Ouvido médio: diferenças entre revisões
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A perda auditiva inicia nas frequências baixas e, com a evolução, acomete as demais frequências e a via óssea. Com os limiares de via óssea comprometidos, o resultado do IRF (Índice de Reconhecimento de Fala) também apresentará uma porcentagem menor que 88%.<ref name=":42" /> |
A perda auditiva inicia nas frequências baixas e, com a evolução, acomete as demais frequências e a via óssea. Com os limiares de via óssea comprometidos, o resultado do IRF (Índice de Reconhecimento de Fala) também apresentará uma porcentagem menor que 88%.<ref name=":42" /> |
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=== <u><big>Barotrauma</big></u> === |
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{{Artigo principal|Barotrauma de ouvido médio}}Barotrauma é um desconforto na orelha que ocorre quando a pressão na orelha média não se ajusta adequadamente à pressão no canal auditivo externo. Essa condição é frequentemente experimentada durante atividades de mergulho e em situações em que as altitudes variam, devido à dificuldade em equilibrar a pressão entre o ambiente ao redor e o interior da [[Ouvido médio|orelha média]].<ref name=":2">{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.1007/978-3-030-53099-0_38 |título=The Ear and Associated Structures: Part III |data=2021 |acessodata=2023-09-15 |publicado=Springer International Publishing |ultimo=Gurunathan |primeiro=Ramesh Kumar |ultimo2=Perry |primeiro2=Michael |local=Cham |paginas=1589–1608 |isbn=978-3-030-53098-3}}</ref><ref name=":0">{{Citar web|url=https://www.proquest.com/docview/2594689513?pq-origsite=gscholar&fromopenview=true|titulo=Barotrauma do Ouvido Médio no Mergulho - ProQuest|acessodata=2023-09-15|website=www.proquest.com|lingua=pt}}</ref> |
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A diferença anatômica entre a tuba auditiva de adultos e de crianças favorece a ocorrência de barotraumas em crianças, pois a tuba auditiva infantil é mais estreita e horizontal em comparação à dos adultos, uma vez que a tuba auditiva adulta, que é mais vertical e larga, permite uma equalização mais eficaz da pressão. Por essa razão, a tuba auditiva está diretamente relacionada a esse trauma, já que é responsável pela ventilação dos espaços aéreos e pela equalização da pressão no espaço da [[Ouvido médio|orelha média]] com o meio externo.<ref name=":2" /> |
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==== '''<u>Causas</u>''' ==== |
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Situações que prejudicam a ventilação da orelha média pela tuba auditiva podem levar ao desenvolvimento de um barotrauma. Sua ocorrência está associada a situações de mergulho ou de viagem aérea: durante a decolagem, a pressão atmosférica dentro da cabine diminui à medida que a aeronave sobe; já na aterrissagem, a pressão atmosférica na cabine aumenta à medica que a aeronave desce, causando diferenças de pressão atmosférica entre a orelha média e o meio externo.<ref name=":1">{{Citar periódico |url=https://repositorio.ul.pt/handle/10451/32619 |título=Barotrauma médio nos tripulantes da aviação civil |data=2017 |acessodata=2023-09-15 |ultimo=Trueva |primeiro=Martim Afonso Mata Caires Sainz}}</ref> No mergulho, o barotrauma ocorre principalmente durante a descida, uma vez que a pressão externa aumenta sobre a membrana timpânica, e a tuba auditiva pode impedir a passagem de ar para a [[Ouvido médio|orelha média]] ou comprimir o ar existente nela. Além disso, qualquer obstrução das vias aéreas devido a muco, inflamação ou outras causas pode resultar em barotrauma da orelha média, já que o ar preso na orelha média não consegue escapar adequadamente.<ref name=":0" /> |
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<u>Manobras que facilitam a abertura da Tuba Auditiva:</u> <ref name=":2" /> |
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* deglutição; |
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* movimentos de mandíbula; |
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* mascar chiclete; |
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* manobra de Valsalva ou politzerização (manobras não fisiológicas). |
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==== <u>Sintomas</u> ==== |
