Navegação à vela: diferenças entre revisões
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{{PEPB|Navegação à vela|Navegação a vela}}{{nota de rodapé | Provas do bom fundamento da expressão Navegação à Vela.<ref>[http://books.google.com.br/books?id=h-uxZEHXtggC&pg=PA85#v=onepage&q&f=false ''Manual para redação Acadêmica''], pág. 85. Públio Athayde</ref><ref>[http://books.google.com.br/books?id=3OYPDGOWagUC&pg=PA238#v=onepage&q&f=false ''Vocabulario portuguez & latino''], pág. 238. Rafael Bluteau. Ed. na officina de Pascoal da Sylva (1720)</ref><ref>[http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=26378 Ainda navegação «à vela»]. ''Ciberdúvidas da Língua Portuguesa''</ref> Ver também a página de discussão}} pode ser definida como a arte de manobrar as [[vela (náutica)|velas]] de uma [[veleiro|embarcação]] (de flutuação própria) em função do [[vento]] (conforme a sua direcção e a sua intensidade) para que possa locomover-se em relação ao [[Rumo (náutica)|rumo]] que se pretende seguir, em operações que envolvem não somente o [[Velame (náutica)|velame]] em si, mas também o(s) [[mastro]](s), a [[Quilha_(náutica)|quilha]] e o [[leme (navegação)|leme]]. |
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Este tipo de navegação foi utilizada com primazia pela humanidade, até o surgimento da [[Barco a vapor|navegação a vapor]], originalmente usada como coadjuvante da primeira, até tornar-se o meio de propulsão exclusivo e majoritário a partir de [[1845]], com a construção do [[SS Great Britain|SS ''Great Britain'']].<ref>{{citar livro|url=http://books.google.com.br/books?id=69lz4dxeMlIC&pg=PA17&dq=%22navega%C3%A7%C3%A3o+a+vela%22&hl=pt-BR&ei=qsNUTuarJsi1twfMgamQAg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CDsQ6AEwAw#v=onepage&q=%22navega%C3%A7%C3%A3o%20a%20vela%22&f=false |autor=Bruno Jacomy |título=Era do Controle Remoto |editora=Jorge Zahar ed., Rio de Janeiro|ano=2004|página=17|páginas=168|isbn= 85-7110-774-2 }}</ref> |
Este tipo de navegação foi utilizada com primazia pela humanidade, até o surgimento da [[Barco a vapor|navegação a vapor]], originalmente usada como coadjuvante da primeira, até tornar-se o meio de propulsão exclusivo e majoritário a partir de [[1845]], com a construção do [[SS Great Britain|SS ''Great Britain'']].<ref>{{citar livro|url=http://books.google.com.br/books?id=69lz4dxeMlIC&pg=PA17&dq=%22navega%C3%A7%C3%A3o+a+vela%22&hl=pt-BR&ei=qsNUTuarJsi1twfMgamQAg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CDsQ6AEwAw#v=onepage&q=%22navega%C3%A7%C3%A3o%20a%20vela%22&f=false |autor=Bruno Jacomy |título=Era do Controle Remoto |editora=Jorge Zahar ed., Rio de Janeiro|ano=2004|página=17|páginas=168|isbn= 85-7110-774-2 }}</ref> |
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==Veleiro básico== |
== Veleiro básico == |
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Qualquer [[veleiro]], é sempre constituído por uma parte flutuante, uma parte que lhe permite receber o vento e uma parte direccional, ou seja: |
Qualquer [[veleiro]], é sempre constituído por uma parte flutuante, uma parte que lhe permite receber o vento e uma parte direccional, ou seja: |
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* [[Casco (navio)|Casco]] — o que o permite flutuar. |
* [[Casco (navio)|Casco]] — o que o permite flutuar. |
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* A parte emersa, as [[obras mortas]], para receber o vento, é formada pela: |
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** [[Mastreação]] — conjunto dos |
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* A parte imersa, as [[obras vivas]], para reforçar e dirigir, é constituída pela : |
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==Casco== |
== Casco == |
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O '''[[casco (navio)|casco]]''' é o invólucro exterior de qualquer embarcação da qual depende a sua flutuabilidade. Um casco pode ser dividido em três partes: '''fundo''' — parte mais baixa do casco; '''costado''' — parte lateral do casco; '''encolamento''' — secção, geralmente curva, de junção entre o fundo e o costado. |
