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Frederico João de Schwarzenberg

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Frederico João de Schwarzenberg
Cardeal da Santa Igreja Romana
Arcebispo de Praga
Cardeal protopresbítero
Frederico João de Schwarzenberg
Atividade eclesiástica
Diocese Arquidiocese de Praga
Nomeação 20 de maio de 1850
Entrada solene 15 de agosto de 1850
Predecessor Alois Josef Schrenk
Sucessor Franziskus von Paula Schönborn
Mandato 18501885
Ordenação e nomeação
Ordenação diaconal 23 de julho de 1833
Capela da Corte, Salzburgo
por Augustin Johann Joseph Gruber
Ordenação presbiteral 25 de julho de 1833
Capela da Corte, Salzburgo
por Augustin Johann Joseph Gruber
Ordenação episcopal 1 de maio de 1836
Catedral de Salzburgo
por Johann Nepomuk von Tschiderer zu Gleitheim
Nomeado arcebispo 1 de fevereiro de 1836
Cardinalato
Criação 21 de janeiro de 1842
por Papa Gregório XVI
Ordem cardeal-presbítero
Título Santo Agostinho
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Viena
6 de abril de 1809
Morte Viena
27 de março de 1885 (75 anos)
Nacionalidade austríaco
Funções exercidas -Arcebispo de Salzburgo (1836-1850)
Sepultado Catedral de São Vito
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Friedrich Johann Joseph Cölestin von Schwarzenberg (em tcheco/checo: Bedřich Johann Joseph Cölestin ze Schwarzenberg, Viena, 6 de abril de 1809 - 27 de março de 1885) foi um nobre da Casa de Schwarzenberg e cardeal austríaco da Igreja Católica, com atuação no Reino da Boêmia, como Arcebispo de Praga.

Ele era o filho mais novo de João José, príncipe de Schwarzenberg e de sua esposa Pauline d'Arenberg e irmão do ministro-presidente austríaco Félix de Schwarzenberg. Ele foi batizado como Friedrich Johann Joseph Cölestin.[1]

Depois que sua mãe foi incinerada durante um baile dado em Paris em comemoração ao casamento de Napoleão Bonaparte com Maria Luísa da Áustria, ele foi colocado sob os cuidados do padre Lorenz Greif e logo se dedicou a estudar para o sacerdócio. Friedrich começou seus estudos teológicos em Salzburgo mas completou seu último ano de teologia em Viena,[1][2] onde foi ordenado sacerdote aos 24 anos, em 25 de julho de 1833 na Capela da Corte.[1][3] Friedrich era tão estimado, que uma dispensa papal foi solicitada para elevá-lo ao arcebispado de Salzburgo em 1835, embora ele não tivesse, de acordo com o direito canônico, a idade necessária. Foi eleito pelo Capítulo da Arquidiocese em 23 de setembro de 1835, quando contava com pouco mais de 26 anos.[1][2]

Arquiepiscopado

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Schwarzenberg como Primas Germaniæ. Pintura de 1837.

Confirmado como arcebispo de Salzburgo em 1 de fevereiro de 1836, foi consagrado em 1 de maio de 1836, na Catedral de Salzburgo, por Johann Nepomuk von Tschiderer zu Gleitheim, bispo de Trento, assistido por Bernhard Galura, bispo de Brixen e por Georg Mayer, bispo de Gurk.[1][3]

Como arcebispo de Salzburgo, sua principal prioridade na década seguinte foi a eliminação do protestantismo em sua diocese. Embora ele aceitasse a resolução imperial de 1837 exigindo a emigração dos protestantes, descobriu-se que Friedrich era profundamente ambivalente porque sabia que exigir que os protestantes saíssem dessa maneira afetaria negativamente a vida de suas famílias, especialmente seus filhos. Ele também foi um grande patrono das artes e de instituições de caridade durante esses anos, estabelecendo uma importante faculdade para o estudo da música.[2]

Em 1838, foi eleito pelo Capítulo da Catedral de Praga como seu arcebispo, a que Schwarzenberg recusou. Em 1841, viajou para Roma, onde deu início ao aumento do foco da Igreja Austríaca em Roma.[2]

Foi criado cardeal pelo Papa Gregório XVI, no Consistório de 24 de janeiro de 1842, recebendo o barrete vermelho e o título de cardeal-presbítero de Santo Agostinho em 27 de janeiro, contando então com apenas 32 anos.[1][3]

Depois que a questão protestante foi resolvida, ele voltou seu foco em melhorar o governo diocesano por meio de reuniões mais regulares de bispos, como havia sido decretado pelo Concílio de Trento. Bispo na Conferência de Würzburg do Episcopado Alemão, estava em contato próximo com o novo governo formado sob seu irmão Félix, cujo conselho constitucional ele tinha em relação à lei das relações da Igreja e o Estado. A constituição imposta em março de 1849 teve o seu apoio. Em abril de 1849, ele assumiu a direção de uma conferência dos bispos austríacos em Viena, que tratou da relação entre a Igreja e o novo governo.[2]

Isso não foi um grande sucesso e Schwarzenberg foi transferido para a Sé de Praga pelo Papa Pio IX em 1850, tendo sido eleito seu Arcebispo um ano antes. Durante seu longo período em Praga (1849-1885), o foco principal de Schwarzenberg foi na relação entre Igreja e Estado no Império Austro-Húngaro, porém o sucesso que ele alcançou neste papel foi na melhor das hipóteses moderado.[2]

Busto na Catedral de São Vito, Praga.

Participou do Concílio Vaticano I, de 8 de dezembro de 1869 a 18 de julho de 1870; se opôs à definição do dogma da infalibilidade papal, mas assim que o concílio aprovou a declaração, ele a apoiou.[1]

Em 1853, ele consagrou como bispo seu primo Friedrich Egon von Fürstenberg, que mais tarde se juntou a ele no Colégio dos Cardeais.[3]

No Conclave de 1878, ele era um dos quatro homens ainda vivos que já eram cardeais quando Pio IX foi eleito para o reinado papal mais longo da história. Os outros eram Luigi Amat di San Filippo e Sorso, Fabio Maria Asquini e Domenico Carafa della Spina di Traetto.[3]

Ele morreu em 27 de março de 1885[4] após um longo período de problemas de saúde. Transferido de trem para Praga em 30 de março de 1885, foi velado e enterrado na Catedral de Praga. Ele foi o último cardeal sobrevivente elevado pelo Papa Gregório XVI e o último participante do conclave que elegeu o Papa Pio IX.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j The Cardinals of the Holy Roman Church
  2. a b c d e f g Österreichisches Biographisches Lexikon
  3. a b c d e Catholic Hierarchy
  4. «The Catalogue» 

Ligações externas

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Precedido por
Augustin Johann Joseph Gruber
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo de Salzburgo

18361850
Sucedido por
Maximiliano Joseph von Tarnóczy
Precedido por
Cesare Brancadoro
Brasão cardinalício
Cardeal-presbítero de
Santo Agostinho

18421885
Sucedido por
Antolín Monescillo
Precedido por
Alois Josef Schrenk
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo de Praga

18501885
Sucedido por
Franziskus von Paula Schönborn
Precedido por
Filippo De Angelis
Brasão cardinalício.
Cardeal protopresbítero

18771885
Sucedido por
Teodolfo Mertel