Arctotherium vetustum

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaArctotherium vetustum
Ocorrência: Pleistoceno
Taxocaixa sem imagem
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Eutheria
Superordem: Laurasiatheria
Ordem: Carnivora
Subordem: Caniformia
Género: Arctotherium
Burmeister, 1879
Espécie: A. vetustum
Ameghino, 1885

Arctotherium vetustum é uma espécie de urso extinta pertencente ao gênero Arctotherium, da subfamília Tremarctinae e da família de mamíferos placentários Ursidae. Viveu na América do Sul durante o Pleistoceno.[1]Junto a Arctotherium wingei, e a Arctotherium tarijense conforma o subgénero Pararctotherium, pouco suportado atualmente.[2]

Descrição original[editar | editar código-fonte]

Arctotherium vetustum foi descrito originalmente por Florentino Ameghino no ano 1885.

Indivíduo MACN A1277. (calcótipo) Arctotherium vetustum Ameghino 1885, individuo adulto senil, fragmento de hemimandíbula direita com m2-3 presentes; procedente de Villa Urquiza, província de Entre Ríos; datado do Pleistoceno Médio a Holoceno Inferior[2]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

Viveu na região Pampeana da Argentina (Províncias de Entre Ríos e Buenos Aires) durante o Bonaerense. Existiria também um registro pouco provável para o estado de Minas Gerais, no Brasil.[2][3]

Características gerais[editar | editar código-fonte]

O estudo da morfologia dentária indica que provavelmente se alimentavam de uma variedade de megaherbívoros pleistocênicos. Por outra lado, as lesões observadas em seus dentes podem indicar que também se alimentavam de carcaças. Assim como outros ursos extintos, provavelmente também realizava cleptoparasitismo). Por comparação com as espécies atuais, pode inferir-se que consumia também uma grande variedade de alimentos como insetos, pequenos animais, frutas ou mel.[4]A extinção deste taxón na América do Sul, pode vincular-se primariamente ao desaparecimento dos megaherbívoros, suas principais presas, num contexto de forte pressão de caça exercida pelo homem, junto a importantes mudanças climáticas durante o fim do Pleistoceno.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Soibelzon, L.H. 2002. Os Ursidae (Carnivora, Fissipedia) fósseis da República Argentina. Aspectos Sistémicos e Paleoecológicos. Tese doctoral. Universidade Nacional da Prata. Inédito. 239 pg., 42 Figs., 16 Tabelas.
  • Soibelzon, L.H. 2004. Revisão sistémica dos Tremarctinae (Carnivora, Ursidae) fósseis de América do Sul. Revista Museu Argentino de Ciências Naturais, 6(1): 107-133.
  • Soibelzon, L.H. 2004. Revisão sistémica dos Tremarctinae (Carnivora, Ursidae) fósseis de América do Sul. Revista Museu Argentino de Ciências Naturais 6(1): 107-133.
  1. Soibelzon, L. H.; Tonni, E. P. & Bond, M. «The fossil record of South American short-faced bears (Ursidae, Tremarctinae)». Journal of South American Earth Sciences. 20 (1–2): 105–113. doi:10.1016/j.jsames.2005.07.005 
  2. a b c Soibelzon, Leopoldo (2004). «Systematic review of fossil Tremarctinae (Carnivora, Ursidae) from South America». Revista del Museo Argentino de Ciencias Naturales: 105–131. ISSN 1514-5158. doi:10.22179/revmacn.6.75. Consultado em 18 de setembro de 2021 
  3. Soibelzon, L.; Prevosti, F.J. «Los carnívoros (Carnivora, Mammalia) terrestres del Cuaternario de América del Sur». Geomorfologia Litoral i Quaternari. Homenatge a Joan Cuerda Barceló Mon. Soc. Hist. Nat. Balears Palma de Mallorc. 14: 49-68. ISBN 84-96376-13-3 
  4. FIGUEIRIDO, BORJA; SOIBELZON, LEOPOLDO H. (19 de agosto de 2009). «Inferring palaeoecology in extinct tremarctine bears (Carnivora, Ursidae) using geometric morphometrics». Lethaia (2): 209–222. ISSN 0024-1164. doi:10.1111/j.1502-3931.2009.00184.x. Consultado em 18 de setembro de 2021 
  5. Prates, Luciano; Perez, S. Ivan (12 de abril de 2021). «Late Pleistocene South American megafaunal extinctions associated with rise of Fishtail points and human population». Nature Communications (1). ISSN 2041-1723. doi:10.1038/s41467-021-22506-4. Consultado em 18 de setembro de 2021