Rede trófica: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 10: Linha 10:


As teias tróficas possuem, ainda, outros atributos essenciais para sua caracterização. O número de espécies (chamado de riqueza de espécies) dentro de uma teia trófica irá definir seu tamanho enquanto a capacidade da comunidade de resistir a quaisquer distúrbios externos é definido como estabilidade. Algumas espécies, denominadas [[Espécie-chave|espécies-chave]], são essenciais para a manutenção desta estabilidade – sua retirada levaria o ecossistema ao colapso. Além dos efeitos diretos na relação consumidor-recurso, a estruturação de teias tróficas pode nos fornecer informações importantes sobre os efeitos indiretos que a retirada ou superpopulação de uma espécie causaria no sistema como um todo.
As teias tróficas possuem, ainda, outros atributos essenciais para sua caracterização. O número de espécies (chamado de riqueza de espécies) dentro de uma teia trófica irá definir seu tamanho enquanto a capacidade da comunidade de resistir a quaisquer distúrbios externos é definido como estabilidade. Algumas espécies, denominadas [[Espécie-chave|espécies-chave]], são essenciais para a manutenção desta estabilidade – sua retirada levaria o ecossistema ao colapso. Além dos efeitos diretos na relação consumidor-recurso, a estruturação de teias tróficas pode nos fornecer informações importantes sobre os efeitos indiretos que a retirada ou superpopulação de uma espécie causaria no sistema como um todo.

Em suma, teias tróficas buscam ilustrar a estrutura alimentar em um [[ecossistema]]. De maneira análoga à [[biologia celular]], em que a estrutura determina a função<ref>{{Citar periódico |titulo=Molecular biology of the cell, 3rd ed., by Alberts et al., Garland Publishing, New York, 1994, 1,294 pp + glossary & index, $59.95. |url=http://dx.doi.org/10.1002/mrd.1080380418 |jornal=Molecular Reproduction and Development |data=1994-08 |issn=1040-452X |paginas=459–459 |numero=4 |acessodata=2020-09-18 |doi=10.1002/mrd.1080380418}}</ref>, a estrutura das relações alimentares de uma comunidade está diretamente atrelada às funções do ecossistema ao qual pertence<ref>{{Citar periódico |titulo=Food webs |url=http://dx.doi.org/10.1007/978-94-009-5925-5_1 |publicado=Springer Netherlands |data=1982 |local=Dordrecht |isbn=978-94-009-5927-9 |paginas=1–11 |acessodata=2020-09-18 |primeiro=Stuart L. |ultimo=Pimm}}</ref>.


{{referências}}
{{referências}}

Revisão das 12h22min de 19 de setembro de 2020

Uma rede trófica aquática de água doce e terrestre.

Rede ou teia trófica é a interligação natural de cadeias alimentares e, geralmente, uma representação gráfica das relações predatórias em uma comunidade ecológica. Os ecologistas em geral, podem agrupar todas as formas de vida em uma das duas categorias chamadas níveis tróficos: 1) a autotróficos e 2) o heterotróficos. Para manter seus corpos, crescer, desenvolver e reproduzir, os autótrofos produzem matéria orgânica a partir de substâncias inorgânicas, como minerais e gases, como o dióxido de carbono. Estas reações químicas necessitam de energia, que vem principalmente do Sol e, em grande parte por meio da fotossíntese, embora uma pequena quantidade venha de fontes hidrotermais e fontes termais.[1][2]

Existe um gradiente entre os níveis tróficos correndo de autótrofos completos, que obtêm sua única fonte de carbono da atmosfera, aos mixotrópicos (tais como plantas carnívoras), que são organismos autotróficos que obtêm parcialmente matéria orgânica a partir de outras fontes que não a atmosfera, até os heterotróficos completos, que se alimentam para obter matéria orgânica. As ligações em uma rede trófica ilustram as vias de alimentação, tais como onde heterotróficos obtêm matéria orgânica se alimentando de autótrofos e outros heterotróficos. A teia alimentar é uma ilustração simplificada dos vários métodos de alimentação que ligam um ecossistema em um sistema unificado. Existem diferentes tipos de relações de alimentação que podem ser divididas em herbívoros, carnívoros, detritívoros e parasitas. Algumas das matérias orgânicas consumidas por heterotróficos, tais como açúcares, fornecem energia. Os autótrofos e os heterótrofos existem em todos os tamanhos, de seres microscópicos a seres com muitas toneladas, como de cianobactérias a sequoias-gigantes.

O que são?

Teias tróficas são representações das diversas relações alimentares (ou cadeias alimentares) entre organismos de uma comunidade. Tratam-se de esquemas visuais, seja uma matriz de interações ou um grafo, que apresentam relações consumidor-recurso[3] e ilustram o fluxo de energia e matéria dentro de uma comunidade biológica. Mesmo as mais simples comunidades biológicas possuem um alto grau de complexidade e de número de espécies. Por esta razão, a fim de melhor caracterizar as comunidades, diferentes espécies são classificadas em relação a sua posição na cadeia alimentar: os níveis tróficos[4].

As teias tróficas possuem, ainda, outros atributos essenciais para sua caracterização. O número de espécies (chamado de riqueza de espécies) dentro de uma teia trófica irá definir seu tamanho enquanto a capacidade da comunidade de resistir a quaisquer distúrbios externos é definido como estabilidade. Algumas espécies, denominadas espécies-chave, são essenciais para a manutenção desta estabilidade – sua retirada levaria o ecossistema ao colapso. Além dos efeitos diretos na relação consumidor-recurso, a estruturação de teias tróficas pode nos fornecer informações importantes sobre os efeitos indiretos que a retirada ou superpopulação de uma espécie causaria no sistema como um todo.

Em suma, teias tróficas buscam ilustrar a estrutura alimentar em um ecossistema. De maneira análoga à biologia celular, em que a estrutura determina a função[5], a estrutura das relações alimentares de uma comunidade está diretamente atrelada às funções do ecossistema ao qual pertence[6].

Referências

  1. Kormondy, E. J. (1996). Concepts of ecology 4th ed. New Jersey: Prentice-Hall. p. 559. ISBN 0-13-478116-3 
  2. Proulx, S. R.; Promislow, D. E. L.; Phillips, P. C. (2005). «Network thinking in ecology and evolution» (PDF). Trends in Ecology and Evolution. 20 (6): 345–353. PMID 16701391. doi:10.1016/j.tree.2005.04.004. Consultado em 1 de abril de 2015. Arquivado do original (PDF) em 15 de agosto de 2011 
  3. Giacomini, Henrique Corrêa; De Marco, Paulo; Petrere, Miguel (janeiro de 2009). «Exploring community assembly through an individual-based model for trophic interactions». Ecological Modelling (1): 23–39. ISSN 0304-3800. doi:10.1016/j.ecolmodel.2008.09.005. Consultado em 18 de setembro de 2020 
  4. Ricklefs, Robert E. (2000). A economia da natureza (6a. ed.). [S.l.]: Grupo Gen - Guanabara Koogan. OCLC 923760511 
  5. «Molecular biology of the cell, 3rd ed., by Alberts et al., Garland Publishing, New York, 1994, 1,294 pp + glossary & index, $59.95.». Molecular Reproduction and Development (4): 459–459. Agosto de 1994. ISSN 1040-452X. doi:10.1002/mrd.1080380418. Consultado em 18 de setembro de 2020 
  6. Pimm, Stuart L. (1982). «Food webs». Dordrecht: Springer Netherlands: 1–11. ISBN 978-94-009-5927-9. Consultado em 18 de setembro de 2020 
Ícone de esboço Este artigo sobre Biologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.