O '''[[casco (navio)|casco]]''' é o invólucro exterior de qualquer embarcação da qual depende a sua flutuabilidade. Um casco pode ser dividido em três partes: '''fundo''' — parte mais baixa do casco; '''costado''' — parte lateral do casco; '''encolamento''' — secção, geralmente curva, de junção entre o fundo e o costado. |
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A '''[[mastreação]]''' é composta pelo [[mastro]], fixo à embarcação pelo [[estai]] e pelos [[Brandal|brandais]], e a sua inseparável [[retranca]], no caso de uma monotipo ligeiro, pois que num grande [[veleiro]] refere-se ao conjunto dos [[mastro]]s, [[verga]]s, [[cesto da gávea]] e [[Pau (náutica)|paus]] de uma embarcação <ref>[http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/Mastreação Dic. Porto Editora] - Setembro 2011</ref> |
A '''[[mastreação]]''' é composta pelo [[mastro]], fixo à embarcação pelo [[estai]] e pelos [[Brandal|brandais]], e a sua inseparável [[retranca]], no caso de uma monotipo ligeiro, pois que num grande [[veleiro]] refere-se ao conjunto dos [[mastro]]s, [[verga]]s, [[cesto da gávea]] e [[Pau (náutica)|paus]] de uma embarcação <ref>[http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/Mastreação Dic. Porto Editora] - Setembro 2011</ref> |
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===Velame=== |
=== Velame === |
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O '''[[vela (náutica)|velame]]''', o ''motor'' do veleiro, é composto pela [[vela grande]] (presa ao mastro e à retranca) e pela [[vela de estai]] (presa ao [[Cabo de aço|cabo]] que lhe deu o nome). Além destas velas de base pode também citar-se o [[Genoa (vela)|genoa]] e o [[spinnaker]] (balão). |
O '''[[vela (náutica)|velame]]''', o ''motor'' do veleiro, é composto pela [[vela grande]] (presa ao mastro e à retranca) e pela [[vela de estai]] (presa ao [[Cabo de aço|cabo]] que lhe deu o nome). Além destas velas de base pode também citar-se o [[Genoa (vela)|genoa]] e o [[spinnaker]] (balão). |
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====Tipo de velas==== |
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A vela começou por ser quadrada e em seguida trapezoidal para se tornar triangular, actualmente para se obter uma superfície vélica superior para uma dada altura de mastro começa-se a utilizar de novo a vela aúrica como nos [[monocasco]]s de corrida. |
A vela começou por ser quadrada e em seguida trapezoidal para se tornar triangular, actualmente para se obter uma superfície vélica superior para uma dada altura de mastro começa-se a utilizar de novo a vela aúrica como nos [[monocasco]]s de corrida. |
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===Aparelho e manobra=== |
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Em náutica estes termos tem um significado bem próprio já que designam |
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* '''[[Aparelho_(náutica)|Aparelho]]''' — o nome dado ao conjunto propulsor dos veleiros: [[Velame (náutica)|velame]], [[massame]] e [[poleame]]; |
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* '''[[Manobra (náutica)|Manobra]]''' — o nome dado às acções relacionadas com o manobrar do velame. |
* '''[[Manobra (náutica)|Manobra]]''' — o nome dado às acções relacionadas com o manobrar do velame. |
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===Mudar de rumo=== |
=== Mudar de rumo === |
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Sendo o '''rumo''' a direcção em que se navega, mudar de rumo será mudar de direcção. No mar aberto utiliza-se uma [[bússola]] para se ir numa direcção determinada, mas junto à costa utiliza-se mais uma [[conhecença]], ou sejam pontos facilmente reconhecíveis na costa como faróis, |
Sendo o '''rumo''' a direcção em que se navega, mudar de rumo será mudar de direcção. No mar aberto utiliza-se uma [[bússola]] para se ir numa direcção determinada, mas junto à [[costa]] utiliza-se mais uma [[conhecença]], ou sejam pontos facilmente reconhecíveis na costa como [[Farol|faróis]], [[igreja (edifício)|igreja]]s, [[torre]]s, etc. |
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Para se efectuar esta manobra é preciso primeiro alterar a posição do leme e depois alterar a maneira como as velas estavam ajustadas para as regular em função do novo rumo a seguir, a [[Manobra (náutica)|manobra]]. |
