Saltar para o conteúdo

Usina Hidrelétrica de Balbina: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
traduzindo nome/parâmetro nas citações, outros ajustes usando script, Foram preenchidas 2 referências com reFill () +correções semiautomáticas (v0.57/3.1.56/)
wkfs + bibliografia e predefs
Linha 16: Linha 16:
|dono = [[Eletrobras Amazonas GT]]
|dono = [[Eletrobras Amazonas GT]]
}}
}}
A '''Usina Hidrelétrica de Balbina''' é uma [[Usina hidrelétrica|hidrelétrica]] no rio [[Rio Uatumã|Uatumã]], localizada na parte nordeste do Estado do [[Amazonas]]. A localização fica sob a jurisdição do município de [[Presidente Figueiredo]].


'''Usina Hidrelétrica de Balbina''' é uma hidrelétrica no rio Uatumã, localizada na parte nordeste do Estado do Amazonas. A localização fica sob a jurisdição do município de [[Presidente Figueiredo]].
==Estrutura==
==Estrutura==
A barragem de Balbina foi construída de 1985 a 1989 e atualmente é administrada pela [[Eletrobras Amazonas GT]]. O primeiro de cinco geradores entrou em operação em fevereiro de 1989. A barragem tem capacidade instalada de 250 megawatts e inunda uma área de 2.360 quilômetros quadrados.<ref>{{Citar web |url=http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo2B/Hidraulica/balbina.htm |título=Usina hidrelétrica de Balbina|língua=|autor=|obra=|data=28 de maio de 2010|acessodata=}}</ref>
A barragem de Balbina foi construída de 1985 a 1989 e atualmente é administrada pela [[Eletrobras Amazonas GT]]. O primeiro de cinco geradores entrou em operação em fevereiro de 1989. A barragem tem capacidade instalada de 250 [[Watt|megawatts]] e inunda uma área de 2.360 [[Metro quadrado|quilômetros]] quadrados.<ref>{{Citar web |url=http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo2B/Hidraulica/balbina.htm |título=Usina hidrelétrica de Balbina|língua=|autor=|obra=|data=28 de maio de 2010|acessodata=}}</ref>{{Verificar credibilidade|data=outubro de 2020}}
== Controvérsias ==
== Controvérsias ==
A barragem foi criada para fornecer eletricidade renovável à cidade de [[Manaus]], mas foi considerada um projeto controverso pelos moradores locais desde o início, devido à perda da floresta e ao deslocamento do território das casas das famílias tradicionais. Cerca de 2.928,5 quilômetros quadrados de terras anteriormente ocupadas pelos índios [[Waimiri-Atroari]] foram removidos e inundados.
A barragem foi criada para fornecer eletricidade renovável à cidade de [[Manaus]], mas foi considerada um projeto controverso pelos moradores locais desde o início, devido à perda da floresta e ao deslocamento do território das casas das famílias tradicionais. Cerca de 2.928,5 quilômetros quadrados de terras anteriormente ocupadas pelos índios [[Waimiri-Atroari]] foram removidos e inundados.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www.construmaq.ind.br/wp-content/uploads/2011/03/EmissoesdeCO2edemetanopelosreservatorioshidreletricosbrasileiros.pdf |título=EMISSÕES DE DIÓXIDO DE CARBONO E DE METANO PELOS RESERVATÓRIOS HIDRELÉTRICOS BRASILEIROS |data=2002 |acessodata= |publicado=Ministério da Ciência e Tecnologia |editor-sobrenome=Rosa |editor-nome=Luiz Pinguelli |editor-link=Luiz Pinguelli Rosa |local=Brasília |citacao=p. 65.}}</ref>

