Usina Hidrelétrica de Balbina: diferenças entre revisões
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A barragem foi criada para fornecer eletricidade renovável à cidade de [[Manaus]], mas foi considerada um projeto controverso pelos moradores locais desde o início, devido à perda da floresta e ao deslocamento do território das casas das famílias tradicionais. Cerca de 2.928,5 quilômetros quadrados de terras anteriormente ocupadas pelos índios [[Waimiri-Atroari]] foram removidos e inundados. |
A barragem foi criada para fornecer eletricidade renovável à cidade de [[Manaus]], mas foi considerada um projeto controverso pelos moradores locais desde o início, devido à perda da floresta e ao deslocamento do território das casas das famílias tradicionais. Cerca de 2.928,5 quilômetros quadrados de terras anteriormente ocupadas pelos índios [[Waimiri-Atroari]] foram removidos e inundados.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www.construmaq.ind.br/wp-content/uploads/2011/03/EmissoesdeCO2edemetanopelosreservatorioshidreletricosbrasileiros.pdf |título=EMISSÕES DE DIÓXIDO DE CARBONO E DE METANO PELOS RESERVATÓRIOS HIDRELÉTRICOS BRASILEIROS |data=2002 |acessodata= |publicado=Ministério da Ciência e Tecnologia |editor-sobrenome=Rosa |editor-nome=Luiz Pinguelli |editor-link=Luiz Pinguelli Rosa |local=Brasília |citacao=p. 65.}}</ref> |
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A barragem também foi criticada por seus caros custos de construção e manutenção, além da quantidade de energia gerada em relação ao tamanho da enchente. Como resultado, o metano liberado de seu vasto reservatório, proporcional à sua produção, a barragem de Balbina emite mais gases de efeito estufa do que a maioria das usinas a carvão, principalmente porque sua área inundada não foi desmatada. A barragem é uma das menos eficientes do Brasil em termos de área inundada para cada megawatt gerado.<ref>{{citar web|url=http://www.revistameioambiente.com.br/2007/11/07/usina-de-balbina-e-dez-vezes-pior-para-efeito-estufa-que-termeletrica-estima-pesquisador/|título=Usina de Balbina é dez vezes pior para efeito estufa que termelétrica, estima pesquisador - Revista Meio Ambiente|primeiro =Victor|último =Tagore|publicado=}}</ref> |
A barragem também foi criticada por seus caros custos de construção e manutenção, além da quantidade de energia gerada em relação ao tamanho da enchente. Como resultado, o metano liberado de seu vasto reservatório, proporcional à sua produção, a barragem de Balbina emite mais gases de efeito estufa do que a maioria das usinas a carvão, principalmente porque sua área inundada não foi desmatada. A barragem é uma das menos eficientes do Brasil em termos de área inundada para cada megawatt gerado.<ref>{{citar web|url=http://www.revistameioambiente.com.br/2007/11/07/usina-de-balbina-e-dez-vezes-pior-para-efeito-estufa-que-termeletrica-estima-pesquisador/|título=Usina de Balbina é dez vezes pior para efeito estufa que termelétrica, estima pesquisador - Revista Meio Ambiente|primeiro =Victor|último =Tagore|publicado=}}</ref> |
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==Políticas de conservação== |
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Os ecossistemas lacustres e insulares formados pela barragem são protegidos pela Reserva Biológica do Uatumã de 938.720 hectares, uma unidade de conservação estritamente protegida criada em 2002. O litoral oeste é protegido pela Área de Proteção Ambiental Caverna do Maroaga de 374.700 hectares,<ref>{{Citar web |url=https://uc.socioambiental.org/pt-br/arp/790|título=Área de Proteção Ambiental Caverna do Maroaga (Presidente Figueiredo)|língua=|autor=uc.socioambiental.org|obra=|data=|acessodata=2019-09-04}}</ref> criada em 1990. A jusante da barragem, o [[Rio Uatumã]] atravessa a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã de 424.430 hectares, criada em 2004. A barragem regula a vazão do rio através da reserva e reduz as enchentes sazonais.<ref>{{Citar web |url=https://idesam.org/rds-do-uatuma/|título=RDS DO UATUMÃ|autor=IDESAM|obra=|data=|acessodata=2019-09-04}}</ref> |
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Revisão das 23h01min de 7 de outubro de 2020
Usina Hidrelétrica de Balbina | |
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Entrada da Usina | |
Localização | |
Localização | Presidente Figueiredo / AM |
Rio | Uatumã |
Coordenadas | 1° 54′ 56,7″ S, 59° 28′ 25″ O |
Dados gerais | |
Proprietário | Eletrobras Amazonas GT |
Período de construção | 1985-1989 |
Data de inauguração | 1989 (35 anos) |
Características | |
Tipo | barragem, usina hidrelétrica |
Altura | 51,00 m |
Reservatório | |
Área alagada | 2360 km² |
Capacidade de geração | 250 MW |
A Usina Hidrelétrica de Balbina é uma hidrelétrica no rio Uatumã, localizada na parte nordeste do Estado do Amazonas. A localização fica sob a jurisdição do município de Presidente Figueiredo.
