Bupivacaína

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Estrutura química de Bupivacaína
Bupivacaína
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
(RS)-1-butil-N-(2,6-dimetilfenil)
piperidin-2-carboxamida
Identificadores
CAS 2180-92-9
ATC N01BB01
PubChem ?
ChemSpider 2380
Informação química
Fórmula molecular C18H28N2O 
Massa molar 288,43 g/mol
Farmacocinética
Biodisponibilidade ?
Metabolismo hepático
Meia-vida 3,5 horas (adultos)
8,1 horas (neonatos)
Excreção Renal 4–10%
Considerações terapêuticas
Administração tópica, perineural e epidural
DL50 ?

A bupivacaína é um anestésico local do tipo amino-amida de longa duração com efeitos anestésico e analgésico. A administração de altas doses produz anestesia cirúrgica, enquanto que em baixas doses, produz bloqueio sensitivo (analgesia) com bloqueio motor menor. Foi introduzida em 1963.[1]

O início e a duração do efeito anestésico local da bupivacaína dependem da dose e da via de administração.

Indicações[editar | editar código-fonte]

Não é recomendada a sua utilização em crianças menores de 12 anos.

Indicada para cirurgias de maior duração e tratamento endodôntico para reduzir dores pós-operatórias.

Também é amplamente usada em obstetrícia, por falta de evidências que cause problemas ao feto.

Pode ser utilizado para bloqueio epidural.

Efeitos[editar | editar código-fonte]

Início da ação anestésica 2 a 10 minutos. Seu efeito pode durar até 7 horas em alguns pacientes, o que é quase três vezes mais tempo que a lidocaína. É quatro vezes mais potente que a lidocaína, porém também causa mais efeitos adversos ao coração. Após o efeito anestésico pode-se notar a persistência de uma certa analgesia, reduzindo a necessidade de analgésicos sistêmicos.

Composição[editar | editar código-fonte]

Cloridrato de bupivacaína, vasoconstritor(hemitartarato de epinefrina i.e.) e veículo estéril qsp.

Disponível em frascos de 0,25% y 0,5% com ou sem epinefrina. A dose máxima sem epinefrina é de 2.5 mg/kg e com epinefrina é de 4 mg/kg.

Efeitos adversos[editar | editar código-fonte]

Assim como outros anestésicos locais, quando administrada por via intravenosa causa arritmia ventricular, fibrilação ventricular e colapso cardiovascular difíceis de reverter. Por isso deve ser administrado em local com equipe treinada, equipamentos e medicamentos necessários para o monitoramento e ressuscitação de emergência.

Notas e referências

  1. Goodman & Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica. [tradução da 10. ed. original, Carla de Melo Vorsatz. et al] Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2005.