Lista de peixes da bacia do rio São Francisco: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
nova página: Esta '''lista''' reúne as espécies de '''peixes''' encontrados na '''bacia do rio São Francisco'''. Tendo por curso d'água principal o rio São Francisco, chamado "Rio da Integração Nacional", que atravessa os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, no Brasil.<ref name=morreuestadão/> Mais de 150 espécies de nativas foram registrados na bacia, e novas espécies ainda são identificadas, além das espécies ali int...
(Sem diferenças)

Revisão das 22h04min de 23 de fevereiro de 2024

Esta lista reúne as espécies de peixes encontrados na bacia do rio São Francisco. Tendo por curso d'água principal o rio São Francisco, chamado "Rio da Integração Nacional", que atravessa os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, no Brasil.[1]

Mais de 150 espécies de nativas foram registrados na bacia, e novas espécies ainda são identificadas, além das espécies ali introduzidas. Segundo registraram Alexandre Lima Godinho e Hugo Pereira Godinho, "Historicamente, o rio São Francisco foi uma das principais fontes brasileiras de pescado. Ele fornecia peixes suficientes para alimentar sua população ribeirinha e para atender ao mercado de outras regiões do Nordeste e do Sudeste do Brasil. A pesca era também uma das importantes fontes geradoras de recursos para sua população ribeirinha". Os autores acrescentam que "pescadores desportivos, provavelmente aos milhares, dirigiam-se anualmente às margens do rio. Centenas de estabelecimentos comerciais, como hotéis, restaurantes, clubes de pesca, peixarias e lojas, obtinham na pesca sua fonte principal ou secundária de recursos"[2]

A cidade de Belo Horizonte possui o Aquário da Bacia do Rio São Francisco, inaugurado em 5 de março de 2010 pela Fundação Zoo-Botânica. Ocupando uma área de aproximadamente 3 000 m², em dois pavimentos, abriga 22 recintos (tanques) que, em seus variados tamanhos e formatos, contam com um total de mais de 1 milhão de litros de água e era, quando de sua inauguração, o maior aquário público temático de água doce do país, destinado a abrigar cerca de 1 200 peixes de cinquenta espécies endêmicas da bacia.[1]

Peixes nativos

Espécies endêmicas
Nome científico Autoridade(s) Sinônimo(s) Nome(s) popular(es) Imagem Observações e ref.
Conorhynchos conirostris Valenciennes, 1840
  • Conorhynchus glaber (Steindachner, 1877)
  • Pimelodus conirostris (Valenciennes, 1840)
  • pirá-tamanduá
  • pirá
peixe-símbolo do rio São Francisco e sua bacia.[3]
Salminus franciscanus* Lima & Britski, 2007
  • Dourado
  • piraju / pirajuba / saijé
Até 2007 era considerado como a mesma espécie do S. brasiliensis.[4]
Prochilodus argenteus Spix & Agassiz, 1829 curimatá-pacu
Pode atingir 44 cm de comprimento.[2][5][6]
Prochilodus costatus Valenciennes, 1850 Prochilodus affinis (Lütken, 1875)
  • curimatá-pioa
  • curimba
Espécie migratória, possui dimorfismo sexual.[2][7]
Pseudoplatystoma corruscans (Spix & Agassiz, 1829)
  • Platystoma corruscans (Spix & Agassiz, 1829)
  • Sorubim caparary (Spix, 1829)
  • Silurus macrocephalus (Larrañaga, 1823)
  • surubim
  • pintado
  • surubim-pintado
um dos grandes bagres, hábitos noturnos, predador, atinge 114 cm.[8]

