Forte do Rio Doce

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O Forte do Rio Doce localizava-se às margens da foz do rio Doce, ao norte de Olinda, no litoral do atual estado de Pernambuco, no Brasil.

História[editar | editar código-fonte]

Esta fortificação é citada por BENTO (1971), no contexto da segunda das Invasões holandesas do Brasil (1630-1654), quando constitui-se em um dos locais onde se concentrou a primeira resistência portuguesa ao invasor, após a queda de Olinda e Recife (Fevereiro-Março de 1630). Na realidade, é mais correto classificá-la como uma linha defensiva improvisada diante das forças neerlandesas desembarcadas na praia do Pau Amarelo, em marcha sobre Olinda, com a missão de impedir ou retardar o quanto possível os invasores. Rompida, os seus defensores recuaram para as portas de Olinda onde prosseguiram o combate, até à queda daquela capital.

De acordo com o mesmo autor, guiadas por Domingos Fernandes Calabar (1609-1635), as forças neerlandesas teriam se apoderado, em 1632, da vila de Igaraçu (atual Igarassu) e do Forte do Rio Doce.

Esta estrutura encontra-se cartografada na "Demonstração da costa de Pernambuco da cidade de Olinda até Itamaracá", de autoria do Engenheiro Luís Francisco Pimentel, datada de 1702. Ainda no século XVIII, o Governador e Capitão-general da Capitania de Pernambuco, Luís Diogo Lobo da Silva, reforçou as fortificações do litoral pernambucano tendo erguido trincheiras no rio Doce para defesa da sua barreta e a passagem de sua ponte ("Trincheiras feitas de faxina, estacaria e terra que por ordem do Ilmo., e Exmo. Sr. Luís Diogo Lobo da Silva, Governador e Capitão General das Capitanias de Pernambuco na sua presença mandou erigir no lugar do rio Doce [...], c. 1762". Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa) (IRIA, 1966:54, 57).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • BENTO, Cláudio Moreira (Maj. Eng. QEMA). As Batalhas dos Guararapes - Descrição e Análise Militar (2 vols.). Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 1971.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • IRIA, Alberto. IV Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros - Inventário geral da Cartografia Brasileira existente no Arquivo Histórico Ultramarino (Elementos para a publicação da Brasilae Monumenta Cartographica). Separata da Studia. Lisboa: nº 17, abr/1966. 116 p.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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