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Os sintomas de barotrauma na orelha abrangem uma variedade de desconfortos. A dor no ouvido é um dos principais indicadores, podendo variar de leve a intensa, dependendo da extensão e da gravidade do barotrauma. Outro sintoma comum é a sensação de plenitude auricular, semelhante a ter água no ouvido ou a sentir algo obstruindo.<ref name=":1" /> Zumbido, membrana timpânica perfurada e tontura podem ser desencadeados<ref name=":2" /> e, em situações mais severas, pode ocorrer sangramento pelo ouvido. Ademais, é frequente a ocorrência de perda auditiva temporária. Esses sintomas persistirão até que a pressão na orelha média seja igualada.<ref name=":2" /> |
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Na literatura, encontra-se a Escala de Edmonds, que é empregada para categorizar a gravidade do barotrauma da orelha média. Vale ressaltar que existem outras escalas disponíveis para classificar o barotrauma da orelha média na literatura.<ref name=":7">{{Citar periódico |url=https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/08905762.2023.2195281 |título=My Dad and Treasure Island |data=2023-01-02 |acessodata=2023-09-24 |periódico=Review: Literature and Arts of the Americas |número=1 |ultimo=Báez |primeiro=Frank |ultimo2=Seidman |primeiro2=Anthony |paginas=39–42 |lingua=en |doi=10.1080/08905762.2023.2195281 |issn=0890-5762}}</ref> |
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<u>Os graus da Escala de Edmonds são os seguintes:</u> |
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* Grau 0: refere-se a barotrauma leve, com sintomas, mas sem sinais de lesão visíveis. |
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* Grau I: caracteriza-se quando a membrana timpânica projeta-se para fora. |
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* Grau II: apresenta abaulamento acompanhado de pontos hemorrágicos na membrana timpânica. |
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* Grau III: indica a presença de hemorragia difusa na membrana timpânica. |
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* Grau IV: corresponde ao hemotímpano. |
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* Grau V: denota a perfuração da membrana timpânica.<ref>{{Citar web|url=http://oldfiles.bjorl.org/conteudo/acervo/acervo.asp?id=2330#:~:text=Os%20sinais%20foram%20classificados%20em%20ordem%20crescente%20de,Grau%20IV:%20hemot%C3%ADmpano,%20Grau%20V:%20perfura%C3%A7%C3%A3o%20da%20MT.|titulo=BJORL - Brazilian Journal of Otorhinolaryngology|acessodata=2023-09-24|website=oldfiles.bjorl.org}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://www.taylorfrancis.com/books/mono/10.1201/b15307/diving-subaquatic-medicine-fourth-edition-carl-edmonds-christopher-lowry-john-pennefather-robyn-walker|título=Diving and Subaquatic Medicine, Fourth edition|ultimo=Walker|primeiro=Carl Edmonds, Christopher Lowry, John Pennefather, Robyn|data=2001-08-01|editora=CRC Press|edicao=4|local=London}}</ref> |
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Como mencionado anteriormente, em situações mais graves, o barotrauma pode levar a complicações de longo prazo, incluindo perda auditiva e distúrbios de equilíbrio. Portanto, é de extrema importância instruir e assegurar que mergulhadores, passageiros de aeronaves com pressurização e pacientes submetidos a tratamentos hiperbáricos compreendam a necessidade de equalizar a pressão da orelha média de maneira regular e precoce durante o processo de pressurização.<ref name=":72">{{Citar periódico |url=https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/08905762.2023.2195281 |título=My Dad and Treasure Island |data=2023-01-02 |acessodata=2023-09-24 |periódico=Review: Literature and Arts of the Americas |número=1 |ultimo=Báez |primeiro=Frank |ultimo2=Seidman |primeiro2=Anthony |paginas=39–42 |lingua=en |doi=10.1080/08905762.2023.2195281 |issn=0890-5762}}</ref> |
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== Bibliografia == |
== Bibliografia == |
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A orelha média é representada pela cavidade timpânica, um espaço irregular preenchido por ar e localizado na parte petrosa do osso temporal, entre a membrana timpânica e a cóclea.[1] É composto por: membrana timpânica, cadeia ossicular, músculos intratimpânicos e tuba auditiva.
