Cedronella canariensis
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| Classificação científica | |||||||||||||||
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| Nome binomial | |||||||||||||||
| Cedronella canariensis (L.) Webb & Berthel. | |||||||||||||||
Cedronella canariensis, comummente conhecida como hortelã-de-cabra[1], é uma espécie de planta com flor pertencente à família das lamiáceas e ao tipo fisionómico dos proto-hemicriptófitos.[2]
A autoridade científica da espécie é (L.) Webb & Berthel., tendo sido publicada em Histoire Naturelle des Îles Canaries 3: 87. 1836.[3]
Nomes comuns[editar | editar código-fonte]
Além de «hortelã-de-cabra» dá ainda pelos seguintes nomes comuns: hortelã-de-burro[2][4], mentrasto[4][2] (não confundir com as espécies Mentha suaveolens e Mentha rotundifolia) e usaidela[5] (também grafada isadela[5] e isoidela[5]) (não confundir com a espécie Chenopodium ambrosioides, comummente conhecida como usai-dela)[6][7].
Etimologia[editar | editar código-fonte]
Do que toca ao nome científico:
- O nome genérico, Cedronella, provém do grego clássico κέδρος (cedros)[8], que significa «cedro», tal como descrito por Plínio, o Velho, em alusão ao fragrante aroma das espécies deste género.[9]
- O epíteto específico, canariensis, provém do latim moderno e significa «proveniente das ilhas Canárias».[9]
Do que toca ao nome comum, «mentastro», este provém do latim clássico mentastrum, que significa «menta-brava» ou «hortelã-brava».[10]
O nome usai-dela vem por associação ao uso popular e etnofarmacológico, atribuído a esta espécie.[5]
Descrição[editar | editar código-fonte]
Trata-se de uma espécie herbácea e perene alta, podendo alcançar até 150 centímetros de altura.[4][5]
Caracteriza-se pelas folhas, que são pecioladas e trifoliadas, contando com folíolos que medem 3 a 8 centímetros de comprimento por 1 a 3 centímetros de largura.[5] Os folíolos apresentam um feitio lanceolado, acuminado e serrilhado nas margens.[5] Em geral, na página superior tendem a ser glabros ou pouco pubescentes, ao passo que na inferior, já costumam ser pubescentes. O folíolo terminal é maior do que os folíolos laterais.[5]
No que toca às inflorescência, dispõem-se em espiga, contando com brácteas simples.[5] O cálice varia entre um formato tubular a campanulado, contando com 5 dentes iguais, de 8 a 14 milímetros, sulcados com 13 a 15 nervuras.[5] A corola é bilabiada, medindo entre 8 e 20 milímetros, apresentando uma coloração que se matiza entre o roxo, o lilás e o rosa.[5]
Os mericarpos medem entre um milímetro e meio e dois milímetros, têm um feitio oblongo e uma coloração castanho-escura.[5]
Distribuição[editar | editar código-fonte]
Em termos de naturalidade é endémica da Região Macaronésia.[5]
Portugal[editar | editar código-fonte]
Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente no Arquipélago dos Açores e no Arquipélago da Madeira.[2]
Ecologia[editar | editar código-fonte]
Medra no meio da laurissilva e noutros lugares sombrios, geralmente acima dos 500 metros de altitude.[2][5]
Protecção[editar | editar código-fonte]
Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.
Usos[editar | editar código-fonte]
Historicamente, no âmbito da etnofarmacologia, as folhas desta planta chegaram a ser usadas, no preparação de infusões para ajudar a dormir e a tratar de dores de cabeça, de estômago e de coração.[5]
Referências
- ↑ «hortelã-de-cabra». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia
- ↑ a b c d e «Cedronella canariensis | Flora-On | Flora de Portugal». madeira.flora-on.pt. Consultado em 16 de fevereiro de 2023
- ↑ Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 7 de Outubro de 2014 <http://www.tropicos.org/Name/17601951>
- ↑ a b c «Cedronella canariensis | Página de Espécie • Naturdata - Biodiversidade em Portugal». Naturdata - Biodiversidade em Portugal. Consultado em 16 de fevereiro de 2023
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o Freitas, F. (2013). Plantas e seus usos tradicionais (PDF). Fajã da Ovelha: Serviço do Parque Natural da Madeira. p. 92. ISBN 978-989-95497-9-1
- ↑ «Usai-dela». www.almanaqueacoriano.com. Consultado em 16 de fevereiro de 2023
- ↑ «Jardim Botânico UTAD | Espécie Chenopodium ambrosioides». Jardim Botânico UTAD. Consultado em 16 de fevereiro de 2023
- ↑ «κέδρος - WordSense Dictionary». www.wordsense.eu (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023
- ↑ a b «Cedronella canariensis». New Zealand Plant Conservation Network (em inglês). Consultado em 16 de fevereiro de 2023
- ↑ «Mentastrum | ONLINE LATIN DICTIONARY - Latin - English». www.online-latin-dictionary.com. Consultado em 16 de fevereiro de 2023
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Cedronella canariensis - Checklist da Flora de Portugal (Continental, Açores e Madeira) - Sociedade Lusitana de Fitossociologia
- Checklist da Flora do Arquipélago da Madeira (Madeira, Porto Santo, Desertas e Selvagens) - Grupo de Botânica da Madeira
- Cedronella canariensis - Portal da Biodiversidade dos Açores
- Cedronella canariensis - The Plant List (2010). Version 1. Published on the Internet; http://www.theplantlist.org/ (consultado em 7 de outubro de 2014).
- Cedronella canariensis - International Plant Names Index
- Castroviejo, S. (coord. gen.). 1986-2012. Flora iberica 1-8, 10-15, 17-18, 21. Real Jardín Botánico, CSIC, Madrid.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Cedronella canariensis - Flora Digital de Portugal. jb.utad.pt/flora.
- Cedronella canariensis - Flora-on
- Cedronella canariensis - The Euro+Med PlantBase
- Cedronella canariensis - Flora Vascular
- Cedronella canariensis - Biodiversity Heritage Library - Bibliografia
- Cedronella canariensis - JSTOR Global Plants
- Cedronella canariensis - Flora Europaea
- Cedronella canariensis - NCBI Taxonomy Database
- Cedronella canariensis - Global Biodiversity Information Facility
- Cedronella canariensis - Encyclopedia of Life
