Classe Scharnhorst (couraçados)

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Classe Scharnhorst

O Scharnhorst, a primeira embarcação da classe
Visão geral  Alemanha
Operador(es) Kriegsmarine
Construtor(es) Kriegsmarinewerft Wilhelmshaven
Deutsche Werke
Predecessora Classe L 20e α
Sucessora Classe Bismarck
Período de construção 1935–1939
Em serviço 1938–1943
Construídos 2
Características gerais (como construídos)
Tipo Couraçado
Deslocamento 38 700 t (carregado)
Comprimento 234,9 m
Boca 30 m
Calado 9,9 m
Propulsão 3 hélices
3 turbinas a vapor
12 caldeiras
Velocidade 31 nós (57 km/h)
Autonomia 7 100 milhas náuticas a 19 nós
(13 100 km a 35 km/h)
Armamento 9 canhões de 283 mm
12 canhões de 149 mm
14 canhões de 105 mm
16 canhões de 37 mm
12 canhões de 20 mm
Blindagem Cinturão: 150 a 350 mm
Convés: 50 a 105 mm
Torres de artilharia: 150 a 360 mm
Barbetas: 200 a 350 mm
Torre de comando: 200 a 350 mm
Aeronaves 3 hidroaviões
Tripulação 56 oficiais
1 613 marinheiros

A Classe Scharnhorst foi uma classe de couraçados operada pela Kriegsmarine, composta pelo Scharnhorst e Gneisenau. Suas construções começaram em 1935, foram lançados ao mar em 1936 e comissionados na frota alemã em 1938 e 1939. Os navios foram encomendados em resposta aos novos couraçados da Classe Dunkerque da Marinha Nacional Francesa, com os alemães cancelando uma planejada classe de cruzadores pesados em favor dos couraçados da Classe Scharnhorst. Sua construção foi autorizada pelo Acordo Naval Anglo-Germânico de 1935, que removeu as restrições previamente estabelecidas pelo Tratado de Versalhes sobre o poderio naval alemão.

Os dois couraçados da Classe Scharnhorst eram armados com uma bateria principal composta por nove canhões de 283 milímetros montados em três torres de artilharia triplas. Tinham um comprimento de fora a fora de 235 metros, boca de trinta metros, calado de dez metros e um deslocamento carregado de mais de 38 mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por doze caldeiras a óleo combustível que alimentavam três conjuntos de turbinas a vapor, que por sua vez giravam três hélices até uma velocidade máxima de 31 nós (57 quilômetros por hora). Os navios também eram protegidos por um cinturão principal de blindagem de 150 até 350 milímetros de espessura.

O Scharnhorst e Gneisenau operaram juntos no começo da Segunda Guerra Mundial em 1939, realizando surtidas no norte do Oceano Atlântico com o objetivo de atacar navios mercantes britânicos. Participaram em meados de 1940 da invasão da Dinamarca e Noruega, durante a qual enfrentaram o cruzador de batalha britânico HMS Renown em 9 de abril e o porta-aviões HMS Glorious em 8 de junho, afundando este último. Neste confronto, o Scharnhorst realizou um dos mais longos acertos de artilharia naval na história. Depois disso participaram em fevereiro de 1942 da Operação Cerberus, uma corrida pelo Canal da Mancha partindo da França de volta para a Alemanha.

O Gneisenau foi seriamente danificado por um ataque aéreo britânico, assim o Scharnhorst prosseguiu sozinho para a Noruega a fim de realizar ações contra comboios Aliados para a União Soviética. Ele partiu no final de dezembro de 1943 junto com vários contratorpedeiros para interceptar um comboio, porém acabou emboscado na Batalha do Cabo Norte, quando foi afundado pelo couraçado HMS Duke of York. O Gneisenau enquanto isso estava sendo reparado e no processo de ser rearmado, porém os trabalhos foram abandonados depois do naufrágio do Scharnhorst. Foi afundado como bloqueio naval em Gotenhafen em 1945 e seus destroços desmontados na década de 1950.

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