Para se efectuar esta manobra é preciso primeiro alterar a posição do leme e depois alterar a maneira como as velas estavam ajustadas para as regular em função do novo rumo a seguir, a [[Manobra (náutica)|manobra]]. |
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===Virar de bordo=== |
=== Virar de bordo === |
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Entre a '''[[Manobra (náutica)|manobra]]''', o trabalho com o [[Velame (náutica)|velame]],<ref>Petit dictionnaire de marine R.Grüss-1943</ref> e a acção do [[Leme (navegação)|leme]] tem de haver uma boa coordenação no momento em que as velas têm de passar de um bordo ao outro, e é preciso ''virar de bordo''. |
Entre a '''[[Manobra (náutica)|manobra]]''', o trabalho com o [[Velame (náutica)|velame]],<ref>Petit dictionnaire de marine R.Grüss-1943</ref> e a acção do [[Leme (navegação)|leme]] tem de haver uma boa coordenação no momento em que as velas têm de passar de um bordo ao outro, e é preciso ''virar de bordo''. |
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* Patilhão — apêndice que serve para estabilizar e não deixar derivar a embarcação. |
* Patilhão — apêndice que serve para estabilizar e não deixar derivar a embarcação. |
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=== Quilha, patilhão e leme=== |
=== Quilha, patilhão e leme === |
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A '''[[Quilha_(náutica)|quilha]]''' é uma peça da estrutura da embarcação que se estende da proa à popa, na parte inferior da nave, e de onde parte para cima o [[costado]]. É a verdadeira espinha dorsal da embarcação. |
A '''[[Quilha_(náutica)|quilha]]''' é uma peça da estrutura da embarcação que se estende da [[proa]] à popa, na parte inferior da nave, e de onde parte para cima o [[costado]]. É a verdadeira espinha dorsal da embarcação. |
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O '''[[patilhão]]''' é um apêndice fixo e normalmente [[Lastro (transporte)|lastrado]] que não só transforma a força lateral do vento nas velas em movimento longitudinal, mas que paralelamente lhe forneça a estabilidade necessária para que não fique demasiado deitado, ou nos casos extremos que ''vire'' (caia de lado).<ref name="MC">[http://www.marina-cascais.com/por/glossario.html Marina Cascais] {{Wayback|url=http://www.marina-cascais.com/por/glossario.html# |date=20090414024848 }} Agosto 2011</ref> Nos veleiros ligeiros, como no [[Optimist]], o patilhão pode ser retractável. |
O '''[[patilhão]]''' é um apêndice fixo e normalmente [[Lastro (transporte)|lastrado]] que não só transforma a força lateral do vento nas velas em movimento longitudinal, mas que paralelamente lhe forneça a estabilidade necessária para que não fique demasiado deitado, ou nos casos extremos que ''vire'' (caia de lado).<ref name="MC">[http://www.marina-cascais.com/por/glossario.html Marina Cascais] {{Wayback|url=http://www.marina-cascais.com/por/glossario.html# |date=20090414024848 }} Agosto 2011</ref> Nos veleiros ligeiros, como no [[Optimist]], o patilhão pode ser retractável. |
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Altera-se o rumo da embarcação mudando a direcção do leme que pode ser accionado ou por uma [[cana de leme]] ou por uma [[roda de leme]]. A roda de leme funciona como o volante de uma viatura na medida em que se se a rodar para a esquerda, o barco vira para [[bombordo]], contrariamente ao que acontece com a cana de leme que quando empurrada para a esquerda faz virar o barco para [[estibordo]], quer dizer que neste caso o movimento é sempre feito no sentido contrário relativamente ao lado para onde se quer virar.<ref>{{Citar web |url=http://www.ancruzeiros.pt/ancnav-vela.html# |titulo=Associação Nacional de Cruzeiros |acessodata=19 de agosto de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110811073433/http://www.ancruzeiros.pt/ancnav-vela.html# |arquivodata=11 de agosto de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> |
