Décimo Júnio Pera

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Décimo Júnio Pera
Cônsul da República Romana
Consulado 266 a.C.

Décimo Júnio Pera (em latim: Decimus Iunius Pera) foi um político da gente Júnia da República Romana eleito cônsul em 266 a.C. com Numério Fábio Pictor. Marco Júnio Pera, cônsul em 230 a.C., era seu filho.

Consulado (266 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Foi eleito cônsul em 266 a.C. com Numério Fábio Pictor, dois anos antes da Primeira Guerra Púnica. Neste ano foram celebrados dois triunfos: o primeiro, pela vitória contra os sarsinatos e o segundo, contra os salentinos e messápios[1].

Anos finais[editar | editar código-fonte]

Segundo Lívio[2], depois da morte de seu pai, Júnio Bruto Pera, em 264 a.C., Décimo e seu irmão, Marco, ambos cônsules e censores de Roma, quiseram celebrar a morte e homenagear seu pai retomando uma antiga tradição etrusca (a gente Júnia era de origem etrusca) conhecida como múnus, um combate até a morte entre dois indivíduos[a] que deveriam morrer com honra lutando pela vida. Esta primeira celebração ocorreu no Fórum Boário, quando três pares de indivíduos lutaram até a morte, rendendo a oferenda de sangue requerida pela tradição etrusca.

O costume, a partir daí, passou a ser corriqueiro entre as famílias nobres da cidade, um costume que seria depois conhecido como Jogos Romanos e, durante o Império Romano, levaria à construção do Coliseu.

Júnio Pera foi depois eleito censor em 253 a.C. junto com Lúcio Postúmio Megelo, mas abdicou depois que Megelo faleceu no mesmo ano.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Lúcio Júlio Libão

com Marco Atílio Régulo

Décimo Júnio Pera
266 a.C.

com Numério Fábio Pictor

Sucedido por:
Quinto Fábio Máximo Gurges

com Lúcio Mamílio Vítulo


Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Que futuramente seriam conhecidos como gladiadores — nestes primeiros casos, acredita-se que eram escravos.

Referências

  1. (em alemão) Décimo Júnio Pera. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 6, Metzler, Stuttgart 1999, ISBN 3-476-01476-2, Pg. 64.
  2. Lívio, Ab Urbe Condita XXII, 57 e XXIII, 23

Bibliografia[editar | editar código-fonte]