Rosa Freire d'Aguiar: diferenças entre revisões
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'''Rosa Maria Freire d'Aguiar Furtado''' mais conhecida como '''Rosa Freire d'Aguiar''' (Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1948) é uma [[jornalista]] e [[tradutora]] brasileira. |
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'''Rosa Maria Freire d'Aguiar Furtado''' mais conhecida como '''Rosa Freire d'Aguiar''' (Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1948) é uma jornalista e tradutora brasileira. Foi correspondente internacional da revista [[Isto É]] e do [[Jornal da República]]. É autora de "Memórias de uma tradutora", publicado em 2004. É também fundadora e primeira Presidente Cultural, entre 2005 e 2009, do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, tendo permanecido em seu Conselho Deliberativo até 2012. Nesse período, ela organizou e tornou público o acervo de [[Celso Furtado]] na [[Biblioteca Celso Furtado]]. Se classificou em terceiro lugar no [[Prêmio Jabuti]] de 2009 na categoria "Tradução de obra literária francês-português" por seu trabalho de tradução do livro "A elegância do ouriço".<ref name="Premiados 2009 - Tradução de obra literária Francês-Português">{{citar web |título=Premiados 2009 - Tradução de obra literária Francês-Português |url=https://www.premiojabuti.com.br/premiados-por-edicao/premiacao/?ano=2009&categoria=3f7e0513-f82d-e811-a838-000d3ac085f9 |obra=[[Prêmio Jabuti]] |acessodata=4 de Julho de 2023}}</ref> |
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Em 1971, formou-se em Jornalismo na [[Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro]] - PUC-Rio. Entre 1971 e 1973 foi repórter e redatora das revistas [[Manchete (revista)|Manchete]], [[Fatos & Fotos|Fatos&Fotos]] e [[Pais&Filhos]] da Editora Bloch, no Rio de Janeiro. Em 1973, foi enviada para Paris e passou a ser correspondente internacional das revistas de [[Adolpho Bloch]]. |
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Entre 1977 e 1985, ainda em Paris, foi correspondente da revista [[Isto É]] e também do [[Jornal da República]]. Realizou um grande número de reportagens especiais na Europa, no Oriente Médio e na China. Elas incluem temas como: a redemocratização da Espanha, em Madri, 1975-1985; o exílio do Ayatolá Khomeiny e a [[Revolução Iraniana]], 1979-80; o Processo da Camarilha dos Quatro, em Pequim, em 1980; a devolução do deserto do Sinai ao Egito, em 1982; a [[Guerra do Líbano de 1982|Guerra do Líbano]], em 1982; o movimento pacifista na Alemanha, em 1983. |
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Das muitas personalidades entrevistadas por Rosa Freire, destacam-se: [[Georges Simenon]], [[Romain Gary]], [[Roland Barthes]], [[Julio Cortázar|Julio Cortazar]], [[Ernesto Sabato]], [[Rudolf Nureyev]], [[Eugène Ionesco]], [[Jorge Semprún]], [[Raymond Aron]] e [[Fernand Braudel]]. |
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Em 1979, conheceu o economista [[Celso Furtado]], no exílio desde 1964, que lecionada na [[Sorbonne|Universidade de Sorbonne]]. Com a redemocratização do Brasil, em 1985, o casal voltou para o Brasil e Celso Furtado foi convidado para assumir a missão junto à então [[Comunidade Económica Europeia|Comunidade Econômica Europeia]] (CEE), em Bruxelas. Neste momento, Rosa Freire deixou o jornalismo e passou a se dedicar ao mercado editorial. |
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Rosa Freire voltou ao Brasil em 1986, quando Celso Furtado assumiu o Ministério da Cultura<ref>{{Citar periódico |url=https://www.scielo.br/j/neco/a/t5ptdRWjktxQ4YNTnd8jxtC/ |título=Cultura e Desenvolvimento: 100 anos de Celso Furtado, um intelectual cosmopolita |data=2020-05-15 |acessodata=2023-07-05 |periódico=Nova Economia |ultimo=Paula |primeiro=João Antonio de |paginas=1075–1089 |lingua=pt |doi=10.1590/0103-6351/6110 |issn=0103-6351}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.scielo.br/j/nec/a/Mwy4PmfNJdWmX3QbzvjFWwd/?lang=pt |título=A cultura no pensamento (e na ação) de Celso Furtado: desenvolvimento, criatividade, tradição e inovação |data=2013-07 |acessodata=2023-07-05 |periódico=Novos estudos CEBRAP |ultimo=Kornis |primeiro=George |paginas=165–171 |lingua=pt |doi=10.1590/S0101-33002013000200012 |issn=0101-3300}}</ref>, e traduziu seu primeiro livro, para a editora Paz e Terra: ''O conde de Gobineau no Brasil,'' de Georges Raeders. A partir de 1991 até os dias atuais, traduziu e organizou mais de uma centena de livros, sobretudo para a Companhia das Letras e Editora Todavia. Pelo seu trabalho, recebeu diversos prêmios, dentre eles, da União Latina de Tradução Científica e Técnica, em 2001, pela tradução do livro "O universo, os deuses, os homens", de Jean-Pierre Vernant. Em 2009, recebeu o [[Prêmio Jabuti]] na categoria "Tradução de obra literária francês-português", pela tradução do livro "A elegância do ouriço", de Muriel Barbery. Em 2019, recebeu o Prêmio Paulo Rónai de Tradução, da Biblioteca Nacional, pelo livro "Bússola" de Mathias Énard.<ref>{{citar web|ultimo=Fundação Biblioteca Nacional|url=https://antigo.bn.gov.br/sites/default/files/documentos/institucionais/relatorio-gestao/ano-2019-6758.pdf|titulo=Relatório de Gestão 2019|data=2019}}</ref> |
