Antonio Abuchaim

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Antonio Abuchaim
Antonio Abuchaim.jpg
Nome completo Antonio Abuchaim
Nascimento 23 de outubro de 1919
Itajobi, São Paulo, Brasil
Morte 08 de julho de 1992 (72 anos)
Recife, Pernambuco, Brasil
Nacionalidade  Brasil
Cônjuge Anésia Abuchaim
Ocupação Pastor, Autor

Antonio Abuchaim, comumente referido como Pastor Abuchaim (Itajobi, São Paulo, 23 de outubro de 1919Recife, 08 de julho de 1992), foi um pregador Batista Reformado Brasileiro.

Centrado no Novo nascimento pela obra de Cristo na Cruz e na vida Cristocêntrica, focalizava em assuntos de suas pregações e livros como oração e avivamento. Sendo conhecido pela sua ênfase na pregação da palavra da cruz: "Que traz a revelação da morte inclusiva de Cristo na cruz, onde atraiu a todos para si em sua morte, proporcionando a morte da velha criatura adâmica e promovendo o novo nascimento pela ressurreição de Cristo".

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em Itajobi no estado de São Paulo, filho de libaneses trabalhou como comerciante junto com o pai até seus 17 anos de idade. Foi naquele momento que conheceu o Evangelho e recebeu o chamado para o ministério pastoral. Foi expulso de sua casa por causa da fé cristã. Em 1941, foi ordenado pastor e assumiu a igreja em Lavínia, estado de São Paulo. Anos mais tarde foi para o estado do Mato Grosso, onde trabalhou no ministério itinerante, implantando igrejas. Decorridos alguns anos, foi pastorear no estado do Paraná, iniciou um trabalho evangelista junto a comunidades ribeirinhas através de vias fluviais, ficando nesse trabalho por 28 anos, atendendo cerca de 130 ilhas do rio Paraná, onde moravam famílias desprovidas de quase tudo. Mais tarde mudou-se para a cidade de Londrina, onde continuou a atuar como missionário.

A grande mudança que iria revolucionar a vida e o ministério do pastor Antonio, se deu no ano de 1949. Ele era pastor de uma Igreja Batista em Bauru, e tinha como co-pastor um missionário da Letônia. Naquela época, o pastor Antonio Abuchaim, ainda jovem, tinha grandes conflitos em relação aos pecados, pois acreditava que o homem era capaz por si só de se livrar deles.

Através do pastor Arvido Ackmann, que ouviu e entendeu pela primeira vez o capítulo 6 de Romanos. Após ler Romanos 6.1-2 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?

O texto de Romanos foi se descortinando para ele, então pôde crer no poder do Evangelho. O pastor Antonio Abuchaim começou a experimentar a morte do velho homem e viver uma vida de vitória, a partir da vida de Cristo. Aos poucos, foi se desvencilhando da lógica da religião que dominava a sua vida e ministério e foi descobrindo as riquezas da graça. Sobre isso ele escreveu, no livro Barro em Suas Mãos

Entre os que foram influenciados por Abuchaim, estão Glenio Paranaguá, Sinval Teófilo Silva e Elizeu Olak


Em seus ensinos e livros, Abuchaim pregou sobre a necessidade do Novo Nascimento livrando o homem da velha natureza. Expôs também a problemática religião humanista e tal como Martinho Lutero, Abuchaim dava muita importância para o louvor, acreditava que os cânticos e os hinos eram formas dos regenerados expressarem a alegria de suas convicções de fé.

Um contemporâneo seu, o pastor Enéas Tognini referiu-se a ele com as seguintes palavras: "Pastor Abuchaim é homem de oração, profundo conhecedor da Bíblia, que ama-a e interpreta-a como poucas pessoas o podem fazer neste mundo".

Segundo o pastor Antonio Abuchaim, as doutrinas essenciais do Novo Testamento são:

  1. A natureza depravada e corrupta do homem;
  2. O poder transformador da regeneração;
  3. O estado de Santidade que alcançamos, por meio da identificação com a vida de Cristo.


Dentre suas obras escritas se destacam os livros Importa Renascer, Ministro Salva-te a Ti Mesmo e o Barro em Suas Mãos.

Morte[editar | editar código-fonte]

No dia 8 de Junho de 1992, na cidade de Recife, o seu cansado coração parou. Por 17 anos, o velho pastor Abuchaim pregou somente a Palavra que aponta para nossa inclusão na morte e ressurreição em Cristo. Ele deu ênfase ao papel da experiência na vida do crente. Se a morte e a ressurreição de Jesus não se tornasse experiência, o coração continuava sendo dominado pela velha natureza. Ele dizia: o evangelho desbotado, sem a doutrina experimental do novo nascimento, tem sido a causa da perdição eterna de muitas almas preciosas. Aumenta o número de indivíduos convencidos, mas sem regeneração, e multiplicam as igrejas proselitistas, mas sem o poder de real transformação.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Fundação Biblioteca Nacional
  2. Agência Nacional do ISBN
  3. Associação Betel de Evangelismo e Missões
  4. PIB em Londrina / PR
  5. Editora IDE