<ref>{{citar web|url=http://www.construmaq.ind.br/wp-content/uploads/2011/03/EmissoesdeCO2edemetanopelosreservatorioshidreletricosbrasileiros.pdf|título=RELATÓRIOS DE REFERÊNCIA p. 65.|publicado=}}</ref>
A barragem também foi criticada por seus caros custos de construção e manutenção, além da quantidade de energia gerada em relação ao tamanho da enchente. Como resultado, o metano liberado de seu vasto reservatório, proporcional à sua produção, a barragem de Balbina emite mais gases de efeito estufa do que a maioria das usinas a carvão, principalmente porque sua área inundada não foi desmatada. A barragem é uma das menos eficientes do Brasil em termos de área inundada para cada megawatt gerado.<ref>{{citar web|url=http://www.revistameioambiente.com.br/2007/11/07/usina-de-balbina-e-dez-vezes-pior-para-efeito-estufa-que-termeletrica-estima-pesquisador/|título=Usina de Balbina é dez vezes pior para efeito estufa que termelétrica, estima pesquisador - Revista Meio Ambiente|primeiro =Victor|último =Tagore|publicado=}}</ref>
A barragem também foi criticada por seus caros custos de construção e manutenção, além da quantidade de energia gerada em relação ao tamanho da enchente. Como resultado, o metano liberado de seu vasto reservatório, proporcional à sua produção, a barragem de Balbina emite mais gases de efeito estufa do que a maioria das usinas a carvão, principalmente porque sua área inundada não foi desmatada. A barragem é uma das menos eficientes do Brasil em termos de área inundada para cada megawatt gerado.<ref>{{citar web|url=http://www.revistameioambiente.com.br/2007/11/07/usina-de-balbina-e-dez-vezes-pior-para-efeito-estufa-que-termeletrica-estima-pesquisador/|título=Usina de Balbina é dez vezes pior para efeito estufa que termelétrica, estima pesquisador - Revista Meio Ambiente|primeiro =Victor|último =Tagore|publicado=}}</ref>

==Políticas de conservação==
==Políticas de conservação==
Os ecossistemas lacustres e insulares formados pela barragem são protegidos pela Reserva Biológica do Uatumã de 938.720 hectares, uma unidade de conservação estritamente protegida criada em 2002. O litoral oeste é protegido pela Área de Proteção Ambiental Caverna do Maroaga de 374.700 hectares,<ref>{{Citar web |url=https://uc.socioambiental.org/pt-br/arp/790|título=Área de Proteção Ambiental Caverna do Maroaga (Presidente Figueiredo)|língua=|autor=uc.socioambiental.org|obra=|data=|acessodata=2019-09-04}}</ref> criada em 1990. A jusante da barragem, o [[Rio Uatumã]] atravessa a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã de 424.430 hectares, criada em 2004. A barragem regula a vazão do rio através da reserva e reduz as enchentes sazonais.<ref>{{Citar web |url=https://idesam.org/rds-do-uatuma/|título=RDS DO UATUMÃ|autor=IDESAM|obra=|data=|acessodata=2019-09-04}}</ref>
Os ecossistemas lacustres e insulares formados pela barragem são protegidos pela [[Reserva Biológica do Uatumã]] de 938.720 hectares, uma unidade de conservação estritamente protegida criada em 2002. O litoral oeste é protegido pela [[Área de Proteção Ambiental Caverna do Maroaga]] de 374.700 hectares,<ref>{{Citar web |url=https://uc.socioambiental.org/pt-br/arp/790|título=Área de Proteção Ambiental Caverna do Maroaga (Presidente Figueiredo)|língua=|autor=uc.socioambiental.org|obra=|data=|acessodata=2019-09-04}}</ref> criada em 1990. A jusante da barragem, o [[Rio Uatumã]] atravessa a [[Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã]] de 424.430 hectares, criada em 2004. A barragem regula a vazão do rio através da reserva e reduz as enchentes sazonais.<ref>{{Citar web |url=https://idesam.org/rds-do-uatuma/|título=RDS DO UATUMÃ|autor=IDESAM|obra=|data=|acessodata=2019-09-04}}</ref>


== Ver também ==
== Ver também ==
Linha 34: Linha 35:
{{Referências}}
{{Referências}}


