A Espera

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A Espera
A Espera
 Brasil
1986 •  cor •  18 min 
Gênero drama
Direção Luiz Fernando Carvalho e Maurício Farias
Roteiro Luiz Fernando Carvalho e Maurício Farias
Elenco Marieta Severo
Malu Mader
Diogo Vilela
Felipe Martins
Idioma português

A Espera é um filme de curta-metragem brasileiro de 1986 escrito e dirigido por Luiz Fernando Carvalho e Maurício Farias.[1] Baseado no livro Fragmentos de um Discurso Amoroso de Roland Barthes, o curta recebeu prêmios como Melhor Curta-Metragem, Melhor Atriz (Marieta Severo) e Melhor Fotografia (Walter Carvalho) no 13º Festival de Gramado[2]; Melhor Curta-Metragem (Concha de Oro) no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián (Espanha); e o Prêmio Especial do Júri do Festival de Ste Therèse (Canadá).

Enredo[editar | editar código-fonte]

A Espera aborda a angústia e ansiedade do apaixonado que aguarda a chegada de sua amada. Num restaurante, a narradora registra as várias possibilidades daquela espera (a mulher atrasa, chega muito tarde, não comparece ao encontro), enquanto ela mesma, a narradora, espera ansiosamente por alguém. André (Diogo Vilela) tem um encontro com Silvia (Malu Mader), sua amada. O cenário é um bar. Na hora certa, ele chega e se põe a esperar… As diversas possibilidades que envolvem a espera de André são apresentadas por uma narradora (Marieta Severo). Dotada de poderes mágicos, em meio aos frequentadores do bar, ela faz com que Silvia demore, chegue, atrase, chegue muito tarde, ou não compareça ao encontro. E assim, em cada um destes estágios, André será levado a sensações incontroláveis.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Detalhes da produção[editar | editar código-fonte]

O curta foi rodado em apenas oito dias no restaurante Assyrius, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O argumento foi escrito por Luiz Fernando Carvalho após a leitura do livro Fragmentos de um Discurso Amoroso, de Roland Barthes – especialmente sobre o capítulo referente à Espera. Então estreante no cinema, o jovem diretor de 22 anos escreveu o argumento durante uma única madrugada. Desenvolveu o roteiro com Maurício Farias, com o qual dividiu a direção do curta.

Prêmios[editar | editar código-fonte]

O roteiro ganhou o prêmio de fomento aos Curta-Metragens da Embrafilme. O curta-metragem recebeu os seguintes prêmios: Melhor Curta-Metragem, Melhor Atriz (Marieta Severo) e Melhor Fotografia (Walter Carvalho) no 13º Festival de Gramado;[4] Melhor Curta-Metragem (Concha de Oro) no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián (Espanha); e o Prêmio Especial do Júri do Festival de Ste Therèse (Canadá).

Referências

  1. Helena Salem (17 de julho de 1986). «Invenção, o novo espaço para os curta-metragens». O Globo. Consultado em 21 de maio de 2018. "É uma linguagem circular, que permite abranger em poucos minutos uma história de começo, meio e fim. Como diz Barthes, o amor é um delírio, por essência ele é circular. Barthes não apenas coloca isso - a própria linguagem dele é circular. E foi exatamente isso que gerou o nosso amor pelo cinema", assinala Luiz Fernando Carvalho. (...) Ambos com 25 anos, Luiz Fernando e Mauricio fazem sua estreia no cinema após significativa experiência na televisão. 
  2. Helena Salem (14 de abril de 1986). «O Homem da Capa Preta, o Melhor de Gramado». O Globo. Consultado em 21 de maio de 2018 
  3. Helena Salem (15 de abril de 1986). «Marieta Severo, premiada em Gramado, pensa em mais filmes». O Globo. Consultado em 21 de maio de 2018. "Fiz esse trabalho (A Espera) porque ele me fascinou. (...) Fiquei impressionada como aqueles rapazes, o Mauricio e o Luiz Fernando, começavam por um caminho tão difícil. Mas tudo foi tão bem construído dentro do filme, com uma linguagem que ao mesmo tempo transmite Barthes mas vai além do texto que o resultado foi fantástico", conta Marieta Severo. 
  4. «Lista de vencedores do Festival de Gramado de 1986». FestivaldeGramado.net. Consultado em 14 de abril de 2017. Arquivado do original em 15 de abril de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]