

Embora sua característica fortemente econômica, a fronteira influenciou os mais diversos fatores sociais, demográficos, políticos e até mesmo culturais.[5]

Ocupação

A ocupação da fronteira agrícola Amazônica começou historicamente com a abertura da rodovia Belém-Brasília. Esta foi a primeira via rodoviária de ocupação da região. Ao lado da rodovia pequenos agricultores foram paulatinamente se assentando e ocupando porções de terra. Aos poucos os primeiros núcleos urbanos foram surgindo, dando os contornos da atual ocupação.[carece de fontes?]

Os marcos históricos maiores da ocupação da fronteira agrícola Amazônica se deram com a instalação das demais rodovias na década de 1970: a Transamazônica, Cuiabá-Santarém e Cuiabá-Porto Velho. Neste período iniciou-se um intenso processo de migração de sulistas e nordestinos para a região amazônica. Em pouco tempo as áreas adjacentes destas rodovias estavam densamente povoadas.[carece de fontes?]

Características econômicas

A fronteira inicialmente centrava-se numa economia de pequena lavoura e de extração e venda de madeira não processada. A extração e venda da "madeira em tora" foi a principal atividade econômica da região por mais de duas décadas, até quase a exaustão dos recursos vegetais na região. Verdadeiras cadeias industriais e cidades surgiram da atividade madeireira. Atualmente toda a cadeia da madeira está estagnada, reservando-se a uns poucos locais de extração e beneficiamento.[carece de fontes?]

Na década de 1990 migra para a fronteira as atividades ligadas ao plantio em larga escala (agrobusiness) de soja e milho. A ocupação da fronteira pela soja e pelo milho deu novos contornos a região, que passou a receber grandes investimentos em logística e relativa oferta de capitais.[6]

Paralelamente a extração madeireira e ao plantio de soja e milho, a atividade pecuária cresce de forma vertiginosa na região Amazônica, acompanhando pari passu a expansão da fronteira agrícola. A região chega a ser conhecida por ter "mais cabeças de gado que pessoas".[7][8]

Fatores culturais

A fronteira agrícola amazônica influenciou não somente em fatores demográficos ou econômicos, mas também deixou uma forte e distintiva marca em questões culturais. O exemplo disto é a singular diferença que há entre os costumes de vestimenta, música, dialeto, culinária e visão de espaço e tempo entre as principais capitais da região, Manaus e Belém, e a região da fronteira agrícola amazônica.[carece de fontes?]

Em fatores musicais por exemplo, há uma clara preferência por ritmos como o forró e o sertanejo em detrimento do brega e do carimbó, ritmos tradicionais do vale amazônico.[9]

Dialeto

Ver artigo principal: Dialeto da serra amazônica

A diferença mais marcante em relação á cultura da fonteira diz respeito ao seu modo de falar (ou dialeto). Devido a intensa migração de goianos, mineiros, maranhenses, paulistas, paranaenses e gaúchos, o dialeto local tornou-se uma mescla dos dialetos falados por cada um destes imigrantes.[10]

No meio acadêmico é conhecido por dialeto da serra amazônica[11] (em alusão à localização da fronteira agrícola, nas partes mais altas da amazônia) ou do arco do desflorestamento. Este dialeto é muito próximo dos dialetos nordestino, caipira e sertanejo, e muito diferente daquele falado no restante da amazônia (amazofonia).[10]

Ver também

Referências

  1. «A vida na fronteira agrícola da Amazônia». Revista Época 
  2. «Avanço da fronteira agrícola na Amazônia: impactos ambientais sob o ponto de vista climático» (PDF). Universidade Federal Rural da Amazônia 
  3. DOMINGUES, Mariana Soares; BERMANN, Célio (2012). «O arco de desflorestamento na Amazônia: da pecuária à soja». São Paulo: Ambiente & Sociedade/Scielo 
  4. MANZATTO, Celso Vainer; FREITAS Junior, Elias de; PERES, José Roberto Rodrigues (2002). «Uso Agrícola dos Solos Brasileiros» (PDF). Rio de Janeiro: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA. p. 18 
  5. «A expansão da fronteira agrícola» (PDF). O Eco 
  6. «A proteína do campo». Veja Online 
  7. «Uma miragem amazônica». Veja Online 
  8. «Árvores por gado». revista Educação/UOL 
  9. «Artistas aproveitam a explosão do gênero em Marabá». Diário Online. 18 de dezembro de 2012. Consultado em 14 de maio de 2013. Arquivado do original em 28 de junho de 2013 
  10. a b SILVA, Idelma Santiago da (2006). Fronteiras Culturais: alteridades de migrantes nordestinos e sulistas na região de Marabá. Marechal Cândido Rondon: Revista Espaço Plural - Unioeste 
  11. BRITO, Heloíde Lima de; SANTOS, Mayra Suany Ferreira dos. (et. all.). Os Dialetos Paraenses. I Colóquio de Letras da FPA: Do Dialeto à Literatura Paraense: Conhecendo o Universo Linguístico-Literário Regional. Capanema: Faculdade Pan-Americana, 2010.

Bibliografia

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