Rio Zêzere: diferenças entre revisões

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== Afluentes ==
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Os seus principais afluentes na margem direita são: o [[ribeira de Alge]], o [[rio Cabril]], o [[rio Unhais]], o [[rio Nabão]], a [[ribeira de Paul]] e a [[ribeira de Pêra]]. Na margem esquerda encontramos a [[ribeira de Bogas]], a [[ribeira de Rio Caria]], a [[ribeira da Malhadancha]], a [[ribeira da Isna]], a [[ribeira de Meimoa]], a [[ribeira da Sertã]] e a [[ribeira de Teixeira]].

== Cultura ==

=== Literatura ===
O Zêzere aparece no poema "Canção ao Pomar de N. Sr.ª da Luz", de Miguel Leitão de Andrada<ref name=":0" />, que por muito tempo foi erroneamente atribuído a Luís de Camões:
{{Rquote|2=De teu fermoso pezo
Está o monte ledo,
E o Zenzer soberbo verte estranha,
De olhares com desprêzo
Sua corrente e rochedo
Que com Pera a teus pés rodea e banha.|3=Miguel Leitão de Andrada}}


== Ligações externas ==
== Ligações externas ==

Revisão das 12h56min de 12 de março de 2022

Zêzere
Rio Zêzere
Lago Azul no rio Zêzere, vendo-se ao fundo a ponte entre Vila de Rei e Ferreira do Zêzere
Comprimento 214 km
Nascente Serra da Estrela
Altitude da nascente 1900 m
Foz Rio Tejo
Área da bacia 5043 km²
Afluentes
principais
Nabão, Ribeira de Meimoa, Ribeira da Pampilhosa, Ribeira da Sertã, Isna, Ribeira de Inguias, Ribeira de Alge, Ribeira de Pera, Ribeira da Bezelga, e Ribeira de Cortes
País(es) Portugal Portugal
 Nota: Se procura outros significados da palavra, veja Zêzere.

O rio Zêzere é um curso de água da região do Centro, Portugal. Nasce na serra da Estrela, a cerca de 1900 m de altitude, junto ao Cântaro Magro. Ainda na zona da serra da Estrela, passa por Manteigas e próximo da cidade da Covilhã, seguindo depois para sudoeste, confluindo com o rio Tejo a oeste de Constância, após um curso de cerca de 200 km.

O Zêzere é o segundo maior rio exclusivamente português, após o rio Mondego. A sua bacia hidrográfica tem 5043 km² (dos quais 1056 km² pertencem ao rio Nabão). Os grandes desníveis, aliados ao caudal de água (por vezes superior a 10 000 m³/s.), representam uma notável riqueza hidroelétrica, aproveitada em três barragens (Bouçã, Cabril e Castelo de Bode), que produzem anualmente 700 GWh.

Origem do nome

Não existe consenso relativamente à etimologia de Zêzere. É referido como Ozécaro [Ozecarus][1][2] e Zacor[3] nas obras de André de Resende e de Miguel Leitão de Andrada. Uma das possíveis origens para o nome do rio poderá encontrar-se na árvore zenzereiro, actualmente mais conhecida por azereiro, que cresce e floresce nas suas margens[4][5]. Alternativamente coloca-se a hipótese de origem a partir do árabe, de od (rio) e zez, que significa cigarra[6][7], resultando em ozezar (Castelo de Ozezar), ou seja, rio das cigarras. Outras alternativas incluem origens a partir de antropónimo, seja de Ozecaris ou mesmo de César[5].

Alto Zêzere

Troço superior do rio Zêzere, ocupando vale de origem glaciária na serra da Estrela

O alto Zêzere ocupa um antigo vale glaciar instalado ao longo de uma falha de orientação sudoeste-nordeste[8]. A nascente situa-se no circo glaciário, que define uma sucessão de três covões (ombilics), depressões mal drenadas: Covão Cimeiro, Covão d'Ametade e o pequeno Covão da Albergaria.

Afluentes

Os seus principais afluentes na margem direita são: o ribeira de Alge, o rio Cabril, o rio Unhais, o rio Nabão, a ribeira de Paul e a ribeira de Pêra. Na margem esquerda encontramos a ribeira de Bogas, a ribeira de Rio Caria, a ribeira da Malhadancha, a ribeira da Isna, a ribeira de Meimoa, a ribeira da Sertã e a ribeira de Teixeira.

Cultura

Literatura

O Zêzere aparece no poema "Canção ao Pomar de N. Sr.ª da Luz", de Miguel Leitão de Andrada[3], que por muito tempo foi erroneamente atribuído a Luís de Camões:

Rio Zêzere De teu fermoso pezo

Está o monte ledo, E o Zenzer soberbo verte estranha, De olhares com desprêzo Sua corrente e rochedo Que com Pera a teus pés rodea e banha.

Rio Zêzere

— Miguel Leitão de Andrada

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Rio Zêzere
  1. Nunez do Leão, Duarte (1610). Descriçao do reino de Portugal. Lisboa: [s.n.] p. 36 
  2. Resende, André de (1593). Libri quatuor De antiquitatibus Lusitaniae (PDF). [S.l.: s.n.] p. 79 
  3. a b Andrada, Miguel Leitão de (1629). Miscellanea do sitio de N. Sª. da Luz do Pedrogão Grande : apparecimto. de sua sta. imagem, fundação do seu Convto. e da See de Lxa... com mtas. curiozidades e poezias diversas. [S.l.: s.n.] 
  4. Gonçalves, Marta. «Impacte das Grandes Obras de Engenharia. A Barragem do Castelo do Bode e a Freguesia de Cernache do Bonjardim.» (PDF) 
  5. a b Rocha, Carlos Alberto Matias. Etimologia dos hidrotopónimos de Portugal Continental : história linguística de um território. [S.l.: s.n.] p. 372 
  6. Conde, Manuel Sílvio Alves (1997). [Ocupação humana e polarização de um espaço rural do Garb-al-Andalus : o Médio Tejo à luz da toponímia arábica «Ocupação humana e polarização de um espaço rural do Garb-al-Andalus : o Médio Tejo à luz da toponímia arábica»] Verifique valor |url= (ajuda). Universidade dos Açores. Arquipélago / História: revista da Universidade dos Açores: 356 
  7. Resende, André de. As Antiguidades da Lusitânia (PDF). [S.l.]: Imprensa da Universidade de Coimbra. p. 429. ISBN 978-989-8074-80-5 
  8. A Moreira, G Vieira. «Modelação do glaciar do Zêzere durante a última deglaciação (Serra da Estrela, Portugal)» (PDF). ASAMBLEA HISPANO-PORTUGUESA DE GEODESIA Y GEOFÍSICA. Consultado em 12 de Março de 2022