Ana Figueroa Gajardo

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Ana Figueroa Gajardo
Ana Figueroa Gajardo
Nascimento 19 de junho de 1907
Santiago
Morte 1970 (62–63 anos)
Santiago
Cidadania Chile
Alma mater
Ocupação ativista, ativista pelos direitos das mulheres, educadora, funcionária pública, diplomata, suffragette
Empregador(a) Organização das Nações Unidas

Ana Figueroa Gajardo (19 de junho de 1907 - 1970)[1][2][3], também conhecida como Ana Figuero, foi uma educadora, feminista e ativista política[4] chilena.[5]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Figueroa nasceu em Santiago em 19 de junho de 1907, filha de Miguel Figueroa Rebolledo e Ana Gajardo Infante.[6] Ela estudou na Universidade do Chile e se formou em 1928[6], e se tornou professora de inglês no mesmo ano.[3] Posteriormente, trabalhou como diretora do Liceo San Felipe em 1938 e do Liceo de Temuco em 1939. Ela então continuou seus estudos nos EUA na Columbia University Teachers College e no Colorado State College (Greely) em 1946.[6]

De 1947 a 1949, foi supervisora geral do sistema de ensino médio do Chile.[2] Além disso, promoveu o sufrágio universal em 1948 na qualidade de presidente da Federação Chilena de Instituições Femininas (Federación Chilena de Instituciones Femeninas), o que foi alcançado gradualmente entre 1931 e 1952.[3][6] De 1949 a 1950, ela foi chefe do Gabinete da Mulher do Ministério das Relações Exteriores.[2]

Figueroa também trabalhou como professora de psicologia na escola universitária para assistentes sociais e foi jornalista na Social Periodistica del Sur.[6]

Entre 1950 e 1952, ela representou o Chile como "Ministra plenipotenciária" na Terceira Assembleia Geral das Nações Unidas, como representante da Comissão de Direitos Humanos, e foi presidente do Comitê Social, Cultural e Humanitário.[6] Nesta época, ela representou a ONU em vários cargos-chave, o que incluiu discussões e análise de questões relacionadas aos refugiados de todas as regiões do mundo.[6] Em 1952, ela também participou do Conselho de Segurança da ONU[2] e ingressou como Subdiretora-Geral da Organização Internacional do Trabalho, delegada com funções relacionadas às questões femininas.[2] Ela também trabalhou na OIT como Secretária Geral Adjunta de várias sessões da Conferência Anual e participou de muitas conferências regionais.[2]

Aspectos notáveis[editar | editar código-fonte]

Destaca-se que Ana Figuero foi a primeira mulher a presidir um comitê das Nações Unidas na Assembleia Geral; a primeira mulher no Conselho de Segurança das Nações Unidas e no Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento; e a primeira mulher a ocupar o cargo de subdiretora-geral da Organização Internacional do Trabalho.[1][3]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Figuero aposentou-se da OIT na segunda metade de 1967 devido a problemas de saúde e faleceu em 1970.[2] Depois de sua aposentadoria, na sessão do Corpo Governante e após sua morte, muitos de seus colegas prestaram homenagem a ela.

Algumas das homenagens são:[2]

  • “Ana Figueroa soube organizar seu trabalho. Ela atuou em defesa da liberdade por mais de 25 anos. Dedicada também ao trabalho criativo da OIT, ela conquistou o carinho de todos que a encontraram lá”.[2]
  • "Ao expressar as nossas condolências pela morte desta grande senhora, só me resta, em nome dos trabalhadores da América, comprometer-me a honrar a sua memória defendendo enquanto vivemos os nobres ideais de justiça que sempre inspiraram as suas ações e a sua personalidade."[2]
  • "Ela tem um lugar único no coração de todos nós. Ela tem o dom de falar como o vinho chileno. Ela é para todos nós o símbolo amado da graça e do encanto, do calor e da alegria da América Latina."[2]

Associações[editar | editar código-fonte]

Figuero foi membra das entidades Sociedad de Profesores, Federación Chilena de Instituciones Femeninas, Sindicato de Profesores Chilenos, Ateneo (Temuco) e membra honorária da Society of Cultural Interamericana (Buenos Aires).[6]

Publicações[editar | editar código-fonte]

Figuero é a autora de um livro intitulado Educacion sexual (1934).[6]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Kinnear 2011, p. 153.
  2. a b c d e f g h i j k Lubin & Winslow 1990, p. 201.
  3. a b c d Bizzarro 2005, p. 288.
  4. Editors of the American Heritage Dictionaries 2005, p. 278.
  5. Olsen 1994, p. 273.
  6. a b c d e f g h i Hilton 1947, p. 84.