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Como autora, além de inúmeros artigos, publicou o livro "Memórias de uma tradutora", pela editora Escritório do Livro<ref>{{citar livro|título=Memórias de uma tradutora|ultimo=Freire d'Aguiar|primeiro=Rosa|editora=Escritório do Livro|ano=2004|local=Rio de Janeiro|páginas=110}}</ref>, em 2004. Em 2019, publicou "Palavra puxa palavra: Uma homenagem aos 70 anos da saga O tempo e o vento" (Cia. das Letras), sua longa entrevista com Erico Verissimo, publicada originalmente na revista Manchete em 1973<ref>{{Citation|title="Minha entrevista com Érico Veríssimo" --com Rosa Freire d`Aguiar|url=https://www.youtube.com/watch?v=8VXCgwxtVVY|accessdate=2023-07-05|language=pt-BR}}</ref>. |
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Em julho de 2004, o então presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]] propôs a criação de um centro de pesquisa sobre desenvolvimento com homenagem a Celso Furtado<ref>{{Citar web|url=https://agencia.fapesp.br/pesquisas-pelo-desenvolvimento/1954/|titulo=Pesquisas pelo desenvolvimento|acessodata=2023-07-05|website=AGÊNCIA FAPESP|lingua=pt}}</ref>, que faleceu em 20 de novembro daquele ano.<ref>{{citar web|ultimo=Góes|primeiro=Francisco|ultimo2=Saavedra Durão|primeiro2=Vera|url=https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/457646/noticia.htm?sequence=1|titulo=Celso Furtado é sepultado no Rio de Janeiro|data=22/11/2004}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.camara.leg.br/noticias/56407-morte-de-celso-furtado-repercute-na-camara/|titulo=Morte de Celso Furtado repercute na Câmara - Notícias|acessodata=2023-07-05|website=Portal da Câmara dos Deputados|lingua=pt-br}}</ref> O processo de criação da organização culminou com a formação do [[Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento]] - Cicef em novembro de 2005, do qual Rosa Freire foi fundadora junto com intelectuais e políticos nacionais e internacionais. Entre 2005 e 2009 foi a primeira Presidente Cultural da associação, tendo permanecido em seu Conselho Deliberativo até 2012. Nesse período, ela organizou e tornou público o acervo de [[Celso Furtado]] na, então, [[Biblioteca Celso Furtado]]. Em 2019, doou o acervo bibliográfico e documental para o [[Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo|Instituto de Estudos Brasileiros]] - IEB, da [[Universidade de São Paulo]]. |
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* Prêmio Jabuti<ref name="Premiados 2009 - Tradução de obra literária Francês-Português" /> |
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* Prêmio Paulo Rónai da Biblioteca Nacional (2019) |
* Prêmio Paulo Rónai da Biblioteca Nacional (2019) |
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[[Categoria:Jornalistas do Brasil]] |
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[[Categoria:Correspondentes internacionais do Brasil]] |
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Revisão das 23h27min de 5 de julho de 2023
Rosa Freire d'Aguiar | |
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Nome completo | Rosa Maria Freire d'Aguiar Furtado |
Nascimento | 28 de agosto de 1948 (75 anos) Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileira |
Formação | Jornalismo |
Educação | Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro |
Cônjuge | Celso Furtado |
Trabalhos notáveis | Memórias de uma tradutora |
Rosa Maria Freire d'Aguiar Furtado mais conhecida como Rosa Freire d'Aguiar (Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1948) é uma jornalista e tradutora brasileira.
Em 1971, formou-se em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio. Entre 1971 e 1973 foi repórter e redatora das revistas Manchete, Fatos&Fotos e Pais&Filhos da Editora Bloch, no Rio de Janeiro. Em 1973, foi enviada para Paris e passou a ser correspondente internacional das revistas de Adolpho Bloch.
