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Rodrigues: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Rodrigues2.gif|thumb|150px|Armas da família Rodrigues]]
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'''Rodrigues''' é um [[sobrenome|apelido de família]] (sobrenome) da [[onomástica]] da [[língua portuguesa]]. A sua origem é [[Patronímico|patronímica]], significando "filho de [[Rodrigo (desambiguação)|Rodrigo]]"; o seu equivalente [[Língua castelhana|castelhano]] é ''Rodríguez''. Em [[Portugal]], conhecem-se três brasões diferentes relativos a este apelido. Estas 3 famílias suspeitam se que sejam descendentes de Rodrigo, sendo a principal destas famílias a "Rodrigues", ascendente à [[Nobreza]] da fidalguia da cota de armas, o que se sucedeu (família rica) particularmente com as três aludidas.


'''Rodrigues''' é um [[Sobrenome|apelido de família]] ([[sobrenome]]) da [[onomástica]] da [[língua portuguesa]]. Sua origem é [[Patronímico|patronímica]], significando "filho de Rodrigo". Seu equivalente em [[Língua castelhana|castelhano]] é "Rodríguez". Deriva do nome próprio "Rodrigo" tem sua origem no [[Visigodos|povo visigodo]], significando "poderosamente famoso", "famoso pela sua glória" ou "governante poderoso", "rei famoso", "rico em glória", composto pela união dos vocábulos '''''Hrod''''', que quer dizer “célebre” ou "famoso" e '''Ri''c''''' ''"glória", "glorioso"''. Surgiu do germânico antigo ''Hrodric'' e chegou a ''língua portuguesa'' através do [[latim]] ''Rodericus''. No [[português antigo]], o nome era escrito na forma "R''uderic"'' e "Rudric"''.'' Os Rodrigues predominam na [[Espanha]] e em [[Portugal]], tendo sido [[Morgado|senhores de Morgado]], [[Fidalgo|fidalgos]] da [[Casa Real Portuguesa|casa real]], [[Ultramar português|governadores ultramarinos]], [[Abade|abades]] e [[Cardeal|cardeais]]. Os Rodrigues começaram a chegar ao Brasil no período das [[Capitanias do Brasil|capitanias hereditárias]] e depois com os [[Estado do Brasil|governos gerais]].<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/27439935|título=Os judeus no Brasil.|ultimo=Solidonio.|primeiro=Leite,|data=1923|editora=J. Leite & cia|oclc=27439935}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.1590/s0104-87752012000100024 |titulo=Jerusalém colonial: judeus portugueses no Brasil holandês |data=2012-06 |acessodata=2021-12-07 |jornal=Varia Historia |número=47 |ultimo=Feitler |primeiro=Bruno |paginas=459–462 |doi=10.1590/s0104-87752012000100024 |issn=0104-8775}}</ref>

Em Portugal, são conhecidos três [[Brasão|brasões]] diferentes relativos a este apelido, ao menos 3 famílias suspeitam que sejam descendentes do [[Rodrigo|Rei Rodrigo]], último rei visigodo da [[Hispânia]] entre os anos 710 e 711 ([[século VIII]]). Também foi um dos sobrenomes adotados por [[Cristão-novo|Cristãos-novos]], [[Judeus em Portugal|Judeus portugueses]] forçadamente conversos ao [[Igreja Católica|católicismo]], estabelecidos no [[Brasil Colonial|Brasil colonial]], para escapar da intolerância religiosa e das perseguições na [[Europa]]. Tendo sido adotado por estes justamente por ser classificado como um patronímico através da terminação "'''es'''", que era uma forma de identificar parentesco paterno, utilizada para dar a ideia de descendência, por volta do século XIV e XV começaram a surgir as primeiras famílias com este sobrenome, que tinham como [[Patriarcado|patriarca]] alguém com o nome de Rodrigo. Tanto na [[Reino Visigótico|península ibérica visigótica]] quanto em outras [[Países germânicos|culturas germânicas]], era comum formar o sobrenome de um indivíduo a partir do nome do pai. Inúmeras as famílias com origens diversas sem qualquer tipo de laço consanguíneo adotaram este sobrenome, bem como os [[judeus sefarditas]] também o fizeram, assim não levantando suspeitas por também ser utilizado por famílias de origem [[Cristão-velho|Cristã-velha]]. Durante o século XVIII, é mencionado mais de 130 vezes no Livro dos Culpados, onde eram escritos os nomes dos detidos pela inquisição sob a acusação de praticar o [[judaísmo]] tido como "crime inafiançável" à época. Conforme a leitura de processos identificados no [[Arquivo Nacional da Torre do Tombo]] em [[Lisboa]]. Em cada três portugueses que [[Imigração portuguesa no Brasil|imigraram para o Brasil]], em média um era de [[origem judaica]].<ref>{{Citar web|ultimo=admin|url=https://sobrenomes.genera.com.br/sobrenomes/rodrigues-rodriguez/|titulo=Rodrigues, Rodriguez – Sobre Nomes|acessodata=2021-12-07|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/608379978|título=Os Judeus em Portugal.|ultimo=Joaquim.|primeiro=Mendes dos Remedios,|data=1895|editora=F. França Amado|oclc=608379978}}</ref>