A membrana timpânica separa a orelha externa da orelha média e é a estrutura que recebe a onda sonora. A onda é direcionada pelo pavilhão auricular para o meato acústico externo, e é pela ação do tímpano que há a conversão de pressão sonora em energia mecânica para, em sequência, ser transmitida para as demais partes da orelha média e interna.[1]
Sendo assim, a membrana timpânica tem a função de transdução: de pressão sonora para energia mecânica, que é transmitida para a orelha interna via cadeia ossicular. O som que passa pelo tímpano faz os ossículos, que possuem conexões flexíveis entre si, vibrarem. Esse movimento mecânico é responsável pela transmissão e a amplificação da onda sonora para o meio líquido, presente na cóclea.[2]
A cavidade timpânica tem sua estrutura delimitada por seis paredes: teto, pavimento, parede lateral (membrana timpânica), parede medial (janela oval e janela redonda) e paredes posterior e anterior. Ela contém os três ossículos da audição: martelo, bigorna e estribo, os quais, em conjunto, formam a cadeia ossicular.[3] A tuba auditiva, localizada na parte anterior da orelha média, liga a caixa timpânica à faringe e tem função ventilatória: areja e equaliza o ar do meio externo com a pressão da orelha média em situações de variação de pressão atmosférica.[1]
Em suma, a função da orelha média é transferir eficientemente e amplificar a energia sonora do meio aéreo para o meio líquido contido dentro da cóclea.[4]
Anatomia da orelha média
Ossículos
A orelha média contém os três menores ossos do corpo, conhecidos como ossículos: martelo, bigorna e estribo.[5]
A cadeia ossicular encontra-se articulada entre si e é suspensa por músculos e ligamentos, estendendo-se da membrana timpânica à janela do vestíbulo: o martelo é interligado à membrana timpânica; o estribo, fixado à janela do vestíbulo; e a bigorna, posicionada entre ambos.[6] Os ossículos têm como função principal a transmissão das vibrações da membrana timpânica causadas pelas ondas sonoras. Assim, a membrana timpância, em conjunto com os ossículos, forma um complexo tímpano-ossicular, e esse sistema transmite a energia da vibração do ar para o meio líquido da orelha interna.[7]
Em outras palavras, os ossículos atuam em conjunto e realizam a conversão mecânica das vibrações do tímpano em ondas de pressão, que são amplificadas no fluido da cóclea (ou orelha interna). Os ossículos também atenuam a transmissão das vibrações da membrana timpânica em casos de pressão sonora elevada.[6]
Os músculos da cadeia ossicular – o tensor do tímpano (suprido pelo nervo trigêmeo) e o músculo estapédio (inervado pelo nervo facial) – são compostos por fibras musculares estriadas esqueléticas e lisas que se contraem involuntariamente mediante estímulos acústicos intensos, cerca de 70 a 90 dB acima do limiar de auditivo. É essa contração que protege o sistema auditivo a partir do enrijecimento da cadeia ossicular.[5]
Músculos
O movimento dos ossículos pode ser reforçado por dois músculos, o músculo estapédio e o músculo do martelo, que são comandados pelo nervo facial e pelo nervo trigêmeo, respectivamente. Esses músculos apresentam contração involuntária quando expostos a sons intensos, mecanismo que provoca o enrijecimento da cadeia ossicular e, consequentemente, diminui a transmissão de som para a orelha interna, atuando como recurso de proteção da cóclea.[8]
Tal proteção é, portanto, um mecanismo fisiológico chamado de reflexo acústico (RA). Essa atuação reflexa pode ser medida a partir da imitanciometria, por meio da qual é possível determinar o limiar do reflexo acústico, ou seja, a menor intensidade em que o reflexo acontece frente à apresentação de um estímulo sonoro. A análise de sua presença, ausência e nível de sensação em que é desencadeado fornece informações importantes para a avaliação audiológica básica.[8]
