Abu Alfaraje de Ispaã

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Abu Alfaraje de Ispaã
Abu Alfaraje de Ispaã
Nascimento 897
Isfahan
Morte 20 de novembro de 967 (69–70 anos)
Bagdá
Cidadania Califado Abássida
Ocupação poeta, historiador, letrado, músico, escritor
Obras destacadas Kitab al-Aghani
Religião Islamismo

Ali ibne Huceine de Ispaã (em árabe: أبو الفرج الأصفهاني, lit. 'Ali ibn al-Husayn ul-Isbahānī'), também conhecido como Abu Alfaraje (Abu-l-Faraj) ou, no ocidente, Abulfaraje (Isfahan, 897Bagdá, 967), foi um sábio iraniano de origem árabe-coraixita, conhecido por ter reunido e preservado antigos poemas e poesias árabes no seu principal trabalho, o Kitāb al-Aghānī[1]

Abulfaraje nasceu em Ispaã, Pérsia, mas passou sua juventude e fez seus primeiros estudos em Bagdá. Ele era descendente direto do último dos califas omíadas, Maruane II, e dessa forma ligado ligado aos governantes omíadas da Espanha, com quem aparentemente manteve correspondência, tendo-lhes enviado alguns de seus trabalhos. Ele se tornou famoso por seu conhecimento de antiguidades árabes muito antigas.

Ele passou sua vida em várias partes do mundo islâmico: em Alepo com seu governador Ceife Adaulá (a quem dedicou seu Kitāb al-Aghānī - Livro de Canções), em Rei, no Irã, com o vizir buaída ibne Abade Alrrundi, entre outros lugares.

Apesar de ter escrito poesias, uma antologia de versos sobre os monastérios da Mesopotâmia e do Egito e uma obra genealógica, sua fama baseia-se no Kitāb al-Aghānī.

O Livro de Canções[editar | editar código-fonte]

O Kitāb al-Aghānī, uma coleção de poemas e canções com as histórias dos compositores e cantores em muitos volumes começando na mais antiga época da literatura árabe até o século IX. Os poemas foram marcados para música, mas os sinais musicais não são mais legíveis. Por causa de suas anotações biográficas acompanhantes sobre os autores e compositores, o trabalho é uma importante fonte histórica. Ele contém uma grande quantidade de informação sobre a vida e costumes dos primeiros árabes, e é a mais valiosa fonte que existe para o período imediatamente pré-islâmico e para os primeiros dias do Islamismo.

Referências

  1. Sawa, S.G. (1985), "The Status and Roles of the Secular Musicians in the Kitāb al-Aghānī (Book of Songs) of Abu al-Faraj al-Iṣbahānī", Asian Music 17 (1): 68-82.