Estrutura
A barragem de Balbina foi construída de 1985 a 1989 e atualmente é administrada pela Eletrobras Amazonas GT. O primeiro de cinco geradores entrou em operação em fevereiro de 1989. A barragem tem capacidade instalada de 250 megawatts e inunda uma área de 2.360 quilômetros quadrados.[1][fonte confiável?]
Controvérsias
A barragem foi criada para fornecer eletricidade renovável à cidade de Manaus, mas foi considerada um projeto controverso pelos moradores locais desde o início, devido à perda da floresta e ao deslocamento do território das casas das famílias tradicionais. Cerca de 2.928,5 quilômetros quadrados de terras anteriormente ocupadas pelos índios Waimiri-Atroari foram removidos e inundados.[2]
A barragem também foi criticada por seus caros custos de construção e manutenção, além da quantidade de energia gerada em relação ao tamanho da enchente. Como resultado, o metano liberado de seu vasto reservatório, proporcional à sua produção, a barragem de Balbina emite mais gases de efeito estufa do que a maioria das usinas a carvão, principalmente porque sua área inundada não foi desmatada. A barragem é uma das menos eficientes do Brasil em termos de área inundada para cada megawatt gerado.[3]
Políticas de conservação
Os ecossistemas lacustres e insulares formados pela barragem são protegidos pela Reserva Biológica do Uatumã de 938.720 hectares, uma unidade de conservação estritamente protegida criada em 2002. O litoral oeste é protegido pela Área de Proteção Ambiental Caverna do Maroaga de 374.700 hectares,[4] criada em 1990. A jusante da barragem, o Rio Uatumã atravessa a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã de 424.430 hectares, criada em 2004. A barragem regula a vazão do rio através da reserva e reduz as enchentes sazonais.[5]
Ver também
Referências
- ↑ «Usina hidrelétrica de Balbina». 28 de maio de 2010
- ↑ Rosa, Luiz Pinguelli, ed. (2002). «EMISSÕES DE DIÓXIDO DE CARBONO E DE METANO PELOS RESERVATÓRIOS HIDRELÉTRICOS BRASILEIROS» (PDF). Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia.
p. 65.
- ↑ Tagore, Victor. «Usina de Balbina é dez vezes pior para efeito estufa que termelétrica, estima pesquisador - Revista Meio Ambiente»
- ↑ uc.socioambiental.org. «Área de Proteção Ambiental Caverna do Maroaga (Presidente Figueiredo)». Consultado em 4 de setembro de 2019
- ↑ IDESAM. «RDS DO UATUMû. Consultado em 4 de setembro de 2019
Bibliografia
- Benchimol, Maíra; Peres, Carlos A. (2015). «Widespread Forest Vertebrate Extinctions Induced by a Mega Hydroelectric Dam in Lowland Amazonia». PLOS ONE (em inglês) (7): e0129818. ISSN 1932-6203. PMID 26132139. doi:10.1371/journal.pone.0129818
- Fonseca, Vandré (2015). «Biodiversidade ilhada sucumbe em lagos de hidrelétricas». ((o))eco. Consultado em 7 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 6 de outubro de 2017