Operação Silêncio: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m →‎Ver: recat e ajustes utilizando AWB
Linha 15: Linha 15:


==São Paulo e Rio Grande do Sul==
==São Paulo e Rio Grande do Sul==
Os comandos militares do [[Rio Grande do Sul]] e [[São Paulo]], ainda sem definição quanto ao golpe, se mantiveram em silêncio, aguardando o desfecho de [[Minas Geris]] e [[Rio de Janeiro]].
Os comandos militares do [[Rio Grande do Sul]] e [[São Paulo]], ainda sem definição quanto ao golpe, se mantiveram em silêncio, aguardando o desfecho de [[Minas Geris|Minas Gerais]] e [[Rio de Janeiro]].


Embora a grande maioria dos oficiais apoiasse ao movimento, em São Paulo, o Comandante do II Exército, [[Amauri Kruel]] só se definiu após telefonar para [[Jango]] e obter a negativa de que o presidente não demitiria ministros nem fecharia a CGT.
Embora a grande maioria dos oficiais apoiasse ao movimento, em São Paulo, o Comandante do II Exército, [[Amauri Kruel]] só se definiu após telefonar para [[Jango]] e obter a negativa de que o presidente não demitiria ministros nem fecharia a CGT.

Revisão das 15h11min de 10 de junho de 2014

A chamada Operação Silêncio foi uma estratégia militar que visava o elemento surpresa como arma de guerra executada quando houve a eclosão do golpe militar de 1964 no Brasil.

Vila Militar

A "operação silêncio" se fez necessária devido fato de que o governo de João Goulart dispunha da fidelidade de grande parte da oficialidade que compunha a "Vila Militar" no Rio de Janeiro.

A vila militar possuía o maior poderio bélico do Brasil, portanto, uma reação violenta desencadearia uma guerra civil cujo desfecho poderia ser imprevisível.

Base Aérea de Santa Cruz

Além da Vila Militar, a Base Aérea de Santa Cruz também deveria ser neutralizada, pois devido seu poderio bélico, conseguiria facilmente debelar a tentativa de golpe e aniquilar as tropas revoltosas a caminho do Rio de Janeiro e Brasília.

Motivo da Operação Silêncio

Este foi o principal motivo que desencadeou o deslocamento da Frota do Caribe para o Brasil, esta capitaneada pelo Porta Aviões Forrestal, composto por 5.499 homens bem armados e prontos para o combate além das aeronaves embarcadas e armadas.

Sucesso da operação

A operação silêncio, dizem alguns no meio militar, foi a principal causa de sucesso do golpe militar. A movimentação que partira então de Minas Gerais deveria estar sob o mais absoluto sigilo, e a única forma de mantê-la sob segredo era o silêncio das radiocomunicações entre as unidades beligerantes.

As comunicações e coodenação do movimento eram executadas via telefone, em São Paulo, era o grupo liderado pelo general Cordeiro de Farias se encarregou de fazer os contatos naquele Estado entre os conspiradores e os políticos.

São Paulo e Rio Grande do Sul

Os comandos militares do Rio Grande do Sul e São Paulo, ainda sem definição quanto ao golpe, se mantiveram em silêncio, aguardando o desfecho de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Embora a grande maioria dos oficiais apoiasse ao movimento, em São Paulo, o Comandante do II Exército, Amauri Kruel só se definiu após telefonar para Jango e obter a negativa de que o presidente não demitiria ministros nem fecharia a CGT.

Enquanto isto no Rio Grande do Sul, o III Exército não se definia, pois, existia a influência política de Leonel Brizola embora o governador daquele Estado, Ildo Meneghetti, fosse de frontal oposição a Jango, por isto o governador, sabendo secretamente da intenção dos militares mudou a administração para o interior do Estado.

Nordeste e Centro-Oeste

Na Região Nordeste, o general Justino Alves Bastos, coordenou as movimentações para neutralizar as Ligas Camponesas lideradas por Francisco Julião.

Em Brasília, o Comandandante Militar do Planalto general Nicolau Fico foi posto à revelia por seus colegas, pois, a operação silêncio, lá coordenada pelo general Rafael de Souza Aguiar, não deixou chegar ao comando as informações da movimentação militar em tempo hábil para uma possível resistência.

Resultado da operação silêncio

O resultado de toda a operação silêncio foi o "elemento surpresa", que desta maneira facilitou as movimentações das tropas, eliminando assim qualquer possibilidade de reação das forças legalistas em tempo.

O sucesso estratégico da operação silêncio foi de tal magnitude, que o presidente Goulart somente ficou sabendo que o golpe de estado realmente se concretizara, quando seus auxiliares ouviram pelo rádio e comunicaram-no que o governo dos Estados Unidos havia reconhecido o novo governo brasileiro estabelecido em Brasília.

Ver