Ariarate IV

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Ariarate IV
Ariarate IV
Nascimento século III a.C.
Morte século II a.C.
Progenitores
Cônjuge Antióquida
Filho(a)(s) Orophernes of Cappadocia, Estratonice, Ariarate V, Ariarathes
Ocupação soberano

Ariarate IV Eusébio (em grego clássico: Ἀριαράθης Εὐσεβής; romaniz.:Ariaráthēs Eusebḗs), rei da Capadócia (220–163 a.C.).

Família[editar | editar código-fonte]

A Capadócia era uma satrapia de sua família desde Anafas, um dos sete persas.[1][Nota 1] Porém, várias gerações depois, Ariarate I foi derrotado por Pérdicas,[2] e seu filho Ariarate II se retirou para a Armênia, voltando após a morte de Pérdicas e Eumenes de Cardia.[3] Ariarate II foi sucedido por seu filho Ariâmenes, e este por seu filho Ariarate III.[4] Ariâmenes fez uma aliança com Antíoco II Teos, casando Ariarate III com Estratonice, filha de Antíoco.[4]

Reinado[editar | editar código-fonte]

Ariarate IV herdou o trono da Capadócia de seu pai Ariarate III quando era uma criança,[4] e se casou com Antióquida, filha de Antíoco III Magno.[5]

Embora seu pai houvesse proclamado a independência da Capadócia, em relação aos selêucidas, Ariarate reaproximou-se deles, casando-se com Antióquida, filha de Antíoco III, em 193 a.C., e apoiando o sogro em sua guerra contra Roma.

Antióquida não tinha escrúpulos, e, vendo que não tinha filhos com o rei, arrumou dois supostos filhos, Ariarate e Orofernes, apresentando-os como se fossem filhos do casal.[5] Mais tarde, porém, Antióquida deixou de ser estéril e teve duas filhas e um filho (chamado de Mitrídates, o futuro rei Ariarate V).[5] Ela contou a verdade sobre Ariarate e Orofernes para o rei e, para evitar problemas com a sucessão, estes foram enviados, respectivamente, a Roma e à Jônia.[5]

Após a derrota na batalha de Magnésia, para escapar às pesadas indenizações estabelecidas pela paz de Apameia, aliou-se [carece de fontes?] a Eumenes II, rei do Pérgamo e amigo dos romanos, dando-lhe sua filha, Estratonice, em casamento.[6] Suas multas foram reduzidas à metade e, a partir de então, ele colaborou com a política de Roma no Oriente helenístico.

Foi sucedido por seu filho Ariarate V.[7]

Notas e referências

Notas

  1. O episódio referido por Diodoro Sículo é a derrubada do (possível) usurpador Esmérdis por Dario I, que contou com a ajuda de outros seis persas. O nome Anafas não é encontrado na lista dos Sete Persas de outros autores, mas Heródoto menciona Otanes, que teve um filho chamado de Anafas, e Ctésias de Cnido menciona Onofas

Referências

  1. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XXXI, 19.1
  2. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVIII, 6.2
  3. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XXXI, 19.5
  4. a b c Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XXXI, 19.6
  5. a b c d Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XXXI, 19.7
  6. Estrabão, Geografia, Livro XIII, Capítulo 4, 2
  7. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XXXI, 19.8

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BOWDER, Diana. Quem foi quem na Grécia Antiga. Art Editora/Círculo do Livro S/A. São Paulo: [s.n.] 
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