Entre 1977 e 1985, ainda em Paris, foi correspondente da revista Isto É e também do Jornal da República. Realizou um grande número de reportagens especiais na Europa, no Oriente Médio e na China. Elas incluem temas como: a redemocratização da Espanha, em Madri, 1975-1985; o exílio do Ayatolá Khomeiny e a Revolução Iraniana, 1979-80; o Processo da Camarilha dos Quatro, em Pequim, em 1980; a devolução do deserto do Sinai ao Egito, em 1982; a Guerra do Líbano, em 1982; o movimento pacifista na Alemanha, em 1983.
Das muitas personalidades entrevistadas por Rosa Freire, destacam-se: Georges Simenon, Romain Gary, Roland Barthes, Julio Cortazar, Ernesto Sabato, Rudolf Nureyev, Eugène Ionesco, Jorge Semprún, Raymond Aron e Fernand Braudel.
Em 1979, conheceu o economista Celso Furtado, no exílio desde 1964, que lecionada na Universidade de Sorbonne. Com a redemocratização do Brasil, em 1985, o casal voltou para o Brasil e Celso Furtado foi convidado para assumir a missão junto à então Comunidade Econômica Europeia (CEE), em Bruxelas. Neste momento, Rosa Freire deixou o jornalismo e passou a se dedicar ao mercado editorial.
Rosa Freire voltou ao Brasil em 1986, quando Celso Furtado assumiu o Ministério da Cultura[1][2], e traduziu seu primeiro livro, para a editora Paz e Terra: O conde de Gobineau no Brasil, de Georges Raeders. A partir de 1991 até os dias atuais, traduziu e organizou mais de uma centena de livros, sobretudo para a Companhia das Letras e Editora Todavia. Pelo seu trabalho, recebeu diversos prêmios, dentre eles, da União Latina de Tradução Científica e Técnica, em 2001, pela tradução do livro "O universo, os deuses, os homens", de Jean-Pierre Vernant. Em 2009, recebeu o Prêmio Jabuti na categoria "Tradução de obra literária francês-português", pela tradução do livro "A elegância do ouriço", de Muriel Barbery. Em 2019, recebeu o Prêmio Paulo Rónai de Tradução, da Biblioteca Nacional, pelo livro "Bússola" de Mathias Énard.[3]
Como autora, além de inúmeros artigos, publicou o livro "Memórias de uma tradutora", pela editora Escritório do Livro[4], em 2004. Em 2019, publicou "Palavra puxa palavra: Uma homenagem aos 70 anos da saga O tempo e o vento" (Cia. das Letras), sua longa entrevista com Erico Verissimo, publicada originalmente na revista Manchete em 1973[5].
Em julho de 2004, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a criação de um centro de pesquisa sobre desenvolvimento com homenagem a Celso Furtado[6], que faleceu em 20 de novembro daquele ano.[7][8] O processo de criação da organização culminou com a formação do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento - Cicef em novembro de 2005, do qual Rosa Freire foi fundadora junto com intelectuais e políticos nacionais e internacionais. Entre 2005 e 2009 foi a primeira Presidente Cultural da associação, tendo permanecido em seu Conselho Deliberativo até 2012. Nesse período, ela organizou e tornou público o acervo de Celso Furtado na, então, Biblioteca Celso Furtado. Em 2019, doou o acervo bibliográfico e documental para o Instituto de Estudos Brasileiros - IEB, da Universidade de São Paulo.
Prêmios
- União Latina de Tradução Científica e Técnica (2001)
- Prêmio Jabuti[9]
- Prêmio Paulo Rónai da Biblioteca Nacional (2019)
Referências
- ↑ Paula, João Antonio de (15 de maio de 2020). «Cultura e Desenvolvimento: 100 anos de Celso Furtado, um intelectual cosmopolita». Nova Economia: 1075–1089. ISSN 0103-6351. doi:10.1590/0103-6351/6110. Consultado em 5 de julho de 2023
- ↑ Kornis, George (julho de 2013). «A cultura no pensamento (e na ação) de Celso Furtado: desenvolvimento, criatividade, tradição e inovação». Novos estudos CEBRAP: 165–171. ISSN 0101-3300. doi:10.1590/S0101-33002013000200012. Consultado em 5 de julho de 2023
- ↑ Fundação Biblioteca Nacional (2019). «Relatório de Gestão 2019» (PDF)
- ↑ Freire d'Aguiar, Rosa (2004). Memórias de uma tradutora. Rio de Janeiro: Escritório do Livro. 110 páginas
- ↑ "Minha entrevista com Érico Veríssimo" --com Rosa Freire d`Aguiar, consultado em 5 de julho de 2023
- ↑ «Pesquisas pelo desenvolvimento». AGÊNCIA FAPESP. Consultado em 5 de julho de 2023
- ↑ Góes, Francisco; Saavedra Durão, Vera (22 de novembro de 2004). «Celso Furtado é sepultado no Rio de Janeiro»
- ↑ «Morte de Celso Furtado repercute na Câmara - Notícias». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 5 de julho de 2023
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
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inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomePremiados 2009 - Tradução de obra literária Francês-Português