Altera-se o rumo da embarcação mudando a direcção do leme que pode ser accionado ou por uma [[cana de leme]] ou por uma [[roda de leme]]. A roda de leme funciona como o volante de uma viatura na medida em que se se a rodar para a esquerda, o barco vira para [[bombordo]], contrariamente ao que acontece com a cana de leme que quando empurrada para a esquerda faz virar o barco para [[estibordo]], quer dizer que neste caso o movimento é sempre feito no sentido contrário relativamente ao lado para onde se quer virar.<ref>{{Citar web |url=http://www.ancruzeiros.pt/ancnav-vela.html# |titulo=Associação Nacional de Cruzeiros |acessodata=19 de agosto de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110811073433/http://www.ancruzeiros.pt/ancnav-vela.html# |arquivodata=11 de agosto de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> |
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==Regular as velas== |
== Regular as velas == |
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Muito basicamente as velas têm que ser ajustadas, caçadas ou folgadas, para que numa dada direcção seja optimizada a força que o vento exerce nas vela, tanto na [[vela de estai]] como na [[vela grande]]. |
Muito basicamente as velas têm que ser ajustadas, caçadas ou folgadas, para que numa dada direcção seja optimizada a força que o vento exerce nas vela, tanto na [[vela de estai]] como na [[vela grande]]. |
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Assim, quando o [[Burro_(vela)|burro]] está pouco caçado, pouco tenso, a [[valuma]] fica mais solta e a [[vela grande]] enche mais ficando assim com mais saco ("barriga"). Quando o saco está bem atrás a entrada é dita ''fina'' e autoriza apenas uma estreita faixa eficiente de ar, o que permite trabalhar com um ângulo mais fechado com o vento e o barco pode [[orçar]] mais.<ref>[http://www.conhecimentonautico.com/TreineVeleje/TreineVelejeOutubro02.pdf Conhecimento náutico] {{Wayback|url=http://www.conhecimentonautico.com/TreineVeleje/TreineVelejeOutubro02.pdf# |date=20100331135733 }} - Outubro 2011</ref> |
Assim, quando o [[Burro_(vela)|burro]] está pouco caçado, pouco tenso, a [[valuma]] fica mais solta e a [[vela grande]] enche mais ficando assim com mais saco ("barriga"). Quando o saco está bem atrás a entrada é dita ''fina'' e autoriza apenas uma estreita faixa eficiente de ar, o que permite trabalhar com um ângulo mais fechado com o vento e o barco pode [[orçar]] mais.<ref>[http://www.conhecimentonautico.com/TreineVeleje/TreineVelejeOutubro02.pdf Conhecimento náutico] {{Wayback|url=http://www.conhecimentonautico.com/TreineVeleje/TreineVelejeOutubro02.pdf# |date=20100331135733 }} - Outubro 2011</ref> |
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==Ver também== |
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* [[Náutica de recreio]] |
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* [[Propulsão naval]] |
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* [[Veleiro|Tipos de veleiro]] |
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* [[Vela_(náutica)|Velas]] |
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* [https://web.archive.org/web/20120118121304/http://www.ancruzeiros.pt/ancnomenct.html Nomenclatura e localização do velame e da mastreação] |
* [https://web.archive.org/web/20120118121304/http://www.ancruzeiros.pt/ancnomenct.html Nomenclatura e localização do velame e da mastreação] |
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{{Prática da vela}} |
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Revisão das 19h22min de 21 de agosto de 2022
Navegação à vela | |
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Veleiros da classe 420. | |
Características | |
Classificação | disciplina desportiva (Propulsão naval esporte recreativo vehicle operation) |
Usado por | marinheiro |
Fonte | Metropolitan Museum of Art Tagging Vocabulary, Meyers Konversations-Lexikon (1888–1889), Armenian Soviet Encyclopedia, vol. 1 |
Categoria | Sailing |
Trabalha com | vela |
Diferente de | vela |
Localização | |
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Navegação à vela (português europeu) ou Navegação a vela (português brasileiro)[nota 1] pode ser definida como a arte de manobrar as velas de uma embarcação (de flutuação própria) em função do vento (conforme a sua direcção e a sua intensidade) para que possa locomover-se em relação ao rumo que se pretende seguir, em operações que envolvem não somente o velame em si, mas também o(s) mastro(s), a quilha e o leme.
