Lista de peixes da bacia do rio São Francisco: diferenças entre revisões
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(Sem diferenças)
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Revisão das 22h04min de 23 de fevereiro de 2024
Esta lista reúne as espécies de peixes encontrados na bacia do rio São Francisco. Tendo por curso d'água principal o rio São Francisco, chamado "Rio da Integração Nacional", que atravessa os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, no Brasil.[1]
Mais de 150 espécies de nativas foram registrados na bacia, e novas espécies ainda são identificadas, além das espécies ali introduzidas. Segundo registraram Alexandre Lima Godinho e Hugo Pereira Godinho, "Historicamente, o rio São Francisco foi uma das principais fontes brasileiras de pescado. Ele fornecia peixes suficientes para alimentar sua população ribeirinha e para atender ao mercado de outras regiões do Nordeste e do Sudeste do Brasil. A pesca era também uma das importantes fontes geradoras de recursos para sua população ribeirinha". Os autores acrescentam que "pescadores desportivos, provavelmente aos milhares, dirigiam-se anualmente às margens do rio. Centenas de estabelecimentos comerciais, como hotéis, restaurantes, clubes de pesca, peixarias e lojas, obtinham na pesca sua fonte principal ou secundária de recursos"[2]
A cidade de Belo Horizonte possui o Aquário da Bacia do Rio São Francisco, inaugurado em 5 de março de 2010 pela Fundação Zoo-Botânica. Ocupando uma área de aproximadamente 3 000 m², em dois pavimentos, abriga 22 recintos (tanques) que, em seus variados tamanhos e formatos, contam com um total de mais de 1 milhão de litros de água e era, quando de sua inauguração, o maior aquário público temático de água doce do país, destinado a abrigar cerca de 1 200 peixes de cinquenta espécies endêmicas da bacia.[1]
Peixes nativos
Espécies endêmicas | |||||
Nome científico | Autoridade(s) | Sinônimo(s) | Nome(s) popular(es) | Imagem | Observações e ref. |
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Conorhynchos conirostris | Valenciennes, 1840 |
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peixe-símbolo do rio São Francisco e sua bacia.[3] | |
Salminus franciscanus* | Lima & Britski, 2007 |
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Até 2007 era considerado como a mesma espécie do S. brasiliensis.[4] | |
Prochilodus argenteus | Spix & Agassiz, 1829 | curimatá-pacu | Pode atingir 44 cm de comprimento.[2][5][6] | ||
Prochilodus costatus | Valenciennes, 1850 | Prochilodus affinis (Lütken, 1875) |
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Espécie migratória, possui dimorfismo sexual.[2][7] | |
Pseudoplatystoma corruscans | (Spix & Agassiz, 1829) |
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um dos grandes bagres, hábitos noturnos, predador, atinge 114 cm.[8] |
Peixes introduzidos
Espécies introduzidas | |||||
Nome científico | Autoridade(s) | Sinônimo(s) | Nome(s) popular(es) | Imagem | Observações e ref. |
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Cichla spp. | Bloch & Schneider, 1801 | Acharnes (Holmberg, 1891) | tucunaré | Existem de nove a quinze espécies, a referente à bacia não foi individualizada.[2] Nativo do Orinoco | |
Plagioscion squamosissimus | Heckel, 1840 |
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É um peixe de origem amazônica.[2][9] | |
Cyprinus carpio | Lineu, 1758 | — | carpa-comum | Espécie euro-asiática.[2][10] | |
Clarias gariepinus | Burchell, 1822 | (vide artigo) | bagre-africano | Espécie de origem africana, considerada invasora.[2][11] | |
Colossoma macropomum | Cuvier, 1818 |
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Espécie originária do Orinoco e da amazônia.[2][12] | |
Oreochromis sp. | Günther, 1889 | — | tilápia | Tem origem na África e Oriente Médio[2][13] | |
Tilapia sp. | A. Smith, 1840 | Chromis Günther, 1862 | tilápia | Tem origem na região sul da África[2][14] |
Referências
- ↑ a b Eduardo Katta (5 de março de 2010). «Minas ganha versão em aquário do S. Francisco». O Estado de S.Paulo. Consultado em 23 de fevereiro de 2024. Arquivado do original em 6 de março de 2010
- ↑ a b c d e f g h i j Alexandre Lima Godinho; Hugo Pereira Godinho (2003). «Breve visão do São Francisco, p. 15-24» (PDF). Consultado em 13 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 13 de fevereiro de 2019.
Capítulo extraído de: H.P. Godinho & A.L. Godinho (org.). Águas, peixes e pescadores do São Francisco das Minas Gerais. Belo Horizonte: PUC Minas, 468 p.
- ↑ Deisy Nascimento (7 de maio de 2020). «O Pirá, peixe-símbolo da BHSF, reaparece na região do Baixo São Francisco após quase cinco décadas de sumiço». Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco. Consultado em 14 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 29 de janeiro de 2022
- ↑ Flávio C. T. Lima; Heraldo A. Britski. «Salminus franciscanus, a new species from the rio São Francisco basin, Brazil (Ostariophysi: Characiformes: Characidae)». Neotropical Ichthyology (5) 3 (em inglês). Cópia arquivada em 19 de novembro de 2023
- ↑ FishBase (en inglés)
- ↑ Castro, R.M.C. y R.P. Vari, 2003: Prochilodontidae (Fannel mouth characiforms). p. 65-70. A: R.E. Reis, S.O. Kullander y C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
- ↑ Adriana Heloísa Pereira (24 de junho de 2021). «Impacto de usinas hidrelétricas e rompimento de barragem de rejeitos na estrutura genética populacional de peixes: um estudo com Prochilodus costatus no Rio Paraopeba» (PDF). UFMG. Consultado em 15 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 15 de fevereiro de 2024
- ↑ Ministério do Meio Ambiente (Brasil) (2022). «Plano de recuperação do surubim ou pintado (Pseudoplatystoma corruscans)» (PDF). MMA. Consultado em 23 de fevereiro de 2024
- ↑ Casatti, L. (2003) Sciaenidae (Drums or croakers)., p. 599-602. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
- ↑ Balon, Eugene K. (1974). «Probable Origin of Domestication». Domestication of the carp Cyprinus caprio L. [S.l.]: Museu Real de Ontário. pp. 16–18
- ↑ «Espécies exóticas invasoras - saiba mais sobre o Bagre Africano». Cemig. 5 de julho de 2012. Consultado em 30 de dezembro de 2021. Cópia arquivada em 29 de julho de 2021
- ↑ Froese, Rainer; Pauly, Daniel (eds.) (2007). "Colossoma macropomum" em FishBase. versão de julho de 2007 (em inglês)
- ↑ Ford, A.G.P.; et al. (2019). «Molecular phylogeny of Oreochromis (Cichlidae: Oreochromini) reveals mito-nuclear discordance and multiple colonisation of adverse aquatic environments» (PDF). Mol. Phylogenet. Evol. 136: 215–226. PMID 30974200. doi:10.1016/j.ympev.2019.04.008
- ↑ Dunz, A.R., and Schliewen, U.K. (2013). Molecular phylogeny and revised classification of the haplotilapiine cichlid fishes formerly referred to as “Tilapia”. Molecular Phylogenetics and Evolution, online 29 March 2013. doi:10.1016/j.ympev.2013.03.015