Absoluto

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Absoluto, em Filosofia, é definido como a "realidade suprema e fundamental, independente de todas as demais". Às vezes é usado como um termo alternativo para "Deus" ou "o divino".[1] Na filosofia analítica e na filosofia pragmática, absoluto é tudo aquilo que não se deixa falsear.

Etimologia

Absoluto vem do latim solutus ab omni re, compreendendo o que é "em si e por si", independentemente de qualquer outra consideração ou condição: é a quintessência da abstração, a essência e o termo da generalização. "Assim, o absoluto foi considerado por uns como a idéia, como a verdade, como o princípio fundamental de que derivam todos os outros, como o Ser por excelência, princípio e causa de tudo quanto existe, ao passo que para outros apenas representa uma pseudo-idéia (Hamilton), "Uma noção vazia de sentido" (Renouvier).

Semelhanças e diferenças em várias tradições

Exemplos de religiões e filosofias que abraçam o conceito do Absoluto, de uma forma ou de outra incluem hermetismo, o hinduísmo, jainismo, taoísmo, islamismo, algumas formas de filosofia judaica, e existenciais ou metafísica formas de cristianismo.[2] Termos que servem para identificar O Absoluto[3] entre tais crenças incluem Wu Chi, Brahman, Adibuddha, Alá, Brahman Pará, Tetragrammaton, Deus, o Divino, e inúmeras outras denominações.[4] No leste da Ásia, o conceito do Tao, e no Sul da Ásia , o conceito de Nirvana é sinônimo de descrição para os atributos do Absoluto como usados no Ocidente.

Índia

Todas as tradições espirituais da Índia reconhecem a existência de uma realidade transcendental. Embora diferentes escolas proponham diferentes enfoques do mesmo, a maioria concorda que o o absoluto é supra-material, supra-consciente, supra-pessoal e não tem qualidades. Todas estas tradições insistem que o absoluto é idêntico a essência do ser humano, o si, e é realizável pela transcendência da mente. Entretanto eles oferecem diferentes especulações sobre a relação entre o absoluto e a essência interior do ser (imanente). A solução mais radical vem do vedanta advaita, que não vê nenhuma diferença entre o absoluto (brahman) e a essência da psique humana, o si transcendental (atman). No yoga clássico entretanto propõem a existência de uma pluralidade de sis (purusha), sendo um deles único que nunca foi e nunca será sujeito a ilusão da personalidade (individualidade). Este si em particular se chama "ishvara", no yoga de patanjali. Entretanto nas escolas não dualísticas de yoga, "ishvara" como criador não tem funda mentalidade. Normalmente chamado de Brahma ou prajapati, ele é uma mera beldade (deva) ou um projeção mental do absoluto.

Ver também

Referências

  1. Hegel Glossary
  2. Huston Smith, Forgotten truth: the common vision of the world's religions HarperOne, 1992, ISBN 0062507877
  3. Maharishi Mahesh Yogi no livro Bhagavad-Gita, a New Translation and Commentary, Chapter 1-6. Penguin Books, 1969, p 188 (v 5)
  4. Rabbi David Aaron, The Secret Life of God, Endless Light, and Seeing God, Shambhala Publications, Maio 2004.


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