Este tipo de navegação foi utilizada com primazia pela humanidade, até o surgimento da navegação a vapor, originalmente usada como coadjuvante da primeira, até tornar-se o meio de propulsão exclusivo e majoritário a partir de 1845, com a construção do SS Great Britain.[4]
Veleiro básico
Qualquer veleiro, é sempre constituído por uma parte flutuante, uma parte que lhe permite receber o vento e uma parte direccional, ou seja:
- Casco — o que o permite flutuar.
- A parte emersa, as obras mortas, para receber o vento, é formada pela:
- Mastreação — conjunto dos mastros, vergas e paus;
- Velame — conjunto de todas as velas.
- A parte imersa, as obras vivas, para reforçar e dirigir, é constituída pela :
Casco
O casco é o invólucro exterior de qualquer embarcação da qual depende a sua flutuabilidade. Um casco pode ser dividido em três partes: fundo — parte mais baixa do casco; costado — parte lateral do casco; encolamento — secção, geralmente curva, de junção entre o fundo e o costado.
Obras morta
A parte emersa também chamada de obras mortas é a parte do casco que fica acima da água e se encontra no convés.
Mastreação
A mastreação é composta pelo mastro, fixo à embarcação pelo estai e pelos brandais, e a sua inseparável retranca, no caso de uma monotipo ligeiro, pois que num grande veleiro refere-se ao conjunto dos mastros, vergas, cesto da gávea e paus de uma embarcação [5]
Velame
O velame, o motor do veleiro, é composto pela vela grande (presa ao mastro e à retranca) e pela vela de estai (presa ao cabo que lhe deu o nome). Além destas velas de base pode também citar-se o genoa e o spinnaker (balão).
Tipo de velas
A vela começou por ser quadrada e em seguida trapezoidal para se tornar triangular, actualmente para se obter uma superfície vélica superior para uma dada altura de mastro começa-se a utilizar de novo a vela aúrica como nos monocascos de corrida.
Aparelho e manobra
Em náutica estes termos tem um significado bem próprio já que designam:
- Aparelho — o nome dado ao conjunto propulsor dos veleiros: velame, massame e poleame;
- Manobra — o nome dado às acções relacionadas com o manobrar do velame.
Mudar de rumo
Sendo o rumo a direcção em que se navega, mudar de rumo será mudar de direcção. No mar aberto utiliza-se uma bússola para se ir numa direcção determinada, mas junto à costa utiliza-se mais uma conhecença, ou sejam pontos facilmente reconhecíveis na costa como faróis, igrejas, torres, etc.
Para se efectuar esta manobra é preciso primeiro alterar a posição do leme e depois alterar a maneira como as velas estavam ajustadas para as regular em função do novo rumo a seguir, a manobra.
Virar de bordo
Entre a manobra, o trabalho com o velame,[6] e a acção do leme tem de haver uma boa coordenação no momento em que as velas têm de passar de um bordo ao outro, e é preciso virar de bordo.
Essa manobra pode ser feita contra a direcção do vento (virar/cambar por davante), ou de modo a que o vento passe por detrás (virar/cambar em roda).
