DJ Nigga Fox

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
DJ Nigga Fox
DJ Nigga Fox
Photo by Marta Pina
Informação geral
Nome completo Rogério Brandão Luís
Nascimento 18 de agosto de 1990 (33 anos)
Origem Luanda, Angola
País Lisboa, Portugal
Gênero(s) kuduro batida electro, afro-house, música eletrónica, música eletrónica de dança, música experimental, música africana
Ocupação(ões) Produtor, DJ, Remixer
Período em atividade 2011 - Presente
Gravadora(s)
Página oficial https://principediscos.bandcamp.com
DJ Nigga Fox no NTS x Rider: Outsiders Summer Tour Lisboa, 2019

DJ Nigga Fox (Luanda, 18 de agosto de 1990) é um produtor e DJ internacional português de música eletrónica, que tem desenvolvido um estilo próprio de música de dança, numa vertente underground, cujo trabalho inclui sonoridades de kuduro, afro-house, tarraxinha, batida, desafiando a tradição dos ritmos africanos e conjugando a sua herança com a complexidade experimental que o caracteriza. DJ Nigga Fox tem liderado como um dos principais artistas emergentes de comunidades afro-descendentes em Portugal, acrescentando diversidade musical e rítmica à produção e à cultura da música eletrónica de fusão.

DJ Nigga Fox foi descoberto e lançado pela editora portuguesa Príncipe em 2011, e desde então já se apresentou um pouco por todo o mundo, tendo atuado nos principais palcos nacionais e internacionais, nomeadamente no Festival Sónar (Barcelona), Moulin Rouge (Paris), Berghain (Berlim), Club to Club(Turino, Itália), Iminente(Lisboa), Rex Club, Apollo(Barcelona), Les Siestes Électroniques, Hoco Fest (Tucson, Arizona), H0L0 (NY), Play (Los Angeles), Lux Frágil (Lisboa), Musicbox (Lisboa), Hard Club (Porto), Moonshine (Montreal, Canada), Mofo Fest (Tasmânia, Australia), WWW (Shibuya, Toquio), Iminente (Rio de Janeiro, Brasil) entre muitos outros. Sendo um dos produtores mais talentosos de música electrónica da sua geração, já foi reconhecido múltiplas vezes por algumas das mais conceituadas publicações de música internacionais, como a Pitchfork, a Trax Magazine ou The Wire.

No início de 2015, Thom Yorke, dos Radiohead, partilhou algumas das faixas que andava a ouvir naquela altura, entre as quais se destacou o tema "Weed", de DJ Nigga Fox, duma lista que incluía produtores como Kool A.D. e Bernard Parmegiani. Numa época em que poucos conheciam a editora Príncipe e os seus lançamentos, Yorke permitiu que os polirritmos desconcertantes de Rogério Brandão, bem como dos seus colegas da editora representantes da diáspora afro-lusófona de Lisboa, se mostrassem ao resto do mundo.

Em 2016, os britânicos Tim & Barry apresentaram em estreia internacional o seu documentário "Sons do Gueto", em que dão conta da sua investigação sobre os subgéneros e as comunidades musicais, concentrando-se na editora Príncipe, que deu visibilidade nacional e internacional a um movimento de música eletrónica de influência africana, feita nos subúrbios e bairros sociais de Lisboa, destacando-se, entre outros, DJ Nigga Fox como um dos rostos da editora independente.

Em 2020, a abertura do Festival Internacional de Documentários de Copenhaga contou com a música do luso-angolano DJ Nigga Fox, que contribuiu para a banda sonora dos filmes selecionados "Batida de Lisboa" de Rita Maia e Vasco Viana e "Vitalina Varela" de Pedro Costa.

DJ Nigga Fox no Festival ID No Limits, 2018

Biografia[editar | editar código-fonte]

DJ Nigga Fox é o nome artístico de Rogério Brandão Luís, produtor e DJ internacional português de origem angolana. Nascido em Luanda a 18 de agosto de 1990, mudou-se para Lisboa (Portugal) com os pais e o irmão mais velho quando tinha apenas 4 anos de idade. Filho de mãe congolesa e pai angolano, Rogério Brandão cresceu nos arredores de Lisboa, cidade onde cedo descobriu e desenvolveu o gosto pela produção de batidas e melodias, dando origem às suas primeiras composições sonoras em frente ao computador em casa a partir do seu quarto. Ao longo dos anos, o trabalho do produtor e DJ tem evoluído de forma inigualável, o que tem favorecido o seu reconhecimento à escala global.

Discografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

DJ Nigga Fox, 2013

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Pitchfork, 13 Dezembro 2018, The Best Electronic Music of 2018
  2. RTP, 21 Fevereiro 2020, "Batida de Lisboa", "Vitalina Varela" e DJ Nigga Fox em março no festival CPH:DOX
  3. Jornal de Notícias, 24 Fevereiro 2020, Portugueses em peso em festival de cinema em Copenhaga
  4. Maxime Jacob, Trax Magazine, nº227 Dez'19 - Jan'20, p. 84, Album du Mois/ Monde DJ Nigga Fox Poker Face
  5. Dave Quam, Vice, 10 Outubro 2013, DJ Nigga Fox's New Record Is As Insane His Name Suggests
  6. Max Pearl, Resident Advisor, 11 Junho 2019, Hoco Fest brings DJ Nigga Fox, Minimal Violence and D. Tiffany to Tucson for 2019
  7. Público, 21 Julho 2016, DJ Nigga Fox escolhido pelos Suuns para o cartaz do Le Guess Who
  8. Madison Bloom, Pitchfork, 30 Julho 2020, A Guide to Portugal’s Príncipe Discos, One of the Most Exciting Dance Labels on Earth
  9. Philip Sherburne, Pitchfork, 31 Janeiro 2020 The 10 Best DJ Mixes of January 2020
  10. Braudie Blais-Billie, Pitchfork, 9 Março 2018, 7 Albums Out Today You Should Listen to Now: David Byrne, Young Fathers, Smerz, More
  11. Público, 14 Janeiro 2019, Sete anos de Príncipe para festejar em Lisboa e Porto
  12. Vítor Belanciano, Público, 31 Dezembro 2019, A década em que ninguém ficou parado ao som da negritude
  13. Observador, 24 Dezembro 2019, Os 35 discos que mais gostámos de ouvir em 2019: dança afro e latina, indie-rock, hip-hop e eletrónica
  14. Mariana Duarte, Público, 5 Abril 2020, Kizomba sideral e a nostalgia do toque
  15. Threshold Magazine, 5 Janeiro 2020 Os melhores álbuns nacionais de 2019
  16. Gonçalo Correia, Observador, 31 Dezembro 2019, Os concertos para ver nos próximos meses, de Bon Iver e Nick Cave a Kendrick Lamar e Mayra Andrade
  17. Rimas e Batidas, 2020, Sexta-feira farta: novos trabalhos de DJ Nigga Fox, Kanye West, Teebs, Paus, Vado Más Ki Ás, Gallant e Xavier Omär & Sango
  18. Henry Bruce-Jones, FactMag, 25 Outubro 2019, DJ Nigga Fox returns to Príncipe with new album, Cartas Na Manga
  19. Ryan Keeling, Resident Advisor, 10 Março 2014, The ghetto sound of Lisbon
  20. Cristiano Gruppi, Indie-Rock.it, 21 Julho 2020, Le news di ieri: Sylvan Esso, Gorillaz, Tricky, Kiss, Mauskovic Dance Band
  21. Daniel Dias, Comunidade Cultura e Arte, 2 Dezembro 2019, Rita Maia e Vasco Viana fizeram um filme sobre “uma Lisboa que não aparece no New York Times”
  22. Francisca Dias Real, Time Out, 19 Agosto 2019, Festival Iminente traz Common e outros artistas a Lisboa
  23. Jorge Manuel Lopes, Time Out, 10 Maio 2018, Playlist Time Out: o génio de DAWN, DJ Nigga Fox, Christina Aguilera e mais
  24. Diário de Notícias, 13 Abril 2019, Francisco Vidal inaugura hoje em Lisboa "Padrão Crioulo" exposição feita de retratos
  25. Lloyd Gedye, New Frame, 31 Julho 2020, From Lisbon’s projects, Nidia’s musical goal is global
  26. Andy Beta, Pitchfork, 8 Novembro 2019, DJ Nigga Fox Cartas Na Manga
  27. Soe Jherwood, Tiny Mix Tapes, 13 Fevereiro 2018, DJ Nigga Fox to release Crânio EP on Warp, worming his way into an ear near you
  28. Trax Magazine, 22 Julho 2016, Euro nightlife guide #3: our best tips to party in Lisbon
  29. Smaël Bouaici, Trax Magazine, 23 Janeiro 2020 Lisbonne: comment la scène zouk bass locale a conquis les dancefloors européens
  30. Jean Gueguen, Trax Magazine, 21 Janeiro 2020 À écouter: 1H de kuduro, afro, footwork et breakbeat par le très cosmopolite Le Motel