Maria Spiridonova: diferenças entre revisões
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Revisão das 22h56min de 25 de maio de 2015
Maria Aleksandrovna Spiridonova (em russo:Мари́я Алекса́ндровна Спиридо́нова), 16 de outubro de 1884 – 11 de setembro de 1941, foi uma revolucionária russa.
Biografia
Maria filiou-se ao Partido Socialista Revolucionário, à época em que se preparava para ser enfermeira.
Em janeiro de 1906, ela assassinou o Inspetor Geral de Polícía, G.N. Luzhenovsky - que havía ordenado a brutal repressão policial do levante campesino, durante a Revolução Russa de 1905 -, disparando uma bala de revólver contra o seu rosto, em plena estação ferroviária provincial de Borisoglebsk.
Recolhida à prisão de Chuti, Spiridonova foi objeto de horrendas torturas físicas, inclusive sexuais, por parte dos soldados. Alguns dos abusos cometidos contra ela foram: ser arrastada, nua e amarrada, pelos degraus de uma escada; ter os seios queimados com brasas de cigarro; e espancamento generalizado.
A divulgação das torturas que lhe foram aplicadas, granjeou-lhe a simpatia de uma parte da Opinião Pública, razão pela qual sua sentença de morte foi comutada em prisão perpétua, a ser cumprida na Penitenciária de Maltzevskaya, na Sibéria. Libertada após a Revolução de fevereiro de 1917, ela fez questão de destruir, com dinamite, a prisão de Chuti, onde fora torturada.
Spiridonova converteu-se em líder da esquerda do Partido Socialista Revolucionário que, embora apoiasse a Ditadura do Proletariado, implantada pelos Bolcheviques, proclamava-se um partido do Campesinato russo, cuja principal plataforma política era a Reforma Agrária, com distribuição de terras aos lavradores. Para os bolcheviques, a manutenção da propriedade privada no campo, ainda que na forma de pequenas propriedades, era um programa burguês e, por conseguinte, contra-revolucionário.
Por se oporem à assinatura do Tratado de Brest-Litovsk (e também por conta de outros desacordos), os socialistas-revolucionários romperam com os bolcheviques e tramaram uma insurreição contra eles, em julho de 1918. A insurreição falhou e Spiridonova foi presa, permanecendo no cárcere por um longo tempo, onde, segundo seu relato a Louise Bryant - a escritora feminista, esposa de John Reed - sofreu torturas psicológicas, como a de ser acordada em uma noite, informando-se-lhe de que seria fuzilada naquele momento (método comumente usado pela Tcheca, o primeiro serviço secreto da União Soviética, que durou de 1917 a 1922).
Durante os expurgos promovidos por Stálin, ela voltou a ser presa, juntamente com outros doze membros da esquerda do Partido Socialista Revolucionário, acusados de planejar um levante camponês.
Afinal, em 1941, quando a União Soviética foi invadida pela Alemanha nazista, Mariya Spiridonova foi executada, por ordem de Stalin, ao lado de outros 150 prisioneiros políticos, dentre eles, Christian Rakovski e Olga Kameneva.
“Os operários da Rússia têm diante de si perspectivas históricas até agora desconhecidas. Todos os movimentos revolucionários do proletariado, até o presente, foram derrotados. O movimento atual é internacional. Eis por que é invencível. No mundo inteiro, não há força capaz de extinguir este incêndio revolucionário. O velho mundo desmorona-se e um novo mundo nasce.”
- Maria Spiridonova, citada por John Reed, saudando o triunfo da Revolução Bolchevique.
Ligações externas
- Mariya Spiridónova - Visitado em 26/10/2009.
- My Disillusionment in Russia. Mariya Spiridónova de Emma Goldman - Visitado em 26/10/2009.