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Colégio Militar do Rio de Janeiro: diferenças entre revisões

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Revisão das 23h10min de 1 de maio de 2016

Colégio Militar do Rio de Janeiro
CMRJ
Colégio Militar do Rio de Janeiro
Informação
Localização Rio de Janeiro,
Fundação 6 de maio de 1889
Lema "Um belo começo..."
Comandante Coronel Aroldo Ribeiro Cursino
Número de estudantes aprox. 2500
Página oficial
www.cmrj.ensino.eb.br

O Colégio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ) é uma instituição militar de ensino que se localiza no bairro do Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Foi o primeiro Colégio Militar criado no País. O Colégio é uma unidade acadêmica do Exército Brasileiro e é subordinado à Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial.

Antecedentes

A primeira ideia de se criar um Colégio Militar no Brasil surgiu em 1853, proposta pelo então Senador do Império, Luís Alves de Lima e Silva, que seria nomeado dezesseis anos mais depois Duque de Caxias. O intento de Caxias era de criar um Colégio que assistisse os “filhos daqueles que morrerão ou se inutilizarão no campo de batalha defendendo a independência e a honra nacional”. Caxias já se preocupava com a guerra que estava para acontecer. Mas nada conseguiu, pois naquela época o Exército não era prestigiado como a Guarda Nacional, por exemplo.

Entrada do Colégio Militar do Rio de Janeiro

Porém, após a Guerra do Paraguai, cresceu no povo brasileiro um forte sentimento nacionalista e de exaltação ao nosso exército que saíra vitorioso. Dentro desse contexto, a 25 de fevereiro de 1865, é criada no Rio de Janeiro uma organização chamada Sociedade do Asilo dos Inválidos da Pátria que se propunha a “auxiliar o Governo Imperial a fundar e custear um asilo dos inválidos, onde deveriam ser recolhidos e tratados os servidores do país que, por sua velhice ou mutilação na guerra, não pudessem mais prestar serviços e onde se daria educação aos órfãos, filhos de militares, mortos em campanha, ou mesmo quando destacados em serviço das armas”.

Na mente de José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho, irmão de Luís Alves, futuro Visconde de Tocantins, renasce a ideia de se criar um Colégio Militar, quer em 1862, como Deputado, quer em 1865, enquanto presidente da Sociedade do Asilo dos Inválidos da Pátria. Porém, a Sociedade, de início, tinha dificuldades que não permitiram logo fundar um Colégio Militar.

Anos depois a Sociedade prosperou conseguindo, em 1868, fundar, na Ilha do Bom Jesus, o Asilo dos Inválidos da Pátria. Foram pagos 157 contos de réis pelo prédio onde funcionava o Convento dos Franciscanos e que passaria a abrigar os servidores da Pátria.

A maior incentivadora da Sociedade era a Associação Comercial, visto que a maior parte de seus sócios também pertenciam àquela Associação, sendo o maior exemplo o Visconde de Tocantins. Em uma das cláusulas do estatuto da Sociedade do Asilo dos Inválidos constava a proibição à entrada de novos sócios, abrindo brechas para que a Associação Comercial propusesse uma fusão à Sociedade do Asilo para que ela pudesse se perpetuar.

Em um contexto político tão conturbado, os cofres públicos em déficit por ocasião da guerra, era de se encher os olhos da Associação Comercial, uma Sociedade que contava na época com uma riqueza de cerca de 1744 contos de réis em apólices da dívida pública.

O palacete Babilônia em 1912

A 23 de junho de 1885 se consuma a fusão, considerando, a partir daquela data, dissolvida a Sociedade do Asilo. A fusão se dá, pois, ilegalmente já que constava no Estatuto da Sociedade do Asilo, invocado pelos próprios homens da Associação Comercial, que a Sociedade deveria existir enquanto durasse o Asilo. Se o Asilo continuava a existir, a Sociedade jamais poderia ser extinta.

Conselheiro Tomás Coelho, fundador do Colégio Militar, diretor do Banco da República, membro do ministério que decretou a abolição da escravatura. Falecido em 19 de setembro de 1895.

A partir daí começou uma luta da Associação Comercial para conseguir junto aos ministros da Guerra, a transferência das apólices do Asilo para o seu patrimônio. Tal pedido foi negado por todos os ministros desde 1885 até 1888 quando sobe ao cargo o conselheiro Tomás Coelho.

Tomás José Coelho de Almeida era parlamentar desde 1872, considerado um homem extremamente esclarecido que queria logo conquistar o apreço dos militares, então ressentidos pelo descaso do Império.