Nervos
O nervo facial e o nervo trigêmio atuam na contração dos músculos do estribo e do martelo, respectivamente. Estes possuem ramos que originam, na orelha média, o nervo corda do tímpano (ramo do nervo facial) e o plexo timpânico de nervos. Tal inervação é responsável por proteger as estruturas da orelha média e e da orelha interna, promovendo a contração dos músculos (músculo do estribo e o músculo do martelo), quando expostos a sons de forte intensidade.[9]
Patologias da orelha média
Há algumas condições que podem afetar a transmissão do som na orelha média. Entre essas patologias estão a desarticulação da cadeia ossicular, a acumulação de fluido na orelha média (otites), a disfunção da tuba auditiva, o aumento da mobilidade da membrana timpânica, a otosclerose e a perfuração da membrana timpânica.[10]
A orelha média pode ser entendida como um espaço preenchido por ar que é constantemente exposto à mudança de pressão. Assim, a equalização da pressão interna com o ar ambiental é uma função essencial, realizada pela tuba auditiva.[11] Quando essa funcionalidade não ocorre adequadamente, há risco de rompimento ou danos a membrana timpânica.[12]
Além disso, as otites médias, infecções que se caracterizam principalmente pela retenção de fluido na orelha média, são as causas mais comuns de perda auditiva condutiva em crianças.[10]
Otosclerose
A Otosclerose é uma doença que acomete exclusivamente o osso temporal e é caracterizada por neoformações ósseas na cápsula ótica humana.[13] Os locais mais acometidos por essas neoformações ósseas são:[14]
- porção anterior do estribo;
- porção posterior da platina;
- giro basal da cóclea;
- janela redonda;
- em alguns casos, toda a cóclea e o conduto auditivo interno podem ser atingidos.
Caracterização:
A otosclerose pode se apresentar clinicamente com diferentes tipos de perda auditiva, a depender do estágio da doença. A mais comum é a perda auditiva condutiva, seguida da perda auditiva do tipo mista e, nos mais casos mais raros, pode ocorrer perda auditiva sensorioneural. Essas diferentes apresentações dependem do local em que o o foco esclerótico está localizado.[14]
Na maioria das vezes, a perda auditiva é do tipo condutiva em razão de o foco esclerótico localizar-se na platina do estribo, causando sua fixação. Porém, com a evolução natural da doença, esse foco esclerótico pode avançar para a cóclea, levando a uma perda auditiva do tipo mista. Em casos raros, a perda acomete apenas a cóclea, sem alterações na platina do estribo, o casionando perda auditiva considerada exclusivamente sensórioneural.[14]
Diagnóstico:
Clinicamente, ela se manifesta como uma perda auditiva de evolução lenta e gradual. Na maioria dos pacientes, cerca de 70%, a perda é bilateral com componente condutivo.[14] Quando a perda é unilateral, o diagnóstico pode se apresentar mais tardiamente pela dificuldade de detecção da perda auditiva.[14]
A queixa principal dos pacientes com essa patologia é a dificuldade de ouvir conversas quando estão mastigando e, até mesmo, uma melhor percepção sonora em ambientes mais ruidosos. Outro sintoma comum, quando a perda é unilateral, é a dificuldade de localizar o som.[14]
Resultados audiométricos:
A perda auditiva inicia nas frequências baixas e, com a evolução, acomete as demais frequências e a via óssea. Com os limiares de via óssea comprometidos, o resultado do IRF (Índice de Reconhecimento de Fala) também apresentará uma porcentagem menor que 88%.[13]
Barotrauma