== Armas ==
== Armas ==

Revisão das 14h45min de 7 de dezembro de 2021

 Nota: Se procura a ilha do Oceano Índico, veja Rodrigues (ilha).
Armas da família Rodrigues


Rodrigues é um apelido de família (sobrenome) da onomástica da língua portuguesa. Sua origem é patronímica, significando "filho de Rodrigo". Seu equivalente em castelhano é "Rodríguez". Deriva do nome próprio "Rodrigo" tem sua origem no povo visigodo, significando "poderosamente famoso", "famoso pela sua glória" ou "governante poderoso", "rei famoso", "rico em glória", composto pela união dos vocábulos Hrod, que quer dizer “célebre” ou "famoso" e Ric "glória", "glorioso". Surgiu do germânico antigo Hrodric e chegou a língua portuguesa através do latim Rodericus. No português antigo, o nome era escrito na forma "Ruderic" e "Rudric". Os Rodrigues predominam na Espanha e em Portugal, tendo sido senhores de Morgado, fidalgos da casa real, governadores ultramarinos, abades e cardeais. Os Rodrigues começaram a chegar ao Brasil no período das capitanias hereditárias e depois com os governos gerais.[1][2]

Em Portugal, são conhecidos três brasões diferentes relativos a este apelido, ao menos 3 famílias suspeitam que sejam descendentes do Rei Rodrigo, último rei visigodo da Hispânia entre os anos 710 e 711 (século VIII). Também foi um dos sobrenomes adotados por Cristãos-novos, Judeus portugueses forçadamente conversos ao católicismo, estabelecidos no Brasil colonial, para escapar da intolerância religiosa e das perseguições na Europa. Tendo sido adotado por estes justamente por ser classificado como um patronímico através da terminação "es", que era uma forma de identificar parentesco paterno, utilizada para dar a ideia de descendência, por volta do século XIV e XV começaram a surgir as primeiras famílias com este sobrenome, que tinham como patriarca alguém com o nome de Rodrigo. Tanto na península ibérica visigótica quanto em outras culturas germânicas, era comum formar o sobrenome de um indivíduo a partir do nome do pai. Inúmeras as famílias com origens diversas sem qualquer tipo de laço consanguíneo adotaram este sobrenome, bem como os judeus sefarditas também o fizeram, assim não levantando suspeitas por também ser utilizado por famílias de origem Cristã-velha. Durante o século XVIII, é mencionado mais de 130 vezes no Livro dos Culpados, onde eram escritos os nomes dos detidos pela inquisição sob a acusação de praticar o judaísmo tido como "crime inafiançável" à época. Conforme a leitura de processos identificados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em Lisboa. Em cada três portugueses que imigraram para o Brasil, em média um era de origem judaica.[3][4]

Armas

  • Martim Rodrigues: de ouro, com 5 flores-de-lis e vazia de ouro; timbre: um leão de ouro nascente, carregado com a flor-de-lis do escudo na espádua.
  • André Rodrigues de Áustria: escudo partido, sendo o primeiro de ouro, meia águia bicéfala de negro, e o segundo de vermelho, duas faixas de prata; timbre: uma cabeça e um pescoço de uma águia de negro, armada de ouro e lampassada de vermelho.
  • António Rodrigues: escudo partido, sendo o primeiro de negro, meia águia de ouro estendida, e o segundo de prata, uma faixa de vermelho, acompanhada de duas pombas de púrpura, voantes, uma em chefe e outra em ponta; timbre: desconhecido.
  • Rodriguez de la Varillas: de ouro, 4 palas de vermelho; bordadura de azul, carregada de 8 cruzes, também potenteias de prata, cada cruz acantonada de 4 cruzetas também potenteias.

Referências

  1. Solidonio., Leite, (1923). Os judeus no Brasil. [S.l.]: J. Leite & cia. OCLC 27439935 
  2. Feitler, Bruno (junho de 2012). «Jerusalém colonial: judeus portugueses no Brasil holandês». Varia Historia (47): 459–462. ISSN 0104-8775. doi:10.1590/s0104-87752012000100024. Consultado em 7 de dezembro de 2021 
  3. admin. «Rodrigues, Rodriguez – Sobre Nomes». Consultado em 7 de dezembro de 2021 
  4. Joaquim., Mendes dos Remedios, (1895). Os Judeus em Portugal. [S.l.]: F. França Amado. OCLC 608379978 


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