Mareação
Mareação é um termo náutico empregue para designar as diferentes posições que toma um veleiro em relação à direcção do vento. Dividem-se em três grupos chamados: bolina, largo e popa.
Obras vivas
A parte imersa também chamada de obras vivas é a parte inferior do casco das embarcações que fica submerso.
Regularmente confunde-se a quilha e o patilhão mas muito sumariamente pode dizer-se que:
- Quilha — é a espinha dorsal de uma embarcação para lhe conferir resistência,
- Patilhão — apêndice que serve para estabilizar e não deixar derivar a embarcação.
Quilha, patilhão e leme
A quilha é uma peça da estrutura da embarcação que se estende da proa à popa, na parte inferior da nave, e de onde parte para cima o costado. É a verdadeira espinha dorsal da embarcação.
O patilhão é um apêndice fixo e normalmente lastrado que não só transforma a força lateral do vento nas velas em movimento longitudinal, mas que paralelamente lhe forneça a estabilidade necessária para que não fique demasiado deitado, ou nos casos extremos que vire (caia de lado).[7] Nos veleiros ligeiros, como no Optimist, o patilhão pode ser retractável.
O leme encontra-se geralmente na popa dos barcos e serve para o dirigir, mas no caso dos veleiros unicamente quando este está em andamento. Em alguns veleiros o leme faz corpo com a patilhão, mas este sistema é cada vez menos usado.
Altera-se o rumo da embarcação mudando a direcção do leme que pode ser accionado ou por uma cana de leme ou por uma roda de leme. A roda de leme funciona como o volante de uma viatura na medida em que se se a rodar para a esquerda, o barco vira para bombordo, contrariamente ao que acontece com a cana de leme que quando empurrada para a esquerda faz virar o barco para estibordo, quer dizer que neste caso o movimento é sempre feito no sentido contrário relativamente ao lado para onde se quer virar.[8]
Regular as velas
Muito basicamente as velas têm que ser ajustadas, caçadas ou folgadas, para que numa dada direcção seja optimizada a força que o vento exerce nas vela, tanto na vela de estai como na vela grande.
Assim, quando o burro está pouco caçado, pouco tenso, a valuma fica mais solta e a vela grande enche mais ficando assim com mais saco ("barriga"). Quando o saco está bem atrás a entrada é dita fina e autoriza apenas uma estreita faixa eficiente de ar, o que permite trabalhar com um ângulo mais fechado com o vento e o barco pode orçar mais.[9]
Ver também
Notas
Referências
- ↑ Manual para redação Acadêmica, pág. 85. Públio Athayde
- ↑ Vocabulario portuguez & latino, pág. 238. Rafael Bluteau. Ed. na officina de Pascoal da Sylva (1720)
- ↑ Ainda navegação «à vela». Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
- ↑ Bruno Jacomy (2004). Era do Controle Remoto. [S.l.]: Jorge Zahar ed., Rio de Janeiro. p. 17. 168 páginas. ISBN 85-7110-774-2
- ↑ Dic. Porto Editora - Setembro 2011
- ↑ Petit dictionnaire de marine R.Grüss-1943
- ↑ Marina Cascais Arquivado em 14 de abril de 2009, no Wayback Machine. Agosto 2011
- ↑ «Associação Nacional de Cruzeiros». Consultado em 19 de agosto de 2011. Arquivado do original em 11 de agosto de 2011
- ↑ Conhecimento náutico Arquivado em 31 de março de 2010, no Wayback Machine. - Outubro 2011
Ligações externas
- «Curso Online de Vela, veleiro.net.»
- «Navegação à vela, Associação Nacional de Cruzeiros.»
- «Embarcações Tradicionais (Portuguesas), Associação Nacional de Cruzeiros.»
- «Tipos de Veleiros, Associação Nacional de Cruzeiros.»
- «Arte de Marinheiro, Associação Nacional de Cruzeiros.»
- Nomenclatura e localização do velame e da mastreação