Barotrauma é um desconforto na orelha que ocorre quando a pressão na orelha média não se ajusta adequadamente à pressão no canal auditivo externo. Essa condição é frequentemente experimentada durante atividades de mergulho e em situações em que as altitudes variam, devido à dificuldade em equilibrar a pressão entre o ambiente ao redor e o interior da orelha média.[15][16]
A diferença anatômica entre a tuba auditiva de adultos e de crianças favorece a ocorrência de barotraumas em crianças, pois a tuba auditiva infantil é mais estreita e horizontal em comparação à dos adultos, uma vez que a tuba auditiva adulta, que é mais vertical e larga, permite uma equalização mais eficaz da pressão. Por essa razão, a tuba auditiva está diretamente relacionada a esse trauma, já que é responsável pela ventilação dos espaços aéreos e pela equalização da pressão no espaço da orelha média com o meio externo.[15]
Causas
Situações que prejudicam a ventilação da orelha média pela tuba auditiva podem levar ao desenvolvimento de um barotrauma. Sua ocorrência está associada a situações de mergulho ou de viagem aérea: durante a decolagem, a pressão atmosférica dentro da cabine diminui à medida que a aeronave sobe; já na aterrissagem, a pressão atmosférica na cabine aumenta à medica que a aeronave desce, causando diferenças de pressão atmosférica entre a orelha média e o meio externo.[17] No mergulho, o barotrauma ocorre principalmente durante a descida, uma vez que a pressão externa aumenta sobre a membrana timpânica, e a tuba auditiva pode impedir a passagem de ar para a orelha média ou comprimir o ar existente nela. Além disso, qualquer obstrução das vias aéreas devido a muco, inflamação ou outras causas pode resultar em barotrauma da orelha média, já que o ar preso na orelha média não consegue escapar adequadamente.[16]
Manobras que facilitam a abertura da Tuba Auditiva: [15]
- deglutição;
- movimentos de mandíbula;
- mascar chiclete;
- manobra de Valsalva ou politzerização (manobras não fisiológicas).
Sintomas
Os sintomas de barotrauma na orelha abrangem uma variedade de desconfortos. A dor no ouvido é um dos principais indicadores, podendo variar de leve a intensa, dependendo da extensão e da gravidade do barotrauma. Outro sintoma comum é a sensação de plenitude auricular, semelhante a ter água no ouvido ou a sentir algo obstruindo.[17] Zumbido, membrana timpânica perfurada e tontura podem ser desencadeados[15] e, em situações mais severas, pode ocorrer sangramento pelo ouvido. Ademais, é frequente a ocorrência de perda auditiva temporária. Esses sintomas persistirão até que a pressão na orelha média seja igualada.[15]
Na literatura, encontra-se a Escala de Edmonds, que é empregada para categorizar a gravidade do barotrauma da orelha média. Vale ressaltar que existem outras escalas disponíveis para classificar o barotrauma da orelha média na literatura.[18]
Os graus da Escala de Edmonds são os seguintes:
- Grau 0: refere-se a barotrauma leve, com sintomas, mas sem sinais de lesão visíveis.
- Grau I: caracteriza-se quando a membrana timpânica projeta-se para fora.
- Grau II: apresenta abaulamento acompanhado de pontos hemorrágicos na membrana timpânica.
- Grau III: indica a presença de hemorragia difusa na membrana timpânica.
- Grau IV: corresponde ao hemotímpano.
- Grau V: denota a perfuração da membrana timpânica.[19][20]
Como mencionado anteriormente, em situações mais graves, o barotrauma pode levar a complicações de longo prazo, incluindo perda auditiva e distúrbios de equilíbrio. Portanto, é de extrema importância instruir e assegurar que mergulhadores, passageiros de aeronaves com pressurização e pacientes submetidos a tratamentos hiperbáricos compreendam a necessidade de equalizar a pressão da orelha média de maneira regular e precoce durante o processo de pressurização.[21]
Bibliografia
