Empresa do Caminho de Ferro de Moçâmedes-E.P.

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Empresa do Caminho de Ferro de Moçâmedes-E.P.
Empresa do Caminho de Ferro de Moçâmedes-E.P.
Empresa Pública
Slogan Vamos consigo
Atividade Logística
Fundação 1905 como CCFM
2003 como ECFM-EP
Sede Lubango,  Angola
Área(s) servida(s) Namibe, Huíla e Cuando Cubango,  Angola
Proprietário(s) Instituto Nacional dos Caminhos de Ferro de Angola
Governo da República de Angola
Pessoas-chave Daniel Domingos Quipaxe (Presidente do Conselho de Administração)
Empregados 1482 (2019)[1]
Clientes Aumento 1.468.451 passageiros (2019)[2]
Baixa146.251 toneladas de mercadoria (2019)[2]
Serviços Transporte Ferroviário
Receita Aumento Kz 3.026.105.142 (2019)[2]
Lucro Baixa Kz -1.469.706.593(2019)[2]

A Empresa do Caminho de Ferro de Moçâmedes-E.P. (ECFM-EP) é uma empresa pública de administração indireta angolana responsável pela operação ferroviária de serviços de carga e de passageiros no Caminho de Ferro de Moçâmedes, servindo estações localizadas nas províncias do Namibe, Huíla e Cuando-Cubango.[3]

Histórico[editar | editar código-fonte]

A empresa descende da estatal portuguesa "Companhia do Caminho de Ferro de Mossâmedes" (CCFM), fundada em 1905 para construir o Caminho de Ferro de Moçâmedes e gerir a operação da linha após a conclusão das obras.[4][5]

A empresa CCFM obteve certo sucesso em relação às suas operações, principalmente após a entrada em operação da Mina de Cassinga, que fez a empresa angariar muitos dividendos.[6]

Foi nacionalizada em 1976, no bojo do processo de independência de Angola, praticamente sucumbindo diante dos nefastos efeitos da Guerra Civil Angolana, que forçou a paralisação das operações da linha.

Em 2003, após o final da guerra, ocorre a recapitalização da CCFM, sendo finalmente convertida em "Empresa do Caminho de Ferro de Moçâmedes-E.P." (ECFM-EP), para gerir a reconstrução da linha férrea e a retomada da operação da mesma.[7]

Frota[editar | editar código-fonte]

A empresa possui 43 Locomotivas,[2] sendo 3 ALCO, 6 CKD8F, 7 GE U20C, 27 GE C30 ACi e 3 CRRC DMUs.[8] Possui também 225 vagões,[2] sendo 28 porta contentores, 60 vagões para granito, 26 cisternas para gasóleo, 35 cisternas a vácuo, 15 vagões borda alta, 41 carruagens Série 22 - Indiana e 41 carruagens Série 24 - Chinesa.

Referências

  1. «Huíla: CFM assinala 114 anos com foco no aumento de frequências e redução de pessoal». Angop. 28 Setembro de 2019. Consultado em 20 de Agosto de 2020 
  2. a b c d e f «Relatório e Contas 2019» (PDF). Caminho de Ferro de Moçâmedes - Relatório e Contas 2019. 31 de março de 2020. Consultado em 20 de Agosto de 2020 
  3. CFM - Caminho de Ferro de Moçamedes. Visite Huíla. 2020.
  4. A visita do Chefe de Estado à Angola e os Caminhos de Ferro. Gazeta dos Caminhos de Ferro. Nº 1567. 67º Ano. Lisboa: 1 de junho de 1954. Pgs.: 177-181.
  5. Caminho de Ferro de Mossâmedes. Boletim da C.P. - Órgão da Instrução Profissional do Pessoal da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses. Nº 11. 2º Ano. Lisboa: Maio de 1930
  6. Santos, Djanira Alexandra Monteiro dos. (2010). «Avaliação Econômica e Financeira do Projeto de Ferro Eluvionar de Cassinga Norte, em Angola.» (PDF). Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto 
  7. Chocolate, Alberto Maba. A empregabilidade dos graduados do ensino superior angolano no setor de transportes. Maputo: 7ª Conferência Forges. 2017.
  8. «INFA: Angola to take delivery of 3 CRRC DMUs 'in the coming weeks'». Centre for Rail. 10 de junho de 2020. Consultado em 20 de agosto de 2020 )