Alastair Reid

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Alastair Reid (22 de Março de1926, em Whithorn - 21 de Setembro de 2014, em Manhattan) foi um poeta Escocês e um estudioso da literatura Sul Americana. Era conhecido por seus poemas terem um estilo alegre e por suas traduções de poetas Sul Americanos Jorge Luis Borges e Pablo Neruda. Embora fosse conhecido por suas traduções, seus próprios poemas haviam ganhado notoriedade durante sua vida. Viveu na Espanha, Suíça, Grécia, Marrocos, Argentina, Mexico, Chile, a República Dominicana e nos Estados Unidos. Durante o editorial de William Shawn, escrevia para o jornal The New Yorker, mas sua renda principal vinha pelas aulas que dava.

Vida[editar | editar código-fonte]

Reid nasceu em Whithorn em Galloway, na Escócia, filho de um pastor. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu para a Marinha Real Britânica decodificando mensagens criptografadas. Depois de guerra, se engajou em estudos clássicos na Universidade de St. Andrews e brevemente ensinou, também, estudos clássicos na Universidade de Sarah Lawrence, em Nova Iorque. Em meados de 1950, viajou para Mallorca, passando algum tempo trabalhando como o secretário de Robert Graves.[1]

Em 1984, em uma entrevista para o Wall Street Journal, Reid admitiu fabricar vários detalhes de seu relatório da Espanha para o New Yorker, incluindo inventando lugares e atribuir declarações para criar personagens. Disse que essas invenções foram uma tentativa para apresentar “uma verdade maior, em que fatos formam uma parte.”[2] Em seu livro, Whereabouts, Reid contraria esse artigo com o que segue:

Essas reportagens estavam no centro de uma tempestade curiosa que explodiu na imprensa americana em Junho de 1984. Mais ou menos um ano depois, apresentei um seminário na Universidade de Yale na linha tênue entre fato e ficção, utilizando exemplos de vários escritores, com Borges entre eles, e do meu próprio trabalho também. Um estudante do seminário se tornou um reporter e publicou uma reportagem no The Wall Street Journal que me acusava de ter distorcido fatos, referenciando casos que havia citado no meu seminário. Vários editoriais de jornais tomaram isso como fato e usaram a reportagem para condenar o New Yorker. Alguns colunistas me acoimaram por ter escrito sobre uma aldeia Espanhola “imaginária”, uma acusação que teria encantado os habitantes dela… Nenhum dos meus críticos, até onde sei, voltaram para ler minha obra em questão.

Reid publicou mais de quarenta livros de poemas, traduções e literaturas de viagem,[1] incluindo Ounce Dice Trice, um livre de jogo de palabras e aleatoriedade literária para crianças (ilustrado por Ben Shahn), e duas seleções de suas obras: Outside In: Selected Prose and Inside Out: Selected Poetry and Translations (ambos de 2008).[3]

Entre 1980 e 1990, Reid passava boa parte de seu tempo em uma plantação de gengibre, no Samaná, República Dominicana, até 2003, quando o turismo teve seu “boom” na área.[4][5][6]

Reid morreu em 21 de Setembro de 2014 com 88 anos, devido a um sangramento gástrico durante um tratamento para pneumonia.[7][8][9]

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

  • Hubbard, Tom, "Wandering Scots: Home and Abroad", em Hubbard, Tom (2022), Convite para a Viagem: Escócia, Europa e Literatura, Rymour, pp. 125 - 134,ISBN 9-781739-596002

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b «Alastair Reid – obituary». The Daily Telegraph. London. 7 de Outubro de 2014. Consultado em 18 de Outubro de 2018 
  2. Maureen Dowd (19 de Junho de 1984). «A WRITER FOR THE NEW YORKER SAYS HE CREATED COMPOSITES IN REPORTS». The New York Times 
  3. «Ounce Dice Trice». New York Review Books. Consultado em 3 de maio de 2012. Arquivado do original em 26 de Outubro de 2015 
  4. «About Alastair Reid». The Poetry Archive. Consultado em 24 de Outubro de 2014 
  5. Cid, Ana (15 de Outubro de 2014). «Alastair Reid, el poeta "Patapelá" que vivió 20 años en Samaná» (em espanhol). Acento. Consultado em 24 de Outubro de 2014. Cópia arquivada em 24 de Outubro de 2014 
  6. McGrath, Charles (24 de Setembro de 2014). «Postscript: Alastair Reid (1926–2014)». The New Yorker. Consultado em 24 de Outubro de 2014 
  7. «Alastair Reid in the New Yorker». The New Yorker 
  8. Campbell, James (26 de Setembro de 2014). «Alastair Reid obituary». The Guardian 
  9. Weber, Bruce (25 de Setembro de 2014). «Alastair Reid, a Restless Poet and Essayist, Is Dead at 88». The New York Times. Consultado em 24 de Outubro de 2014. The cause was a gastric bleed he suffered during treatment for pneumonia, said his wife, Leslie Clark. Described as a man with "itchy feet", Mr. Reid lived, often not for very long, in a variety of places — Switzerland, Argentina, Mexico, Chile, the Dominican Republic and England among them — before settling in Greenwich Village for the last decades of his life. He was restless as a man of letters as well. 

Outras fontes[editar | editar código-fonte]