Tomás Coelho foi ministro da Agricultura enquanto Caxias foi Presidente do Conselho de Ministros (1875), eram grandes amigos, e Tomás Coelho tomou para si o sonho de criar um Colégio Militar.

Como político experimentado, Tomás Coelho, percebeu a irreversibilidade do processo de fusão da Sociedade do Asilo dos Inválidos da Pátria com a Associação Comercial, que não se negaria a adquirir um prédio, onde se pudesse instalar o Colégio, a pedido do Ministro da Guerra, caso ele obtivesse a homologação oficial do ato de 1885.

Homenagem ao aluno Horácio Lucas

O ministro conseguiu em 25 de abril de 1888 uma Resolução Imperial que submetia a Associação Comercial a todos os direitos e obrigações da Sociedade dos Inválidos da Pátria. Perceba que, ao contrário do ato de 1885, a Resolução não extinguia a Sociedade do Asilo, mas lhe dava um “alicerce mantenedor” chamado Associação Comercial que agora estava obrigada a manter o Asilo e o Colégio Militar que Tomás Coelho pretendia instalar.

Os primórdios

Após a resolução Thomaz Coelho trabalhou pela criação do Colégio. Em 9 de março de 1889 foi assinado o Decreto Imperial 10.202, criando o Imperial Colégio Militar da Corte e aprovando o seu Regulamento. Já em 29 de abril de 1889 o Império compra, pelo preço de 220 contos de réis pagáveis em 220 apólices da dívida pública, o Palacete do Barão de Itacurussá, herdado do Conde de Mesquita, na rua São Francisco Xavier, 21 (número antigo). O mesmo contrato de venda obriga a Fazenda a “fazer reverter ao patrimônio do Asilo dos Inválidos da Pátria (portanto à Associação Comercial) as propriedades compradas, desde que deixarem de ter o destino e aplicação para que foram adquiridas”.

Já em 1895 a Associação Comercial não mais se obrigava a custear o Colégio Militar. O Asilo foi empobrecendo e perdendo, para a União, terras da Ilha do Bom Jesus que toda lhe pertencera. Os juros das apólices da Sociedade ajudaram a construir o monumental prédio da rua 1º de Março que hoje serve ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) e à Agência Primeiro de Março do Banco do Brasil.

Desde 1895 até 1906, houve várias investidas judiciais contra a Associação Comercial em busca do patrimônio perdido, porém não deram certo.

Aluno com antigo uniforme do CMRJ

Com a justificativa de que as despesas causadas pela manutenção do Colégio Militar eram muito altas, vários políticos tentaram durante os anos posteriores, sem sucesso, extingui-lo.

Armas

Quando o aluno ingressa no Ensino Médio, é obrigado a escolher dentre quatro Armas: Infantaria, Cavalaria, Artilharia e Comunicações. Ele estudará durante seus três anos de ensino em turmas com outros alunos da mesma Arma. Em cada uma delas, o aluno poderá realizar tarefas específicas e disputar nas Olimpíadas de Armas.

Companhia de Infantaria

A mais antiga arma do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Tem como patrono o Marechal Sampaio.

Esquadrão de Cavalaria

O Esquadrão de Cavalaria foi criado em 1895 e desfilou, pela primeira vez, na parada de 7 de setembro do mesmo ano. Seu patrono é o Marechal Osório.

Bateria de Artilharia

Em 1900, o Colégio recebeu os canhões Krupp e organizou a sua Bateria de Artilharia . Seu patrono é o Marechal Mallet.

Companhia de Comunicações

Foi criada em 1981, tendo como patrono Marechal Rondon.

Companhia de Engenharia

Criada em 2016, é a mais nova arma do colégio. Seu patrono é o Tenente Coronel Villagran Cabrita.

Companhia Especial

Ou Cia Esp, como ficou conhecida, foi uma arma criada para agregar o então Terceiro Ano do Ensino Médio que tinha uma rotina diferente do resto do CMRJ, visto que enfrentariam os diversos concursos vestibulares. Foi extinguida no final de 2000, voltando ao sistema tradicional de armas. Atualmente, a preparação para Vestibular fica por conta do PREVEST.

Ingresso das meninas

Em 1989 quando o Colégio Militar completou 100 anos, entrou a primeira turma feminina.

Canção do CMRJ

Somos jovens destemidos

E vibramos a marchar

Os alunos sempre unidos

Do Colégio Militar

Nossa luta nos ensina

A vencer, a ter pujança,

E lutamos, só domina

Nosso peito a esperança

Companheiros leais, trabalhemos

E faremos

Num esforço vibrante, febril

Desta casa que amamos, um templo

Um exemplo

Grandioso de amor ao Brasil!