- ↑ a b c Bonaldi, Lais Vieira; Marques, Sergio Ricardo. «Estrutura e Função do Sistema Auditivo Periférico» (PDF). Tratado de Audiologia: 1-12. Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ Couto, Christiane Marques do; Carvallo, Renata Mota Mamede (fevereiro de 2009). «O efeito das orelhas externa e média nas emissões otoacústicas». Revista Brasileira de Otorrinolaringologia: 15–23. ISSN 0034-7299. doi:10.1590/S0034-72992009000100003. Consultado em 13 de outubro de 2023
- ↑ Nascimento-Júnior, Braz José do (2020). «ANATOMIA HUMANA SISTEMÁTICA BÁSICA» (PDF) 1º ed. Sistema Integrado de Bibliotecas da Univasf: 144-145
- ↑ RUSSO, Iêda Chaves Pacheco; SANTOS, Teresa Maria Momensohn (2005). A prática da audiologia clínica. [S.l.]: Cortez
- ↑ a b Bonaldi, Lais Vieira; Marques, Sergio Ricardo. «Estrutura e Função do Sistema Auditivo Periférico» (PDF). Tratado de Audiologia: 1-12. Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ a b Bonaldi, LV; Angelis, MA; Smith, RL (2004). Bases Anatômicas Da Audição E Do Equilíbrio. São Paulo: Livraria Santos Editora. 94 páginas
- ↑ Giacheti, Célia M.; Gimeniz-Paschoal, Sandra R. (2013). «Perspectivas Multidisciplinares em Fonoaudiologia: da Avaliação à Intervenção» (PDF). Cultura Acadêmica: 23-32. Consultado em 6 de novembro de 2023
- ↑ a b Bonaldi, Lais Vieira; Marques, Sergio Ricardo. «Estrutura e Função do Sistema Auditivo Periférico» (PDF). Tratado de Audiologia: 1-12. Consultado em 16 de setembro de 2023
- ↑ Filho, Antônio Ribeiro da Silva; Leitão, Antônio Miguel Furtado; Bruno, José Afonso. «Atlas Texto de Anatomia Humana Aplicada» (PDF). Gráfica LCR: 41-46. Consultado em 30 de setembro de 2023
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- ↑ Bonaldi, Lais Vieira; Marques, Sergio Ricardo. «Estrutura e Função do Sistema Auditivo Periférico» (PDF). Tratado de Audiologia: 1-12. Consultado em 16 de setembro de 2023
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(ajuda). PMID 20658014. doi:10.1590/S1808-86942010000300012. Consultado em 25 de setembro de 2023 - ↑ a b Arli, Cengiz; Gulmez, Ihsan; Saraç, Elif Tuğba; Okuyucu, Şemsettin (1 de julho de 2020). «Assessment of inflammatory markers in otosclerosis patients». Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (4): 456–460. ISSN 1808-8694. PMC PMC9422544 Verifique
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(ajuda). PMID 30926454. doi:10.1016/j.bjorl.2018.12.014. Consultado em 16 de setembro de 2023 - ↑ a b c d e f Cal, R (2015). Práticas em Otorrinolaringologia. Porto Alegre: Artmed. pp. 66–71
- ↑ a b c d e Gurunathan, Ramesh Kumar; Perry, Michael (2021). «The Ear and Associated Structures: Part III». Cham: Springer International Publishing: 1589–1608. ISBN 978-3-030-53098-3. Consultado em 15 de setembro de 2023
- ↑ a b «Barotrauma do Ouvido Médio no Mergulho - ProQuest». www.proquest.com. Consultado em 15 de setembro de 2023
- ↑ a b Trueva, Martim Afonso Mata Caires Sainz (2017). «Barotrauma médio nos tripulantes da aviação civil». Consultado em 15 de setembro de 2023
- ↑ Báez, Frank; Seidman, Anthony (2 de janeiro de 2023). «My Dad and Treasure Island». Review: Literature and Arts of the Americas (em inglês) (1): 39–42. ISSN 0890-5762. doi:10.1080/08905762.2023.2195281. Consultado em 24 de setembro de 2023
- ↑ «BJORL - Brazilian Journal of Otorhinolaryngology». oldfiles.bjorl.org. Consultado em 24 de setembro de 2023
- ↑ Walker, Carl Edmonds, Christopher Lowry, John Pennefather, Robyn (1 de agosto de 2001). Diving and Subaquatic Medicine, Fourth edition 4 ed. London: CRC Press
- ↑ Báez, Frank; Seidman, Anthony (2 de janeiro de 2023). «My Dad and Treasure Island». Review: Literature and Arts of the Americas (em inglês) (1): 39–42. ISSN 0890-5762. doi:10.1080/08905762.2023.2195281. Consultado em 24 de setembro de 2023