Peixes introduzidos

Espécies introduzidas
Nome científico Autoridade(s) Sinônimo(s) Nome(s) popular(es) Imagem Observações e ref.
Cichla spp. Bloch & Schneider, 1801 Acharnes (Holmberg, 1891) tucunaré
Existem de nove a quinze espécies, a referente à bacia não foi individualizada.[2] Nativo do Orinoco
Plagioscion squamosissimus Heckel, 1840
  • Plagioscion squamosissimus (Nakashima, 1941)
  • Plagioscion francisci (Steindachner, 1917)
  • Johnius crouvina (Castelnau, 1855)
  • Plagioscion amazonicus (Castelnau, 1855)
  • Johnius amazonicus (Castelnau, 1855)
  • Diplolepis squamosissimus (Heckel, 1840)
  • Sciaena squamosissima (Heckel, 1840)
  • corvina (de rio)
  • pescada-branca
É um peixe de origem amazônica.[2][9]
Cyprinus carpio Lineu, 1758 carpa-comum
Espécie euro-asiática.[2][10]
Clarias gariepinus Burchell, 1822 (vide artigo) bagre-africano
Espécie de origem africana, considerada invasora.[2][11]
Colossoma macropomum Cuvier, 1818
  • Myletes macropomus (Cuvier, 1816)
  • Myletes oculus (Cope, 1872)
  • Myletes nigripinnis (Cope, 1878)
  • Melloina tambaqui (Amaral Campos, 1946)
  • tambaqui
  • pacu-gigante
  • cachama
  • gamitana
Espécie originária do Orinoco e da amazônia.[2][12]
Oreochromis sp. Günther, 1889 tilápia
Tem origem na África e Oriente Médio[2][13]
Tilapia sp. A. Smith, 1840 Chromis Günther, 1862 tilápia
Tem origem na região sul da África[2][14]

Referências

  1. a b Eduardo Katta (5 de março de 2010). «Minas ganha versão em aquário do S. Francisco». O Estado de S.Paulo. Consultado em 23 de fevereiro de 2024. Arquivado do original em 6 de março de 2010 
  2. a b c d e f g h i j Alexandre Lima Godinho; Hugo Pereira Godinho (2003). «Breve visão do São Francisco, p. 15-24» (PDF). Consultado em 13 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 13 de fevereiro de 2019. Capítulo extraído de: H.P. Godinho & A.L. Godinho (org.). Águas, peixes e pescadores do São Francisco das Minas Gerais. Belo Horizonte: PUC Minas, 468 p. 
  3. Deisy Nascimento (7 de maio de 2020). «O Pirá, peixe-símbolo da BHSF, reaparece na região do Baixo São Francisco após quase cinco décadas de sumiço». Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco. Consultado em 14 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 29 de janeiro de 2022 
  4. Flávio C. T. Lima; Heraldo A. Britski. «Salminus franciscanus, a new species from the rio São Francisco basin, Brazil (Ostariophysi: Characiformes: Characidae)». Neotropical Ichthyology (5) 3 (em inglês). Cópia arquivada em 19 de novembro de 2023 
  5. FishBase (en inglés)
  6. Castro, R.M.C. y R.P. Vari, 2003: Prochilodontidae (Fannel mouth characiforms). p. 65-70. A: R.E. Reis, S.O. Kullander y C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  7. Adriana Heloísa Pereira (24 de junho de 2021). «Impacto de usinas hidrelétricas e rompimento de barragem de rejeitos na estrutura genética populacional de peixes: um estudo com Prochilodus costatus no Rio Paraopeba» (PDF). UFMG. Consultado em 15 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 15 de fevereiro de 2024 
  8. Ministério do Meio Ambiente (Brasil) (2022). «Plano de recuperação do surubim ou pintado (Pseudoplatystoma corruscans (PDF). MMA. Consultado em 23 de fevereiro de 2024 
  9. Casatti, L. (2003) Sciaenidae (Drums or croakers)., p. 599-602. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  10. Balon, Eugene K. (1974). «Probable Origin of Domestication». Domestication of the carp Cyprinus caprio L. [S.l.]: Museu Real de Ontário. pp. 16–18 
  11. «Espécies exóticas invasoras - saiba mais sobre o Bagre Africano». Cemig. 5 de julho de 2012. Consultado em 30 de dezembro de 2021. Cópia arquivada em 29 de julho de 2021 
  12. Froese, Rainer; Pauly, Daniel (eds.) (2007). "Colossoma macropomum" em FishBase. versão de julho de 2007 (em inglês)
  13. Ford, A.G.P.; et al. (2019). «Molecular phylogeny of Oreochromis (Cichlidae: Oreochromini) reveals mito-nuclear discordance and multiple colonisation of adverse aquatic environments» (PDF). Mol. Phylogenet. Evol. 136: 215–226. PMID 30974200. doi:10.1016/j.ympev.2019.04.008 
  14. Dunz, A.R., and Schliewen, U.K. (2013). Molecular phylogeny and revised classification of the haplotilapiine cichlid fishes formerly referred to as “Tilapia”. Molecular Phylogenetics and Evolution, online 29 March 2013. doi:10.1016/j.ympev.2013.03.015