== Bibliografia ==
{{Portal3|Amazonas}}
* {{Citar periódico |titulo=Widespread Forest Vertebrate Extinctions Induced by a Mega Hydroelectric Dam in Lowland Amazonia |url=https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0129818 |jornal=PLOS ONE |data=2015 |issn=1932-6203 |paginas=e0129818 |pmid=26132139 |numero=7 |doi=10.1371/journal.pone.0129818 |lingua=en |primeiro=Maíra |ultimo=Benchimol |primeiro2=Carlos A. |ultimo2=Peres |publicado=}}
* {{Citar web |ultimo=Fonseca |primeiro=Vandré |url=https://www.oeco.org.br/noticias/29210-biodiversidade-ilhada-sucumbe-em-lagos-de-hidreletricas/ |titulo=Biodiversidade ilhada sucumbe em lagos de hidrelétricas |data=2015 |acessodata=2020-10-07 |website=((o))eco |wayb=20171006181456}}


{{Portal3|Amazonas|Brasil|Ambiente|Engenharia|Extinção}}

{{Controle de autoridade}}
{{DEFAULTSORT:Usina Hidreletrica Balbina}}
{{DEFAULTSORT:Usina Hidreletrica Balbina}}

[[Categoria:Usinas hidrelétricas do Amazonas|Balbina]]
[[Categoria:Usinas hidrelétricas do Amazonas|Balbina]]

[[Categoria:Economia de Presidente Figueiredo]]
[[Categoria:Economia de Presidente Figueiredo]]

Revisão das 23h01min de 7 de outubro de 2020

Usina Hidrelétrica de Balbina

Entrada da Usina
Localização
Localização Presidente Figueiredo / AM
Rio Uatumã
Coordenadas 1° 54′ 56,7″ S, 59° 28′ 25″ O
Dados gerais
Proprietário Eletrobras Amazonas GT
Período de construção 1985-1989
Data de inauguração 1989 (35 anos)
Características
Tipo barragem, usina hidrelétrica
Altura 51,00 m
Reservatório
Área alagada 2360 km²
Capacidade de geração 250 MW

A Usina Hidrelétrica de Balbina é uma hidrelétrica no rio Uatumã, localizada na parte nordeste do Estado do Amazonas. A localização fica sob a jurisdição do município de Presidente Figueiredo.

Estrutura

A barragem de Balbina foi construída de 1985 a 1989 e atualmente é administrada pela Eletrobras Amazonas GT. O primeiro de cinco geradores entrou em operação em fevereiro de 1989. A barragem tem capacidade instalada de 250 megawatts e inunda uma área de 2.360 quilômetros quadrados.[1][fonte confiável?]

Controvérsias

A barragem foi criada para fornecer eletricidade renovável à cidade de Manaus, mas foi considerada um projeto controverso pelos moradores locais desde o início, devido à perda da floresta e ao deslocamento do território das casas das famílias tradicionais. Cerca de 2.928,5 quilômetros quadrados de terras anteriormente ocupadas pelos índios Waimiri-Atroari foram removidos e inundados.[2]

A barragem também foi criticada por seus caros custos de construção e manutenção, além da quantidade de energia gerada em relação ao tamanho da enchente. Como resultado, o metano liberado de seu vasto reservatório, proporcional à sua produção, a barragem de Balbina emite mais gases de efeito estufa do que a maioria das usinas a carvão, principalmente porque sua área inundada não foi desmatada. A barragem é uma das menos eficientes do Brasil em termos de área inundada para cada megawatt gerado.[3]

Políticas de conservação

Os ecossistemas lacustres e insulares formados pela barragem são protegidos pela Reserva Biológica do Uatumã de 938.720 hectares, uma unidade de conservação estritamente protegida criada em 2002. O litoral oeste é protegido pela Área de Proteção Ambiental Caverna do Maroaga de 374.700 hectares,[4] criada em 1990. A jusante da barragem, o Rio Uatumã atravessa a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã de 424.430 hectares, criada em 2004. A barragem regula a vazão do rio através da reserva e reduz as enchentes sazonais.[5]

Ver também

Referências

Bibliografia