Exame laboratorial

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Exame laboratorial é o conjunto de exames e testes realizados a pedido do médico, em laboratórios de análises clínicas, visando um diagnóstico ou confirmação de uma patologia ou para um check-up (exame de rotina).

Análises clínicas em Portugal

Exames laboratoriais são realizados em Portugal, por técnicos de análises clínicas e de saúde pública e/ou técnicos de anatomia patológica (são ambos profissionais inseridos na área dos técnicos de diagnóstico e terapêutica (TDT)), e por outros profissionais como biólogos, químicos, bioquímicos ou microbiologistas, desde que especializados na área, que atuam sob a supervisão ou de um médico especializado em patologia, biomédico ou de um farmacêutico especializado em análises clínicas.

As análises clínicas fazem parte da formação do farmacêutico, é ligada a exames de saúde como: exame de fezes, urina, sangue, etc.

Análises clínicas no Brasil

Análises clínicas são executas por farmacêuticos, biomédicos, bioquímicos[1] e médicos.[2] Estes profissionais são supervisionados e tem seu trabalho validado pelo responsável técnico legal pelo laboratório clínico (RT no Brasil). A fiscalização do laboratório fica a cargo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dos técnicos de nível superior por seus respetivos conselhos profissionais.Nesta área, o analista clínico analisa os fluidos biológicos humanos ao passo que o patologista examina os tecidos através da análise microscópica de cortes histológicos.

Etapas do exame

Sequência de ações dentro de um laboratório onde são realizados exames laboratoriais inicia-se com a coleta do material a ser analisado e termina com a emissão de um laudo diagnóstico.[3]

Na fase pré-analítica, o paciente é orientado, é realizado a coleta, a manipulação e conservação do material que posteriormente será analisado. É nesta fase onde ocorrem a maioria dos erros. Logo após, serão analisados os materiais e será feito um laudo pelo profissional habilitado. A fase analítica, com os avanços tecnológicos é realizada através de aparelhos automatizados que garantem um maior percentual de acertos. Nos laudos, os principais erros são unidades erradas, erro de digitação, não informação de interferentes no exame, etc.[3]

Dentro deste contexto, existem diversos fatores que podem interagir com o resultado do exame, resultando em um falso-negativo ou falso-positivo: medicamentos utilizados pelo paciente, sua resposta metabólica, jejum, transporte do material, centrifugação, metrologia, reagentes, calibração e manutenção dos equipamentos, entre outros.[3]

Tipos de exames

Bioquímica do sangue substâncias não eletrolíticas

Bioquímica do sangue - substâncias eletrolíticas

  • Constantes biológicas do sangue
  • Diagnósticos dos desequilíbrios hidreletrolíticos
  • Diagnóstico dos desequilíbrios ácido básicos

Bioquímica do sangue - enzimas

Fosfatase alcalina e ácida, amilase, lipase, aldolase, lactato-desidrogenase, transaminases, creatinofosfoquinase, gamaglutamitranspeptidase, isoenzimas de lactato-desidrogenase, isoenzimas de creatinofosfoquinase.

Hemograma - série vermelha

  • Hemácias, hemoglobina, hematócrito, valores hematimétricos, ferro sérico, transferrina e ferritina.

Hemograma - série branca

  • Leucócitos, leucograma.

granulocitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. agranulocitos: linfócitos e monócitos

Exame de urina

  • Elementos normais, microscopia de sedimento, estudo bacteriológico, outros

Exame de fezes

  • Exame macroscópico, exame microscópico, parasitas e protozoários e coprocultura.

Outros

  • Líquido cefalorraquidiano
  • Escarro
  • Líquido pleural
  • Espermograma

Principais áreas no laboratório hospitalar

Dentro de um laboratório hospitalar de análises clínicas existem 5:

Atualmente, com o objetivo de obter respostas mais rápidas, a fim de otimizar o tempo do profissional, muitos exames estão sendo realizados por aparelhos automatizados. Este fato permite uma análise em maior escala e propicia aos clínicos uma resposta mais breve do estado fisiológico do paciente, possibilitando uma intervenção mais ágil, aumentando assim a possibilidade de salvar mais vidas humanas. Setores como a microbiologia e outros onde existem alguns exames de maior especificidade, continuam a executar sua atividades manualmente, seja por possuir uma menor rotina, ou por ainda não estarem com métodos automatizados padronizados.

Os fluidos mais comuns para exame são: sangue, urina, fezes e expectoração. No entanto em ambiente hospitalar poderá ser encontrado ainda: liquido sinovial, pleural, céfalo-raquidiano, pus, entre outros.

Entre os exames solicitados com maior frequência temos: hemograma completo, bioquímica do sangue (dosagem de glicose, ureia, creatinina, colesterol total e fracções, triglicerídeos, ácido úrico, etc), hemostasia (coagulograma), imunologia (teste imunológico de gravidez, teste luético, antiestreptolisina o, proteína c reativa, etc), exame parasitológico de fezes, sumário de urina, culturas bacteriológicas, antibiograma, etc.

Notas e referências

  1. «Decreto Nº 85.877». Conselho Federal de Química. 7 de abril de 1981. Consultado em 15 de setembro de 2009 
  2. «Decisão do TRF». Isaude.net 
  3. a b c CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO (Abril de 2007). «Cartilha: Análises clínicas e toxicológicas». Crfsp.org.br 

Ver também

Ligações externas