Aqui Pátria, nós sabemos

Quanto és grande em terra e mar;

Teu valor nós aprendemos

Aprendemos a só te amar!

Nosso culto é o mesmo, agora;

Que o dos nossos pais e avós,

E alguém que mais te adora!

Não te adora mais que nós!

Companheiros leais,trabalhemos

E faremos

Num esforço vibrante,febril

Desta casa que amamos,um templo

Um exemplo

Grandioso de amor ao Brasil!


Prossigamos na Porfia

Estudemos a valer

Com denodo e alegria

A cumprir nosso dever

Mais um dia o pranto há de

Nossos olhos inundar

Ao chorarmos a saudade

Do Colégio Militar

Companheiros leais,trabalhemos

E faremos

Num esforço vibrante,febril

Desta casa que amamos,um templo

Um exemplo

Grandioso de amor ao Brasil!

Saudação Colegial

"E ao Colégio, tudo ou nada?

Tudo!

Então como é? Como é que é?

Zum, zaravalho, opum, zarapim, zoqüé,

Oqüé-qüé, oqüé-qüé, ZUM!

Pinguelim, pinguelim, pinguelim.

Zunga, zunga, zunga.

Cate marimbáu, cate marimbáu,

Eixáu, eixáu. Colégio!"

AACM (Associação dos Ex-Alunos dos Colégios Militares)

A Associação dos Ex-Alunos dos Colégios Militares (AACM) surgiu do idealismo de um grupo de ex-alunos que, reunidos na grandiosa noite de 26 de abril de 1939, tinha por obejtivo a elaboração do programa das festividades e comemorações de meio século de vida do Colégio Militar do Rio de Janeiro.

Atualmente, tem sua sede principal no Colégio Militar do Rio de Janeiro, na Tijuca, e uma sede campestre, a “Casa do Ex-Aluno - Pousada Albanita Gibson”, na cidade de Engenheiro Paulo de Frontin, no interior do Estado do Rio de Janeiro.

APM (Associação de Pais e Mestres)

Foi criada em 19 de outubro de 1996, sendo composta por civis com o objetivo de acompanhar a situação do aluno/responsável, atendendo a recreação, cultura e sem fins lucrativos do Colégio Militar do Rio de Janeiro.[1]

Sociedade Recreativa e Literária

A Sociedade Literária e Dramática do Colégio Militar foi fundada a 7 de setembro de 1892 pelos alunos Daltro Santos, Graça Couto, Milton Cruz, Armando Ferreira, Félix Pacheco e outros, no comando do Cel Luiz Mendes de Morais (segundo comandante). Mudou de nome e passou a ser conhecida pela sigla SRL, que significa Sociedade Recreativa e Literária do CMRJ. Contudo, hoje em dia a SRL do CMRJ não está em operação e sua área está ocupada pela banda de música.

CMRJ no cinema

De Passagem

De Passagem entrelaça dois momentos bem distintos e marcantes na vida de três jovens da periferia paulistana. Jeferson e Washington são irmãos e amigos de Kennedy desde crianças. Quando crescem Jeferson entra no Colégio Militar no Rio de Janeiro e Washigton e Kennedy entram para o tráfico de drogas. Após receber a notícia da morte de Washington, Jeferson volta a São Paulo e juntamente com Kennedy sai numa viagem pela cidade procurando o corpo de Washington. Nessa viagem Jeferson e Kennedy lembram um acontecimento importante do passado.

Olga

Narra a história da judia alemã Olga Benário Prestes (1908-1942). Militante comunista desde jovem Olga é perseguida pela polícia e foge para Moscou, onde faz treinamento militar. É encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes (ex-líder da revolução tenentista e da coluna Prestes) ao Brasil.

Neste filme o auditório do Colégio Militar aparece bem no começo quando Olga está discursando.

Lisbela e o Prisioneiro

Em Lisbela e o Prisioneiro, o auditório do CMRJ foi usado como cinema pelos personagens. Muitos alunos foram figurantes.

Na cena em que Lisbela e a mulher de Frederico Evandro estão discutindo sobre Leléu no cinema (na cena após Leléu ser preso e acusado de seduzir Lisbela), aparece um ar-condicionado embaixo da janela do auditório do Colégio Militar do Rio de Janeiro, muito moderno para a época do filme (meados de 1970). (Falha Nossa)

Notas

Ver também

Ligações externas

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