Festival Juntatribo

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Festival Juntatribo
Período de atividade 1993
1994
Local(is) Observatório a Olho Nu, na Universidade Estadual de Campinas, em Campinas, em São Paulo, no  Brasil
Data(s) 17 a 19 de agosto de 1993 e 16 a 18 de setembro de 1994

O Festival Juntatribo foi um festival de música alternativa realizado no Observatório a Olho Nu, na Universidade Estadual de Campinas, em Campinas.

Ele contou com duas edições, em 1993 e em 1994. O festival notabilizou-se por ter revelado bandas de roque como Raimundos,[1][2] Planet Hemp, Relespública, Pin Ups e Little Quail.[3][4] Além das apresentações musicais, havia performance de grupos teatrais, artistas circenses, fanzines, rampa de skate e exibição de vídeos.

História[editar | editar código-fonte]

O festival foi idealizado por Sérgio Vanalli,[5] estudante de Engenharia Química na Unicamp, que organizou o evento junto com o DCE da universidade.

O palco foi montado sob uma lona de circo e toda a estrutura do evento era improvisada.[6]

A primeira edição teve pouca divulgaçã, mas uma ótima repercussão ao seu final, pelo sucesso de público e critica. Na segunda edição, que teve até cobertura da MTV Brasil (programa Lado B de Fabio Massari)[7], o número de pessoas foi acima do esperado e do comportado pelo evento, que deixou de ser realizado após esta edição.

O festival marcou a música alternativa do interior de São Paulo. Cenas do Festival foram mostradas no documentário "Time Will Burn", de Marko Panayotis e Otavio Sousa, lançado em 2016.[6][8]

Edições[editar | editar código-fonte]

Juntatribo (1993)[editar | editar código-fonte]

A primeira edição do festival aconteceu entre os dias 17 a 19 de agosto de 1993, uma média de público de 2.500 pessoas por noite.[9] Marca a primeira apresentação da banda brasiliense Raimundos no estado de São Paulo, ainda antes do lançamento do seu primeiro álbum. Contou com o patrocínio da marca de jeans Staroup e a entrada era gratuita.[5]

Se apresentaram 17 bandas, sendo 4 de fora do estado de São Paulo:

2º Juntatribo (1994)[editar | editar código-fonte]

A segunda edição do festival aconteceu entre os dias 16 a 18 de setembro de 1994, com a apresentação de 27 bandas[9], selecionadas pelos organizadores do festival através da audição das 400 fitas enviadas. O público foi de cerca de 3.000 pessoas por noite.[11]

No primeiro dia do evento, no show da banda Resist Control, o palco quebrou ao meio,[12][13][14] adiando as atrações restantes deste dia para o próximo. No sábado, no show da banda santista Garage Fuzz, houve confusão com os punks do evento.

A bandas que se apresentaram foram:

Referências

  1. «Raimundos: A corrida do ouro». Super. Consultado em 29 de março de 2021 
  2. «Fim de Os Raimundos é só mistério - Cultura». Estadão. Consultado em 29 de março de 2021 
  3. Cultura acelerada. Disponível em https://culturaacelerada.wordpress.com/2011/08/05/lollapalooza-2011-ou-junta-tribo/. Acesso em 13 de julho de 2016.
  4. «Daniel Ete sobre a falta de incentivos: Campinas poderia ter um Abril Pro Rock». CBN Campinas 99,1 FM. 15 de novembro de 2019. Consultado em 29 de março de 2021 
  5. a b Luna, Pedro de (11 de dezembro de 2018). Planet Hemp: Mantenha o respeito. [S.l.]: Belas-Letras 
  6. a b «Doc resgata geração do rock nacional que se "recusou" a fazer sucesso». musica.uol.com.br. Consultado em 29 de março de 2021 
  7. «As 20 melhores coisas dos 23 anos de vida da MTV Brasil (R.I.P.)». UOL Música. Consultado em 29 de março de 2021 
  8. «Documentário sobre o rock underground brasileiro do começo dos anos 90 será exibido no MIS». Campinas.com.br. Consultado em 29 de março de 2021 
  9. a b «Folha de S.Paulo - Juntatribo reúne 27 bandas em Campinas - 7/9/1994». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 29 de março de 2021 
  10. Aiex, Tony (9 de fevereiro de 2012). «Por onde anda? - Killing Chainsaw - TMDQA!». Tenho Mais Discos Que Amigos!. Consultado em 29 de março de 2021 
  11. Folha de S. Paulo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/9/21/ilustrada/9.html. Acesso em 13 de julho de 2016.
  12. «Combate Rock - O pop rock no buraco: crônicas de um palco que desabou há muito tempo». combaterock.blogosfera.uol.com.br. Consultado em 29 de março de 2021 
  13. Alexandre, Ricardo (12 de agosto de 2016). Cheguei bem a tempo de ver o palco desabar: 50 causos e memórias do rock brasileiro. [S.l.]: Arquipelago Editorial Ltda 
  14. Forastieri, André (7 de julho de 2017). O dia em que o rock morreu. [S.l.]: Arquipelago Editorial Ltda 
  15. «WRY». whiplash.net. Consultado em 29 de março de 2021